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quinta-feira, julho 18, 2019

Janelas, claraboias e escolhas sustentáveis


Casa aposta no vidro e na reutilização de materiais



Gosto e estilos à parte, não erra quem afirma que a boa arquitetura contemporânea é feita de soluções práticas, a partir dos (cada vez mais escassos) recursos existentes. Para ampliar uma casa em Sydney, na Austrália, o projeto do arquiteto Christopher Pollyapenas acrescentou espaço aos dois andares que já existiam, no lugar de reerguer outra construção. O restante da casa foi revitalizado com mudanças simples, como a substituição de materiais e a abertura de janelas e claraboias.

O espaço anexado se incorporou ao restante da morada, seguindo a configuração arquitetônica original, que remete à forma de uma catedral. A escada, criação do novo projeto, integra os dois andares por meio de um pequeno mezanino com vidro. Por falar no material, ele ocupa posição de destaque na residência. Encontra-se em múltiplas janelas, além de ocupar o lugar de algumas paredes e partes do telhado.

A utilização do mesmo vidro em portas de correr e janelas que se abrem de forma criativa resultam num lar em que o nível de luz e a sensação térmica podem ser facilmente controlados. Esta segunda função é ajudada por paredes com forte isolamento. A priorização do vidro para a ventilação e para a entrada de luminosidade, além de garantir um lar sempre agradável, abre a construção às duas árvores do jardim, proporcionado uma sensação de proximidade com a natureza.

Seguindo a filosofia da reutilização, tijolos de demolição foram usados para reforçar as paredes, aumentando o isolamento térmico. Para evitar o sacrifício de novas árvores, empregou-se madeira antiga para revestir o deque do jardim.

A decoração que complementa o projeto arquitetônico se pauta basicamente no branco e na madeira, com pequenas inserções de cor em alguns objetos, como almofadas e centros de mesa. Nota-se também uma ou outra peça assinada, como os banquinhos transformados em mesa de centro da sala de estar, desenhados por Alvar Aalto. Um projeto onde ideias simples têm resultados grandiosos.

































Fonte: Casa Vogue 

quarta-feira, setembro 16, 2015

Em Bangladesh, casa sustentável flutua em época de inundações



Projeto tem oito mil garrafas PET em sua estrutura e valoriza o uso de recursos naturais





Uma casa que flutua com o aumento do nível da água durante a época de chuvas e que retorna ao solo quando as cheias passam. Essa é a proposta da Casa Lift, desenvolvida por Prithula Prosun, em Daka, Bangladesh, pensada para as comunidades pobres que vivem em locais vulneráveis às enchentes que têm sistemas inadequados de drenagem.

A casa, revestida de bambu, fica estável na forma vertical graças a uma base oca de ferro-cimento. A base funciona como uma barca de concreto, onde se encaixam duas estruturas de bambu preenchidas por mais de oito mil garrafas de plástico usadas, formando as unidades "anfíbias" da casa. O seu projeto, com duas cozinhas e duas unidades flutuantes, é capaz de abrigar duas famílias.

A Casa Lift, cuja sigla Low Income Flood-proof Technology significa "tecnologia de baixo custo à prova de inundações", foi criada para ser autossuficiente, de forma a aproveitar os recursos naturais, não estabelecendo conexões com os sistemas de abastecimento urbanos.

A água pluvial é filtrada durante a época de chuva por filtros próprios da casa, e a eletricidade é obtida por dois painéis solares. Um sistema de fossa, compartilhado pelas duas áreas anfíbias, permite a coleta dos dejetos humanos para produzir adubo, enquanto a urina é levada por uma tubulação subterrânea para servir de nutrientes ao jardim.

A escolha do bambu se deu por seu baixo custo e pelos benefícios ambientais. Colocada em prática em janeiro de 2010 após ter recebido uma bolsa do Centro Internacional de Pesquisas para o Desenvolvimento (IDRC), a Casa Lift hoje é o lar de uma família de cinco pessoas.

terça-feira, julho 07, 2015

Hotel chileno reverencia o deserto


Projeto sustentável acolhe visitantes no Atacama



Com seus 105 mil km², o deserto de Atacama é considerado o mais alto e mais frio do mundo, com amplitudes térmicas que facilmente superam os 35°C. É também uma das áreas mais áridas do globo terrestre, já que a combinação entre a altitude elevada e as correntes oceânicas frias impede precipitações mais importantes, fazendo com que algumas de suas regiões fiquem mais de 400 anos sem receber chuvas.

