quarta-feira, julho 09, 2014

Inspire-se em 12 espaços


Acerte na decoração da sala de TV


Apesar de nossos inúmeros gadgets, a TV ainda é o único aparelho que merece um espaço só para ele na casa. As 12 propostas a seguir mostram por quê.


Clima de loft, FGMF Arquitetos

Um estilo nova-iorquino de viver define esta grande sala, a única do apartamento de 160 m² em São Paulo, onde mãe e filho podem tanto assistir TV quanto receber amigos. Os arquitetos Rodrigo Marcondes Ferraz, Fernando Forte e Lourenço Gimenes, responsáveis pelo projeto, optaram pelo piso de madeira ebanizada para criar, junto aos tijolos aparentes e à laje de concreto, um clima de loft típico da Big Apple. “Propusemos, então, um mobiliário mais confortável e aconchegante, para contrastar com a crueza do envelope”, diz Ferraz. O pé-direito duplo foi todo aproveitado com a estante de madeira laqueada branca – desenho do FGMF executado pela La Classe Marcenaria. O sofá em “L”, adquirido na Micasa, traz uma pitada de cor ao décor, assim como a poltrona Banquete, assinada pelos irmãos Campana.


Pessoal e intransferível, Carmello Arquitetura

A sala de TV integra a área de lazer situada no piso superior desta cobertura dúplex de um antigo apartamento no bairro de Higienópolis, em São Paulo. É aqui que a família e os amigos assistem a filmes e seriados e ainda jogam cartas. “Adotamos cores neutras como base – piso, paredes e cortinas em off-white – e os contrastes ficam por conta dos móveis e objetos dos moradores”, diz a arquiteta Ana Cláudia Carmello. Com poucas paredes livres, a TV de 50 polegadas foi fixada no teto e acabou delimitando a circulação, com a ajuda do tapete marroquino da L’oeil. Toques pessoais estão em toda parte, como o tecido da Zoffany, trazido de Londres, que reveste o sofá da Dpot, e, acima dele, a obra encomendada à artista Adriana Mattos. Na escada, paira uma hélice original de avião dos anos 1940, na Artemobilia.


Vista perfeita, Studio Arthur Casas

Convidativa, a second home no interior paulista é onde a jovem família costuma passar os fins de semana. Para ela, o arquiteto Arthur Casas apostou em materiais orgânicos, como cumaru de manejo sustentável e tijolo antigo de demolição. Esta sala fica no térreo e incorpora a ideia principal do projeto: áreas de convivência generosas com aberturas para a vista do campo de golfe. Por isso, o uso da porta basculante automatizada com vidro único, executada pela S.Naldi. A iluminação automatizada, de Franco e Fortes Light Design, escurece o lado da TV de 65 polegadas e da lareira revestida de limestone Tabac Leather e clareia o outro, sobre o sofá Condado, da Dpot. Cinco pontos de luz apontam para as fotografias de Marcel Gautherot e Peter Scheier. Tapete da Nani Chinellato. Mesas e bancos da Etel.


No escurinho, Edson Lorenzzo

Esta casa nos arredores de São Paulo teve a sala de TV totalmente repaginada: o mobiliário ultrapassado saiu para dar lugar a peças mais atemporais. A família adora receber os amigos e relaxar no sofá modular da Artefacto. Acolhimento foi, portanto, a palavra de ordem que norteou a escolha da paleta cromática: a tinta marrom da Suvinil (cor E176) entra em sintonia com o papel de parede que imita pele de animal e o piso de travertino navona. Por causa da acústica, a TV de 50 polegadas é sobreposta em um painel de couro ecológico preto e tem apoio de duas torres laterais de laca brilhante – execução da Marcenaria Pires. Pontos de amarelo quebram a hegemonia das cores neutras, como as almofadas e o pufe da Galeria Duarte, além dos vasos. O tapete é da Santa Mônica.


TV na varanda, Débora Aguiar

O casal dinâmico e com netos mudou-se de uma casa fora de São Paulo para um apartamento dentro da cidade. Para que a transição fosse tranquila, a arquiteta valorizou os ambientes integrados, mantendo a atmosfera de casa. A pedido dos moradores, a TV de 42 polegadas ficou na varanda, que foi unificada ao living por meio de portas embutidas na alvenaria. Um painel de carvalho envelhecido, executado pela Marcenaria Pimentel, recebe o aparelho – abaixo dele, a lareira de mármore travertino navona resinado, da Marmoraria Athenee, serve também como aparador. As chaises são da Artefacto, e a mesa de centro e o aparador, da Tora Brasil. O sofá de fibra conjuga o estilo rústico do terraço com o conforto desejado.


O que vale é a arte, Dado Castello Branco

O primeiro pedido do casal de colecionadores proprietários do apartamento na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, foi valorizar as obras de arte. Não por acaso, imperam os tons de cinza e bege neste espaço, usado pelos moradores e seus amigos. Sem muitos segredos, a TV de 50 polegadas fica à frente do sofá, da Atrium, forrado com tecido Paris Texas, da Wallpaper. Mas há um pulo do gato: a cadeira de rodízios Sherlock, da Etel, foi estrategicamente colocada à frente do móvel laqueado, executado pela Marcenaria Plancus, já que o ambiente ainda é usado como escritório. O projeto de iluminação de Maneco Quinderé enaltece os quadros de Nelson Leirner acima do sofá, além da peça de Leda Catunda, ao lado do televisor. Quando necessário, a luz natural é controlada pelo abrir e fechar da persiana da Arthur Decor e xales da Wallpaper.



