sábado, abril 27, 2013

Piscina de cinema

Além de garantir banhos noturnos seguros, a iluminação subaquática cria cenários e oferece efeitos que realçam e valorizam o projeto

Planejar a iluminação interna de uma piscina, preferencialmente na fase de construção, não é apenas um bom investimento para quem quer aproveitá-la em noites quentes; o recurso também causa efeitos surpreendentes que deixam o lazer ainda mais atraente.
No entanto, para projetá-la, não basta apenas analisar o formato da piscina. Outros fatores também são fundamentais para um bom trabalho luminotécnico. Afinal, a cor do revestimento interno, a profundidade e a localização da casa de máquinas e da residência vão interferir diretamente no resultado do visual.
O mercado disponibiliza vários tipos de iluminação para piscinas. A seguir, confira as principais características das mais usadas: fibra ótica, refletores e LEDs.

Foto: Guinter Parschalk



Para iluminar a piscina ao lado, o arquiteto e especialista em iluminação Guinter Parschalk optou por luminárias subaquáticas da Jacuzzi, com lâmpadas halógenas de 50 watts.




Foto: FASA Fibra Ótica
A segurança dos usuários foi uma das preocupações do projeto acima. Por isso, a iluminação da piscina recebeu fibra ótica que não transmite energia elétrica e evita, assim, riscos de choques.

Fibra ótica: versatilidade
 
São dois os sistemas que se valem da fibra ótica para essa função: o pontual, localizado no interior da piscina e que ilumina diretamente a água, e o perimetral, que realça o contorno da piscina. “No primeiro, a fibra ótica captura a luz gerada por uma fonte de iluminação, levando-a até a outra extremidade da piscina, onde estão os spots. Já no sistema perimetral é utilizada a fibra Sidelight, ou seja, de emissão de luz lateral, geralmente fixada abaixo da pingadeira. Esses sistemas podem ser trabalhados em conjunto ou separadamente”, explica Wilson Sallouti, professor de iluminação e diretor de marketing da FASA Fibra Ótica.


Segundo Wilson, uma piscina medindo 4 x 8 m, por exemplo, pode ser iluminada com a colocação de fibra ótica a partir de dois pontos de luz, em uma única parede de 4 m. “Mas é importante sempre consultar a empresa contratada para verificar qual a melhor disposição desses pontos”, recomenda.
A fibra ótica reúne diversos benefícios: possui eficiência energética, não oferece risco de choques, proporciona excelente efeito estético e pode ser adaptada em uma piscina pronta, de qualquer modelo.

Fotos: FASA Fibra Ótica
Na piscina acima, os sistemas de fibra ótica Sidelight e pontual da Fasa trabalham juntos, conectados à mesma fonte de iluminação. Uma única linha de Sidelight aplicada abaixo da borda valoriza o formato orgânico, promovendo reflexo na água e oferecendo uma sensação duplicada do efeito. A iluminação com fibra ótica pode ser instalada em qualquer tipo de piscina, mesmo depois de construída. No caso do sistema pontual, presente neste projeto, será necessário fazer perfurações na parede, com reparos na impermeabilização, para adaptá-lo à obra concluída.

Refletores: potência

 
A iluminação subaquática também pode ser feita com refletores. Os mais tradicionais iluminam a água com fachos de luz branca e também são indicados para qualquer tipo de piscina.


Os refletores de 300 watts possuem alta capacidade de iluminação. Eles são fixados nas paredes da piscina, a cerca de 75 cm da superfície da água. Para uma boa iluminação, recomenda-se prever a colocação de um ponto a cada 48 m2.


Existem também refletores dicroicos. O diferencial em relação aos de 300 watts é o uso de lâmpadas dicroicas de 50 watts, que não esquentam. Para aumentar a vida útil dessas lâmpadas, alguns fabricantes desenvolvem o produto com um nicho de ABS que refrigera o corpo de latão - que pode ser fabricado em materiais como inox e cobre. Para esses refletores, é indicado calcular a colocação de um ponto de luz a cada 10 m2.


Para garantir a segurança após a instalação dos refletores, é importante especificar a colocação do dispositivo DR (Diferencial Residual), que protege contra possíveis choques elétricos.



Para iluminar esta piscina, foram instalados seis spots subaquáticos da Fasa. Todos estão conectados a uma única fonte de iluminação de apenas 150 w, de onde a luz é conduzida por meio dos cabos de fibra ótica.




Fotos: sibrape
Cada refletor Dicroico (sibrape) é formado por uma lâmpada dicróica branca, ideal para projetos que necessitam de iluminação intensa, e uma lente azul. Preço: R$ 120.






Discovery é o refletor flutuante da Sibrape, que ilumina a piscina com 120 leds sem necessidade de instalações elétricas. Vem com bateria com 12 horas de autonomia e funciona com controle remoto. Preço: R$ 3.400.





O refletor Pool Lights Plus, da Sibrape, conta com 36 LEDs coloridos, possui sete funções e gera até 22 efeitos. Ilumina a piscina conforme a variação do som ambiente e possui a função “dia e noite”, que liga e desliga a iluminação automaticamente, de acordo com a presença ou não da luz. Cada refletor sai por R$ 418.



LEDs: eficiência e economia
Nos led’s monocromáticos (Sibrape), cada refletor é formado por 16 leds de cores intensas, mas com baixíssimo consumo de energia, apenas 3,5 watts. com três opções de cores - azul, verde e branco -, custa R$ 162,71.
O sistema com lâmpadas LED (sigla de Light Emitting Diode) é eficiente na iluminação subaquática de piscinas de vinil, fibra e alvenaria. Porém, por conta da baixa intensidade de luz que essas lâmpadas geram, geralmente são instalados vários pontos, para a obtenção de fachos mais concentrados.
Segundo Márcio Antonio Silva, encarregado técnico da Sibrape, “para o dimensionamento dos LEDs é necessário considerar a cor do acabamento da piscina. Se for escuro, aumente a quantidade de pontos de iluminação”, aconselha.

Quanto ao consumo de energia, Silva afirma que todos os sistemas LED são mais econômicos. “Um refletor de lâmpada dicroica, por exemplo, trabalha com 50 watts, enquanto um refletor de LED, com 3,5 watts”, informa.

Para a iluminação com LEDs ou refletores, praticamente não há manutenção. “Não existem reparos preventivos, apenas corretivos, ou seja, a substituição das lâmpadas ou dos LEDs quando queimados. Todos os sistemas trabalham com baixa tensão, em geral 12 V, mas sempre é bom lembrar que eles devem ser aterrados”, orienta.


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