Mostrando postagens com marcador Acessibilidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Acessibilidade. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, agosto 17, 2022

Acessibilidade em banheiros


Acessibilidade em banheiros: conheça as exigências e soluções
Piso nivelado, área para manobras com cadeira de rodas, maçanetas de alavanca e torneiras ao alcance do usuário são alguns dos cuidados necessários ao projeto.





São várias as soluções empregadas em banheiros acessíveis e que mudam de acordo com a necessidade do cliente.

Deve ser um ambiente totalmente utilizável por um cadeirante, mas isso não significa ter aparência de banheiro de hospital. Ele pode ser bonito e ter ótimo astral, assim como um banheiro comum

“O piso deve ser nivelado, sem degraus. E para não ter invasão de água em ambientes contíguos, o indicado é deixar um desnível bisotado de 1 cm em 45º. A primeira providência ao se projetar um banheiro acessível é fazer a porta com 80 cm de largura, no mínimo, mas, preferencialmente, com 90 cm, para a passagem da cadeira de rodas. 

A área desse ambiente exige espaço confortável para as manobras da cadeira de rodas.



BARRAS DE APOIO

A especificação das barras de segurança – que devem ser colocadas ao lado da bacia, pia e boxe –, exige conhecimento do que há disponível no mercado. As barras de apoio podem ser dobráveis ou não. 

A vantagem das dobráveis é que facilitam a manobra da cadeira de rodas, pois permitem que sejam levantadas ou abaixadas, de acordo com a necessidade. Infelizmente, as melhores soluções não são encontradas no Brasil

. Entre as importadas, recomendo as barras que têm o papel higiênico e o botão de descarga na ponta da barra, evitando que a pessoa vire o corpo para essas operações. Há barras de metal, também importadas, que contêm um plástico ABS preto na parte superior, para evitar que o usuário sinta o toque frio do metal de que é feita.

De forma geral as barras comercializadas no mercado nacional deixam a desejar, tanto na estética quanto na função. Outros itens também são encontrados somente no mercado externo como a ducha manual com regulagem de altura e espelho inclinável.


ARMÁRIOS

Em banheiros convencionais, os armários estão normalmente sob as pias, mas nos acessíveis isto é proibido. A altura da pia deve ser de 0,80 m do piso, respeitando uma altura livre de 0,70 m para o usuário colocar os joelhos.

O armário também deve estar em uma altura de fácil acesso ao cadeirante, não podendo ser nem muito alto, nem muito baixo.

Devem ter prateleiras com, no máximo, 1,20 m de altura para que os cadeirantes tenham acesso ao conteúdo. 

A instalação de armários no banheiro deve ser feita de forma comedida, para não restringir a área de circulação do banheiro. Mas é importante lembrar que, muitas vezes, pensamos somente na facilidade de transitar no ambiente, porém, existem outras necessidades específicas de cada usuário, como ter produtos e equipamentos médicos sempre à mão”, acrescenta.

No caso do uso de persianas nas janelas, o melhor é optar pelo manuseio com controle remoto. A lata de lixo com sensor também é um facilitador. 

Já a bacia deve ter uma altura um pouco mais elevada do que a convencional”, diz a arquiteta.Os pisos usados em banheiros acessíveis são os mesmos de qualquer banheiro, como porcelanato, mármore, granito e pastilhas de vidro e porcelana. 

O importante no piso de um banheiro acessível é não ter desnível ou, no máximo, 1 cm e sempre chanfrado, permitindo que a cadeira passe tranquilamente, sem sobressaltos. As maçanetas das portas devem ser de alavanca e as torneiras instaladas ao alcance do braço do usuário.


Algumas soluções bem simples para a área do chuveiro. Uma é a cortina de plástico que, atualmente, apresenta várias opções no mercado. A outra é a instalação de um boxe contendo um acessório chamado ‘mão amiga’: ao abrir a primeira folha do boxe, o acessório recua automaticamente as demais, abrindo-o todo”, sugere. 




O boxe precisa ter um vão de, no mínimo, 80 cm, mas ela indica que chegue a 90 cm, para a passagem e área de manobra da cadeira de rodas.

O uso de um chuveiro regulável formado por uma barra horizontal, que é o apoio da mão, e outra vertical onde a ducha manual sobe e desce, de acordo com a necessidade do usuário. Ele pode tirar o chuveiro e usá-lo como desviador ou colocar o chuveiro na barra na altura que desejar. 


