quinta-feira, outubro 07, 2010

A importância da iluminação


Um projeto luminotécnico correto agrega valor e proporciona verdadeiros cenários nos ambientes de casa. Porém, esses efeitos precisam ser harmônicos e corretamente adequados tanto para as áreas internas quanto externas.
 Conforto e cinema. Estes foram os dois conceitos observados pelos arquitetos Guto Biazzetto e Carolina Espezim para a escolha do mobiliário deste home theater. O sofá central com 1,50m atende o primeiro requisito. Uma imagem de cadeiras de cinema foi plotada e colada com papel adesivo na parede lateral da sala. “A idéia era criar uma ambientação muito característica. Fizemos realmente um cinema dentro de casa”. Os moradores desejavam que o cômodo, de 40m2, tivesse duas ambientações em um só local. “Por isso criamos uma sala de estar mais íntima na parte posterior do ambiente. A questão acústica foi resolvida com a distribuição dos móveis e dos pontos de som, além dos tapetes e da texturização das paredes que foram jateadas com resina. Trabalhamos com 6 tipos de iluminação direta e indireta, tudo dimerizado”.

O projeto luminotécnico na arquitetura possibilita inúmeros efeitos. Uma boa iluminação produz cenários agradáveis ao olhar e permite a valorização de objetos, além de trazer conforto em residências e locais de trabalho. 
“A iluminação artificial deve ser diferente para cada projeto e existem várias possibilidades para o uso de lâmpadas e luminárias. 
O home theater projetado pela arquiteta Andréa Barroso tem como características principais o conforto e a praticidade. Para isso ela escolheu sofás, chaise e pufes de tecido para o ambiente do telão de 106 polegadas que está inserido em um painel de madeira com fundo preto ebanizado. Andréa começou rebaixando o pé-direito original da sala (de 4,30m para 3,0m) e criando uma parede atrás do sofá para a iluminação indireta. O isolamento foi garantido com o gesso no teto e o revestimento da sala com o papel de parede da Housen. O piso de madeira, os tapetes e o tecido dos móveis também contribuem para evitar a reverberação do som e aquecer o ambiente. A iluminação foi planejada para evitar os reflexos na tela e as persianas com blackout impedem a entrada de luz externa. A sala de lareira totalmente integrada ao home conta com poltronas de couro e mesa de centro de madeira maciça.

A arquiteta Paula Gambier pretendia criar um home aconchegante, integrado com o restante da casa e que contasse com um sofá para acomodar toda a família. “A madeira utilizada na parede e no piso acabou ajudando na acústica, mesmo ele sendo em ambiente aberto. Nas janelas também optamos por persianas de madeira”. Os móveis deveriam ser aconchegantes e confortáveis para deixar a família reunida em casa para apreciar um bom filme. “Por isso escolhemos um sofá amplo com chaise revestida de ultrasuede (um tecido resistente e de fácil manutenção) e pufes que servem para apoiar os pés e também como mesa para colocar uma bandeja”. As lâmpadas minidicróicas foram embutidas, algumas bem próximas à parede de madeira para criar um efeito especial. A iluminação central (AR111 e AR70) é acionada separadamente, apenas quando necessária.