A aridez da região foi um dos elementos utilizados pelo arquiteto Francisco Guerrero, do escritório chileno Guerrero y Junemann para a construção do Alto Atacama Desert & Lodge Spa, em San Pedro de Atacama. O projeto levou anos para ser aprovado, tanto pela comunidade indígena como pelo governo local, exigindo acompanhamento para a manutenção do entorno. O resultado foi uma profunda integração à paisagem, com impacto mínimo sobre o meio ambiente e uma filosofia cultural e ambiental voltada para a preservação.



O resultado é um verdadeiro oásis de 3.720 m², com 61 quartos de vistas privilegiadas, seja a Cordillera de la Sal ou os belos jardins internos, criação da paisagista Veronica Poblete, especialista no altiplano andino. Para o Alto Atacama, reproduziu um microcosmo do deserto com base na utilização de matérias-primas e mão-de-obra da região. A coleta de todos os materiais foi feita manualmente – inclusive a produção e entalhe das telhas e tijolos.

A decoração de Enrique Concha também reverencia o deserto, mesclando elementos característicos com tons de terra e tonalidades mais escuras para compensar a luminosidade que vem de fora. A cozinha do povo de San Pedro também está presente no Caur, o restaurante do hotel. Sob o comando do chef Daniel Molina, mescla influências mediterrâneas com ingredientes frescos e orgânicos, entregues diariamente por produtores locais.

A área de lazer conta com seis piscinas de diferentes temperaturas e tamanhos, mais uma jacuzzi ao ar livre. Para mexer o corpo, há guias habilitados para conduzir os hóspedes em trilhas de mountain bike, caminhadas, escalada no vulcão, passeio a cavalo nas dunas e visitas aos gêiseres e ruínas incas. Para descansar, o hotel abriga o Puri Spa, considerado um dos melhores da América Latina. Utilizando a água da neve andina, oferece experiências revitalizantes em massagens, saunas e banheiras.


































































Fonte: Casa Vogue 

sábado, março 21, 2015

G-Pod: sua casa construída em 3 horas




Sobram adjetivos. Autônoma, sustentável, portátil e barata é o que se pode adiantar sobre a G-Pod – um contêiner projetado para se transformar em uma casa.


O projeto desenvolvido pelo arquiteto australiano, Dan Sparks, trata-se de uma residência móvel, composta pela carcaça de um contêiner marítimo reaproveitado. Após ser descarregada no local, leva em torno de 3 horas para ser montada e se revelar uma confortável casa de 35 m².


Com aberturas automáticas e compartimentos retráteis, a casa-contêiner é transportada por uma carreta, junto aos seus componentes de encaixe necessários para realizar a montagem. A parede frontal pode ser aberta, criando-se uma varanda coberta para os moradores, enquanto a parede traseira expande-se, aumentando a área interna do contêiner. A partir dessas medidas, aproveita-se a entrada de luz e ventilação naturais nos ambientes.


No interior, o espaço é compacto, porém funcional, pois inclui escritório, uma máquina de lavar roupas e até uma churrasqueira acompanhada por um banco de alumínio.


Sua construção é considerada ecologicamente correta, pois toda marcenaria é feita de bambu, utiliza-se iluminação de LED, aquecimento de água a gás, captação de energia solar por meio de painéis instalados no teto, telhado verde, sanitários com compostagem e um sistema de coleta de água pluvial.


Devido a sua versatilidade, a G-Pod pode ser alocada tanto em áreas urbanas, quanto rurais e também ser usada como espaço de trabalho.


