domingo, janeiro 16, 2011

Lição de Vida

Estava lendo a revista Edificar que é do nosso estado da PB  e achei muito interessante esse artigo que J. Carvalho Neto escreveu. É uma lição de vida para todos nós com relação ao futuro profissional. Confira:

O mundo que nos cerca, que convivemos no século XXI é bem exigente, quase cruel, e um tanto frio com as nossas escolhas, paixões e sonhos. Vivemos um tempo acelerado, de uma correria desenfreada a um lugar de localização incerta, porém desejado, que é o sucesso. Este mesmo sucesso pode nos esperar na primeira curva de nossa caminhada, ou pode se perder em um emaranhado de encruzilhadas que são lançadas em nosso mapa, impossibilitando o participante deste frenesi de encontrar o final desejado. 

Imagine que a vida é um jogo de tabuleiro, desses que percorremos as casas a cada jogada, podendo, na maioria das vezes, percorrermos em passos imagináveis etapas em busca do topo. Nos preparamos para efetuar esta caminhada com mais sucesso do que reveses, e torcemos para que os ventos da sorte estejam sempre em nosso favor. Uma família como base, boas escolas, uma boa faculdade, muitos cursos extras, quem sabe um MBA, ou uma Pós-Graduação, um bom concurso para uns, uma ideia inovadora para outros, muito trabalho para a grande maioria e pronto, estamos no caminho certo. 

Pode parecer simplista, mas, em resumo, é exatamente assim que ocorre na linha do tempo de um profissional. O sucesso é construído em um conjunto de esforços e escolhas que nos coloca naquele lugar especial, mesmo que possa parecer banal para alguns, todos desejamos alcançar este cume, um posto de destaque, que via de regra acrescenta segurança e estabilidade à nossa carreira. 


Mas, quando o filme não sai conforme o script e tudo desmorona em nossa frente? O desastre é sempre parte do jogo, mas nós, incautos e confiantes, esquecemos de nos preparar para esta possibilidade, transformando a queda em um acontecimento doloroso, marcante e muitas vezes desesperador. Mas porque sofremos tanto? E o que fazer daqui para frente, se um revés é uma possibilidade real e cada vez mais presente na sociedade do século XXI? A boa notícia é que para cada queda, novas oportunidades surgem a sua frente, e como na lei da evolução Darwiniana, os mais fortes e preparados serão os vitoriosos.
Nunca desanimar é a primeira regra de ouro, afinal um obstáculo faz parte da regra do jogo.

E você seria no mínimo inconsequente se não considera, em nenhuma época de sua vida ou de sua carreira, esta possibilidade. É bom não esquecer que as pessoas de sucesso sempre estão preparadas para enfrentar as situações mais difíceis, quando as nuvens se tornam negras e os ventos simplesmente não sopram em nossas velas. Sem falar que o mar agitado esconde as estrelas, dificultando a orientação, os mapas podem estar molhados devido à agitação das ondas, e o bom senso manda guardá-los, pois o sol volta a brilhar na seqüência. 

Passado a tempestade, a segunda regra de ouro é a organização. Afinal, a tempestade que varreu nosso barco e nos tirou do rumo, bagunçou com tudo, misturou os pertences, molhou as guarnições, as roupas. Fazer uma boa faxina, nos livrar do excesso de peso e das coisas que não servem mais. 

Reorganizar o barco e começar a leitura naqueles velhos mapas que já secaram. Buscar antigas referências e velhos contatos, afinal, ainda tem de seguir a viagem e há muito mar pela frente. Aproveite os dias de calmaria e reavalie o que deu errado, as escolhas, as pessoas; talvez você tenha escutado demais, talvez de menos, esqueceu de observar os avisos de temporais que chegavam pelo rádio, foi negligente ou muito confiante. Tudo deve ficar claro, seja realista e parcimonioso, mas não se imole por tudo, a vida segue seu próprio rumo. (continua na próxima edição).

"O desastre é sempre parte do jogo, mas nós, incautos e confiantes, esquecemos de nos preparar para esta possibilidade, transformando a queda em um acontecimento doloroso”
 

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