sábado, outubro 15, 2011

Rústico-atual, um estilo de vantagens

Contemporânea por fora, acolhedora por dentro. O projeto tira partido de materiais brutos e "pegada" moderna, sem exageros.


A natureza pautou a construção dessa casa em Brasília (DF) do começo ao fim. Encantado pela quantidade de árvores do terreno, o proprietário – que é biólogo – aceitou que a residência fosse disposta diagonalmente no lote para não interferir na vegetação. “Além disso, usamos materiais rústicos, como cimento queimado, vidro e piso de tijolo maciço”, relata Paula Farage, arquiteta do escritório Quinta Arquitetura, Design e Paisagismo.

Tijolos ecológicos
A terra do terreno foi aproveitada na fabricação dos tijolos usados na alvenaria. “Alugamos a máquina, que funciona como uma prensa, com uma empresa especializada. Os tijolos precisaram de apenas um mês para ficarem prontos, enquanto isso, a fundação da casa era executada”, revela a arquiteta. A medida barateou a obra: cada unidade custou R$ 0,20, contra R$ 0,75 do tijolo aparente cozido, cotado pelo proprietário na ocasião.






Deixe toda a luz entrar
As paredes de vidro garantem uma sala bem servida de iluminação natural e ainda possibilitam aos moradores a contemplação da beleza do entorno. “São de vidro temperado por razões de custo e emolduradas por madeira”, explica a arquiteta Veridiana Goulart, que também assina o projeto. As molduras que contornam as paredes aparecem também de rodapés e tabeiras junto ao piso de cimento queimado.




Sala de vidro
Os chamados panos de vidro precisaram ser bem planejados para não receber incidência direta do sol, o que transformaria a sala em uma estufa. “É preciso tomar cuidado também com as emendas, para criar uma vedação perfeita. Esquadrias de vidro exigem mais atenção que as de quadros metálicos”, alerta Veridiana. Outro detalhe é que vidro temperado precisa ser dimensionado com precisão no projeto, pois não pode ser recortado após passar por tratamento térmico. Mais uma observação: é preciso ter espaço no lado de fora da casa para realizar a faxina periódica.






O forro recebeu réguas de cedrinho sem um pingo de verniz (com custo de R$ 30 o m²). Mas, para deixar a madeira resistente, aplicou-se um fungicida. As vigas ficam em evidência e os pendentes dão charme à composição

Acabamentos baratos e ainda despojados
O estilo rústico-contemporâneo, como o desta morada, pode valer a pena: o conceito dispensa acabamentos caros e valoriza a simplicidade. “Na cozinha, por exemplo, a referência era os pisos dos botecos antigos do Rio de Janeiro. Então, usamos cerâmica branca (20 x 20 cm) com pastilhas pretas (5 x 5 cm) na diagonal”, conta Paula. Para manter a funcionalidade, as paredes do banheiro foram pintadas com tinta esmalte na cor roxa. O resultado é mais resistência à umidade e aos pingos de água que escapam da pia. Os proprietários só não economizaram recursos na escolha da bancada, que é em mármore branco.











Plus: mezanino
Reservado dos ambientes sociais, o mezanino desfruta a mesma boa iluminação e ventilação de todo o lar. O cômodo possui ainda comunicação direta com a área térrea da casa, permitindo mais interação entre a família. Seu único diferencial ficou por conta do piso: para se tornar mais quente e aconchegante, o escritório recebeu parquet, que é formado pela junção de pequenas peças de madeira maciça. A parede branca foi a única que do estar que recebeu reboco e tinta.













fonte: http://construirmaispormenos.uol.com.br/ESCM/economia-obra/11/artigo236142-3.asp

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