segunda-feira, abril 11, 2011

Casa favorece fluidez da luz e do espaço





Trabalhar na cidade, morar longe dela. A ideia da vida nos subúrbios, cada vez mais impossibilitada pelas dificuldades de locomoção das grandes metrópoles de hoje, ainda é viável em alguns pontos do globo. É o caso de Pilar, nos arredores de Buenos Aires, onde fica esta casa, quase um refúgio campestre em plena capital argentina.

O proprietário é um advogado que trabalha no centro da cidade, mas que escapa de volta para o retiro assim que o dia termina, para encontrar a esposa e suas duas crianças. A casa é vizinha de um campo de golfe, numa área repleta de árvores antigas. Com a privacidade garantida, o casal encomendou ao escritório do arquiteto portenho Andrés Remy um projeto que privilegiasse as aberturas e o contato com o verde externo.

Numa casa em que muitas das paredes não passam de imensas janelas, o único elemento a delimitar uma fronteira visual entre interior e exterior é uma parede de pedras rústicas que conduz do jardim à entrada. Esta parede é também o grande contraponto a uma construção onde o branco reina soberano – nas fachadas e no mármore de Carrara que reveste o piso interno e dá nome à casa, Casa Carrara.

Para além das enormes janelas, a ligação entre o lado de fora e a parte interna é quase uma obsessão. Faz-se ainda mais evidente pela presença da água, que rodeia a casa na forma de uma grande piscina e de um espelho d’água, este último repetido no hall de entrada, como que a confundir qual espelho está dentro e qual está fora. Há ainda uma cascata interna, que escorre do primeiro andar para o térreo num plano vertical de vidro, reforçando, como se precisasse, a fluidez da luz e da água pela casa.



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