Perfeita para solteiros, casados ou famílias, a casa-contêiner custa a partir de U$ 49 mil dólares.
Confira no vídeo abaixo o processo de transformação da G-pod:





fonte: http://blogaecweb.com.br/blog/g-pod-sua-casa-construida-em-3-horas/

segunda-feira, dezembro 29, 2014

Londres terá o primeiro hotel de luxo sustentável subterrâneo do mundo



O Hersham Golf Club, localizado em Londres, deve se transformar em breve no primeiro hotel de luxo subterrâneo do mundo. O projeto criado pela Arkin Group Developments e elaborado pelos arquitetos da ReardonSmith está avaliado em 72 milhões de libras.



O hotel será construído em uma área de 16.500 m² e vai ter 200 quartos que estarão abaixo do nível do terreno e serão rodeados por um pátio e jardim submersos. O projeto vai adotar medidas sustentáveis, como cobertura verde, eficiência energética, reaproveitamento de água e recuperação da vegetação local.



Além de embelezar ainda mais o local, a cobertura verde ainda vai melhorar a qualidade do ar, ajudar no sistema pluvial e na acústica, diminuir as ilhas de calor e valorizar o imóvel. O hotel vai oferecer a seus hóspedes SPA, restaurantes, bares de luxo e um clube de golfe.



Segundo os arquitetos, a construção do hotel vai permitir que a paisagem permaneça quase intacta, adotando medidas sustentáveis como eficiência energética, reaproveitamento de água e recuperação de vegetação local.



Fonte: http://www.portobello.com.br/blog/design/16820/

terça-feira, junho 04, 2013

Poste de iluminação pública 100% alimentado por energia eólica e solar



Cem por cento limpeza 
Por GEVAN OLIVEIRA

Empresário cearense desenvolve o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energia eólica e solar



Não tem mais volta.
As tecnologias limpas – aquelas que não queimam combustível fóssil – serão o futuro do planeta quando o assunto for geração de energia elétrica. E, nessa onda, a produção eólica e solar sai na frente, representando importantes fatias na matriz energética de vários países europeus, como Espanha, Alemanha e Portugal, além dos Estados Unidos. Também está na dianteira quem conseguiu vislumbrar essa realidade, quando havia apenas teorias, e preparou-se para produzir energia sem agredir o meio ambiente. No Ceará, um dos locais no mundo com maior potencial energético (limpo), um ‘cabeça chata’ pretende mostrar que o estado, além de abençoado pela natureza, é capaz de desenvolver tecnologia de ponta.


O professor Pardal cearense é o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar. Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste.
Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido. Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. "Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo", esclarece.
Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo. Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Assim como as naceles (pás) dos grandes cata-ventos espalhados pelo litoral cearense, a energia (até 1.000 watts) é gerada a partir do giro dessas pás.
Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo o tempo. Ou seja, um poste com um "avião" – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais). A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento.
À prova de apagão

Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja, é à prova de apagão. Ximenes brinca dizendo que sua tecnologia é mais resistente que o homem: "As baterias do poste híbrido têm autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar".


O inventor explica que a idéia nasceu em 2001, durante o apagão. Naquela época, suas pesquisas mostraram que era possível oferecer alternativas ao caos energético. Ele conta que a caminhada foi difícil, em função da falta de incentivo – o trabalho foi desenvolvido com recursos próprios. Além disso, teve que superar o pessimismo de quem não acreditava que fosse possível desenvolver o invento. "Algumas pessoas acham que só copiamos e adaptamos descobertas de outros. Nossa tecnologia, no entanto, prova que esse pensamento está errado. Somos, sim, capazes de planejar, executar e levar ao mercado um produto feito 100% no Ceará. Precisamos, na verdade, é de pessoas que acreditem em nosso potencial", diz.
Mas esse não parece ser um problema para o inventor. Ele até arranjou um padrinho forte, que apostou na idéia: o governo do estado. O projeto, gestado durante sete anos, pode ser visto no Palácio Iracema, onde passa por testes. De acordo com Ximenes, nos próximos meses deve haver um entendimento entre as partes. Sua intenção é colocar a descoberta em praças, avenidas e rodovias.


