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quinta-feira, setembro 08, 2011

Isay Weinfeld

Isay Weinfeld privilegia a vista da paisagem de Punta del Este, no Uruguai, em hotel que reúne 20 bangalôs com formas depuradas e materiais rústicos.

Restaurante, spa, bar, piscina e 20 bangalôs distribuídos em 480 hectares: as diferentes edificações unem materiais como concreto, madeira, vidro e pedras para dar forma ao conforto dos visitantes




Como em uma imagem de ovelhas pelo campo, os bangalôs do Hotel Las Piedras estão implantados nos 480 hectares de um terreno em Punta del Este, Uruguai. "São animais que parecem sempre quietos, parados, estáticos.



Uma aqui, outra ali. E achei que os bangalôs tinham que ser como as ovelhas", conta Isay Weinfeld, arquiteto que assina o projeto. "Mas isso é muito subjetivo", adverte logo em seguida - Isay deixa as interpretações para outros tantos olhos, que não os seus. "Não gosto muito de falar dos meus trabalhos. Isso aprendi quando fazia cinema: não interessam as minhas razões, interessa o que você achou, o que passou na sua cabeça. Você pode ver coisas que talvez eu nem tenha pensado. As suas percepções podem não ser as mesmas que as minhas", adverte.

O formato de bagalô em vez de um edifício único, no entanto, tem uma razão: a vontade de construir um espaço aconchegante e intimista. A simplicidade das linhas se combina ao franco diálogo com o ambiente em que estão implantados - e Isay enfrentou as dificuldades impostas pela topografia: um terreno de pedras e muito acidentado. 

Para se manterem alinhados, a base de pedra em todos os bangalôs foi fundamental. "A intenção é que todos tivessem vista. Não queria que ficassem ordenados, para que existisse um movimento entre eles - mais para baixo, mais para cima. A implantação dos outros espaços, como bar, sauna e piscina, aconteceu à medida que se percebeu como os espaços ficariam mais ordenados e mais fáceis de se comunicar."

Os 20 bangalôs (de 80 m² e 120 m2), a preservação de uma casa e de um anexo que existiam no local, e até o urbanismo do Las Piedras procuram tirar o máximo proveito da paisagem. "O terreno tem muitas pedras, um lugar único como nunca tinha visto", afirma o arquiteto. Os apartamentos combinam concreto, detalhes em madeira e a base de pedra local. 


A sinergia com o ambiente também é sentida na decisão do arquiteto de manter um imóvel já existente no terreno. Ampliado, passou a abrigar a recepção do hotel e espaços como a biblioteca e o restaurante do café da manhã. "A casa foi aumentada várias vezes, mas a cara da arquitetura permaneceu. Era simples, pequena, charmosa, e foi totalmente refeita e ampliada, mas que ficou lá." 

A mão de Isay Weinfeld está em cada detalhe. "Uma obra contemporânea e gelada não é comigo.
O conforto é minha meta sempre, mais ainda em um hotel", afirma o arquiteto, que desenhou todo o mobiliário fixo e selecionou o que era solto. "Escolho a flor dos 48 vasos que têm no lobby e os 5 mil livros. Faço da urbanização do projeto até a escolha do lápis. É uma característica que acho rara. Mas, se fosse para fazer a arquitetura dos bangalôs e pronto, eu não faria", afirma. 
Foi em busca de conforto para os hóspedes que um lounge de vidro manteve-se no terreno. Inicialmente construído como estande de vendas, à medida que o hotel ficava pronto, decidiu-se incorporar o espaço ao complexo - um edifício com uma parede cega e três fachadas de vidro - por achar que poderia faltar um local maior para reuniões de famílias. 

Completam o projeto o spa de 800 m2 e o bar de aço corten marrom que atravessa a paisagem ao lado de uma piscina encravada nas pedras, mais uma vez criando sinergia entre o rústico e o contemporâneo. 



THE HUMAN AND THE NATURAL


The bungalow format instead of a single building for the Las Piedras Hotel is for a reason: the desire to build a cozy and intimate space. The simplicity of the lines combines with the open dialogue with the environment in which they are set, in a 480 hectares lot. Architect Isay Weinfeld faced the challenges of the topography: a very uneven rocky lot. For the bungalows to be aligned, the stone base was fundamental. "The intention is for everyone to have a view. I didn't want them to be one behind the other, so that there was some movement between them - more downwards, more upwards. The installation of other spaces, such as the bar, a sauna and swimming-pool, happened because the spaces would be more orderly and easier to communicate with one another", he explains. Synergy with the environment is also felt in the architect's decision to keep an already existing building. Amplified, now shelters the hotel reception and spaces such as the library and the breakfast cafeteria. "The house was expanded many times, but the architectural characteristics remained. It was simple, small, charming, completely rebuilt and expanded, but remained there." The annex was refurbished to become the restaurant's headquarters. Further there is an 800 m2 spa and the brown corten steel bar crossing the landscape near a swimming-pool carved in the rocks, once more creating a synergy between the rustic and the contemporary.


sexta-feira, agosto 19, 2011

Ushuaia, a “cidade do fim do mundo”, é o cenário de nova novela da Globo.

