domingo, março 10, 2013

Condomínio com cara de brinquedo


Uma casa em cima de um prédio em cima de um chalé com cara de castelo no meio. Parece de brinquedo ou uma espécie de jogo de encaixes, mas o edifício acima abriga 82 apartamentos e tem uma estrutura complexa que não é brincadeira. A construção, chamada Community in a Cube – CIAC, fica na cidade britânica de Middlesbrough e foi desenvolvida em 2012 pelo coletivo de design de arquitetura londrino FAT – Fashion Architecture Taste.

O CIAC tem um aspecto lúdico, mas história nem tanto. O projeto começou a ser concebido em 2004 pelo aquiteto Will Alsop como parte de um plano diretor de obras para a região das antigas docas da cidade. A crise na economia paralisou os outros projetos que giravam em torno da ideia, e, hoje, o CIAC é a única parte concreta.

O prédio de nove andares engloba três níveis de estilos diferentes. No térreo, há um chalé de vigas de madeira que deve se tornar um pub para a comunidade local. Junto dele, uma fileira de lojas que servem de base para o segundo nível, formado pelo bloco de apartamentos. Por último, há duas casas tradicionalmente inglesas no topo da construção. Destoam de todo o resto do projeto, são como a cereja do bolo.




Os arquitetos usaram vários tipos de materiais para deixar o edifício com um apecto pitoresco e conseguir criar diferentes tipologias de construção. O exterior, por exemplo, é revestido por tijolos arroxeados, enquanto o interior recebe vigas de madeira decoradas com faixas pretas. A fachada interna principal, também de madeira, recebeu perfurações triangulares, circulares e quadradas, que funcionam como janelas. No lado oposto – as costas do prédio –, a parede foi adornada com estampas geométricas em rosa, verde, azul, cinza e branco. De cada ponto que se olha, parece uma construção diferente.

Mesmo sendo tão peculiar em relação à paisagem ao seu redor, o edifício tem uma ligação com o “mundo exterior”. A circulação liga o jardim interno a uma praça, encorajando a interação entre os espaços privado e público. De acordo com Sean Griffiths, um dos diretores do FAT, a ideia era mesmo que o projeto se tornasse uma espécie de aldeia urbana. Uma comunidade cuja identidade estaria refletida em elementos arquitetônicos díspares unidos, num contexto que, à primeira vista, parece não fazer sentido.










Fonte: Casa Vogue

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