O premiado projeto "Box House" mostra que habitação popular pode, sim, ter alta qualidade, estética inovadora e um belo design.
Situado no bairro periférico da Brasilândia, na zona norte de São Paulo, o conjunto reúne 17 residências, em um terreno de 1.011 m². A demanda foi da própria incorporadora: um projeto diferenciado, destinado às classes C e D, com extrema qualidade e sem custos extras. Ao receber a proposta, em 2007, o arquiteto Yuri Vital enxergou o ineditismo da iniciativa no mercado brasileiro, que, nas últimas décadas, vem assistindo a um boom na construção de habitação popular de baixa qualidade. “São paradigmas ingênuos e preconceituosos”, critica o arquiteto.
Vista para a comunidade: o projeto tira partido do próprio terreno, alto e com grande declive, cujo entorno pode ser visto das varandas de todas as casas Sem monotonia As casas são geminadas, porém construídas a partir de volumes, desníveis e recuos. A proposta fugiu dos padrões usuais aplicados aos conjuntos habitacionais brasileiros criados ultimamente |
Versão ousada Inspirado em conjuntos habitacionais brasileiros dos anos 1960, Vital apostou na simplicidade. As casas de 46 m² são como “caixas”, e a solução para não ultrapassar a altura de seis metros definida pelo gabarito municipal foi construir a garagem em declive, abaixo do nível do terreno. No primeiro pavimento estão sala, lavabo, cozinha e área de serviço. No segundo andar, dois quartos e um banheiro. | |||||||||||
Na entrada da vila, fechada com portão e cancela, foi reservado um pequeno espaço para o playground.
As casas foram vendidas em leilão público por R$ 90 mil. Hoje, os moradores convivem com interessados pelo projeto, que ganhou prêmios, como o do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB)
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gostaria de saber as medidas do projeto
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