O comando de luz precisa ser acessível. Os interruptores de luz são instalados a 1,15 m do piso, e a iluminação não deve ficar em cima da cuba da pia, e sim na lateral, para que não faça sombra. O mesmo vale para a área do boxe do chuveiro. O uso de tapetes é dispensável.

Fonte: http://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/acessibilidade-em-banheiros-conheca-as-exigencias-e-solucoes_10048_0_1

quinta-feira, maio 14, 2015

Imóveis adaptados garantem independência a pessoas com deficiência motora




O censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que 45 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. O número corresponde a aproximadamente 24% da população. Do total, 13 milhões de pessoas declararam ter uma deficiência grave motora, visual, auditiva ou mental. Segundo a pesquisa, quatro milhões de pessoas afirmaram ter problemas motores severos. “É preciso olhar com carinho para estas pessoas e contribuir para que o direito a acessibilidade seja garantido”, ressalta Carlos Samuel de Oliveira Freitas, advogado imobiliário.

Segundo Freitas, é necessário que o mercado imobiliário esteja preparado para receber pessoas com deficiência, principalmente as com problemas motores. Os imóveis adaptados facilitam e muito a vida de quem não pode se mover com tanta facilidade. “O uso de cadeira de rodas, por exemplo, limita a amplitude dos movimentos, exigindo um espaço maior para virar ou dar a volta completa. O cadeirante tem que ter autonomia para realizar estas manobras. Com o planejamento certo na hora de construir, ou até mesmo reformar, isso é possível”, destaca.

Os imóveis adaptados devem priorizar a independência e o conforto de quem tem alguma limitação física. Pequenas mudanças podem significar mais qualidade de vida no ambiente residencial e permitir uma locomoção rápida e segura.


“O espaço para circulação deve ser amplo, pois assim é possível realizar manobras, circular, se aproximar de objetos e alcançá-los. Para que a cadeira de rodas passe livremente, as portas devem ter, no mínimo, 80 centímetros de vão”, observa Freitas, diretor do departamento de condomínios da PRIMAR Administradora de Bens.

Além de portas largas, os corredores de acesso aos ambientes devem permitir manobras de 90º. O excesso de mobília deve ser retirado, assim como os armários localizados embaixo de tampos. Em alguns casos, a eliminação de paredes pode ajudar a melhorar a mobilidade dentro de casa. “Os cômodos devem ser grandes o suficiente para possibilitar um giro de pelo menos 180º. Com este espaço, o cadeirante é capaz de entrar e sair sempre de frente. No banheiro, os desníveis devem ser eliminados e a instalação de barras de apoio é fundamental”, aponta.

A norma ABNT NBR 9050:2004 dá orientações sobre a acessibilidade a edificações, mobiliário, espaço e equipamentos urbanos e é uma referência na hora de planejar, construir ou reformar espaços adaptados. São critérios e parâmetros técnicos que precisam ser observados a fim de assegurar boas condições de acesso as pessoas com algum tipo de deficiência. “Somente as edificações que seguem o que está disposto nesta norma podem ser considerados acessíveis”, esclarece Freitas, vice-presidente da Associação de Advogados do Mercado Imobiliário (ABAMI).

A norma considera que a acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos. Qualquer pessoa, inclusive as com mobilidade reduzida, devem ter acesso a estes espaços. “A norma ainda destaca que o termo acessível implica a acessibilidade física e de comunicação”, acrescenta o especialista, diretor adjunto de relações com o judiciário da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (ABADI).

De acordo com os parâmetros estabelecidos na norma ABNT NBR 9050:2004, a altura de objetos como os interruptores, por exemplo, deve estar entre 0,60 e 1,00 m de altura. O documento ainda dispõe que as edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais devem ter áreas comuns acessíveis. “Em edificações unifamiliares a aplicação do disposto é facultativa. Esta norma é de extrema importância para as pessoas com dificuldades de mobilidade e representa um avanço para assegurar mais dignidade a esta parcela da população”, finaliza.



Fonte: http://bagarai.com.br/

segunda-feira, novembro 18, 2013

Como adequar um banheiro para um cadeirante?







