segunda-feira, maio 23, 2011

Clássicos do Design Italiano






Bocca, 1970
Inspirado em um sofá projetado em 1936 pelo artista surrealista Salvador Dalí (1904-1989), que homenageava a atriz norte-americana Mae West, este sofá para dois leva a assinatura do grupo italiano de antidesign Studio 65. É feito de espuma de poliuretano e tecido elástico.


Falkland, 1964
Com estrutura tubular de alumínio e difusor de tecido elástico, esta luminária despertou muita atenção em seu lançamento pela criatividade e inovação. Bruno Munari, um dos expoentes do design italiano, projetou a peça para a Danese, em Milão, e mostrou neste projeto como a simplicidade podia resultar em poesia.


Sacco, 1968/69
Recheada de poliestireno, este assento reflete a influência dos movimentos radicais antidesign dos anos 1960. A ideia de Piero Gatti, Cesare Paolini e Franco Teodoro era propor uma forma menos convencional de sentar, fugindo dos padrões ergonômicos convencionais. A peça da Zanotta virou um best-seller do design mundial.

 

Bombo, 1997
Regulável por pistão a gás e com alavanca para o ajuste de altura, este banco de assento giratório, de Stefano Giovannoni para a Magis, combina assento de plástico ABS com pé e descanso de aço cromado. Desenhado para bares e bancadas de cozinhas americanas, dispõe de extensa variedade de cores para o assento.
Mart, 2004
Antonio Citterio realizou uma longa pesquisa ao criar esta poltrona fabricada pela B&B Italia, que adapta materiais tradicionais às necessidades do desenho moderno. Confortável como uma chaise-longue, sua concha tem versões com o encosto alto e baixo. Há também uma opção de pé em cruz.

Achille Castiglioni (1918-2002)

Achille dedicou sua vida a pesquisar materiais, formas e técnicas. Iniciou a carreira no estúdio dos irmãos, Livio e Pier Giacomo. Esse último foi seu parceiro em diversos projetos ícone, como a luminária Arco (1962), da Flos, que rompia com a rigidez geométrica. Suas criações racionalistas, temperadas por um humor irônico, receberam nove Compassos d’Oro, prêmio concedido pela Associação de Desenho Industrial Italiana.





Alessandro Mendini (1931)

O arquiteto estudou no Politécnico de Milão, tornando-se doutor da escola em 1959. Trabalhou com Marcello Nizzoli até 1970, desenhando produtos industriais. De 1970 a 76, foi editor-chefe da Casabella, uma revista italiana que abordava o design radical. Para o grupo de design Alchimia, produziu mobiliário, exposto no Salão do Móvel de Milão (1981), e, para a Alessi, artigos de prata e aço inox, como o famoso saca-rolhas Anna G.


A excelência do fazer do artífice, como os mestres vidreiros de Murano, associada ao talento dos arquitetos-designers, ajudou a consolidar o design da Itália no pós-guerra. Símbolo da reconstrução desse período, a motoneta Vespa (1946) se tornou um sucesso de vendas por representar um meio de transporte barato e conveniente.

Outro projeto emblemático é a poltrona Donna, de Gaetano Pesce (1969), feita de espuma de poliuretano.





Fundada em 1921, em Omegna, norte da Itália, a Alessi começou como a oficina metalúrgica do exímio artesão Giovanni Alessi, que concentrava sua atividade fabril na produção semiartesanal de componentes para camas e itens utilitários, usando latão, cobre e prata niquelada. Anos mais tarde, a produção mudou para utensílios como galheteiros, baldes de gelo, cestos de pães e conjuntos de bules. Nos anos 1930, o filho de Giovanni, Carlo Alessi, passou a desenhar as peças da fábrica, o que se estendeu até o pós-guerra. Em 1970, Alberto Alessi, filho de Carlo, assumiu a direção e conduziu a empresa no processo que a transformou em sinônimo de design italiano, levando sempre em conta a qualidade fabril associada à estética e à sofisticação, com doses de humor e inovação. Alberto conseguiu arrebanhar um fabuloso grupo de colaboradores, como Alessandro Mendini, Stefano Giovannoni, Ettore Sottsass e tantos outros italianos e estrangeiros, que passaram a criar desenhos para uma infinidade de produtos. Entre seus clássicos, está a poética chaleira MG33 (2005, foto) de Michael Graves, com passarinho no bico. "Meu trabalho não é diferente de um diretor de galeria de arte ou de cinema. Uso outras ferramentas, mas o papel é o mesmo: fazer uma intermediação entre a criatividade e o coração dos consumidores", diz Alessi.




Estabelecida em 1908 na cidade de Ivrea, a Olivetti, primeira fábrica de máquinas de escrever da Itália, viveu seu apogeu nos anos 1950, sob a direção de Adriano Olivetti, filho do fundador, o engenheiro elétrico Camillo Olivetti. Adriano dedicou atenção especial ao desenvolvimento tecnológico, à qualidade de inovação do produto e fortaleceu as operações internacionais da empresa, transformando-a em líder na fabricação de equipamentos para escritório. Entre seus produtos emblemáticos estão: a máquina de escrever Lexicon 80 (1948), a portátil Lettera 22 (1950, foto) e a calculadora Divisumma 24 (1956), criações de Marcello Nizzoli (1887-1969). Além dele, outros arquitetos e designers contribuíram com a empresa, ajudando a revolucionar a aparência desses equipamentos. Admirada por sua excelência tecnológica, inovação, qualidade de projeto e política de bem-estar corporativo, com filiais na Itália, em outros países da Europa e nos Estados Unidos, a Olivetti se adaptou às diversas transformações do mercado de comunicação. Mudou da tecnologia mecânica para a eletrônica, dos produtos de escritório aos computadores, sistemas de TI e telecomunicações. Desde 2003, faz parte do grupo Telecom Itália.




Sinônimo de carro veloz e esportivo, a Ferrari, do cavalinho rampante, começa como escuderia em 1929, fundada por Enzo Ferrari (1898-1988), filho do proprietário de uma pequena fundição de metal. Apaixonado por velocidade, Enzo se tornou na década de 1920 um piloto bem-sucedido, trabalhando para a mais famosa escuderia da época, a Alfa Romeo - a Ferrari nasceu como um braço dessa marca. Em 1939, as empresas se separaram e Enzo fundou, em 1943, a Auto Avio Costruzioni, que projetava e desenhava carros de corrida. A primeira experiência com um modelo de rua ocorreu em 1948 e foi batizada de Inter 166. A partir de 1952, o estúdio Pininfarina passou a criar a maioria das carrocerias da Ferrari, incluindo a da inconfundível e cobiçada Testarossa (foto), apresentada no Salão de Paris em 1984.



fonte: http://casa.abril.com.br/casaclaudia/34anos/produtos-fizeram-historia.shtml

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