sexta-feira, julho 22, 2011

Segredos de um projeto de iluminação

Um bom projeto luminotécnico deve levar em conta basicamente duas coisas: o uso do espaço e tudo o que queremos valorizar nele.


Num living, por exemplo, uma iluminação equilibrada deve mesclar uma luz geral e difusa para a execução de tarefas - como a do lustre sobre a mesa de jantar - com outras mais focadas - na mesa de centro, numa escultura ou num quadro na parede. Isso significa pelo menos três circuitos independentes (na sala da foto, de 58 m², o arquiteto usou oito circuitos). Os novos sistemas de automação e dimerização permitem fazer combinações entre os circuitos, graduar a intensidade das lâmpadas e, assim, criar uma variedade de cenas para diferentes usos. São tantos os recursos tecnológicos a nossa disposição que é necessário a ajuda de um especialista. A boa notícia é que a maioria das lojas do ramo conta com arquitetos e light designers preparados para orientar o cliente.
Cenas personalizadas

As paredes que separavam estar e jantar desta sala vieram abaixo e o projeto de iluminação ajudou a integrar os ambientes. O arquiteto Marcelo Rosset criou cenas com atmosferas distintas e usou um sistema de automatização da Scenario.
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Veja o projeto de iluminação
Cenas diferentes com um simples toque

Moradora de um loft em São Paulo, a arquiteta Consuelo Jorge ressalta a praticidade que a automação do sistema de iluminação oferece. "Da cabeceira da minha cama, desligo a luz de toda a casa", afirma. Mas do que ela gosta mesmo é a versatilidade do equipamento ao criar climas de acordo com seu humor e sua necessidade. "Uma das minhas cenas preferidas, que eu chamo de 'jantar à luz de velas', acende as luminárias do jardim e poucas luzes na sala", explica. Sem dúvida, a maior vantagem desse tipo de automação é oferecer comodidade ao usuário, que pode mudar o clima do ambiente com apenas um toque. "Ao pressionar o botão do teclado ou controle remoto, ele estará acionando, de uma só vez, conjuntos de lâmpadas que correspondem a circuitos específicos", explica João Jorge Gomes, da Scenario, empresa especializada no assunto. Segundo o light designer Rodrigo Jardim, da Synapse, a automação é uma grande aliada na criação de um projeto em conformidade com a personalidade do morador. "É como se fôssemos diretores de cena de um teatro", explica. Outra vantagem do controle automatizado é que ele regula a intensidade de luz das lâmpadas (dimerização) e assim economiza energia. A desvantagem fica por conta do elevado custo do equipamento. "Além disso, a automação não é muito útil em apartamentos pequenos, com poucos circuitos", explica o arquiteto Gilberto Franco. Nesse caso, ele recomenda o dimmer simples como um recurso para multiplicar os efeitos de luz nos ambientes.
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Painel de automação
Dicas para economizar energia

Dispositivo que permite controlar a intensidade de luz, o dimmer reduz o consumo de energia e, de quebra, aumenta a durabilidade da lâmpada. "Os modelos eletrônicos permitem uma economia ainda maior", explica Cláudia Garcia, da Delmak, empresa que comercializa a marca americana Lutron (especializada em automação e dimerização). A escolha de lâmpadas também influenciao consumo.

As fluorescentes consomem, em média, 80% menos que as incandescentes. "Por isso, devem ser empregadas em ambientes onde a luz fica acesa mais de quatro horas por dia, como áreas de serviço", explica Marc Vam Riel, da La Lampe. Para Marc, em áreas sociais, como salas de estar, usadas por poucas horas durante a semana, as lâmpadas fluorescentes podem ser evitadas. "Sua reprodução de cores é inferior à das halógenas e incandescentes", acrescenta. Encontrado apenas nas fluorescentes compactas, o selo Procel Inmetro, colado no cartucho da lâmpada, reconhece que o produto é econômico e tem um padrão de eficiência aprovado pela Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica).
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Dimmer
De olho nas lâmpadasAs prateleiras das lojas expõem uma variedade incrível de modelos. Todos eles, porém, pertencem a uma das três famílias: incandescentes (as mais comuns), fluorescentes (as mais econômicas) e halógenas (as mais sofisticadas).
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Fluorescente

Incandescente
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Dicróica              Halógena
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                          Halógena palito

Halógena AR
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Halógena PAR
Efeitos especiais

Alguns efeitos básicos combinados garantem uma boa iluminação e trazem
conforto sem que o morador se dê conta. "O melhor projeto de iluminação é
aquele em que nem parece existir um projeto", diz Ricardo Heder, da Reka.
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Luz para cima (uplight)
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Luz para baixo (downlight)
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Luz nas paredes (wallwash)

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