A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece regras para projetos desse tipo. A primeira questão é checar se o banheiro oferece um diâmetro livre de 1,50 m para um giro de 360 graus da cadeira. 

A porta de entrada, com maçaneta de alavanca, deve medir, no mínimo, 80 cm de largura. Prefira dispor os itens pessoais em nichos abertos, com 70 cm de vão livre abaixo deles, em vez de armários. 

A pia fica a 80 cm de altura do piso, com o sifão flexível correndo pela lateral, se necessário, e a base do espelho, a uma altura de 90 cm.

 O desnível máximo entre a área seca e a molhada é de 1,50 cm. No boxe, com dimensões mínimas de 90 x 95 cm, prefira vidro temperado ou laminado ou mesmo uma cortina. 

Conte com um assento para banho fixo e saboneteira para sabão líquido a uma altura de 80 cm a 1,20 m. Próximo a esse local, o porta-toalhas deve ter altura de 1,30 m. Também é necessária a instalação de barras de apoio em todo o ambiente. 

Misturadores de monocomando são os mais indicados, tanto para regular a vazão de água da torneira como a do chuveiro.

sexta-feira, maio 18, 2012

Casa Acessível e amigável


Construir uma casa acessível não se resume a pensar em pessoas com mobilidade reduzida. É necessário possibilitar a todos uma vida melhor


Os pisos antiderrapantes são importantes para evitar quedas. A Gyotoku, em parceria com o arquiteto e paisagista Benedito Abbud, desenvolveu o piso Drenac para ambientes externos. Antiderrapante, o produto evita a formação de poças, garantindo segurança e facilitando a locomoção. Preço sugerido: R$ 135 o m² (20 x 20 wcm)

A chamada arquitetura universal projeta ambientes para que todos possam usar - pessoas em cadeiras de rodas, com dificuldades de locomoção ou mesmo idosos que precisam de cuidados especiais. "Trata-se de pensar em uma casa acessível e amigável para toda a família, em projetos que não prezem apenas a facilidade de acesso, mas também itens que permitam um uso seguro e simples da casa, diminuindo seus riscos", afirma a arquiteta Sandra Perito, do Instituto Brasil Acessível.

De acordo com Sandra, o ideal é trabalhar a acessibilidade de uma casa ainda em seu projeto. "São diversos detalhes que precisam ser atendidos em uma casa acessível, e durante uma reforma, muitas vezes, isso não é possível ou o custo torna-se inviável." A arquiteta cita o exemplo dos interruptores, que em uma casa acessível precisam ser iluminados e ficar a 45 cm do piso. "Imagine trocar todas as caixas de interruptores de uma casa e seus acabamentos em uma reforma. O custo seria muito alto", complementa.


A BANCADA NA COZINHA (projeto Sandra Perito) possui duas estações de trabalho em desnível, uma com vão embaixo, possibilitando a utilização por peso as em cadeiras de rodas. A torneira tem alavanca de girar, fácil de manusear, e o piso é antiderrapante

Além das noções da arquitetura universal para se construir uma casa ou reformar um ambiente, para alcançar a acessibilidade os arquitetos contam com as diretrizes da NBR 9050. "Ela ajuda a direcionar o que precisa ser reformado nos ambientes, tanto em espaços públicos como em residências particulares", afirma Mariana Alves, arquiteta especializada no assunto. "O que mais acontece hoje é a reforma de certos ambientes para que se adaptem às novas condições do morador, seja por uso de cadeira de rodas ou dificuldade de locomoção de um idoso", completa.

Os espaços que precisam de mais cuidado na hora de reformar são o no banheiro e a cozinha. "Nos outros você pode arrumar os móveis ou abrir mais espaço, mas na cozinha e banheiro precisamos trocar peças, piso e instalar componentes de segurança.".

MARÍ ANÍ OGLOUYAN PROJETOU este apartamento acessível para um cadeirante, considerando as necessidades do proprietário. Na entrada do banheiro, junto ao vaso (louças Deca), portas de correr e barras facilitadoras de acesso (Keuco), fornecidas pela Metalbagno Spazi. As pastilhas pretas usada no revestimento são da Colormix


O ARMÁRIO REVESTIDO DE ESPELHO posicionado mais baixo do que a altura convencional fica facilmente acessível para o cadeirante, assim como os interruptores de luz. Iluminação da Labluz

Itens obrigatórios 
Produtos e algumas lições básicas ajudam a trazer mais segurança para uma casa. "Os tapetes devem ser retirados, para diminuir o risco de quedas e de que enrosquem na cadeira de rodas. As maçanetas devem ser do tipo alavanca, que facilitam o uso, e as áreas de circulação devem ter 1,2 m de diâmetro", afirma Mariana.

