No passado, o bambu já era identificado como excelente aliado da construção civil e agora reafirma sua posição com alternativas e aplicações cada vez mais funcionais.
Neste caminho o deck foi construído com réguas de bambu gigante autoclavadas, com 6 cm de largura, instaladas sobre estrutura de madeira. O pergolado também recebeu estrutura de madeira e almas de bambu, que ajudam a criar um jogo de sombra e luz no local. As almas de bambu são compostas por um bambu roliço passado entre duas serras, deixando aparentes os vãos entre os nós.
A relação do homem com o bambu e a utilização dessa planta da família das gramíneas na construção civil remetem aos primórdios da civilização, quando os seres humanos lutavam contra as forças da natureza por sua sobrevivência, utilizando materiais como pedras, madeiras e folhas para construir abrigos temporários. Certamente o bambu também se encaixava nessa categoria por suas principais qualidades: é leve, longo, tubular, resistente, flexível, fácil de manusear e transportar.
Com diversos exemplos vivos da utilização do bambu desde a arquitetura milenar, como o Taj Mahal, que só a pouco substituiu sua estrutura por metal, e pontes na China com impressionantes vãos livres, mais recentemente passou a ser empregado na construção civil, por ser um excelente aliado para as edificações à prova de terremotos. “As características estruturais e visuais do bambu fazem dele um elemento privilegiado quando se pensa em bioconstrução”, declara Danilo Candia, engenheiro agrônomo e proprietário da Bambu Carbono Zero. Como uma empresa que se apoia na sustentabilidade, a Bambu Carbono Zero localizou bambuzais, estabeleceu parcerias agrícolas e está viabilizandoas economicamente por meio do manejo correto e da venda de matéria-prima e seus produtos.
Esteticamente, o bambu harmoniza-se com outros materiais, como madeira, vidro, concreto e pedra, entre outros. “Aqui entra o papel dos arquitetos e decoradores. Pensando em bioconstrução, uma casa estruturada com bambu combina muito bem com paredes de adobe (grandes blocos de argila rústica, secos ao sol)”, exemplifica.
Acima, Réguas autoclavadas com 4 cm de largura e acabamento flambado foram utilizadas na cobertura do pergolado e na forração das paredes deste ambiente.
O revestimento das paredes deste jardim interno utiliza réguas autoclavadas de 4 cm de largura, com vãos de 0,7 cm. O acabamento natural promove maior integração com as plantas do ambiente.
Acima, a cerca desenvolvida pela arquiteta Renata Tilli utiliza réguas de bambu de 4 cm, autoclavadas, com acabamento natural e trançadas sobre uma estrutura também de bambu. Este material é particularmente indicado para fechamento parcial, com penetração discreta de plantas.
Ambientalmente correto
O termo sustentabilidade é perfeito para descrever uma plantação de bambu, cujos cortes são seletivos e perpétuos, não havendo jamais a eliminação total do bosque. A espécie também presta relevantes serviços ambientais, como combate à erosão, proteção de recursos hídricos e regeneração de bacias hidrográficas, além de criar inúmeros empregos, promovendo ainda a fixação da mão de obra no campo.
O termo sustentabilidade é perfeito para descrever uma plantação de bambu, cujos cortes são seletivos e perpétuos, não havendo jamais a eliminação total do bosque. A espécie também presta relevantes serviços ambientais, como combate à erosão, proteção de recursos hídricos e regeneração de bacias hidrográficas, além de criar inúmeros empregos, promovendo ainda a fixação da mão de obra no campo.
Por ser uma gramínea, que é mais eficiente no processo de fotossíntese, o bambu, além gerar de matéria-prima abundante, é um eficaz seqüestrador da atmosfera. “A construção civil é responsável por 54% das emissões de carbono no mundo. O bambu é, por excelência, um material de emissão zero de carbono e pode substituir o uso de madeira, aço ou concreto na construção, dependendo da aplicação desejada”, explica o engenheiro. “Cultivado por meio de manejo sustentado, o bambuzal permite extrações anuais de 20% das varas ao longo de gerações. Como gramínea, possui mecanismo fotossintético mais eficiente que outras espécies, garantindo maior produção de biomassa e, consequentemente, sequestrando mais carbono por hectare do que uma floresta inteira de eucalipto.”
Embora possua uma força de tração paralela às fibras e similar à do aço, o bambu é mais leve que a madeira, tornando-o insubstituível em locais de difícil acesso na superação de vãos e balanços ousados. Mais que isso, sua flexibilidade permite construções de formas orgânicas. Pode ser utilizado como pilar, viga, caibro, ripa, telha, dreno, piso, revestimentos. Se tratados adequadamente, é capaz de durar tanto quanto a madeira de lei.
No ambiente Terraço da Viúva, projetado por Fabio Galeazzo para a Casa Cor 2010, as paredes do espaço gourmet receberam forração com réguas de bambu invertidas.
Um bambu para cada fim
Há mais de 1.400 espécies de bambu no mundo, cada variedade com uma aplicação.
Qualquer que seja sua utilização, é fundamental que a planta esteja madura e com fibras consolidadas, o que só acontece a partir do terceiro ou quarto ano do nascimento de um broto. As espécies mais usadas no Brasil para construção são Bambu Gigante (Dendrocalamus Giganteus), aplicado em pilares, vigas, réguas para decks, revestimentos e cercas; Mosso (Phyllostachys P. Nigra), utilizado em vigas menores, caibros e réguas para revestimentos, pérgulas, cercas; e Cana da Índia ou Bambuira (Phyllostachts Aurea) para forrações diversas, detalhes, arremates e acabamentos.