O empresário garante que só há benefícios econômicos para o (possível) investidor. Mesmo não divulgando o valor necessário à instalação do equipamento, Ximenes afirma que a economia é de cerca de R$ 21.000 por quilômetro/mês, considerando-se a fatura cheia da energia elétrica. Além disso, o custo de instalação de cada poste é cerca de 10% menor que o convencional, isso porque economiza transmissão, subestação e cabeamento. A alternativa teria, também, um forte impacto no consumo da iluminação pública, que atualmente representa 7% da energia no estado. "Com os novos postes, esse consumo passaria para próximo de 3%", garante, ressaltando que, além das vantagens econômicas, existe ainda o apelo ambiental. "Uma vez que não haverá contaminação do solo, nem refugo de materiais radioativos, não há impacto ambiental", finaliza Fernandes Ximenes.

Vento e sol 
Com a inauguração, em agosto do ano passado, do parque eólico Praias de Parajuru, em Beberibe, o Ceará passou a ser o estado brasileiro com maior capacidade instalada em geração de energia elétrica por meio dos ventos, com mais de 150 megawatts (MW). Instalada em uma área de 325 hectares, localizada a pouco mais de cem quilômetros de Fortaleza, a nova usina passou a funcionar com 19 aerogeradores, capazes de gerar 28,8 MW. O empreendimento é resultado de uma parceria entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a empresa Impsa, fabricante de aerogeradores. Além dessa, a parceria prevê a construção de dois outros parques eólicos – Praia do Morgado, com uma capacidade também de 28,8 MW, e Volta do Rio, com 28 aerogeradores produzindo, em conjunto, 42 MW de eletricidade. Os dois parques serão instalados no município de Acaraú, a 240 quilômetros de Fortaleza.Se no litoral cearense não falta vento, no interior o que tem muito são raios solares. O calor, que racha a terra e enche de apreensão o agricultor em tempos de estiagem, traz como consolo a possibilidade de criação de emprego e renda a partir da geração de energia elétrica. Na região dos Inhamuns, por exemplo, onde há a maior radiação solar de todo o país, o potencial é que sejam produzidos, durante o dia, até 16 megajoules (MJ – unidade de medida da energia obtida pelo calor) por metro quadrado.
Essa característica levou investidores a escolher a região, especificamente o município de Tauá, para abrigar a primeira usina solar brasileira. O projeto está pronto e a previsão é que as obras comecem no final deste mês (abr10). O empreendimento contará com aporte do Fundo de Investimento em Energia Solar (FIES), iniciativa que dá benefícios fiscais para viabilizar a produção e comercialização desse tipo de energia, cujo custo ainda é elevado em relação a outras fontes, como hidrelétricas, térmicas e eólicas.
A usina de Tauá será construída pela MPX – empresa do grupo EBX, de Eike Batista – e inicialmente foi anunciada com uma capacidade de produção de 50 MW, o que demandaria investimentos superiores a US$ 400 milhões. Dessa forma, seria a segunda maior do mundo, perdendo apenas para um projeto em Portugal. No entanto, os novos planos da empresa apontam para uma produção inicial de apenas 1 MW, para em seguida ser ampliada, até alcançar os 5 MW já autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os equipamentos foram fornecidos pela empresa chinesa Yingli.
Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, essa ampliação dependerá da capacidade de financiamento do FIES. Aprovado em 2009 e pioneiro no Brasil, o fundo pagaria ao investidor a diferença entre a tarifa de referência normal e a da solar, ainda mais cara. "A energia solar hoje é inviável financeiramente, e só se torna possível agora por meio desse instrumento", esclarece. Ao todo, estima-se que o Ceará tem potencial de geração fotovoltaica de até 60.000 MW.
Também aproveitando o potencial do estado para a energia solar, uma empresa espanhola realiza estudos para definir a instalação de duas térmicas movidas a esse tipo de energia. Caso se confirme o interesse espanhol, as terras cearenses abrigariam as primeiras termossolares do Brasil. A dimensão e a capacidade de geração do investimento ainda não estão definidas, mas se acredita que as unidades poderão começar com capacidade entre 2 MW a 5 MW.