Entre os produtos que ajudam a deixar a casa mais acessível estão as barras de apoio, que podem ser instaladas dentro do banheiro - ao lado do vaso sanitário e no interior do box. No banheiro, cozinha e áreas externas é preciso colocar piso antiderrapante.

No boxe do banheiro o ideal é a instalação de portas de correr ou com abertura para fora, assim é possível ajudar uma pessoa em caso de queda. O assento removível para o banho também facilita o dia. "Além disso, a altura da bancada do banheiro precisa ser adequada e os móveis podem ser com rodinhas, para que não atrapalhem quem usa cadeira de rodas", sugere Sandra.

Já na cozinha é preciso planejar tampos com variações altura, e o recomendado é que a pia seja regulável, possibilitando o uso por pessoas com diferentes estaturas ou mesmo sentadas. E torneiras do tipo alavanca ou cruzeta, que permitem o fácil acionamento.

Outros itens tecnológicos como sensores de presença, alarmes de emergência e interruptores remotos ajudam a deixar a casa mais segura e amigável.


O BOX TAMBÉM É EQUIPADO com barras facilitadoras de acesso e a porta de vidro (AZV ) de três folhas tem abertura bem ampla para permitir a passagem de andador ou cadeira de rodas. Os acessórios são da Interbagno




NESTE BANHEIRO ACESSÍVEL , da arquiteta Sandra Perito, o boxe abre para os dois lados, 80 cm de vão, para a entrada da cadeira de rodas. As barras de apoio oferecem segurança na hora do banho, assim como o alarme de emergência instalado dentro do boxe. Na bancada, os móveis com rodízios deixam o espaço livre.

quinta-feira, outubro 13, 2011

Banheiros com acessibilidade para pessoas com deficiência física e idosos


COMO CONSTRUIR

Diretrizes de projeto e execução para banheiros com acessibilidade

O banheiro necessita atender às diferentes características das pessoas que vão utilizá-lo e isso deve ocorrer de uma forma segura e independente. O termo que define um projeto que atenda ao maior número de pessoas possíveis é o Desenho Universal, e requer considerar as habilidades ou dificuldades de utilização de um espaço pelas pessoas ao longo de toda a vida.

Considera-se, em nossa sociedade, que a privacidade seja um fator preponderante para que as funções orgânicas e de higiene pessoal possam ser efetuadas adequadamente, sendo que somente entre as crianças ainda pequenas a falta de privacidade não representa um problema. O usuário portador de deficiência não consegue, muitas vezes, entrar no ambiente em que esteja localizada a bacia sanitária, pias e chuveiro devido a dimensões inadequadas, portas com vãos estreitos e peças e metais sanitários dispostos de uma forma inacessível para uma pessoa com mobilidade reduzida.

O impacto social e psicológico que pode causar a esse usuário é grande, desestimulando a saída para outros ambientes que não podem ser utilizados com privacidade sem a ajuda de terceiros e muitas vezes tendo na própria residência a necessidade de auxílio devido às características inadequadas dos equipamentos e do ambiente. Hoje, diz-se que uma proposta arquitetônica cria ou suprime uma deficiência.

Pesquisas recentes em APO (Avaliação Pós-Ocupação) têm apontado que, apesar dos avanços em termos de normalização, legislação e interesse, ainda que isolados, de algumas escolas de arquitetura, o atendimento aos quesitos básicos de acessibilidade ou do Desenho Universal está ainda longe da incorporação cotidiana nas atividades de projetos executivos. Além disso, há casos em que se verifica uma interpretação equivocada da NBR 9050/94 resultando em projetos que, por vezes, oferecem mais barreiras que acessos.

Assim, pelas razões já expostas, o banheiro de uso residencial ou situado em espaços de uso coletivo e tal como ocorre há muitas décadas nos países desenvolvidos é um dos ambientes internos da edificação que tanto para pessoas com dificuldades permanentes quanto para aquelas com dificuldades temporárias deve ser simplesmente acessível. Daí ter procurado destacá-lo como exemplo prático neste artigo.

