segunda-feira, setembro 26, 2011

Evolução histórica dos estacionamentos



Um dos aspectos marcantes do século passado e que ainda permanece atual é o fenômeno da motorização na vida do homem, em suas diversas atividades, especialmente em seu transporte.

A mudança aparente mais notável em nossas cidades é a invasão de milhões de veículos a motor. Os usamos continuamente para ir à escola, trabalho, fazer compras, transportar coisas, passear, etc. Os veículos a motor são, talvez, o fator mais importante para o desenvolvimento de nossas cidades, na comunicação entre os homens, no comércio, nas atividades produtivas e em nossos costumes. Ao mesmo tempo em que o homem adicionou o veículo a motor a sua vida diária, teve que construir caminhos e modernizar as vias de suas cidades. Um pouco mais tarde se deu conta que uma boa parte do tempo o veículo requeria um lugar para ser guardado enquanto seus usuários desenvolviam suas atividades habituais. Para ele devia agregar algo às vias: um lugar para guardar os veículos depois de cada viajem.

Em princípio, utilizou-se para esse fim a própria via pública. Logo verificou-se que nos centros das cidades e ao largo das ruas importantes isso se tornava conflitante porque se necessitava de todo o espaço da via pública para a circulação dos veículos. Deu-se conta, finalmente, de que devia proporcionar ao veículo, um lugar próprio para estacionamento, também fora da via pública e assim foi como nasceram os terrenos e os edifícios de estacionamento.


Adaptar os primeiros terrenos baldios para usá-los como estacionamento de automóveis não apresentou muitas dificuldades; entretanto, o melhor aproveitamento do terreno e a exploração comercial dos lotes de estacionamento não são tão fáceis como se parece e tem requerido a intervenção de pessoas e empresas experimentadas na matéria. Com relação ao projeto e concepção de estacionamento, onde à pouco mais de 60 anos nasceram os primeiros, ainda encontramos em nossas cidades estacionamentos que carecem de tecnologia e estrutura adequadas. Os fatores que devem compor a concepção, projeto e exploração de um estacionamento, para a adequação da oferta e da demanda de espaços, são:

- o projeto geométrico e viário;
- a sinalização horizontal e vertical;
- a comunicação visual
- o regime de entrada e saída de veículo;
- a tecnologia aplicada, entre outros.

A falta de aplicação desses conhecimentos na implantação de um estacionamento ocasionam soluções errôneas e estacionamentos completamente desestruturados.
Nesse contexto, a BrasilPark é reconhecidamente umas das melhores empresas especializadas em planejamento, administração e operação de estacionamentos, oferecendo aos seus parceiros e clientes uma completa estrutura operacional e administrativa, que seguem avançados padrões de qualidade e tecnologia.


Os primeiros estacionamentos foram na rua


Os primeiros espaços de estacionamento existiram nas ruas das cidades e nas garagens de casas de pessoas que possuíam maiores recursos financeiros. De forma natural começou-se a utilizar os espaços próximos aos comércios, edifícios de comerciais e em frente às casas. A procura de espaços de estacionamento foi crescendo em proporção direta ao crescimento dos comércios, negócios e da quantidade de pessoas e veículos que se concentravam especialmente na zona central das cidades.


Em princípio, as ruas principais das cidades, no início do século, admitiam-se o estacionamento de veículos sem restrições. Esta prática durou muitos anos naquelas ruas cujas dimensões assim permitiam. Esse tipo de estacionamento, formando ângulo com a calçada, tem o inconveniente de ser perigoso se o volume do trânsito nas ruas é acentuado. Especialmente a manobra de saída do estacionamento representa um risco maior do que o estacionamento em paralelo à calçada.
Muito rapidamente, a quantidade de veículos estacionados nas ruas começou a apresentar problemas. Os principais aspectos negativos produzidos são: 

a) redução da capacidade da rua;
b) a medida que aumenta a demanda, os condutores tem que caminhar maiores distâncias e,
c) estacionamento em fila dupla.



Mas é especialmente grave o efeito produzido a circulação viária, ao passo que a acumulação de veículos estacionados e aqueles buscando um lugar de estacionamento constituem um dos principais fatores de geração de congestionamento em nossas cidades importantes. A prova disso é que, nas cidades que contam com uma boa oferta de estacionamento fora das ruas, existe menos congestionamento.
O que no princípio foi uma vantagem, o poder de utilizar o estacionamento nas ruas, logo se tornou um problema muito sério. Foi nesse momento que os estacionamentos tomaram grande importância para a vida comercial e econômica das grandes cidades.



Estados Unidos


A extraordinária produção de automóveis que se iniciou depois da primeira guerra mundial, motivou os inventores de várias cidades dos Estados Unidos a construírem edifícios de estacionamento e habilitar terrenos para tal fim. Foi uma resposta franca a demanda de estacionamentos, já que o congestionamento das ruas afetava muitos os centros urbanos.