Comparado à estrutura de concreto, destaca- se pela beleza, que imprime um toque orgânico à construção, e também pelo fato de não emitir os gases de efeito estufa ao ser produzido. Refilado em réguas de 3 a 5 cm de largura, atinge até 3 m de comprimento, o que permite criar revestimentos orgânicos, originais e muito estéticos para qualquer tipo de ambiente, com excepcional aplicação em forros, pergolados, balcões, paredes e decks, entre outros.
“As peças de bambu podem ser unidas por injeção de concreto no interior dos seus gomos. Onde os esforços são menores, usase barras rosqueadas com diversas técnicas de engastamento”, explica o engenheiro. “É muito interessante também o uso do bambu na parte estrutural do telhado, onde substitui com vantagens caibros, terças, vigas e tesouras, incluindo até os telhados vegetais.” No ambiente Terraço da Viúva, projetado por Fabio Galeazzo para a Casa Cor 2010, as paredes do espaço gourmet receberam forração com réguas de bambu invertidas.
Há mais de 1.400 espécies de bambu no mundo, cada variedade com uma aplicação.
Qualquer que seja sua utilização, é fundamental que a planta esteja madura e com fibras consolidadas, o que só acontece a partir do terceiro ou quarto ano do nascimento de um broto. As espécies mais usadas no Brasil para construção são Bambu Gigante (Dendrocalamus Giganteus), aplicado em pilares, vigas, réguas para decks, revestimentos e cercas; Mosso (Phyllostachys P. Nigra), utilizado em vigas menores, caibros e réguas para revestimentos, pérgulas, cercas; e Cana da Índia ou Bambuira (Phyllostachts Aurea) para forrações diversas, detalhes, arremates e acabamentos.
Comparado à estrutura de concreto, destaca- se pela beleza, que imprime um toque orgânico à construção, e também pelo fato de não emitir os gases de efeito estufa ao ser produzido. Refilado em réguas de 3 a 5 cm de largura, atinge até 3 m de comprimento, o que permite criar revestimentos orgânicos, originais e muito estéticos para qualquer tipo de ambiente, com excepcional aplicação em forros, pergolados, balcões, paredes e decks, entre outros.
“As peças de bambu podem ser unidas por injeção de concreto no interior dos seus gomos. Onde os esforços são menores, usase barras rosqueadas com diversas técnicas de engastamento”, explica o engenheiro. “É muito interessante também o uso do bambu na parte estrutural do telhado, onde substitui com vantagens caibros, terças, vigas e tesouras, incluindo até os telhados vegetais.” No ambiente Terraço da Viúva, projetado por Fabio Galeazzo para a Casa Cor 2010, as paredes do espaço gourmet receberam forração com réguas de bambu invertidas.
No telhado, manutenção simples
A impermeabilização precisa ser tão rigorosa como em qualquer outro telhado. Mas o bambu tratado não necessita de manutenção, a não ser a aplicação eventual de cera ou de Stain (tipo de verniz especial para repelência de água) para manter um belo efeito visual, ou ainda outros acabamentos usados também em qualquer tipo de madeiramento. “As peças podem ser pintadas de diversos tipos de tinta, desde que as superfícies sejam muito bem lixadas por conta da baixa aderência da casca. Mas o charme do bambu está mesmo no seu belíssimo aspecto natural”.
Os bambus da Carbono Zero são tratados em autoclave e garantidos por 15 anos contra apodrecimento por fungos e bactérias, e brocas e cupins em condições externas. As peças de uso externo, porém, não estão garantidas para pequenas rachaduras de dilatação, o que não compromete a sua durabilidade e não afeta diretamente sua aplicação. “Para uma maior proteção, recomendamos a manutenção semestral com ceras, óleos ou stains (Osmocolor ou Polystein)”.
Este Forro de esteira autoclavada recebeu réguas de bambu de 6 cm e acabamento de massa corrida. As réguas resistem a ao sol e ambientes muito secos ou quentes.
Réguas de bambu com 4 cm, emparelhadas e fixadas com pregos ou parafusos, forram a varanda. Também podem forrar paredes, treliças, cercas, gazebos, decks ou pérgulas.
Versões de bambu para múltiplos usos
1.Com acabamento cozido, o Mosaico C (24 x 24 cm) em relevo, indicado para ambientes internos e secos, custa R$ 315 o m². 2. Entrelaçada, a Esteira (100 x 150 cm) é ideal para revestir forrações de teto, biombos e cercas. Preço: R$ 70 o m². 3. Para revestir área internas e secas, o Mosaico E(20 x 20 cm) recebeu pequenas canoas de 4 x 2 cm. Por R$ 110 o m².
1. O Mosaico B (20 x 20 cm) com acabamento cozido é indicado para revestir paredes internas e secas. Preço: R$ 290 o m². 2. Recomendadas para área seca e interna, as pastilhas (3 x 3 cm) de bambu vêm em placas de 24 x 24 cm. Preço: R$ 310 o m². 3. Em placas de 20 x 20 cm, o Mosaico B com acabamento negro pode revestir paredes internas e secas. Preço: R$ 345 o m².
1. Com diferentes medidas (diâmetro varia entre 1 e 16 cm e comprimento entre 100 e 700 cm), os círculos são indicados para diversos revestimentos. Preço sob consulta. 2. As réguas com acabamento cozido, flambado ou negro têm medidas diferenciadas (máximo 6 x 250 cm). Custa R$ 110 o m². 3. O modelo Círculo (20 x 20 cm) em placa translúcida e flexível é ideal para vidro e superfícies curvas. Preço: R$ 290 o m².
Para pérgulas e painéis decorativos, as Almas de bambu com acabamento cozido medem até 11 x 300 cm. Preço: R$ 8 o m².
Nenhum comentário:
Postar um comentário