quarta-feira, novembro 30, 2011

Reformas em fase Final de acabamento

 Reforma de coberta, muro e ampliação  para suíte com closet e Área de lazer no Bairrro do Catolé em Campina Grande

 Reforma de coberta e ampliação da cozinha e área de serviço no Bairrro do Catolé em Campina Grande

Projeto - Lorena Cavalcanti e Alex Barros - 3D-ArquiDesign

Envidraçamento de sacadas terá norma ABNT 01 de dezembro de 2011



O envidraçamento de sacadas é estimulado tanto em cidades onde o inverno é rigoroso, como, por exemplo, em Porto Alegre e municípios serranos da Região Sul; e na Região Nordeste, em Salvador e no Recife. Estações diferentes, climas diferentes, solução única: ar-condicionado e, como consequência, sacadas envidraçadas, prática largamente adotada no mundo inteiro.

Contudo, no Brasil e demais países do globo terrestre inexiste normatização para o envidraçamento de sacadas – mas, por pouco tempo. No decorrer do primeiro semestre de 2012 deverá ser submetido à consulta nacional o projeto 37:000.03-008, que trata do tema.

Desde março de 2009, o projeto está em elaboração por uma comissão formada no âmbito do Comitê CB-37, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-37).

A inexistência de uma referência internacional dificulta a tarefa, diz a coordenadora da Comissão de Estudos do Projeto 37:000.03-008 – Envidraçamento de Sacadas, Cláudia Patrícia Lopes, em entrevista concedida à revista da Associação Brasileira de Distribuidores de Vidros Planos (Abravidro).

Elaboração da norma

Diante da dificuldade, comenta Patrícia Lopes, a tarefa foi dividida em duas partes: o desenvolvimento do projeto com base na norma ABNT-NBR 10821 – Esquadrias Externas para Edificações; e a obtenção de dados técnicos reais, com apoio de laboratórios que permitam ao Comitê ABNT/CB-37 realizar ensaios, para verificar se os valores propostos são exequíveis, e se trazem benefício ao sistema.

Na fase atual do projeto 37:000.03-008 colabora o Laboratório Falcão Bauer, realizando testes de reforços verticais e de manuseio, os quais remeterão aos parâmetros para o ensaio da norma. Cláudia Lopes comenta que fixação, ancoragem, resistência e desempenho são importantes para o sistema de envidraçamento de sacadas, tanto quando o vidro.

“A norma não definirá os tipos de fixação ou ancoragem. Os fornecedores terão liberdade para desenvolver seus produtos, mas não deverão esquecer que os mesmos serão testados, e deverão atender as condições mínimas de desempenho, para serem aprovados”, declara na entrevista à Abravidro a coordenadora da Comissão de Estudos do Projeto 37:000.03-008 – Envidraçamento de Sacadas, Cláudia Patrícia Lopes, que é também gerente da Dorma Glass.

Fonte: Exame

terça-feira, novembro 29, 2011

DESIGN E ARTE



Grandiosa, esta cobertura dúplex em São Paulo oferecia espaço de sobra para a arquiteta Fernanda Marques preenchê-la com o que houvesse de mais impactante em matéria de arte e design contemporâneos. Com a aprovação do empresário que mora ali, foi exatamente o que ela fez. Sofás e poltronas de linhas retas e dinâmicas formam o cenário para vasos, pendentes e telas coloridas brilharem. Destaque para a obra d’Osgemeos, que faz valer as dimensões espetaculares do apartamento.


Fonte: Casa Vogue

domingo, novembro 27, 2011

Casa para andar de Skate

Ousar, experimentar novas formas e materiais e dar vida a essas ideias inusitadas está no DNA de François Perrin. Depois de construir uma casa toda em madeira e policarbonato para um antropólogo e outra em um penhasco nas colinas de Hollywood, o arquiteto nascido em Paris, mas que estabeleceu sua vida profissional em Los Angeles (EUA), está no comando da construção de uma casa toda feita para realizar manobras de skate.

“A PAS House será uma construção como outra qualquer, com a diferença de que será a primeira totalmente adaptada para se andar de skate por todos os cômodos”, afirma o arquiteto.


A PAS House será a primeira totalmente adaptada para se andar de skate por todos os cômodos


Feito em parceria com o skatista e designer Gil Le Bon Delapointe, o projeto será a mais nova residência do ex-campeão mundial de skate e proprietário da marca Etnies, Pierre-André Senizergue, e ficará pronto no ano que vem. Em junho, um protótipo em escala real da casa foi apresentado em Paris no museu La Gaité Lyrique, durante a comemoração do aniversário da marca de skate.


Em comemoração ao aniversário da marca de skate Etnies, foi feito um protótipo em escala real da casa


O projeto terá todos os itens de um imóvel comum, porém eles sofrerão adpatações: as paredes se transformarão em rampas, as escadas terão corrimões e as camas e sofás vão funcionar como obstáculos. “Serão cerca 185 m² destinados à prática e à paixão pelo skate”, diz Perrin, que garante que a única dificuldade que teve foi conseguir permissão para construir o inusitado empreendimento em Malibu. “A casa em si não será problema”, completa.