Bola da vez

De fato, em todas as partes do mundo, há esforços cada vez maiores e mais rápidos para transformar as energias limpas na bola da vez. E, nesse sentido, números positivos não faltam para alimentar tal expectativa. Organismos internacionais apontam que o mundo precisará de 37 milhões de profissionais para atuar no setor de energia renovável até 2030, e boa parte deles deverá estar presente no Brasil. Isso se o país souber aproveitar seu gigantesco potencial, especialmente para gerar energias eólica e solar. Segundo o Estudo Prospectivo para Energia Fotovoltaica, desenvolvido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o dever de casa no país passa, em termos de energia solar, por exemplo, pela modernização de laboratórios, integração de centros de referência e investimento em desenvolvimento de tecnologia para obter energia fotovoltaica a baixo custo. Também precisará estabelecer um programa de distribuição de energia com sistemas que conectem casas, empresas, indústria e prédios públicos.
"Um dos objetivos do estudo, em fase de conclusão, é identificar as oportunidades e desafios para a participação brasileira no mercado doméstico e internacional de energia solar fotovoltaica", diz o assessor técnico do CGEE, Elyas Ferreira de Medeiros. Por intermédio desse trabalho, será possível construir e recomendar ações estratégicas aos órgãos de governo, universidades e empresas, sempre articuladas com a sociedade, para inserir o país nesse segmento. Ele explica que as vantagens da energia solar são muitas e os números astronômicos. Elyas cita um exemplo: em um ano, a Terra recebe pelos raios solares o equivalente a 10.000 vezes o consumo mundial de energia no mesmo período.
O CGEE destaca, em seu trabalho, a necessidade de que sejam instituídas políticas de desenvolvimento tecnológico, com investimentos em pesquisa sobre o silício e sistemas fotovoltaicos. Há a necessidade de fomentar o desenvolvimento de uma indústria nacional de equipamentos de sistemas produtivos com alta integração, além de incentivar a implantação de um programa de desenvolvimento industrial e a necessidade de formação de profissionais para instalar, operar e manter os sistemas fotovoltaicos.

Fonte: Revista Fiec


terça-feira, maio 21, 2013

Casa na Dinamarca será totalmente construída com materiais reciclados


Upcycle House, como é chamada, utilizou desde isolamento térmico feito com jornais nas paredes até telhado produzido a partir de latas de alumínio recicladas


O escritório Lendager Architects, em parceria com a Realdania Byg Foundation, propôs a construção de uma casa composta somente por materiais reutilizados em Nyborg, Dinamarca. A habitação faz parte de um empreendimento que receberá outras cinco casas do tipo.






A "Upcycle House" (algo como "Casa Reutilizada"), como é chamada, tem como intuito desenvolver modelos de residências sustentáveis para substituir as tradicionais casas pré-fabricadas. Cerca de 175 mil dólares foram gastos em sua construção.

Além da preocupação com os materiais usados na estrutura da casa, o projeto também prevê soluções para reduzir os gastos decorrentes de seu uso. A construção foi planejada levando em consideração quatro indicadores: redução nas emissões de CO2 (em comparação feita com as casas tradicionais), preço, operação e manutenção (vida útil esperada e despesas com manutenção) e acessibilidade em relação aos materiais.

A base para a casa, de quatro quartos, foi a reutilização de dois contêineres e molduras de madeira reciclada. Eles foram dispostos sobre uma base isolante, que inclui o reaproveitamento de isopor e garrafas de vidro usadas. As paredes são de drywall, feito com gesso reciclado e preenchido com jornais, que garantem o conforto térmico interno.

A casa ainda conta com uma sala de estar, cozinha e banheiro. O piso é feito de um um composto de plástico reciclado e granulado de madeira. Janelas, tijolos e ripas antigos também entraram no projeto. Já o telhado da "Upcycle House" foi produzido a partir de latas de alumínio recicladas, que são processadas até virarem uma folha usada como cobertura.

Já na primeira fase da construção, a casa apresentou resultados expressivos, de acordo com os arquitetos, com a redução de 75% das emissões de CO2 em relação à obra de casas comuns.






















Fonte: PiniWeb