Desempenho técnico e estético depende de cuidados específicos durante o espalhamento do cimento sobre o substrato e de procedimentos de cura lenta.
O desempenho dos pisos de cimento queimado depende do preparo da massa. Com consistência de farofa, a mistura é quase seca, geralmente na proporção em volume de 1:3 (uma parte de cimento para três de areia fina - ambos peneirados).
As ferramentas devem ser lavadas constantemente para evitar que a massa grude. No entanto, não podem estar muito molhadas durante o uso. Bolhas superficiais devem ser tratadas imediatamente com a desempenadeira.
Quanto à cura, o ideal é manter a superfície úmida. Para tanto, é possível usar manta geotêxtil, explica Júlio Camilo, engenheiro da RRG Construtora.
Organização é fundamental, pois o processo é realizado em no máximo 45 minutos. Confira os procedimentos para execução desse tipo de revestimento.
LIMPEZA E NIVELAMENTO INICIAL
Passo 1. O contrapiso deve estar livre de resíduos antes do início da execução.
Passo 2. A mangueira de nível determina o ponto mestre a partir do qual a altura do piso vai ser demarcada. O ponto mestre é riscado sobre a parede, com lápis, a partir da referência de nível.
Passo 3. Utilize a trena para checar a altura da talisca. Passo 4. Taliscas são executadas junto à parede para orientar a distribuição do nível do piso por toda a área, sempre segundo demarcações de nível. A mistura da massa para a talisca é a mesma a ser utilizada em todo o piso.
Passo 5. Utilize a trena para checar a altura da talisca.
Passo 6. Uma tela de galinheiro é deitada sobre a área de piso a ser executada. Ela funciona como reforço estrutural, fazendo com que o cimento não fique solto sobre a laje ou contrapiso.
Passo 7. Em seguida, joga-se água sobre o contrapiso para aumentar a capacidade de aderência do piso à laje ou contrapiso.
Passo 8. Sobre o contrapiso molhado, e com uso da broxa, espalha-se resina sintética de alto desempenho para melhorar aderência, resistência, elasticidade e impermeabilidade.
Passo 9. Na sequência, distribua o cimento sobre o piso.
Passo 10. Com a vassoura, água, resina e cimento são distribuídos e misturados sobre a superfície.
DETALHE
Confira, com a trena, se a adição de água, resina e cimento que cobriram a tela de galinheiro não elevaram o nível da talisca.
Passo 11. Posicione taliscas a cada 1 m ao longo da parede. Caso o piso não tenha caimento, com o sarrafo e o nível de bolha, verifique o nível. Isso é importante para garantir o sarrafeamento correto.
Passo 12. A massa é jogada com a pá sobre o contrapiso. Note que o cimento parece uma farofa.
DESEMPENAMENTO
Passo 13. Em seguida, ela é espalhada com a colher de pedreiro, da forma mais homogênea possível.
Passo 14. A desempenadeira é utilizada para pressionar a sua superfície, com toques leves e repetidos.
Passo 15. Com o uso do sarrafo ou régua, a área é regularizada.
Passo 16. Com a colher de pedreiro, procure pontos onde a tela ficou exposta, empurrando-a para baixo (ela deve ficar completamente afundada). Atenção para não comprometer o nivelamento do piso.
JUNTAS
Passo 17. A desempenadeira de plástico é usada para dar o acabamento inicial à superfície. Sempre é preciso checar se a tela de galinheiro não está exposta.
Passo 18. Com a trena, meça, a partir da parede, os pontos onde serão colocadas as juntas de controle, que servem para evitar fissuramentos do piso.
Passo 19. Marque toda a extensão da junta com o lápis.
Passo 20. Corte a junta acrílica no comprimento necessário.
Passo 21. Com o sarrafo e a colher de pedreiro, o encaixe da junta de controle é marcado sobre a superfície de massa acabada.
Passo 22. Então, posicione o elemento acrílico, no encaixe.
Passo 23. Sobre a junta, alise novamente o piso com a desempenadeira de plástico.
ACABAMENTO
Passo 24. Quando a superfície estiver homogeneizada e seca, mais pó de cimento fino e peneirado deve ser espalhado, concentrando o produto nas bordas de cada módulo delimitado pelas juntas de dilatação. Depois, é preciso deixar a superfície descansar.
Passo 25. Umedeça a superfície com a broxa, que não pode estar encharcada. A pasta superficial de cimento deve ser formada com o mínimo de água possível.
Passo 26. Com a desempenadeira metálica, a superfície é puxada (nunca esfregada) desde a junta, sempre em direção ao centro de cada módulo de piso. Quando necessário, será preciso umedecer a superfície com a broxa levemente molhada.
DETALHE
Durante todo o procedimento, é preciso lavar a desempenadeira com auxílio da broxa várias vezes. Ela não deve ficar encharcada de água.
DICA
Caso perceba falhas ou pontos onde a superfície está excessivamente úmida, espalhe mais cimento peneirado. E repita o procedimento com a desempenadeira metálica.
Passo 27. Caso apareçam bolhas, estoure-as com a desempenadeira.
Passo 28. Sobre a falha, espalhe cimento peneirado e borrife mais um pouco de água, antes de alisar a superfície com a desempenadeira.
Passo 29. O piso está pronto para passar pelo processo de cura até chegar ao seu endurecimento final.
fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/Obras/artigo294313-8.asp
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