As paredes da casa se transformarão em rampas, as escadas terão corrimões e as camas e sofás vão funcionar como obstáculos


Ainda, segundo o arquiteto, que deseja trazer a instalação da PAS (abreviação do nome do proprietário) House para o Brasil, o projeto é bastante simples e pode ser construído com investimento de US$ 500 mil a US$ 1 milhão (R$ 800 mil a R$ 1,6 milhão), dependendo do material escolhido.

quinta-feira, novembro 24, 2011

{Fofura do Dia}

Torneado em ferro, o berço em design provençal é o protagonista do quarto desenvolvido pela arquiteta Patricia Cunha Andrade, que apostou no mix de estampas e tonalidades, agregando ainda mais feminilidade à decoração em estilo francês.


quarta-feira, novembro 23, 2011

Estádio Nacional de Brasília quer ser um dos mais sustentáveis do mundo





O estádio terá capacidade projetada para 70 mil pessoas l Foto: Castro Mello Arquitetura

A cidade de Brasília, que abrigará importantes jogos da Copa de 2014, pretende transformar o estádio Mané Garrincha em uma das arenas de futebol mais sustentáveis do mundo. O estádio terá capacidade projetada para 70 mil pessoas e pleiteia a certificação Leed Platinum, selo máximo da construção ecologicamente correta fornecido pelo instituto americano U.S. Green Building Council (GBC).

Para obtê-lo, a obra tem de atingir no mínimo 80 pontos de um total de cem. São avaliados o consumo de energia, o reaproveitamento de água, o uso de materiais certificados ou reciclados na construção e no mobiliário, a localização do empreendimento e a baixa produção de resíduos, entre outros itens.

Outros oito estádios brasileiros almejam a certificação básica do Leed e para isso precisarão cumprir mínimos 50 pontos o selo é condição para receber financiamento do BNDES, que possui uma linha de créditos especial para ecoarenas. Seguir com rigor os padrões tem seu preço: a construção fica até 5% mais cara.

Em compensação os custos com manutenção e operação caem drasticamente, diz Vicente Castro Mello, sócio da Castro Mello Arquitetos, escritório responsável pelo projeto brasiliense. Segundo cálculos da firma, a economia de operação do novo Mané Garrincha poderá chegar aos sete milhões de reais por ano.

Especializado em arquitetura esportiva, ele foi um dos idealizadores, ao lado do economista americano Ian McKee, do Projeto Copa Verde. “A ideia central é usar este megaevento esportivo para transformar a cidade, criando um legado sustentável”, afirma. “O estádio deve servir para múltiplos usos, além das partidas de futebol. Queremos que ele seja a melhor arena para shows da América Latina”, diz.

Orçada em 671 milhões de reais, o estádio deverá passar por uma rígida auditoria do GBC, que vai avaliar se ele está realmente apto a levar o certificado Platinum.

As chances do estádio conseguir o selo máximo são altas, mas é necessária precisão na execução das obras, avalia Marcos Casado, gerente técnico do GBC Brasil, braço nacional do instituto americano. A vantagem é que a sustentabilidade é parte integrante da concepção do projeto de Brasília, o que torna o objetivo mais fácil de ser alcançado.



Design integrado à cidade


Brasília tem uma arquitetura marcante, tombada pelo patrimônio histórico. Uma das características que mais saltam aos olhos são as colunas sempre posicionadas à frente dos palácios, como no Supremo Tribunal Federal, no Palácio do Planalto e no Itamarati. Respeitando esse desenho, o escritório de arquitetura bolou um estádio com colunas que garantem 30% de sombra, como se fosse um chapéu.

Longe de mero efeito figurativo, a fachada foi pensada a partir de uma análise bioclimática da construção. Durante um ano inteiro, 26% do tempo, um ser humano se sente bem dentro de uma edificação comum de Brasília, sem precisar recorrer ao ar condicionado ou aquecedores. Em outros 30% de tempo, é preciso proteção nas janelas, para garantir zona e conforto, sem gastar com aparelhos.

Uma Copa para fazer a pé ou de bike

Com o aeroporto a 15 minutos do estádio, o projeto prevê um sistema de transporte interligado e eficiente. O plano é ter um BRT com ônibus ecológicos, de combustível híbrido e um programa público de aluguel de bicicletas, com a criação de 600km de ciclovias. “Vai ser possível ir pedalando de bike do aeroporto para o estádio”, diz Vicente.

Ou ainda fazer a pé o caminho entre o estádio e o hotel, já que a rede hoteleira se concentrará em um raio máximo de 3km do centro esportivo. No meio do caminho, há museus, teatros, hospitais e uma rodoviária. A acessibilidade é outra questão importante para um estádio verde. Além de elevadores, rampas facilitarão o acesso de pessoas com deficiência ou cadeirantes a vários níveis da arena.

Iluminação eficiente e renovável

O estádio de Brasília terá uma megaestrutura de painéis solares capaz de gerar 2,54 MW, o equivalente à demanda energética de 1,4 mil residências por dia. Na maior parte do tempo, ele será autossuficiente em energia, e o excedente será repassado para rede ou vendido.

Em dias de jogos, quando houver pico, o estádio terá capacidade de prover 50% da energia, a outra metade virá da concessionária que recebeu anteriormente o excedente. Todo o sistema de iluminação da arena será em LED. E com uma disposição eficiente das luzes no campo é possível reduzir em até 18% o consumo de energia.





Paisagismo local

O projeto conta com aproximadamente 230 mil metros quadrados de áreas verdes. A vegetação será de espécimes nativas do cerrado de Brasília para reduzir a necessidade do consumo excessivo de água na irrigação e manutenção. O paisagismo terá piso drenante e refletivo, que não absorve calor.

Uso inteligente de água


O projeto prevê um sistema de captação de água da chuva, que será filtrada para abastecer toda a demanda do estádio. Nos banheiros masculinos, serão usados mictórios que dispensam água. Utilizado em larga escala nos EUA, o sistema usa um óleo vegetal: no acionar da descarga, o óleo sobe e a urina desce por gravidade para a rede de coleta de esgoto. Segundo Vicente, essa tecnologia tem apelo financeiro porque, além da economia de água, dispensa instalações necessárias para um banheiro com descarga tradicional.

