quarta-feira, janeiro 13, 2010

Tipos de luminárias

Para um bom projeto luminotécnico temos que ter conhecimento ou ao menos noção em tudo que envolve a iluminação, que corresponde desde o tipo de luminária, tipo de lâmpada, potência, efeito desejado, lúmens e parte elétrica.

É importante saber os tipos de luminárias para fazer a especificação correta, hoje nada tem muita regra restrita na escolha do tipo de luminária, desde que não prejudique no efeito luminotécnico.

Verificar na obra, ou no projeto se o teto será laje ou gesso, o que irá facilitar a escolha da luminária certa.

É importante também considerar se é ambiente interno ou externo, e consultar com o fornecedor do produto se o mesmo é adequado ou não para o local desejado. A seguir, alguns tipos de luminárias existentes:

Plafon – luminária que geralmente é instalada bem próxima ao teto e serve como peça central do ambiente. Temos dois tipos de efeitos de iluminação causados pelo plafon, dependendo do material ele produz um efeito de luz indireta ou difusa.


Plafon com luz indireta, ou seja, a luz irradia diretamente no teto (recomenda-se que seja de cor clara) e posteriormente reflete no ambiente criando menos sombra e uma luz agradável aos olhos. Lumininária ideal para quartos e salas.


Plafon com luz difusa, o vidro permite uma luz geral no ambiente, deixando-o todo iluminado sem efeitos de luz e sobra.

Embutido – esse tipo de luminária é uma peça para embutir no gesso. Os tipos de embutidos são diversos, existem com fechamento em vidro ou acrílico para lâmpadas fluorescentes compactas ou incandescentes; embutidos sem fechamento para lâmpadas halógenas; e embutidos direcionáveis ou não. A grande vantagem dessas luminárias é a sensação de ambiente mais limpo e clean, pois o teto fica mais “liso”.


Embutido no gesso, o acabamento fica rente ao forro.

Pendente – é uma peça funcional, mas às vezes pelo seu design pode ser uma peça mais decorativa. Esta luminária fica “pendurada” por fios elétricos ou algumas vezes acompanhada de cabo de aço em função do peso da peça. Essas peças são usadas geralmente em bancadas, mesas de refeições, laterais de camas, mezaninos e etc.


Pendente Big Flower Pot (1971) por Verner Panton, pendente decorativo, funcional e estécico com com luz indireta. A inspiração de Verner para essa peça é o movimento Op Art e da Arte Cinética, um estilo um tanto psicodélico de grande popularidade no final dos anos 60.


Pendente XXL Dome (1998) por Ingo Maurer, com estrutura de fibra de vidro, metal e aço inoxidável, 180 cm de diâmetro. O interior do refletor é esmaltado de rosa, laranja, vermelho ou verde fluorescente.

Lustre – peça decorativa, geralmente é o centro de interesse de algum ambiente, como sala de jantar, hall de acesso ou mesmo mezanino. Dependendo do modelo do lustre pode ser a iluminação geral do ambiente, mas na maioria das vezes é uma peça complementar na decoração.


Lustre Light Shade Shade (1999) por Jurgen Bey da Moooi. Uma luminária que brinca com o estilo clássico (com lustre dourado e cristais pendurados) e com o estilo moderno (com a cúpula semi-translúcida).

Spot – é uma luminária com aspecto mais funcional, pois é uma peça direcionável, mas temos de tomar cuidado ao usar essa peça para que tenha seu uso adequado. Pois esse tipo de luminária não ilumina um ambiente inteiro como luz geral, como dito anteriormente ele é focal, ideal para quadros ou objetos de artes. Outro detalhe importante é o uso adequado das lâmpadas, se for para quadros usar dicróica, ou se for escultura, por exemplo, usar lâmpadas da família AR. Outro cuidado é com a estética, não colocar lâmpadas que fiquem para fora da luminária, a não ser que o design da peça permita essa ousadia, pois acaba dando destaque para a Lâmpada e não para a peça. Existem alguns spots com design bem diferenciado.


