domingo, julho 26, 2015

Casa une concreto, tecnologia e história


Estúdio Officinaleonardo reforma lar de 1951



No coração de Roma existe uma casa que é, ao mesmo tempo, histórica e detentora das últimas tecnologias para se viver bem e com estilo. Paredes inteiras se abrem ou deslizam graças a mecanismos robóticos (feitos pela Bticino), alocados no teto para preservar o piso de mogno dos anos 1950. Trata-se da 39-7 House, planejada pelo escritório italiano Officinaleonardo em uma construção erguida por Cesare Pascoletti em 1951.


O resultado não poderia ser mais criativo e cheio de surpresas. Inspirado no trabalho do arquiteto holandês Ben van Berkel, autor da conceituada Moebius Haus, o projeto coloca, lado a lado, vistas da natureza circundante, madeira e concreto. O último item, inclusive, torna-se um escultórico protagonista do lar que, com ares geométricos do racionalismo, concentra boas doses de inovações hi-tech e de detalhes decorativos. O maior deles é uma passarela suspensa, coberta de vidro, que leva à área íntima.


Seguindo por este caminho elevado e iluminado por uma fina linha de luz neon colorida – modalidade luminotécnica que percorre todos os espaços –, uma porta de correr se revela na superfície cinza e geométrica da parede. Quando aberta, ela desaparece completamente, permitindo o acesso aos quartos e banheiros supercoloridos. Uma outra porta inusitada se revela logo ao lado. Formada por um sistema totalmente informatizado (criado pela Alagia Ltd), ela se abre para uma sala multiuso ao dobrar-se completamente para cima.



A luz é um aspecto importante de 39-7 House. Durante o dia, as muitas janelas piso-teto permitem que as vistas verdes penetrem junto ao sol. À noite, um sistema de iluminaçãopresente no teto da sala de estar, debaixo das prateleiras da biblioteca e nos degraus das escadas, só para citar alguns lugares, pode simular diversas temperaturas cromáticas através da mistura de neons.



Outra característica importante da morada são os acabamentos de resina encomendados à Officina Alviti. Como uma reinterpretação abstrata da natureza, eles cobrem algumas paredes com padronagens selvagens. Na cozinha, tais superfícies ganharam a companhia dos armários feitos pelo artesão Luca Scarselleta, que se mostram como volumes cubistas, misturando branco, verde limão e textura de madeira em uma infinidade de espaços de armazenamento e uma mesa expansível.


Como se não fosse o suficiente, os banheiros ganharam uma tecnologia desenvolvida pela Officinaleonardo: um padrão de anéis de aço entre duas folhas de vidro oculta a vista do banheiro pelo lado de fora, além de ser térmico.

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