Um edifício foi construído em 1926 em Winston Sanem, Carolina do Norte. Nele, se utilizaram de plantas de níveis alternados e rampas retas.
Um notável edifício de estacionamento foi construído em Nova Iorque, em 1928. Recebeu o nome de Kent Garage e possuía 24 pisos, com elevadores. Tinha capacidade para guardar 2.000 veículos.



As primeiras legislações sobre estacionamento a que se tem registro, foi um de Columbos, Ohio, de agosto de 1923, que fixava o registro de prover espaços de estacionamento em relação com novos conjuntos de moradias multifamiliares. Em março de 1939, foi aprovada uma lei que obrigaria estacionamentos em hotéis e hospitais.

A partir da década de 20 se iniciou a incessante construção de estacionamentos de todos os tipos, que permitiram o crescimento da oferta, porém, não ao mesmo tempo que o crescimento da demanda. Sem embargo, essa ação permitiu que as ruas das grandes cidades continuassem a alojar o incremento de veículos. Uma das primeiras intenções em regular o uso da via pública para se obter um maior rendimento de cada espaço de estacionamento disponível na rua, foi a instalação de parquímetros, o equipamento que controla o tempo do veículo estacionado.


Esse dispositivo foi iniciado na década de trinta. Em Seatle, Washington, se tomou a decisão de instalar esses equipamentos em 1942, onde foram instalados 1.600 equipamentos, mesmo sob o protesto dos comerciantes do centro, que a cobrança de um valor para uso da via pública afastaria os seus clientes. Os estudos realizados posteriormente constataram um aumento de 30% na rotação dos espaços o que afastou a maioria dos usuários que utilizavam o estacionamento por maior período de tempo. Os motoristas encontravam vagas mais facilmente e os comerciantes comprovaram um aumento nas vendas.

Para se ter uma idéia da quantidade de cidades que já contavam com estacionamentos públicos nos Estados Unidos, na década de quarenta, de 875 cidades, 350 já operavam com um ou mais estacionamentos no centro da cidade.


Imagem de edifícios de estacionamentos com estruturas que podem ser desmontadas e transladadas a outro lugar. Los Angeles, Califórnia

Um dos fatores que contribuíram para equilibrar a oferta com a demanda nos Estados Unidos foi a criação de órgãos governamentais que foram formados com o propósito específico de incentivar a construção de estacionamentos de serviços públicos.





Europa

A Alemanha foi um dos primeiros países da Europa que se empenhou a atender a demanda de espaços de estacionamento. Apesar da derrota sofrida na primeira guerra mundial (1914-1918), na década de vinte, cresceu muito o número de veículos, prejudicando a fluidez da circulação de veículos nas grandes cidades. Já em 1925 a demanda de veículos em Berlim motivou a construção de um edifício de estacionamento, de vários pisos. Por volta dessa data, em Stuttgard, foi construído um edifício de estacionamento com sistema de rampas.

Mais adiante a Ordem dos estacionamentos de Reich, de 1939, estabeleceu pela primeira vez na Alemanha, a base legal que obrigava tanto os proprietários como os construtores a proporcionar os espaços necessários de estacionamento em novas construções, assim como nas reformas e ampliações.

É interessante reproduzir uma parte da introdução da citada Ordem, que dizia:

“O aumento do número de automóveis nas vias públicas exige que as superfícies abertas ao trânsito estejam livres e desimpedidas e sejam ocupadas o menor tempo possível por automóveis parados. Para tal fim é necessário que, quando tenham que estar usualmente muito tempo parados, fiquem estacionados fora da via pública”.

Em 1967 já haviam 26.000 vagas de estacionamentos disponíveis somente no centro de Hamburgo.

Em 1956 foi construído o Centrum Garage, de 350 vagas no centro de Kassel, operando com o sistema de rampa contínua.
No centro de Berna, Suíça, em 1954, foi construído um estacionamento com dois pisos subterrâneos.

Na França se apresenta um caso interessante de estacionamento. A praça Victor Hugo estava ocupada por um mercado deteriorado. Em 1957 a Societé dês Grands Parkings du Sud-Ouest firmou um convênio com as autoridades municipais para construir, em cima, um edifício de estacionamento. Foi construído um edifício combinado, com mercado e um total de 650 vagas de estacionamentos, que funciona com êxito.

Em Milão, Itália, se construiu um notável edifício, em 1965, com sistema de elevadores. A planta é elíptica e era, na época, o estacionamento com escavação mais profunda do mundo, com aproximadamente 27m.
 


Difícil encontrar lugar mais monótono do que um estacionamento de shopping, certo? Aqueles carros e pilares a perder de vista e sinalizações pelo chão capazes de fazer você esquecer rapidamente onde estacionou seu automóvel… Bem, nem sempre. Se parecia impossível fazer algo diferente num lugar como esse, arquitetos e designers estão provando que até um estacionamento pode ter um design inovador e sair do lugar comum.








fonte: http://www.brasilpark.com.br/noticia3.asp
http://www.chivalryclub.com.br/blog/estacionamento-permitido/ 

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