Cinema disfarçado, Maurício Arruda

O arquiteto Maurício Arruda não é muito ligado em televisão. Sendo assim, queria um ambiente o mais flexível possível. “A ideia era que a sala de TV, que é integrada ao living, pudesse ser usada para receber os amigos também”, revela ele, sobre o espaço no apartamento em São Paulo. “Por isso, o banco de Sergio Rodrigues foi colocado abaixo da TV”, afirma. O sofá da Vitra e a poltrona Mole vintage, do mesmo Sergio Rodrigues, conferem o aconchego necessário aos momentos de relax. Para realçar as várias fotografias e obras de arte, Arruda optou por paredes brancas. Repare que a própria TV é parte de uma composição com a fotografia de Felipe Morozini (acima) e a pintura de Rodrigo Cunha, da Zipper Galeria (ao lado), disfarçando a presença do aparelho no décor.


Sob olhar do Cristo, Carolina Escada e Patricia Landau

A foto não mostra, mas a Cidade Maravilhosa é o pano de fundo da sala de TV e living deste apartamento no Rio de Janeiro. Destaque no ambiente, a janela redonda serve de moldura para a vista do Cristo Redentor, além de dialogar coma poltrona Up, design Gaetano Pesce para a B&B Italia. Com iluminação por arandelas, o espaço tem base neutra, em que predomina o cinza claro. “A cor contrasta com o verde que cerca a construção”, explica Patricia Landau. O confortável sofá em que a família relaxa é da Ovo. À sua frente, a TV de 46 polegadas paira sobre um aparador com gavetas, solução para organizar filmes e equipamentos. A série de três fotos é assinada por Lucas Zappa, e a imagem maior, por Kitty Paranaguá.


Música para os olhos, Lucchesi & Razuk Arq + Interiores

A sala de TV da casa paulistana é o lugar que os moradores escolheram para guardar algumas paixões: os instrumentos musicais e um fliperama. Sobre os tons neutros, a arquiteta Carolina Razuk Leibl aplicou toques de cor. Como os proprietários não gostam de televisão na parede, um aparador da Poliform, na Casual Interiores, sustenta o aparelho. O sofá, também da Poliform, segue o estilo despojado. “Optamos por um modelo com almofadões, em vez de um mais estruturado – assim criamos um clima cozy”, diz Carolina. O tambor é da Micasa e as almofadas coloridas, da Missoni. Tapete da By Kamy.



Navy despojado, Paola Ribeiro

Decorada em estilo náutico, a sala de TV da casa em Búzios, RJ, tem marcenaria feita sob medida por Francisco Rodriguez, de Tiradentes, MG. A TV de 50 polegadas foi centralizada em frente ao sofá da Elle et Lui Maison, debaixo de uma moldura que esconde a espessura do aparelho. O móvel abaixo, executado com madeira de demolição e laca branca, tem portas de madeira ripada: “Um estilo mais despojado e chic”, define Paola Ribeiro, autora do projeto. Lembranças de viagens e fotografias da família são elementos-chave na decoração. Para abrigá-los, a arquiteta criou um painel sobre a parede do sofá. “Nele, dispusemos nichos embutidos com prateleiras para objetos e um central maior para as fotos”, aponta.


Praia na cidade, David Bastos


Não parece, mas estamos em uma morada legitimamente paulistana. Pé-direito alto e luz natural abundante dão um perfume de casa de praia (ou de campo) ao home theater. Partindo desse ponto, David Bastos apostou na base branca para inserir cores nos móveis e acessórios, a exemplo do sofá de couro, da Artefacto, e da poltrona listrada, da Gervasoni, na Casual Interiores. O grande móvel branco, desenhado pelo arquiteto e executado pela Marcenaria Omni, dá unidade ao ambiente e abriga a TV, que divide espaço com livros, objetos decorativos e obras de arte. As duas fotografias no alto são de Pierre Verger. Na outra parede, fotos de Alexandre Orion. Tapete da Moroso e luminária da Vitra.


Ponto de Cor, Toninho Noronha

Concebida para um casal com filhos adolescentes, a sala de TV integrada ao living funciona também como home office. Toninho Noronha sugeriu um ponto de cor para este ambiente, com o intuito de quebrar o excesso de neutralidade do cinza e do bege. A estante com acabamento de laca branca fosca, que abriga TV, equipamentos e objetos, ocupa “uma parede falsa de madeira, criada em frente à parede de alvenaria para embutir os nichos laterais e inferiores”, conta o arquiteto. Os móveis dialogam com a sala de estar vizinha, como o sofá e a mesa lateral, ambos na Casual Interiores, além da poltrona, da Living Divani, na mesma loja – sobre tapete da By Kamy. A mesa de centro, da Marché Art de Vie, com acabamento de poliéster, é o foco das atenções. Quadros de Antonio Bandeira e escultura de Ascânio MMM.


* Matéria publicada em Casa Vogue #346

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