quarta-feira, setembro 19, 2012

Aquedutos romanos resistem ao tempo



Com cimento vulcânico, tijolos e pedras, os romanos mostraram ao mundo como distribuir, ao longo de um imenso território, um dos bens mais preciosos que existem: a água. Os aquedutos que construíram por seu vasto império ajudaram a forjar o poder de sua civilização e mudaram a história da engenharia e da arquitetura ocidentais. Além de fornecer água potável para a população de suas distantes colônias, essas estruturas representavam – e ainda representam – o incrível domínio da tecnologia da construção atribuído aos engenheiros da Roma Antiga. É o que provam cinco dos aquedutos mais importantes do império que continuam de pé. 


Aqueduto de Segóvia, Espanha
Construído entre os séculos 1º e 2º d.C., tem 15 km de comprimento e transporta as águas do rio Fuente Fría para o centro da cidade espanhola. A estrutura de blocos de granito é tão sólida que, até o início do século 20, o aqueduto era a principal fonte de abastecimento local. Em seu ponto mais alto, tem 28,5 m de altura, com fundações que avançam mais de 6 m no subsolo. Tanta grandiosidade rendeu-lhe o título de principal herança romana na península Ibérica e faz dele o símbolo e a atração turística máxima de Segóvia.
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Pont du Gard, Remoulins, França
A Pont du Gard cruza o rio Gardon, no sul da França, e é parte do aqueduto de Nîmes, uma estrutura de mais de 50 km de comprimento erguida no século 1º d.C. O trecho sobre a água tem um caimento de apenas 2,5 cm, o que indica a precisão dos engenheiros da Roma Antiga. A estrutura, que em seu ponto mais alto tem 48,8 m, forneceu água para a cidade até o século 6º e se mantém de pé – quase intacta – por também ser uma ponte e, portanto, ter merecido cuidado desde sempre. No ano 2000, porém, o transporte foi proibido no local, e o aqueduto passou a funcionar apenas como um ponto turístico.
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Aqueduto de Valens, Istambul, Turquia
O aqueduto de Valens é um dos vários patrimônios históricos de Istambul. Construído no final do século 4º, passou por diversas modificações desde então, sobretudo durante o período do Império Otomano (1299-1922). É parte de um sistema de canais e pontes que totalizam um comprimento superior a 250 km. Seu trecho corresponde a uma linha de quase 1 km de extensão, com altura média de 29 m, e quase totalmente reta, exceto pelo trecho que circunda a mesquita de Fatih, outro dos símbolos da cidade turca.
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Pont de les Ferreres, Tarragona, Espanha
Também conhecida, em catalão, como Pont del Diable, a estrutura tem 249 m de comprimento e é parte do aqueduto romano de Tárraco, que fornecia água do rio Francolí para a cidade de Tarragona, em um percurso de cerca de 15 km. A data de sua construção é incerta, mas cogita-se que tenha sido erguido no século 1º d.C. Funcionou até o fim da Idade Média e, desde o século 18, passou por uma série de obras de restauro.
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Acueducto de los Milagros, Mérida, Espanha
Parte do sistema que fornecia água do Lago de Proserpina para a colônia de Emerita Augusta, atual Mérida, na região espanhola de Estremadura, o Acueducto de los Milagros foi quase todo destruído, restando apenas um trecho de 830 m de comprimento, com altura média de 25 m. Sua idade também é incerta, mas cogita-se que ele tenha sido erguido entre os séculos 1º e 4º d.C. O nome refere-se às qualidades milagrosas atribuídas a sua água pela população local.

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