 A designer Maria Regina Ansaldo tinha a missão de criar dois ambientes de home theater para o apartamento de um casal de empresários: um living, com 41m² e uma sala íntima, de 15,50m². As duas salas receberam rebaixo de gesso para embutir as caixas de som traseiras e piso de madeira que evita abafar o som. “Tivemos o cuidado de deslocar as lâmpadas do centro da tela para evitar os reflexos. Também utilizamos embutidos AR70. Para controlar a entrada de luz, optamos pela cortina com blackout”, contou Regina. Foram feitas instalações necessárias para antena, tevê a cabo e telefone. Para isso, painéis de madeira foram projetados acompanhando o estilo do móvel, a fim de ocultar a fiação.
A arquiteta e projetista de iluminação Jamile Tormann esclarece que nas residências dos mais abastados, até o final da década de 80, no Brasil, os espaços eram definidos não apenas fisicamente, mas também pelo mobiliário e suas funções, tais como: sala de música, sala de jogos, sala de jantar, sala de estar, e havia uma única luz funcional, no centro do ambiente, que iluminava este como um todo. “Hoje, a forma de projetar uma casa e de utilizá-la mudou muito. Os espaços passam a ser integrados e possuem diversas funções, o que exige uma luz mais dinâmica, cênica, flexível para gerar a ilusão de ambientes distintos, levando-se em consideração fatores como tempo e espaço, numa mesma área física”, conclui a arquiteta.
 SPA. Instalado sobre um deque de madeira, o ofurô é o ponto forte do ambiente com clima zen. Atrás dele, adesivo de vinil com foto de Márcio Borsoi reproduz a natureza através da casa de joão-de-barro apoiada sobre enormes galhos de árvore. Graças ao feixe de fibra óptica do teto, tem-se a sensação de céu estrelado. Para incrementar, a arquiteta Maria do Carmo Araujorge investiu na pequena poltrona de madeira e nas chaises estofadas dispostas ao lado da mesinha iluminada por um poderoso pendente. Kalanchoes plantados em tina de cobre enchem de graça o spa.

 Festas. Veio de um painel assinado por Burle Marx a inspiração da montagem deste ambiente concebido pela decoradora Valéria Leão Bittar, pela produtora Narciza Leão e pelos arquitetos Gustavo Goes e Simone Turíbio. O quarteto lançou mão do gesso e inventou moda com linhas e volumes, criando um belo efeito no teto. Graças a um caprichado projeto luminotécnico, o contraste de luz e sombra cria a sensação de volume e dá a impressão de se estar em diversos espaços. Poucas mesas e sofás generosos junto das paredes deixam a área livre para a festa onde a luz é o brilho maior.





Livraria. Em tom neutro, o papel de parede italiano tem delicadas estampas de folhas e enche o ambiente de glamour. Para combinar com essa base discreta, a arquiteta Ana Barata escolheu móveis de linhas limpas. Quase invisível, o aparador de acrílico contrasta com a peça original de cerejeira assinada por Zanine Caldas que apoia alguns livros. Sobre o tapete chinês de seda sintética com toque macio, poltronas de couro ecológico branco se integram ao visual clean junto da estante de MDF certificado com revestimento de laminado melamínico desenhada por Ana. A pintura de acrílico sobre tela que retrata o designer é de Mario Barata.

Loft sustentável. Tem a bandeira verde o ambiente de 110 m² que leva a assinatura do arquiteto Henrique Bezerra. Móveis reciclados se aliam à claridade natural em abundância, às lâmpadas fluorescentes e aos leds, à ventilação cruzada e às tintas à base de água para garantir o tom engajado deste ambiente. Tudo aqui é ecológico – do reúso de água das torneiras e do chuveiro para o vaso sanitário ao telhado verde, que reduz a transmissão de calor para os espaços internos, e à orientação do loft, implantado de forma a priorizar a máxima eficiência térmica.

Cozinha. O projeto do arquiteto Ney Lima é luminoso. Ele tirou partido da volumetria, das formas e das proporções para desenhar um ambiente de beleza contemporânea. A escultural bancada de inox em balanço alcança as paredes com seus 6 m de comprimento, que acomodam nichos para talheres, pratos, escorredor, temperos e um espaço para rápidas refeições. Predominantes, os tons escuros ficam felizes com a entrada dos armários suspensos de laca tingidos de vermelho vivo. Madeira e porcelanato metalizado geram uma parceria esperta no revestimento de piso e paredes.

 Pizzaria. O espaço incorporou o espírito chique rústico que a designer de interiores Caroline Mendonça imaginou. Em prol dessa busca por uma arquitetura mais orgânica, ela privilegiou tijolos de adobe feitos de barro tirados do próprio local da obra para erguer as paredes rasgadas por grandes painéis de vidro que deixam a luminosidade natural entrar. Telhas de fibra natural e madeira certificada misturadas a pranchas retiradas do deque da piscina do Clube do Servidor. Em harmonia com essa cena engajada, cadeiras de fibra natural envolvem as mesas com estrutura de metal e tampo de vidro. Iluminação quente reforça o ar de aconchego.