Cobertura que captura CO2

Esta é talvez uma das soluções mais high tech do estádio. A cobertura será feita de uma membrana branca que reflete o calor e tem dióxido de titânio em sua composição. Este elemento, em contato com a umidade do ar e as gotas da chuva, se comporta como se fosse um teflon (revestimento de panela) - nele sujeira não gruda nem se acumula.

Mais, a reação química entre as moléculas de água e o CO2 da atmosfera na presença do dióxido de titânio gera CO3, nitrogênio. “É como se essa membrana fizesse uma espécie de fotossíntese, retirando o gás carbônico da atmosfera”, conta Vicente.


As informações são do Green Building Council Brasil.

Vista do oceano define mansão



A deslumbrante vista para o Oceano Atlântico emoldura e define esta estonteante casa de 1400 m² de área localizada no topo de um penhasco em Dacar, capital do Senegal. Construída de acordo com projeto do estúdio sul-africano SAOTA – que cada vez mais se destaca no cenário da arquitetura de luxo produzida em toda a África -, a mansão de linhas contemporâneas ocupa o terreno de um antigo bunker, erguido na época da 2ª Guerra Mundial.

Essa memória foi preservada, e estabeleceu o desenho do subsolo, transformado em um cinema privê. Ele é rodeado por espelhos d’água e conecta-se ao piso térreo por uma imensa escada em espiral que dá identidade para as áreas internas da casa.



Revestida em aço inoxidável e com degraus de granito branco, a escada é sustentada por uma série de hastes metálicas com apenas 20 mm de diâmetro, que cruzam o corrimão desde o subsolo até o últinmo andar, dando leveza ao conjunto.

A grande vedete da residência, porém, é o piso térreo. Não apenas por conta da vista para o mar, da piscina de borda infinita ou do imenso jardim à beira do penhasco. A incrível integração de espaços internos e externos, conquistada pelo uso de imensos panos de vidro, é o que impressiona na seqüência de ambientes sociais – salas, escritório, cozinha -, todos voltados para esse jardim.

No andar acima, estão o quarto do casal e dos filhos. O percurso começa pelo hall ao redor da escada, coberto por uma claraboia que ilumina a casa durante o dia. Na seqüência estão os dormitórios das crianças e, por fim, a suíte máster, dividida em uma série de salas de planta alongada, que se abrem para um terraço igualmente integrado à vista para o Atlântico.


Fonte: Casa Vogue



terça-feira, novembro 22, 2011

O que faz o arquiteto?



A atuação do arquiteto abrange a escala da cidade à da cadeira - ou seja, a formação o torna apto
a projetar e coordenar até a obra de um arranha-céu

É muito comum em nosso país a confusão entre que trabalhos o arquiteto pode realizar e que trabalhos são atribuições dos engenheiros. Arquitetos podem calcular estruturas? Engenheiros podem fazer projetos arquitetônicos? Arquitetos podem tocar uma obra? “Quero construir ou reformar uma casa, qual deles devo chamar?” é uma pergunta que se ouve com frequência.

Essas dúvidas perturbam não só futuros clientes desses profissionais, mas também estudantes prestes a escolher entre uma das duas profissões. Por isso, é ainda mais grave constatar que mesmo nas faculdades essa questão não está bem resolvida.

É fácil visitarmos sites, blogs e comunidades de engenheiros na internet e encontrarmos colocações do tipo: “Nunca deixe um arquiteto fazer um projeto estrutural e, muito menos, executar a obra. Isso é trabalho de engenheiro! Arquiteto faz projeto arquitetônico e ponto.” Apesar de equivocada, tal afirmação é repetida para quem quiser ouvir.

A formação do arquiteto possibilita uma vasta atuação que está expressa pela Lei Federal 5194/1966 e pela resolução 218/1973, que determinam as atribuições do arquiteto e urbanista e as especificações de serviços que podem executar, cabendo ao arquiteto as seguintes atividades referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagística e de interiores; planejamento físico, local, urbano e territorial, e serviços afins e correlatos:

- Estudo, planejamento, projeto e especificação

- Assistência, assessoria e consultoria

- Direção de obra e serviço técnico. Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico

- Desempenho de cargo e função técnica

- Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica e extensão

- Elaboração de orçamento

- Padronização, mensuração e controle de qualidade

- Execução de obra e serviço técnico

- Fiscalização de obra e serviço técnico

- Produção técnica e especializada

- Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção

- Execução de instalação, montagem e reparo

- Operação e manutenção de equipamento e instalação

- Execução de desenho técnico

Como podemos ver, o arquiteto está habilitado a realizar não só atividades relacionadas ao projeto, como também pode coordenar obras completas e calcular estruturas. Nas faculdades de arquitetura há inúmeras matérias relacionadas a cálculo, estruturas, hidráulica, elétrica e materiais e, frequentemente, essas disciplinas são ministradas por engenheiros, dentro das faculdades de engenharia, como acontece na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Mas, então, qual é a diferença entre o arquiteto e o engenheiro?

A formação do arquiteto é muito ampla e reúne não só matérias técnicas, como as mais conceituais. Versa tanto sobre resistência dos materiais, quanto sobre história e arte. O arquiteto é, antes de tudo, um humanista.

Talvez esteja aí a principal diferença entre engenheiros e arquitetos. Enquanto o primeiro está preocupado com o edifício, com as questões técnicas da construção, o segundo está preocupado com o ser humano que ocupará esta construção. Com o indivíduo, com as relações entre o homem e o espaço construído.