Por que executar um projeto detalhado de acessibilidade?
Detalhes que muitas vezes são imperceptíveis para uma pessoa que utiliza um espaço sem ter alguma dificuldade de locomoção podem se tornar impeditivos se essa pessoa estiver utilizando bengala, cadeira de rodas ou alguma prótese. Imagine uma pessoa sentada em um vaso sanitário sem poder alcançar o papel higiênico, nem levantar-se para pegá-lo. Isso ocorre inúmeras vezes, não por um desrespeito às pessoas com alguma dificuldade de locomoção, mas por falta de detalhamento no projeto e critérios na execução.

Outra necessidade é o planejamento prévio para execução da obra em locais cujos parâmetros de acessibilidade devam ser respeitados. Caso o projeto preveja paredes de gesso acartonado, é necessário deixar reforços internos, nos locais onde serão fixadas barras de apoio e transferência, para suportar o peso de uma pessoa. A localização e altura dos pontos hidráulicos e elétricos devem ser adequadas para que não se torne necessário quebrar as paredes para uma reforma posterior. A drenagem deve ser projetada para que um desnível máximo de 0,015 m (chanfrado a 45o) entre o piso do boxe do chuveiro e o restante do piso do banheiro seja suficiente. Isso reduz o risco de alguém escorregar e cair no piso molhado do boxe.

Assim sendo, serão elencados os critérios que devem ser adotados no desenvolvimento de um projeto e posterior construção de um banheiro para que atenda às necessidades de um maior número de pessoas possíveis, segundo o conceito do Desenho Universal.


Espaço interno

Detalhes técnicos de projeto e execução de um banheiro a serem respeitados:


  • Localização
    Em edifícios públicos, os sanitários acessíveis devem estar próximos ao local de maior fluxo de pessoas, junto a refeitórios, auditórios ou salas de espera. Devem estar em conjunto com os demais sanitários e ter uma comunicação visual que determine a direção. Os sanitários acessíveis devem ser sinalizados com o símbolo internacional de acesso.





  • Antecâmara
    A maioria das antecâmaras ou anteparos visuais não permite a circulação de uma pessoa em cadeira de rodas. Para que isso seja possível é necessária uma área de 1,20 x 1,20 m, livre de obstáculos, para que a pessoa possa fazer um giro de 90o.





  • Portas de entrada
    Para permitir a abertura da porta com autonomia por uma pessoa em cadeira de rodas, deve ser deixado um espaço de 0,60 m de parede, do lado da maçaneta (que deve ser do tipo alavanca). Caso seja impossível de executar, devido às dimensões reduzidas do ambiente, existem sistemas simples de automatização para abertura de portas. As portas dos banheiros, bem como as dos boxes acessíveis, devem ter um vão livre de, no mínimo, 0,80 m. Quando a abertura for invertida, ou seja, abrir para fora do banheiro, torna-se necessário a instalação de uma barra horizontal na parte interna do ambiente a uma altura de 0,80 m do piso e próxima às ferragens, para facilitar o fechamento por uma pessoa sentada em uma cadeira de rodas. Caso se opte por uma porta de correr, o trilho deve ser instalado na parte superior.





  • Espaço interno
    Nos banheiros residenciais e sanitários públicos, uma pessoa em cadeira de rodas deve poder girar 360o e, para isso, é necessário um espaço livre de 1,50 m de diâmetro. Essa área pode avançar 0,25 m sob pias sem coluna e bancadas suspensas.





  • Lavatórios
    Os lavatórios devem ser instalados a uma altura de 0,80 m do piso e possuir uma altura livre na parte inferior de 0,70 m para permitir a aproximação de uma cadeira de rodas. Esse espaço, chamado de área da aproximação, é a previsão da inserção na área de piso de um retângulo de 0,80 x 1,10 m podendo avançar sob a pia suspensa. Para tanto, não devem ser escolhidas pias com coluna, saias superiores a 0,10 m de altura ou gabinetes que interfiram na utilização da pia. Existem modelos de pias nas quais o sifão está próximo à parede, adequados em residências de pessoas com muita dificuldade de locomoção, quando o sifão atrapalha a aproximação e utilização da pia.





