Arquitetura e Gastronomia
Nesse contexto a cidade já conta com uma proposta um tanto audaciosa e à altura da grandiosidade que Campina Grande sustenta a começar pelo seu nome. Consiste no projeto de criação do Centro de Gastronomia de Campina Grande, uma idéia que visa incrementar o segmento na cidade, dado a esta, a cara de um grande pólo gastronômico de toda a região nordeste. Mais que um espaço arquitetônico pensado especialmente para o segmento, o projeto, de autoria da arquiteta Lorena Andrade Cavalcanti, apresenta a idéia da implantação de um instituto de gastronomia que visa criar e treinar chefes, garçons e barmens, entre outros, além de atrair turistas e a população local para o consumo de mercadorias produzidas no local, fazendo uma ligação importante com o patrimônioc cultural da região.
"A idéia seria criar um espaço específico e amplo com uma proposta diversificada de serviços voltados para o desenvolvimento da gastronomia na cidade e, mais do que isso, com uma função social agregada a ele, como por exemplo, o funcionameto de uma oficina-escola de gastronomia voltada à população de baixa renda"descreveu Lorena Cavalcanti ao destacar o aspecto da geração de ocupação produtiva e de renda que acompanharia o Centro de Gastronomia Campinense.
O terreno escolhido para abrigar a estrutura predial da iniciativa localiza-se entre a Rua Vigário Calixto e a Rua Nazinha Goes de Albuquerque, no Bairro do Catolé. "O bairro atualmente é o que possui maior desenvolvimento na cidade, de topografia plana e próximo ao centro. Em termos de acessibilidade, esta nova instituição estaria somente se utilizando da infra-estrutura existente no local", justifica. Em síntese, conforme descreve o projeto - fruto da monografia da autora no curso de Arquitetura - a proposta prevê para a cidade uma edificação para curso profissionalizante, que atue como fonte de inclusão social da população carente das áreas próximas, além de uma fonte de atração de turistas na região e aumento da renda com a venda de produtos fabricados no local.
De acordo com a autora do audacioso projeto arquitetônico, o Centro de gastronomia engloba uma escola técnica de gastronomia, cozinha industrial, restaurante e 12 lojas conforme ilustra a maquete elaborada pela autora do projeto. Integra-se ao projeto uma grande área com tratamento paisagístico em torno de um lago que proporciona uma maravilhosa paisagem, com a presença de um caramanchão que serve como área de estar e contemplação.
Em termos descritivos, o partido arquitetônico é modernista, utilizando concreto, estrutura metálica e vidro. Possui um raciocínio projetual baseado em volumes geométricos predefinidos com a utilização da arquitetura modular que dá vez a uma forma de concepção potencialmente livre e simples. A volumetria é feita pela combinação de pilares de concreto armado e estruturas espaciais metálicas curvas que produzem um bonito efeito estético e plástico na edificação e na adoção de formas simples e geométricas.
Com o intuito de obedecer ao máximo todos os entraves de programa, foi elaborado uma séries de estudos preliminares que deram base ao projeto, o qual como faz ressaltar a arquiteta, está fundamentado numa necessidade já observada na cidade que é uma maior valkorização da gastronomia como um instrumento de alavancar o desenvolvimento do turístico. "Associar gastronomia, patrimônio e turismo é algo fundamental para o sucesso da atividade, tendo em vista que este patrimônio detém a princípio, o potencial para atrair turistas " explica Lorena Cavalcanti ao destacar que o centro, cuja proposta é ser uma instituição de Parceria Público-Privada, tem como objetivo difundir e valorizar a cultura da culinária da Região, pretendendo contribuir para que Campina Grande se torne um dos maiores pólos gastronômicos do Nordeste.
Como se vê, muito mais do que a terra do Maior São João do mundo, a Rainha da Borborema reúne todos os ingredientes para se tornar um grande e importante pólo gastronômico de toda a região.
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