A participação do engenheiro começa na fabricação dos materiais e vai até a execução da obra, passando por diversos projetos. O diálogo com os arquitetos é constante e fundamental.

Quando começa um projeto, o arquiteto analisa primeiramente o terreno em que os prédios ou casas serão implantados. Há vizinhos? São altos, baixos, muitos ou poucos? Estão próximos ou distantes? O que há em volta, uma cidade ou uma montanha? Existem belas vistas para alguma direção? De que lado nasce o sol? É um local frio? O terreno é plano ou inclinado? Fica na praia ou no campo?

Às respostas obtidas, o arquiteto soma outras sobre as necessidades do cliente: de quantos quartos ele precisa, quantas pessoas vão habitar aquela futura casa, quanto dinheiro o cliente tem para gastar?

A partir desses questionamentos, o arquiteto monta o que chamamos de programa de necessidades, que vai embasar todo o projeto. Quando iniciar um trabalho, é importante nunca pular essa etapa do trabalho. Um programa mal feito certamente acarretará um edifício desconfortável.

Com um programa em mãos, o arquiteto colocará toda a sua experiência de vida, os seus conhecimentos técnicos e artísticos a serviço do cliente. Buscará projetar o edifício mais eficiente e belo, mais bem inserido no lote, mais eficiente energeticamente e que melhor responda às necessidades e aspirações do cliente, tudo isso pelo melhor custo-benefício.

O trabalho do arquiteto é, por natureza, generalista e a este se juntarão os trabalhos de outros profissionais, em geral engenheiros especialistas, como os calculistas, engenheiros de elétrica, hidráulica, de ar condicionado e outros. Todos estes projetos devem ser coordenados pelo arquiteto, que possui visão global sobre o projeto.

Desta forma, o primeiro a trabalhar num projeto é o arquiteto, que posteriormente distribui este projeto para diversos especialistas e ao final, junta tudo num grande pacote, processo que chamamos de compatibilização, para que a obra possa ser corretamente orçada e executada. Estes dois últimos trabalhos podem ser executados tanto por arquitetos, quanto por engenheiros.

Arquitetos podem realizar obras de qualquer tamanho? Sim. Apesar de no Brasil as grandes obras serem geralmente coordenadas por engenheiros, os arquitetos estão aptos para tal. Em países como a Espanha é quase obrigatória a figura do "arquiteto da obra" ao invés do "engenheiro da obra". Mas é bom dizer que, se uma maior presença dos arquitetos nas obras seria benéfica para a nossa construção, nossa engenharia é extremamente desenvolvida e competente.

O arquiteto pode desenvolver projetos de residências, escolas, edifícios de escritórios, museus, bibliotecas, universidades; prédios de apartamentos, fábricas e hospitais; empreendimentos novos, reformas e restauro. Além desses serviços, pode ainda realizar projetos de paisagismo, desenho urbano, desenho industrial e programação visual. Note-se, portanto, que a sua atuação vai da escala da cidade à da cadeira - de um grande parque a um pequeno objeto. Entender a relação entre essas diversas escalas é uma atividade ao mesmo tempo desafiadora e gratificante.

Lucio Costa, autor do projeto da nossa capital que vai completar 50 anos, definiu arquitetura como “construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa."
Projeto de arquitetura pode corresponder a até 12% do valor total da obra








O preço de um projeto residencial varia em média de 5% a 12% do valor total da obra. Se considerando o que representa em qualidade e valorização do imóvel, vale a pena investir




Um bom projeto arquitetônico é fundamental para que a casa dos sonhos não se transforme em pesadelo. O receio de pagar caro pelo serviço, porém, faz com que muita gente abra mão de um arquiteto e acabe tendo transtornos na hora de construir ou reformar.


O custo de um projeto de arquitetura é mais acessível do que se possa imaginar. Embora haja diferentes sistemas de cobrança, como por metro quadrado, por horas de trabalho ou por percentual sobre o orçamento da construção, o preço de um projeto de arquitetura residencial varia em média de 5% a 12% em relação ao valor total da obra, segundo profissionais ouvidos por UOL Casa e Imóveis. Ou seja, no caso de uma construção estimada em R$ 200 mil, o trabalho do arquiteto pode custar entre R$ 10 mil e R$ 24 mil.


Os valores dos projetos oscilam de acordo com fatores como a natureza da obra (edifício residencial ou comercial, casa, indústria, etc.), a complexidade da construção, suas dimensões, nível de detalhamento, localização, volume de trabalho e serviços contratados entre outros.


Orçamento para projetos residenciais*
Escritório Área aproximada Valor (em reais)
Escritório "Le Corbusier" 360 m² 53.000,00 (150,00/m²)
Escritório "Frank Lloyd Wright" 300 m² a 400 m² (urbana) 43.200,00
Escritório "Frank Lloyd Wright" 350 m² a 500 m² (no litoral) 63.000,00
Escritório "Mies van der Rohe" 350 m² 39.400,00 (sem impostos)
Escritório "Antoni Gaudi" 400 m² 32.000,00 (80,00/m²)
Escritório "Bauhaus" 400 m² 64.000,00 (160,00/m²)




Fontes: Andrade Morettin Arquitetos Associados, André Vainer, Arquitetos Associados, Enrico Benedetti Arquitetura, FGMF Arquitetos, Gustavo Calazans Arquitetura e Suíte 114 Arquitetos; os nomes que aparecem na tabela são fictícios para preservar as fontes


Para balizar os preços cobrados, associações da categoria, como o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), estabelecem tabelas de honorários que podem servir de referência tanto para os profissionais como para os clientes. 