  • Chuveiro
    Caso o fechamento do chuveiro seja com boxe, suas portas devem ter vão livre de 0,80 m. O ambiente deve ser provido de bancos retráteis de 0,45 m de profundidade por 0,70 m de comprimento, instalados a uma altura de 0,46 m do piso. Deve ser, ainda, prevista uma área de transferência de 0,80 x 1,10 m dentro ou fora do boxe para permitir a transferência da cadeira de rodas para o banco interno. Quando a área de transferência estiver fora do boxe, o vão de passagem deve ser livre de obstáculo em pelo menos 0,80 m. Devem ser previstas barras horizontais e verticais.





  • Metais
    Os misturadores devem ser monocomando e estar no máximo a 0,50 m da face frontal do lavatório e seu design deve ser do tipo alavanca ou cruzeta. Torneiras com sensores são indicadas para sanitários públicos. Nos chuveiros, os metais devem ser instalados a uma altura entre 0,80 m e 1,00 m e, obrigatoriamente, com ducha manual afixada em altura acessível.


    Bacia sanitária e pia


    Detalhe de barra de apoio







  • Boxe acessível
    As dimensões mínimas de boxe sanitário acessível devem ser de 1,50 m na parede que for instalada a bacia por 1,70 m, quando a porta abrir para fora ou for de correr. Ou seja, deve ter dimensões que permitam a transferência frontal e lateral para a bacia sem sobreposição com a área de varredura da porta.





  • Bacia sanitária
    As bacias sanitárias têm como padrão a altura de 38 cm. Para o uso específico por portadores de deficiência física, a altura final da peça deve ser de 46 cm. Além do aumento de altura da bacia, há outros pontos a serem levados em conta:
    a) A louça, bem como o assento, deve ter uma fixação mais resistente, para evitar acidentes
    b) Deve existir área de transferência com dimensões de 0,80 x 1,10 m, ao lado e à frente do vaso sanitário e instalação de barras de apoio

    Há, basicamente, três maneiras para adaptar as bacias existentes à altura necessária:
    1) Utilizar assento da bacia sanitária especial que, por ser mais espesso, garante que a altura final da bacia (altura em relação ao assento) seja de 0,46 m, conforme recomendado em norma técnica. Esse tipo de adaptação é indicado em ambientes residenciais e não em sanitários públicos. A manutenção inadequada das ferragens de fixação pode ocasionar sérios acidentes
    2) Colocação de base na bacia, aumentando a altura final. Nesse caso, o ideal é que a base tenha uma projeção coincidindo com a base da bacia. É aceitável um avanço de até 5 cm (para cada lado) em relação à base da bacia. Esse é um dos maiores erros em projetos, ocasionado degraus, patamares que tornam a utilização da bacia impraticável
    3) Aquisição de bacias já com a medida solicitada (algumas empresas já as fabricam) ou a utilização de bacias suspensas, o que torna a adaptação da altura mais fácil, já que há mobilidade quanto à altura de instalação da peça. Mas, uma vez instalada a peça sanitária, sua altura está fixada, não sendo aconselhada para problemas físicos temporários. Essa peça tem, ainda, a colocação e usos limitados a banheiros com instalações hidráulicas e tubulações previamente planejadas e cuidadosamente preparadas


    Bacia suspensa





  • Bacia com caixa acoplada
    Conforme o design e inclinação da parte posterior da caixa acoplada, o ato de sentar na bacia torna-se mais cômodo, não interferindo com o tampo da louça. A caixa acoplada deve ter um ângulo de inclinação maior que 90o em relação com o assento. Quanto menor é esse ângulo, mais difícil torna-se manter a tampa aberta, dificultando o seu uso por pessoas com deficiência. As barras devem ser instaladas acima da caixa acoplada, respeitando-se o espaço para manutenção.





