terça-feira, fevereiro 10, 2015

Planta sem limites




A parede entre o quarto e a sala foi eliminada, trazendo o conceito aberto ao imóvel antes compartimentado


Com apenas 49 m² e um layout dividido, o espaço para circulação neste apê ficava ainda mais reduzido. O problema motivou o morador a encabeçar uma reforma de adaptação, projetada pelas arquitetas Fabiana Ferré e Laura Sturari Missfeld, do escritório Studio 910. Com apenas dois meses de duração, a obra incluiu a troca pontual de revestimentos e a demolição da parede divisória que prejudicava a fluidez do local: a alvenaria que separava o quarto da sala. Além disso, diversas boas sacadas permeiam o projeto, como a escolha dos materiais e a disposição dos móveis - que delimitam cômodos diferentes no mesmo espaço e criam novas áreas de uso. A reforma custou R$ 1.020 o m².

MADEIRA E LUZ
Outro destaque da sala é o painel da TV, feito com madeira de demolição (2,50 x 1,95 x 0,05 m), que trouxe aconchego ao projeto. Todos os móveis foram desenhados pelas profissionais do Studio 910 e executados pela Vital Marcenaria, etapa que ficou em R$ 25 mil. A iluminação embutida faz parte das mudanças. Fabiana e Laura sugeriram um forro de gesso tabicado, com pontos de luz amarelada, para aquecer o living. O projeto luminotécnico ficou em R$ 3.700, para a parte de material e mão de obra, mais R$ 4.500 para as lâmpadas e demais componentes elétricos.








1 Bancada multifuncional
Feita em MDF com acabamento em laca branca brilhante, a bancada tem dupla função. O móvel começa na cozinha, onde é usado para as refeições, e termina na sala de estar, fazendo as vezes de prateleira. Presa à parede com fixador invisível, a peça tem 120 c m reservados para primeira função e 195 cm para a segunda. Logo acima, o tampo da meiaparede da cozinha, revestido com granito preto São Gabriel, funciona como bancada de apoio. Os pendentes (TYG) foram arrematados na Office Lux. 












2 Marcenaria planejada
A cozinha é estreita: tem 2,59 x 1,65 m. Para aproveitar o espaço disponível, a arquiteta decidiu concentrar todos os móveis e eletrodomésticos na parede da pia. Assim, sobrou 1 m para a circulação livre, medida suficiente e confortável para o dia a dia. Outra alteração resultante da obra foi a troca da bancada da pia. O novo modelo tem 1,84 x 0,65 m e acomoda também um cooktop. Repare que há desníveis na superfície - eles impedem que a água chegue até a área destinada à cocção. Outra boa sacada é o frontão, mais alto do que o convencional. A peça tem 15 cm para evitar respingos na parede.















Os instrumentos musicais foram colocados no espaço antes destinado à sala de jantar. Com a bancada funcional, a arquiteta conseguiu liberar a área para o hobby do morador





3 Integração na medida
Uma coisa é certa: o projeto ficou muito mais amplo depois da remoção da parede de drywall que dividia a sala do quarto. O fato de ser desse material facilitou muito o trabalho e poupou gastos com caçamba e mão de obra. Para delimitar os dois ambientes, a arquiteta planejou um móvel (0,70 x 2,60 x 0,23 m) que custou R$ 1.600 e servepara armazenar CDs e DVDs do morador. A nova configuração ainda permitiu que os ambientes ficassem com boa área: 10,5 m² para o living e 10 m² para o quarto. Fabiana embutiu fita LED na sanca do forro de gesso, efeito que valoriza o projeto. O ponto central de iluminação foi desenvolvido a partir de um nicho recortado no próprio gesso. "Instalamos uma luminária dentro dele", comenta a profissional.





4 Guarda-roupa embutido
Eles podem até custar mais caro, mas acredite: fazem toda a diferença em metragens reduzidas. Os móveis planejados são moldados de acordo com o espaço disponível, por isso aproveitam cada centímetro. Neste projeto, o armário custou R$ 8 mil e foi desenhado em "L", ganhando mais uma porta. Para arrematar a composição, Fabiana e Laura escolheram tacos de perobinha (10 x 40 cm) para o piso (R$ 210 o m², na Assoalhos Monet). As paredes foram pintadas com tinta acrílica premium, no tom Algodão Egípcio, da Suvinil. O galão de 18 l sai por R$ 258,90 na Leroy Merlin.


Fonte: http://construirmaispormenos.uol.com.br/ESCM/economia-obra/51/artigo338266-2.asp


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