“Pela tabela do IAB-SP, o projeto responde em média por 6% do valor da obra. Essa tabela, assim como as de outras associações de arquitetos, estabelece o mínimo a ser cobrado e serve de parâmetro principalmente para concursos públicos nacionais de projetos de arquitetura, licitações e contratações do serviço público e de empresas”, afirma Rosana Ferrari, presidente do IAB – departamento São Paulo.
Quanto maior, mais barato


O custo do projeto tende a ser menor percentualmente quanto maior a área a ser construída. Além do tamanho, o tipo da obra também influencia no preço. Construir uma casa nova, por exemplo, costuma ser mais barato do que reformar. “Em geral, reforma e construção em áreas pequenas são mais complexas, por isso o custo do projeto arquitetônico tende a ser proporcionalmente mais elevado. Uma reforma pode custar até 30% mais do que um trabalho em uma obra de grandes dimensões”, explica Henrique Cambiaghi, membro do conselho deliberativo da AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura).


Orçamentos de reformas*
Escritório Tipo de imóvel e área Valor (em reais)
Escritório "Le Corbusier" Apartamento de 375 m² 37.520,00 (100,00/m²)
Escritório "Walter Gropius" Casa de 550 m² 12.500,00
Escritório "Walter Gropius" Casa de 350 m² 8.000 + 10% valor gasto na obra
Escritório "Frank Lloyd Wright" Apartamento de 280 m² 17.600,00 (inclui projeto de interiores)
Escritório "Mies van der Rohe" Apartamento de 350 m² 20.000,00 (sem impostos)
Escritório "Bauhaus" Apartamento (fazer cozinha americana, integrar quarto à sala e troca de revestimentos) 16.000,00
Escritório "Bauhaus" Casa "de vila" até 100 m² 20.000,00
Escritório "Mies van der Rohe" Casa de 350 m² 29.500,00 (sem impostos)




Fontes: Andrade Morettin Arquitetos Associados, André Vainer, Arquitetos Associados, Enrico Benedetti Arquitetura, FGMF Arquitetos, Gustavo Calazans Arquitetura e Suíte 114 Arquitetos; os nomes que aparecem na tabela são fictícios para preservar as fontes


O nível de detalhamento, como a especificação de revestimentos cerâmicos e do mobiliário, e o número de projetos complementares, como sistemas de som, de iluminação e de decoração, também influenciam no orçamento. “Quanto mais detalhado for o projeto, mais horas de trabalho do arquiteto serão necessárias e, logo, maior será o custo”, observa o arquiteto André Vainer.


Em contrapartida, quanto mais detalhado for o projeto, mais fiel será o produto final. “Quanto maior o nível de detalhamento, melhor o projeto e, consequentemente, melhor o resultado da obra. Investir no detalhamento minimiza riscos de erros, de prejuízos e de frustração”, enfatiza Fernando Forte, do escritório FGMF -Forte, Gimenes e Marcondes Ferraz Arquitetos.


Elementos não palpáveis, como o trabalho intelectual do arquiteto e o desenvolvimento conceitual da obra, além da experiência do profissional, também contam na definição do orçamento. “O principal é a criação espacial, o desenvolvimento do conceito. É um trabalho valioso e infelizmente pouco valorizado no Brasil, que não tem uma cultura de projeto de arquitetura”, opina Filipe Troncon, do escritório Suíte 114.
Formas de pagamento


O pagamento dos honorários do arquiteto é parcelado conforme a conclusão das etapas do trabalho, dividido basicamente em fases como estudo preliminar, anteprojeto, projeto executivo e acompanhamento da obra.


“Todo projeto é parcelado mais ou menos no tempo que dura a obra, mas não muito mais do que dez meses”, explica Marco Donini, do escritório ArqDonini. “Normalmente, a primeira parcela é paga no momento de fechamento da proposta de orçamento, como um sinal”, acrescenta o arquiteto Gustavo Calazans.


Alexandre Brasil, do escritório Arquitetos Associados, de Belo Horizonte, ressalta que, ao término de cada fase, é importante avaliar a compatibilidade do projeto com o programa de necessidades do cliente, a funcionalidade, o dimensionamento e padrões de qualidade e a compatibilidade com os projetos complementares, como instalações (hidráulicas, elétricas, de dados, ar condicionado) e projeto de estrutura.


Optar apenas por uma das etapas do projeto arquitetônico, como um estudo preliminar ou um anteprojeto, não é uma boa saída para economizar, segundo os profissionais. “Se a pessoa quiser somente um estudo preliminar, por exemplo, sairá mais caro do que eu cobraria dentro do projeto completo, que fica em média 15% mais barato, além de garantir mais harmonia e eficácia à obra. Eu raramente aceito um trabalho se não for para fazer por inteiro para não comprometer o resultado”, comenta Vinicius Andrade, do escritório Andrade Morettin Arquitetos Associados.


“O ideal é contratar o projeto inteiro para que exista uma linha coerente de desenvolvimento. Uma das vantagens de estipular preços para cada fase é a possibilidade de cancelamento do contrato ao final de qualquer etapa, caso haja insatisfação do cliente com o arquiteto ou alguma interferência externa que impossibilite a continuidade do projeto”, complementa Célio Diniz, da DDG Arquitetura, situada no Rio.
Economia de tempo e dinheiro


Em vez de gerar economia, dispensar o trabalho de um arquiteto pode fazer com que a obra demore até o dobro do tempo para ser concluída e custe até 30% mais por erros de execução - que causam retrabalho, atraso, desperdício e assim por diante. Além disso, sem as soluções estéticas e funcionais da arquitetura, o imóvel tende ainda a ser desvalorizado comercialmente.


