segunda-feira, setembro 06, 2010

VeloPark é o edifício mais sustentável do Parque Olímpico de Londres

Em 12 de Julho de 2007 a ODA (Olympic Delivery Authority) anunciou o projeto vencedor do concurso do VeloPark, velódromo em construção em Leyton, na ala leste de Londres, para o Parque Olímpico de 2012. O trabalho foi desenvolvido por um consórcio composto pela Hopkins Architects, pela Expedition Engineering, pelo grupo BDSP Partnership e pela Grant Associates.



O velódromo londrino tem capacidade para 6 mil pessoas - 3,5 mil na arquibancada inferior e 2,5 mil na superior. A ausência de pilares na área central era uma das premissas do projeto para que não houvesse barreiras visuais entre os espectadores e a pista de corrida de 250 m. A cobertura do edifício imita a dupla curvatura da pista de corrida, com uma diferença de 12 m entre os pontos mais baixo e mais elevado da estrutura.

Em termos de sustentabilidade, o projeto prevê ventilação natural no verão e sistemas de aquecimento e ventilação mecânica para o inverno. A cobertura proporciona a entrada de iluminação natural, que pode ser complementada por um sistema de iluminação artificial para suprir as demandas da transmissão televisiva. Uma das exigências do edital era a de que de cada edifício deveria ser projetado de modo a reduzir em 15% as emissões de carbono - o velódromo alcançou a marca de 34%, tornando-se a construção mais "verde" do Parque Olímpico.


                                                         
A obra, que será entregue no início de 2011, é resultado de dois anos de projeto e cerca de 20 meses de construção, afirmam Bode e Tubertini. Eles explicam que, no início, o grupo trabalhou em três pontos: descobrir a principal utilização do espaço (treinos, competições simples, corridas televisionadas, etc.) e projetar com este foco; solucionar o que chamaram de "problemas passivos", que incluíam a ventilação para o grande público e a os ruídos que vazavam para a vizinhança residencial; e envolver no projeto as pessoas que faziam parte da construção e operação do velódromo, de modo a obter melhores resultados quanto à eficiência energética do projeto.

Bode e Tubertini observam que no Brasil, os arquitetos costumam trabalhar "sozinhos" durante o anteprojeto e o projeto, contratando as consultorias apenas na fase de detalhamento. Eles recomendam, em especial para os projetos ligados às Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016, "que esse modelo seja deixado de lado, confiando na contribuição de equipes multidisciplinares desde a concepção até a realização da obra".

A ausência de pilares na área central era uma das premissas do projeto para que não houvesse barreiras visuais entre os espectadores e a pista de corrida.
Estrutura ondulada da cobertura terá desnível de 12m, acompanhando o formato da pista interna.
 
 
 

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