Luminária Beluga da Fabbian, empresa italiana. O design é leve, moderno e além disso muito funcional.

Trilho – o trilho na verdade não é a luminária propriamente dita, ela é uma barra eletrificada que permite o uso dos spots direcionáveis (mencionados acima). Esse tipo de peça é ideal para galerias , pois permite uma linha única de luminárias sendo que cada ponto tem flexibilidade de locomoção e redirecionamento. Cuidado ao usar esse tipo de peça em closets, pois como é uma luz focal, ela tem maior efeito de luz e sombra, e isso prejudica na escolha das roupas no closet. Por outro lado, em galerias de artes é o tipo de iluminação mais usado, pela funcionalidade e o efeito cênico.


Spot com trilho, uma calha eletrificada que permite a locomoção e direcionamento do spot.

Luminária de mesa – uma peça muito funcional, de design bem variado. Sua principal função é ser uma luminária de leitura apoiada nas mesas de trabalho, laterais de cama, ou em uma mesa lateral de sofá.


Tolomeo de mesa (1987) por Michele de Lucchi & Giancarlo Fassina, umas das luminárias de design de maior sucesso. Essa peça permite uma boa articulação e giro da cúpula, deixando a peça mais funcional e sua estética compõe super bem nos ambientes.

Luminária de pé – tem o mesmo objetivo da luminária mesa, mas esta por ter sua própria base, não depende de uma mesa para apoiá-la. Pode ser com finalidade de leitura ou apenas decorativa.

Arco Floor (1962) por Achille & Pier Giacomo Castiglioni. Luminária com base de mármore Carrara, com haste tipo telescópia com regulagem em três alturas diferentes. Uma peça de design que cria centro de interesse, fácil de compor com outros elementos e funcional, pois pode ser usada ao lado de uma poltrona ou mesmo na mesa de jantar, direcionando o facho de luz conforme adequação do local.


Luminária de pé Fun (1964) por Verner Panton. Discos semi-translúcidos de pedaços de conchas, criando uma iluminação mais “mágica”. Além da luminária de pé, há outras variações de mesa e de teto.

Abajur – acredito ser uma peça muito cobiçada pelo designers , pois é uma peça muito usada em ambientes residências ou comerciais. Permite uma luz ambiente que cria um clima mais aconchegante e é um elemento decorativo também.


Abajur Miss Sissi (1990) por Philippe Stark. Fabricado em policarbonato moldado por injeção e de produção em série, disponível em sete cores translúcidas.


Abajur Panthella (1970) por Verner Panton

Arandela – esse tipo de peça sempre será instalado na parede, dependendo do material que é produzido causa efeitos diferentes. Se for elaborada com cúpula, por exemplo, ela deixa o ambiente mais aconchegante; se for com vidro ou policarbonato será uma luz mais difusa. Existem também outros modelos que permitem um desenho de luz na parede, transformando a luz numa escultura.


Arandela Dress da Vistosi.

Refletor – é uma luminária um pouco mais técnica as vezes usadas nos jardins, fachadas ou mesmo como elemento de segurança da residência. Essa luminária como o próprio nome já diz, é um refletor, e contém uma luz forte e reflete para uma área mais ampla.


Refletor Lingotto Wall Light (1990) por Renzo Piano.

Up-light – luminária para jardim ou para vasos com plantas. Seu facho de luz é de baixo para cima, mas para um bom efeito temos de saber que tipo planta será usada para então especificar o tipo de lâmpada. Essa luminária é muito indicada também para fachadas de residências, prédios comerciais e pilares, valorizando assim sua verticalidade.


Exemplo de luminária de piso.

Balizador – como propriamente dito, essa luminária faz o efeito de luz de balizar, e não de iluminar o ambiente. Seu efeito é de direcionar o caminho, seja no jardim, ou mesmo dentro do quarto ou corredor de circulação.


Exemplo de iluminação de balizador em ambiente interno.


Fonte: http://chandelierlux.wordpress.com

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