Portanto, como o valor destinado ao projeto arquitetônico corresponde a uma pequena parcela do custo total da obra, é um investimento que vale à pena para garantir a qualidade do imóvel e a realização de ter um espaço do seu jeito.


Para Célio Diniz, do escritório carioca DDG, a chave para uma obra com boa qualidade e custo adequado é o planejamento. Como um dos itens mais caros é a remuneração de mão-de-obra, qualquer atraso no cronograma gera custos extras. “Um projeto bem detalhado e bem planejado pode prever e evitar problemas na obra que significam custos adicionais. Existe uma tendência a se economizar no projeto contratando profissionais pelo menor preço sem se preocupar com o que ele vai desenhar. É preciso entender muito bem o que cada arquiteto oferece antes de escolher um. Não vale à pena economizar no projeto se pensarmos que ele vai definir todo o andamento da obra e custa em média até 15% do valor total do empreendimento”, pontua.


Fernando Forte calcula que um projeto bem feito pode representar uma economia de 20% a 25% no valor total do empreendimento. “Um bom projeto contribui para que a obra seja executada de acordo com o orçamento previsto e permite ao cliente organizar melhor a parte financeira”, diz. E alerta: “Desconfie se o projeto custar entre 1% e 2% do valor da obra. Certamente será um projeto de má qualidade ou o profissional acabará tirando a diferença de preço com comissão no momento da compra de materiais -a chamada reserva técnica.”


Para Henrique Cambiaghi, da AsBEA, “uma obra sem arquiteto equivale a um diagnóstico médico sem exames”. Marco Donini enfatiza que o trabalho do arquiteto vai muito além de estética. “Contratar um arquiteto não significa somente um upgrade estético na obra, mas, sim, tratar a questão da moradia com a seriedade necessária. Quando o cliente entende porque contratar um arquiteto, entende o que é viver melhor e se torna parceiro de projeto. A partir disso, não está gastando e sim investindo em economia, racionalidade e realização”.
*Sobre as tabelas


A reportagem levantou 14 orçamentos referentes a novas construções e a reformas em existentes para que o leitor tenha uma noção mais precisa dos valores praticados por escritórios de arquitetura. Foram consultados escritórios de São Paulo e um de Belo Horizonte que enviaram à redação orçamentos reais de onde foram extraídos os valores da tabela abaixo. A variação de valor se deve ao nível de experiência e infra-estrutura dos escritórios.


Os preços indicados na tabela incluem, em geral, as três etapas principais do desenvolvimento de um projeto de arquitetura:


Estudo preliminar: análise do terreno, dimensionamento da obra e definição do programa de necessidades (número de quartos, banheiros e demais ambientes que os proprietários desejam ter), levantamento da legislação local, proposta de sistemas construtivos, primeiras plantas e desenhos conceituais


Anteprojeto: consiste no desenvolvimento completo da proposta definida no estudo preliminar. Pode incluir a compatibilização de projetos complementares (hidráulica, elétrica, telefonia, entre outros), assim como a definição de acabamentos e revestimentos. Desenhos das plantas de todos pavimentos, da planta de situação, cortes, elevações, são produzidos nesta fase


Projeto executivo: nesta etapa, todos os desenhos produzidos no anteprojeto recebem todas as cotas e são pormenorizados os detalhes para permitir a execução da obra. Também é feita a coordenação dos projetos complementares para garantir a compatibilidade eles e entre eles e o projeto da construção


Acompanhamento da obra: os arquitetos acompanham as obras que projetam, mas para assumirem a responsabilidade pela supervisão e responder por prazos ou pelo orçamento, por exemplo, podem cobrar.


Para supervisionar a obra ou participar de reuniões com os clientes e/ou outros projetistas, os profissionais cobram por hora de trabalho, e os valores variam bastante.


Outra forma de remuneração pelo trabalho de supervisionar a obra é o pagamento mensal por visitas de uma ou duas horas, semanais. 


fonte: http://casaeimoveis.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2010/12/01/o-projeto-de-arquitetura-pode-corresponder-a-ate-12-do-valor-total-da-obra.jhtm


Jardim Gourmet

Estava pesquisando sobre jardins, e achei este projeto, belíssimo: 


A designer de exteriores e paisagista Claudia Canales cria ambiente despojado para os amantes da culinária de raiz

Pensando naqueles que gostam de cozinhar com calma, em um ambiente despojado, reunindo os amigos e familiares, a designer de exteriores e paisagista Claudia Canalescriou o espaço Jardim Gourmet para a edição deste ano da mostra Morar mais: o chique que cabe no bolso, uma homenagem à premiada chef Geraldine Miraglia. "O ambiente se destina aos apaixonados pela culinária de "raiz", na qual receitas simples tomam um ar sofisticado através de condimentos variados, frescos e ao alcance das mãos", explica Claudia. Seguindo estilo rústico e chique, o ambiente tem como diferencial a integração das especiarias ao espaço, e não apenas perto dele como de costume. "O diferencial é cozinhar no meio da natureza, do verde, poder sentir os aromas das ervas fresquinhas", completa a paisagista.







Para firmar ainda mais a ideia de que se trata de um ambiente despojado, Claudia optou por um fogão à lenha de baixo consumo, da Arpa Lareiras, no lugar de um fogão elétrico. "É a tendência de voltar ao passado, de cozinhar em um fogão à lenha, com calma e paciência", diz. O piso do ambiente, da Impermix, é de cimento com detalhes que remetem à madeira natural. Toda a madeira utilizada no espaço é de reflorestamento, como a mesa rústica da Marcenaria Boulle, ideal para receber os amigos.





