quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Reforma radical traz conforto ao lar estreito





A morada ganhou uma planta marcada pela alternância entre cheios e vazios. O jogo começa na sala de estar, encimada pelo quarto. O ambiente continua e ganha pé-direito duplo até que se chega à cozinha, sobre a qual está localizado o banheiro. Aparece então um pátio central e depois alcança-se a lavanderia – acima dela fica o quarto de hóspedes.

Nenhuma parede divide o térreo; no piso superior, um corredor intercalado por passarelas metálicas conecta todo o primeiro andar. Assim o cliente ganhou o que queria: bastante integração e espaço para estacionar a moto na sala.

Os interiores foram decorados em três variações de cinza – uma estratégia para mantê-los discretos, mas não monótonos. O piso é de porcelanato com cores semelhantes ao cimento queimado, enquanto as paredes foram pintadas e revelam os tijolos de barro originais. O toque de cor ficou por conta da madeira usada nas escadas e mobília.



Os arquitetos concentraram armários em uma das laterais. Assim é possível mudar à vontade a configuração dos móveis com design brasileiro da Oppa. A iluminação artificial marca os caminhos sutilmente, reforça a textura das paredes e cria um ambiente aconchegante na casa à noite.

O pátio central é o coração do lar, por isso ganhou cobertura de pedriscos e um jardim vertical. Ali se percebe a engenhosidade da passarela de chapas de aço, que deixam o sol do meio-dia banhar o chão. Para ganhar durabilidade, a estrutura foi coberta com zarcão e tinta.

A luz natural inunda o novo layout da casa: penetra pelo pátio, janelas e uma claraboia sobre a escada de madeira. A ventilação cruzada também favorece o conforto. O ar frio entra pelas grades da varanda, expulsando o calor pelo átrio. Nada mal para um lar que não via sol e frescor há muitos anos.













































Derrubar paredes para o sol entrar



Algumas casas começam em mesas de jantar, outras em poltronas de reunião, mas essa ganhou nova vida em um balcão de livraria. Os arquitetos do escritório Figueroa estavam fazendo compras quando o dono da loja reparou nos volumes e perguntou se eles faziam reformas. A morada do jovem empresário no bairro paulistano de Perdizes necessitava desesperadamente de uma transformação.

A casa geminada de 4 x 20 m possuía planta bastante dividida, o que dificultava a ventilação. A luz natural vinha apenas da fachada e de um minúsculo pátio. Para piorar, infiltrações prejudicavam a estrutura e o lar tinha problemas de umidade.

Os autores do projeto, Mario Figueroa, Letícia Tamisari e Marcus Vinícius Damon, optaram por uma reforma radical. A equipe de obra deixou de pé apenas fachada, paredes laterais e de fundo. Enquanto demoliam as divisórias e pilares, montavam a estrutura metálica, para prevenir que as casas ao lado fossem atingidas. "Queríamos evitar um efeito dominó", conta Figueroa.


Fonte: Casa Vogue

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