Espaço gourmet. Uma combinação ousada de materiais rendeu a atmosfera elegante no espaço da designer de interiores Cybele Barbosa. Ali, madeira, pedra, aço e vidro se mesclam com propriedade. A parede de pedra bruta é suavizada por cortina de vidro que desvenda o jardim lá fora. Para garantir dose extra de conforto, a profissional adotou sistema automatizado de controle da luz, som, cortina e ar-condicionado. Móveis de ar requintados surgem ao lado de bancadas e nichos de material sintético e dos dois quadros vivos que homenageiam Burle Marx.

 Quarto do casal. Sobriedade, luxo e aconchego aparecem em equilíbrio no espaço pensado pela arquiteta Circe Milano e pela designer de interiores Cilda Oliveira para oferecer bem-estar e estimular o convívio a dois. Com essa ideia na cabeça, elas dividiram o espaço em três ambientes – o dormitório, o closet, com área de maquiagem, e o relax, com spa, cantinho de leitura e lugar para um preguiçoso café da manhã. Armários planejados automatizados com portas de couro, detalhes de laca preta e espelho chamam a atenção ao lado do painel espelhado com moldura de tacos de madeira de demolição na cabeceira da cama toda de seda. Forrado de camurça cinza, o pufe incrementa o décor.

Banho de festa masculino. Para aguçar os sentidos e deixar tudo mais descontraído, as designers de interiores Albenisia Monteiro e Marilza Gomes e os arquitetos Bruno Rines e Marcus Coelho inventaram muitos detalhes no acabamento das paredes. Sem abusar das cores, escolheram um marmorato cinza-chumbo para a base e montaram painéis de formas e tamanhos diferenciados com quadradinhos feitos de sobras de pedras por uma comunidade de artesãs da Paraíba. Depois acrescentaram pedaços de vidros adesivados com imagens de samambaias e estrelítzias, algumas das espécies preferidas do paisagista Burle Marx. Piso de porcelanato, iluminação cênica e vasos com belos buxinhos deixam essas ideias ainda mais bonitas.


Espaço VPM À primeira vista, o ambiente planejado pelo arquiteto Leo Romano causa certo estranhamento. Espelhos vestem os móveis, todas as paredes e cobrem o teto por inteiro. Além de refletir as luminárias e samambaias, reproduzem também infinitas imagens, algumas fragmentadas, de quem entra no lugar, tirando assim qualquer referência de espaço do visitante. Provocativa, a proposta para lá de conceitual revela a preocupação do profissional em experimentar e, ao mesmo tempo, apontar um caminho sensorial para a decoração.

Espaço SEBRAE. A arquiteta Viviane Dománico projetou uma sala de estar para mostrar os produtos feitos por artesãos representados pelo Sebrae. Em homenagem a Burle Marx, adesivos que remetem à mata Atlântica no teto e na parede criam belo visual sobre a mesa de estilo colonial. Em contraposição, o sofá de desenho contemporâneo forrado de couro ecológico branco e a chaise retrátil ajudam a destacar as almofadas coloridas produzidas por eles. A mesa lateral de laca no tom café e vidro e a mesinha de metal também ajudam a expor as peças. Luminárias de pergaminho e pontos de espelho bronze dão um toque charmoso a mais.

Quarto da Criança. A designer de interiores Ana Valéria Valle apostou na marcenaria, na iluminação pontual e nos detalhes imaginativos para garantir um toque especial à decoração do espaço. Ela se valeu de adesivos com figuras de robôs e de pecinhas de um jogo de encaixe nas cores azul, vermelho, verde e amarelo para decorar paredes e criar uma moldura para o vidro de lembretes posicionado atrás da bancada de estudos. De MDF com acabamento de lâminas de carvalho, a cama suspensa propõe momentos de diversão para o morador. O tapete felpudo de tom cru entra na brincadeira.
fonte: http://revistadcasa.uol.com.br/escc/Edicoes/36/artigo97909-6.asp
http://casa.abril.com.br/coberturas/mostras-decoracao/casa-cor-brasilia-revitaliza-clube-servidor_503440.shtml?46#36 

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