As ervas frescas tomam conta do ambiente. Dispostos em canteiros e vasos, os temperos variados dão o tom do Jardim Gourmet. Seguindo a tendência natural, o tampo da pia e uma mesa de apoio pequena foram decorados com mosaicos da Liz Panek, feitos com reaproveitamento de diversos materiais. O espaço é todo composto por materiais simples, que bem colocados adquirem personalidade. "O Jardim Gourmet é um lugar mágico, temperado com ervas e carinho, onde se pode cozinhar e prosear, prosear, prosear...", finaliza Claudia.


Projetos na área de engenharia





Projetos de engenharia do nosso escritório - Engenheira civil Cássia M.dos anjos
3D-arquiDesign - Projeto Estrutural, hidráulico e elétrico.

domingo, novembro 20, 2011

Os prédios verdes


Entenda o que é um edifício ecologicamente correto 


Edifício Cidade Nova, no Centro do Rio: primeiro prédio do Brasil a ganhar certificação verde

Seguindo padrões de construção sustentável, os edifícios verdes estão conquistando os cariocas. O ator Bruno Gagliasso é um dos que investiu na causa. O novo lar do galã, que está sendo construído em São Conrado com piscina aquecida naturalmente e teto que favorece a iluminação natural, tem o projeto sustentável assinado pelo arquiteto Marcio Kogan. Até agora, no entanto, o grande filão do mercado verde tem sido os empreendimentos comerciais. O primeiro do Brasil a ganhar certificação verde é carioca, o Edifício Cidade Nova (Rua Ulisses Guimarães, 565). Nos próximos dois anos, quase metade dos lançamentos corporativos na cidade (40,8%) será de prédios ecológicos, de acordo com estudo da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Mais do que uma jogada de marketing das construtoras para valorizar os imóveis, que acabam saindo entre 2% e 7% mais caros na compra ou aluguel, os prédios verdes ajudam, de fato, a preservar o meio ambiente. E os atrativos vão além. 

Apesar de mais caros, os edifícios sustentáveis garantem, a longo prazo, economia de até 30% na conta de luz e 50% na de água. Isso porque, para ser considerado verde, um empreendimento precisa adotar conceitos de sustentabilidade como reaproveitamento de energia e água. "Além de reduzir os custos de operação e manutenção, ter uma sede verde implica em outros benefícios como valorização da imagem corporativa e melhora da produtividade no ambiente de trabalho", afirma Diana Csillag, diretora do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS).


         
Prédios verdes: proteção do meio ambiente e economia a longo prazo



Portanto, não se trata apenas de instituir coleta seletiva ou oferecer um amplo jardim arborizado. São necessárias estratégias e soluções de engenharia e arquitetura bem planejadas e definidas que reduzam os impactos ambientais gerados pelo edifício durante sua construção e durante todo o período em que estiver ocupado. A questão é complexa. Não à toa, existem selos que certificam as obras verdes, garantindo sua legitimidade. O AQUA (Alta Qualidade Ambiental), que tem como base o sistema francês HQE, é um deles, concedido pela Fundação Vanzolini. 

O mais conhecido, porém, é o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), doGreen Building Council (GBC), órgão responsável pela concessão do certificado. Criado em 1999 nos Estados Unidos, obtê-lo também custa caro. Cada metro quadrado vale em média um real. Logo, o selo verde de um prédio comercial de 20 andares com 10 salas de 4 600 metros quadrados cada, por andar, custa quase um milhão de reais. Hoje, o Brasil é o quarto país no ranking mundial de empreendimentos buscando a certificação LEED, com 384 registrados, atrás apenas de Estados Unidos, Emirados Árabes e China. No Rio, seis edifícios já têm o selo e 51 estão em fase de análise. Os grandes eventos esportivos - Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 - vão impulsionar ainda mais o avanço dos edifícios verdes no Rio. O GBC Brasil já firmou inclusive um protocolo com o Comitê Olímpico Brasileiro para que as obras que servirão aos jogos sejam todas certificadas.



Durante o processo de certificação LEED são avaliados inúmeros fatores com base em sete critérios principais. Adapte-os para o seu lar, tornando-o eco friendly também. 

1 - Escolha do terreno. De acordo com o engenheiro Marcos Casado, gerente-técnico do GBS Brasil, para ser verde um edifício precisa ocupar um espaço sustentável, ou seja, a escolha do terreno deve levar em conta o menor impacto durante a construção, bem como a proximidade à rede de transportes públicos e serviços. Dessa forma, evita-se o uso do carro, altamente poluente, e estimula-se a locomoção a pé e através de ônibus ou metrô, por exemplo. Este critério também diz respeito a recursos que amenizem o efeito da ilha de calor. "A temperatura na cidade, em meio ao concreto e ao asfalto, é em média 8 ºC superior em relação à de áreas arborizadas", explica Casado. Por isso, é importante apostar em telhados verdes, com jardim, uma vez que a vegetação, além de promover a biodiversidade, ajuda a amenizar a temperatura do prédio. Outra opção é o telhado com cobertura clara, que reflete a luz ajudando a bloquear o calor e, consequentemente, reduzindo o uso do ar condicionado.




Colégio Estadual Erich Walter Heine, em Santa Cruz, e seu telhado verde: primeira escola totalmente sustentável da América Latina





2 - Uso racional da água. Para reduzir ao máximo o consumo, devem ser usados aparelhos economizadores como torneira eletrônica, mictório a seco, válvulas de descarga dual flush ou até mesmo vaso sanitário a vácuo. "O sistema dual flush permite usar metade da vazão de água de uma descarga convencional", explica o engenheiro civil Raphael Costa, da SIG Engenharia. Nas áreas verdes do prédio, as plantas devem ser adaptadas às altas temperaturas. Dessa forma, necessitam de pouca rega. E o sistema de irrigação, por sua vez, deve ser automático. Outro recurso importante é o reaproveitamento da água não potável. A da chuva ou a do esgoto tratado, por exemplo, deve ser captada para ser usada vasos sanitários ou na lavagem de pisos, por exemplo. 

