domingo, março 17, 2013

Cores e luz



Vivemos em um mundo de cores. No entanto, devemos lembrar que os objetos que vemos ao nosso redor somente possuem cor porque são iluminados.




Esta sala de estar projetada por Cristina Barbara ganhou uma iluminação, da Puntoluce, mais aconchegante com um nível de IRC menor proporcionado pela fita de LED AR70, posicionada atrás da tevê e pelas sancas com T5. As dicroicas de 50 W garantem uma iluminação mais pontual.




Na sala, as arquitetas Andrea Teixeira e Fernanda Negrelli optaram por luzes halógenas dicroica e AR 70, embutidas no forro. No abajur, da Entreposto, fica a lâmpada incandescente com luz direcionada. A iluminação da LabLuz cria efeito aconchegante, com IRC baixo e lâmpadas dimerizáveis.




Muitas pessoas já passaram pela experiência de vestir uma blusa de cor amena no provador de uma loja e, ao chegar em casa, espantosamente, a blusa tinha uma cor diferente, berrante ou anêmica, mas muito diferente daquela provada. Ou então, depois de se maquiar em sua residência e acertar nos detalhes de um blush suave, levar um susto ao ver no espelho do carro, já na rua, os excessos da maquiagem aplicada, sem entender onde errou. Em artigo divulgado pelo lighting profissional da Avant Gilberto Grosso, pode-se verifica todas essas ocorrências estão relacionadas ao IRC - Índice de Reprodução de Cores, que é a qualidade que uma fonte de luz tem de reproduzir - natural (como o sol) ou artificialmente (como as lâmpadas) - com maior ou menor fidelidade a cor original de um objeto ou ser vivo.


O IRC varia de acordo com o tipo de lâmpada. Muitas têm baixa qualidade de reprodução de cores, alterando a cor natural do objeto para tons menos ou mais acentuados. Essa diferença de cor só é percebida quando se observa o objeto também sob uma luz adequada, ou seja, a luz do sol. Na escala chamada IRC, quanto mais próximo de 100 (índice de referência baseado no sol), mais fielmente as cores serão percebidas.


"A melhor reprodução de cor é dada pelas lâmpadas incandescentes, mas também o resultado pode variar de acordo com sua utilização. Como exemplo de uma iluminação ideal temos o camarim, onde as luzes estão por todos os lugares, inclusive ao redor do espelho, ou seja, não há sombras", explica Guinter Parschalk, designer luminotécnico.


É importante observar que o IRC não está associado à temperatura de cor - luz branca, neutra ou amarela, ou ainda luz fria e quente. Todas essas lâmpadas com temperaturas de cor diferentes podem ter a mesma qualidade de IRC.


Para o olho humano, as lâmpadas com IRC superior a 80 reproduzem bem as cores; abaixo disso, é possível notar a diferença da tonalidade.


Assim, na hora de iluminar, confirme se a lâmpada do ambiente tem IRC adequado para reproduzir fielmente as cores, conforme sua necessidade, principalmente em ambientes como cozinha e banheiro. Em caso de dúvida, tire como base a luz do sol.
Spots halógenos, da Erco, com temperatura de cor de 3.000 K iluminam o ambiente. Sobre a mesa uma luminária especial, da Studio ix/Penha Vidros, com perímetro em RGB (Red, Green & Blue) que pode mudar de cor, e no centro um conjunto de spots halógenos direcionados para a mesa. 


Para um ambiente predominantemente escuro, a iluminação é feita por meio de nichos com lâmpadas fluorescentes T5 de 3.000 K, da Osram, e spots halógenos, da Lumini. Porém sobre a mesa existe um spot halógeno para dar destaque e boa qualidade de luz. Projeto de Guinter Parschalk.





O próprio espaço pede uma iluminação mais suave, com temperatura baixa e cores amenas. Assim, a arquiteta Cristina Barbara optou por utilizar apenas as sancas com luminárias T5, da Puntoluce, e algumas dicroicas para fachos de luz. 
Este espaço, das arquitetas Daniella e Priscilla Barros, localizado no quarto do casal, exige muita iluminação e cores mais nítidas. Assim, foram utilizadas halógena pino 20 W e AR48º orientável no forro, ambas com temperatura branca, de Adriana Fernandes.



Um ambiente que necessita de uma cor próxima à referência da luz solar recebeu luminária T5 amarelada, que se contrapõe à AR70 e à fluorescente T5, da LabLuz, utilizada na bancada. O projeto é de Andrea Teixeira e Fernanda Negrelli.

Fonte: http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/ESCC/Edicoes/91/artigo278911-2.asp

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