  • Barras de apoio e transferência
    As barras são utilizadas, principalmente, para que uma pessoa se transfira de uma cadeira de rodas para o vaso sanitário, chuveiro ou banheira e também para apoio de pessoas idosas, usuários de muletas ou bengalas em boxes, banheiras, ao lado de peças sanitárias e mictórios. Junto às bacias sanitárias, elas devem ter o comprimento de 0,90 m, devendo ser instaladas na horizontal, a 0,76 m de altura do piso tanto na parede lateral como de fundo da bacia sanitária. Devem ter boa empunhadura, com diâmetro entre 30 e 45 mm, e estar firmemente fixadas em paredes ou divisórias a uma distância mínima de 40 mm. As extremidades devem estar fixadas ou justapostas nas paredes com formato recurvado. As barras de apoio e seus elementos de fixação e instalação devem ser de material resistente à corrosão, conforme NBR 10283.

    Na impossibilidade de instalação de barras nas paredes laterais serão admitidas barras laterais articuladas ou fixas (com fixação na parede de fundo), desde que sejam observados os parâmetros de segurança e de dimensionamento e que barras e apoios não interfiram na área de giro e transferência.


    Bacia sanitária e acessórios

    Boxe e chuveiro

    Papeleira







  • Válvula de descarga
    O acionamento do mecanismo de descarga deve ficar dentro do alcance manual do usuário considerando crianças e idosos. Uma altura de 1,00 m a partir do piso é adequada. O manuseio deve ser com uma só mão e com esforço físico mínimo.





  • Papeleira
    Tratando-se de papeleiras embutidas ou que avancem menos de 10 cm em relação à parede, a parte pela qual se retira o papel deve estar localizada a 0,40 m do piso e a uma distância máxima de 0,15 m da borda frontal da bacia. No caso de papeleiras que, por conta das dimensões, não atendam a esse parâmetro, o acesso ao papel deve estar entre 1,00 m e 1,10 m do piso, sobre a barra de apoio e transferência.





  • Acessórios e equipamentos elétricos
    A área de manuseio dos acessórios como toalheiros, saboneteiras e registros deve estar localizada entre 0,80 m e 1,00 m de altura do piso. Tomadas e interruptores também devem estar a essa altura e permitir a aproximação, alcance e manuseio de uma pessoa em cadeira de rodas, especialmente aqueles que estejam próximos a bancadas de pias para utilização de barbeadores, secadores ou interruptores para acender luzes sobre os espelhos. Os comandos de aquecedores devem estar entre 0,80 m e 1,20 m e ser instalados interfones ou sistemas de segurança próximos à bacia sanitária.





  • Espelhos
    A maioria dos espelhos em banheiros públicos não permite a visualização de uma criança, pessoa com estatura muito reduzida ou em cadeira de rodas. Para que isso aconteça, devem ser instalados a 0,90 m de altura do piso ou, acima disso, deve estar inclinado frontalmente a 10o.


    Elétrica





    Banheiro residencial
    O banheiro residencial é um espaço que requer como uma das condições básicas privacidade, higiene e adequada iluminação e ventilação, bem como a segurança dos equipamentos e materiais de acabamento como pisos, metais e louças. Existem elementos que são básicos em um projeto para que esse ambiente possa ser adequado para atender às necessidades pessoais do usuário.

    O piso deve ser antiderrapante, mesmo quando molhado. O mobiliário e os tampos de granitos devem ter cantos arredondados e a largura livre da porta de acesso de 0,80 m. Se necessário, deve-se inverter sua abertura, ou instalar porta de correr. O espaço interno, para possibilitar o giro de uma pessoa em cadeira de rodas, deve incluir um espaço livre circular com diâmetro de 1,50 m, podendo ultrapassar em, no máximo, 0,25 m sob a pia ou sob qualquer obstáculo acima de 0,70 m. É necessário possibilitar o espaço de transferência (0,80 x 1,10 m) frontal e lateral à bacia, bem como ao chuveiro.

    A drenagem do boxe deve ser feita por grelhas, preferencialmente próximas à parede, pois algumas rodas de cadeiras de banho podem danificar o ralo. Desníveis no boxe e soleiras nunca serão superiores a 0,015 m, mesmo assim, serão chanfrados a 45o. As barras de apoio são fundamentais para evitar acidentes no banheiro, principalmente em chuveiros ou banheiras. Suporte de toalhas de rosto e banho, prateleiras para apoio de xampu e saboneteiras devem estar ao alcance do usuário, considerando crianças e pessoas sentadas.


    Acessórios

    fonte: http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/banheiros-com-acessibilidade-para-pessoas-com-deficiencia-fisica-e-idosos-80195-1.asp