Não existe cidade mais próxima ao Pólo Sul do que Ushuaia, na Província da Terra do Fogo, Argentina. Sua população de quase 50 mil pessoas está na região mais austral do mundo – e que, por isso e pelas características geológicas extremas, com temperatura média anual de apenas 4ºC e ventos de até 120km/h, guarda o apelido de “cidade do fim do mundo”. Ushuaia é a capital da Terra do Fogo, conjunto de ilhas ao leste da costa do país, na Patagônia.



   Divulgação
VISTA DE USHUAIA, CAPITAL DA TERRA DO FOGO, NA ARGENTINA, ONDE FORAM GRAVADAS CENAS DA NOVA NOVELA DA GLOBO

Apesar de ter sido ocupada pela primeira vez há mais de dez mil anos, por caçadores nômades vindos do norte – de quem descenderam os aborígines que viveram ali por séculos –, Ushuaia só foi fundada mesmo no final do século 19. Durante a primeira metade do século 20, a província foi utilizada quase que exclusivamente como um presídio (no prédio onde ele ficava está, hoje, o Museu do Fim do Mundo). Nas últimas duas décadas, o turismo se intensificou na região, com incentivo do governo argentino. 

   Divulgação
AS BAIXAS TEMPERATURAS AJUDAM A CRIAR PAISAGENS INESQUECÍVEIS

Tanto que cenas iniciais da próxima novela das 18h da Rede Globo, “A Vida da Gente”, com a protagonista Fernanda Vasconcellos, acabam de ser gravadas por lá. A trama tem estreia prevista para setembro. Além de poder conhecer um dos lugares mais isolados do planeta, o turista que visita Ushuaia tem muitas atividades para praticar. Passeios de veleiro, trilhas no parque nacional Terra do Fogo, esqui e snowboard são as principais. 


   Divulgação
AS ACOMODAÇÕES DE LUXO DO LAS HAYAS RESORT


A qualidade da hospedagem também não para de crescer. No Las Hayas Resort Hotel (www.lashayashotel.com), um dos únicos cinco-estrelas da cidade, o viajante consegue relaxar com estilo após um dia de exercício intenso. Localizado dentro de um enorme bosque – são 50 mil metros quadrados de área útil – tem 93 quartos (todos diferentes uns dos outros) com vista para a baía, bosque ou picos nevados. Há também um spa completo, com piscina aquecida, jacuzzis e serviço de massagens estéticas e relaxantes. 
 

quarta-feira, julho 28, 2010

Rio lança projeto de urbanização para acabar com favelas até 2020

 
DA AGÊNCIA BRASIL


Todas as favelas da cidade do Rio poderão estar urbanizada até 2020. A meta é do Plano Municipal de Integração de Assentamentos Precários Informais, chamado de Morar Carioca, uma parceria da prefeitura com a Caixa Econômica Federal e o Instituto Brasileiro de Arquitetura.

O programa foi lançado terça-feira (27) pelo prefeito Eduardo Paes. Para ele, o Morar Carioca é um programa mais avançado do que o Favela-Bairro, do seu antecessor César Maia.

"O Favela-Bairro é fruto do mutirão comunitário, é um belo programa, e depois dele teve o 
[Programa de Aceleração do Crescimento, com obras nas favelas] PAC Favela, o FNHIS [Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social], o Proap [Programa de Urbanização de Assentamentos Populares do Rio de Janeiro] e o Pró-Moradia. Uma série de programas que vieram, ao longo do tempo, se agregando. E a grande diferença [do Morar Carioca] é que você une projetos de urbanização com possibilidades de mudança na casa em que as pessoas vivem, somado ao que é fundamental: a definição do parâmetro urbanístico, controle de expansão e uma conservação permanente do município", disse.

Segundo o prefeito, o Morar Carioca começa a ser implantado imediatamente com investimentos iniciais de R$ 2 bilhões divididos entre o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o governo federal por meio da Caixa e de recursos do município. O custo estimado de todo o projeto é de R$ 8 bilhões. Sendo que parte será será investida na desocupação de favelas não urbanizáveis ou em áreas de risco. 

Na sua fase inicial, o programa prevê a urbanização das 571 favelas. No segundo momento, a ação será concentrada na conservação, com a entrada permanente dos serviços básicos.

A terceira etapa é caracterizada pelo controle do surgimento e do crescimento das favelas por meio de mapeamento e fotos aéreas e de satélites. Depois, será definida uma legislação urbanística para então haver o reassentamento das pessoas que vivem em áreas de risco. 


Será?