sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Beleza e durabilidade





Material esteticamente adequado para casas de praia, a madeira é figura frequente em projetos modernos








Projetos arquitetônicos que incluem acabamento em madeira estão em alta novamente. Grande parte dos escritórios tem apostado bastante no material. Principalmente em casas de praia e em aplicações internas e externas.

A principal qualidade desse material é a resistência e a facilidade de manutenção. Por isso é tão utilizado em pisos, deques, esquadrias, móveis, portas e portões de casas de praia. Além de tudo, a madeira não sofre tanto com os efeitos da maresia. As espécies mais indicadas para a utilização no litoral são ipê, cumaru, maçaranduba, itaúba, grápia e a teca (de origem indonésia). Esses tipos aturam a umidade, a salinização dos ventos, os fungos e os cupins sem sofrer impacto. Entre as intermediárias há a madeira cedrinho e a cambará. As mais simples e populares são pínus e eucalipto. Porém, a madeira necessita de cuidados constantes para manter sua beleza, funcionalidade e durabilidade. Entre os cuidados básicos que se deve tomar para que o material permaneça com suas características originais está a aplicação de verniz naval ou filme de poliuretano uma vez por ano. O ideal é passar três demãos para um melhor resultado.

Porém, tintas esmaltadas são mais duradouras e protegem melhor a madeira, apesar de tirarem o charme da coloração natural do material. A aplicação de tintas dura cerca de três anos. A do verniz, dificilmente supera um ano sem precisar de retoque.


APÓS 40 ANOS DE USO, a casa necessitava de uma boa reforma nas instalações. Houve implantação de um pergolado de ipê em toda a extensão da fachada frontal, com dois painéis de correr com ripas em madeira cumaru). Na fachada frontal propriamente dita, a ideia foi criar uma nova janela - painéis de vidro com molserviço dura em madeira cumaru abrangendo o pavimento superior e o andar térreo, com uma interligação em madeira. Nos espaços de circulação e cozinha, as antigas "capelinhas" (aberturas de ventilação e luz fixadas por meio de blocos de vidro) foram substituídas por longas seteiras e extensos painéis em vidro, igualmente com molduras em madeira.




AS ESPÉCIES MAIS INDICADAS PARA A UTILIZAÇÃO NO LITORAL SÃO IPÊ, CUMARU, MAÇARANDUBA , ITAÚBA , GRÁPIA E A TECA (DE ORIGEM INDONÉSIA). ESSES TIPOS ATURAM SEM SOFRER IMPACTO A UMIDADE, A SALINIZAÇÃO DOS VENTOS, OS FUNGOS E OS CUPINS







Detalhes importantes 
A aparência rústica da madeira pode ser aplicada em áreas menos comuns. Hoje, também é possível construir telhados com o material. Para isso, lâminas de madeira de reflorestamento estão disponíveis no mercado. Projetos com esse produto se integram facilmente à natureza. O forro, por sua vez, pode ser feito com peroba-mica. "Já para proteger os imóveis do sol, também é possível instalar pergolados feitos com painéis de ripas de madeira", comenta a arquiteta Mariana Fortes.

Quanto ao mobiliário em madeira, há muitas opções. "Porém é preciso tomar muito cuidado com o tecido utilizado, já que o pano não pode manchar quando entrar em contato com produtos como bronzeador e protetor solar", recomenda a arquiteta Andrea Dellamonica.

Aplicar óleo de peroba em peças do mobiliário feitas de madeira ajuda a evitar danos. Limpar as superfícies com frequência para remover resíduos de sal deixados pela maresia é outra dica importante na manutenção do material. Produtos químicos para evitar cupim também são indicados. E nas dobradiças e peças de metal dos portões, portas e esquadrias, é importante aplicar lubrificantes para evitar ferrugem e apodrecimento das peças.


O TELHADO DE MADEIRA é o destaque da casa. Feito com lâminas de taubilha de reflorestamento (telhas feitas com sobras de madeiras nobres), leva o selo ecológico. O aspecto proporcionado é leve e há integração com a natureza. A peroba-mica foi utilizada no forro que acompanha a inclinação do telhado. As fachadas do pavilhão de convívio apresentam jogo de cheios e vazios com panos de vidro e portas venezianas de madeira alternados com alvenaria estrutural.

fonte: http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/ESCC/Edicoes/102/artigo307621-2.asp

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