quinta-feira, julho 10, 2014

Um legítimo loft


Construído nos anos de 1970, o apartamento passou por diversas intervenções para alcançar o estilo pretendido





Visto com frequência em filmes americanos, esse estilo de morar tem conquistado cada vez mais adeptos no Brasil, principalmente entre jovens casais e solteiros. 


As características principais são poucas paredes - promovendo a integração de ambientes e aumentando a sensação de amplitude -, instalações e concreto aparentes, que podem contribuir para a economia da obra, pois dispensam algumas fases de acabamento, além de materiais que remetem a galpões e fábricas, dando um ar de improviso ao lar. 


A partir desse perfil, o arquiteto Tiago Curioni traçou as diretrizes para adaptar um layout de mais de 40 anos às necessidades de uma planta mais moderna, com poucas divisões e mais pontos elétricos e hidráulicos, devido ao aumento de equipamentos eletrônicos usados no dia a dia.

Obra


O jovem proprietário gosta de cozinhar e receber os amigos, por isso a cozinha recebeu grande atenção durante a reforma. "Demolimos a parede que fazia divisão entre a sala, a cozinha e o quarto de empregada para melhorarmos o espaço de circulação e eliminarmos as barreiras visuais, permitindo maior incidência de luz natural, proveniente das grandes janelas da cozinha e da sala", diz o arquiteto. Para organizar os livros do morador, prateleiras e um sofá-baú de marcenaria foram construídos, formando uma pequena área de leitura entre a sala de estar e a cozinha.




Problema

Como o imóvel tem mais de 40 anos de construção, a parte elétrica e a hidráulica não eram compatíveis com a quantidade de pontos necessários para o número de aparelhos, lâmpadas e toda a tecnologia abarcada no projeto. Dessa forma, o arquiteto precisou refazer as instalações, que agora são formadas basicamente por perfilados e eletrodutos de ferro galvanizado, aparentes por todos os cômodos. Essa etapa da obra custou R$ 1.500 e permitiu a implantação de trilhos com spots cênicos, que saíram por R$ 17,50 cada, substituindo as dicroicas embutidas no gesso, comuns em projetos contemporâneos. Pendentes cônicos em alumínio compõem a iluminação da bancada de refeições e custaram R$ 80 cada.










Efeito especial

Na sala de TV, o arquiteto criou um painel revestindo a parede original com tijolinhos de demolição, que saíram por R$ 1,20 a uinidade, e em seguida aplicou um pórtico de gesso. A iluminação feita na vertical com fita de LED nas laterais confere profundidade, dando a impressão de haver um corredor atrás da TV. "O objetivo era compor um jogo de luz e sombra que evidenciasse o relevo dos tijolinhos", explica Tiago.



Separados pelo acabamento
Para caracterizar o estilo industrial, as paredes divisórias foram removidas e toda a demarcação dos ambientes agora é feita pelo mobiliário e pelos acabamentos das paredes, que foram pintadas com tinta acrílica fosca, na cor cinza (Chuva de Verão), da Coral, e das vigas estruturais, mantidas em concreto aparente, que destaca os pórticos do loft. Para aumentar o conforto visual, o arquiteto instalou rodapés de MDF branco, da Eucafloor, que custam cerca de R$ 70 o m².



A marcenaria suspensa facilita a limpeza e deixa o ambiente mais leve. O nicho ao lado das gavetas serve como sapateira

Marcenaria

Toda a marcenaria foi executada em carvalho americano - uma madeira clara em tons mel e dourado -, que se harmoniza com a cor de madeira Nogal usada no piso e com o concreto aparente das vigas. "Buscamos um acabamento o mais natural possível e que, combinado aos demais revestimentos, trouxesse um ar masculino à suíte", diz o arquiteto. A marcenaria completa, com cama, armários, criados-mudos e o gabinete do banheiro, custou R$ 10 mil. O suporte giratório possibilita ao morador assistir a TV em diferentes ângulos do quarto e custou R$ 129.









Resultado
"Não é sempre que encontramos pessoas que topem uma proposta como esta, cheia de características industriais, sem muitas paredes, instalações expostas, dando carta branca para criarmos espaços originais e diferentes do que encontramos por aí. Me preocupei em retribuir a confiança depositada, entregando um projeto harmônico, pautado pela eficiência e qualidade dos materiais", diz o arquiteto, satisfeito pelo trabalho desenvolvido. Os materiais utilizados foram escolhidos partindo do princípio da durabilidade, para que o morador não se preocupasse com uma nova reforma tão cedo. Além disso, a masculinidade solicitada pelo jovem, foi respeitada sem carregar os ambientes.

Projeto Tiago Curioni




fonte: http://construirmaispormenos.uol.com.br/ESCM/economia-obra/44/artigo313523-2.asp



































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