3 - Eficiência energética. O aproveitamento da luz e da ventilação naturais para iluminar e deixar os ambientes mais frescos ajuda a reduzir o consumo de energia. Equipamentos de ar condicionado e outros eletro-eletrônicos devem ter o selo Procel, que garante os melhores níveis de eficiência energética. O Rio Office Tower (Avenida Presidente Vargas, 1001), que aguarda o selo LEED Gold, tem ainda sistema de ar condicionado com sensor de CO2. "Os aparelhos só promovem a troca de ar quando o nível de gás carbônico está alto de acordo com o padrão da ANVISA, o que ajuda a poupar energia", explica o engenheiro cível Raphael Costa, da SIG Engenharia, responsável pela obra em questão. Já as lâmpadas dos prédios verdes são frias, pois são as que apresentam melhor compensação energética. As LED, por exemplo, consomem 26 watts cada contra os 32 watts da tradicional. Edifícios ecologicamente corretos investem também em fontes de energia renováveis, como eólica e fotovoltaica. Há ainda a opção de comprá-la do Aterro de Gramacho, que produz energia a partir do lixo, ou de pequenas hidrelétricas, que causam menor impacto ambiental.




Rio Office Tower: ambientes de cores caras, que refletem a luz e dispersam o calor, e lâmpadas T5, frias, que consomem menos energia


4 - Qualidade ambiental interna. Um prédio verde deve oferecer conforto e bem-estar aos ocupantes, o que, no caso dos empreendimentos comerciais, implica em aumento da produtividade dos funcionários. Janelas com paisagem e produtos como tinta, cola e verniz sem cheiro, por exemplo, contribuem para a saúde das pessoas, tanto física quanto mental. Não à toa, um edifício verde prioriza aspectos como a vista, boa iluminação natural e produtos sem teor de compostos orgânicos voláteis, que deixam cheiro forte. O controle de qualidade do ar através de filtros de ar condicionado, por exemplo, também é um ponto importante. 

5 - Materiais e recursos. O selo LEED também avalia a matéria-prima utilizada na construção. A madeira certificada, a de reflorestamento ou a de ciclo vegetativo rápido, como bambu e eucalipto, são bons exemplos de material sustentável, bem como as tintas ecológicas à base d’água, como as epóxi, com baixo teor de química e sem cheiro. O Edifício Cidade Nova, um empreendimento da Bracor e da Ruy Rezende Arquitetura, tem também vidros insulados na fachada, um sistema de duplo envidraçamento que permite aproveitar ao máximo a luz natural com bloqueio do calor. Já o carpete do Rio Office Tower foi confeccionado com 80% de material reciclado, e sua cola especial não agride o meio ambiente. 

Além disso, costumam ser adotados nas obras verdes critérios de seleção de materiais pela distância de fabricação, evitando-se fornecedores de longe, que queimariam combustível por mais tempo nas estradas. A gestão de resíduos da obra também é essencial, ou seja, é preciso cuidar para que o lixo produzido durante a construção do prédio verde não sobrecarregue os aterros sanitários. Uma opção é o encaminhamento de resíduos recicláveis a empresas de reciclagem - 97% do entulho do Rio Office Tower teve esse destino.




Ventura Corporate Towers (prédio com duas torres, ao centro): edifícios verdes também priorizam aspectos como a vista



6 - Inovações e tecnologias. As construtoras e os escritórios de engenharia devem também ser criativos se quiserem conquistar o selo verde com pontos adicionais (não à toa existe o LEED Prata, o Gold e o Premium). No escritório do próprio GBC Brasil, em São Paulo, há, por exemplo, um moderno sistema de descontaminação do ar. Revitalizar parques no entorno do prédio, ao invés de concentrar esforços apenas na própria obra, também é uma atitude sustentável extra bem avaliada no LEED. 

7 - Créditos regionais. Diz respeito a adaptações que estimulem mudanças culturais de comportamento. É o caso, por exemplo, do prédio comercial Ventura Corporate Towers, construído pela incorporadora norte-americana Tishman Speyer e pela Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário. Detentor do selo LEED Gold, o prédio disponibiliza vagas preferenciais para carros a álcool ou gás natural, desestimulando o uso da gasolina. Elas ficam estrategicamente mais próximas aos acessos principais do edifício, ocupado por escritórios do BNDES e da Petrobras. A estratégia é a mesma no Edifício Cidade Nova, que também dispõe de vagas reservadas aos veículos de baixa emissão de poluentes.

sábado, novembro 19, 2011

1 milhão



Hoje 19/11/12 o blog chegou a 1 milhão de acesssos, dados oficiais do google, obg pelo carinho amigos e estarei sempre atualizando com o melhor conteúdo sobre arquitetura. http://lorenaarquiteta.blogspot.com/

Moradia a toque de caixa


Tempos modernos pedem soluções inovadoras. Com essa ideia em mente, o arquiteto Frederico Zanetato lançou mão de uma proposta eficiente e barata para desenhar a própria casa. Recém-divorciado, queria o novo endereço amparado no tripe economia, sustentabilidade e rapidez. E encontrou a saída em contêineres descartados, cada vez mais usados em projetos residenciais no mundo todo. Para estruturar a construção, comprou quatro deles nas docas de Santos, por R$ 5 mil cada um, e mandou entregar no canteiro de obras em Mogi das Cruzes, na Grande São Pauto (o frete custou R$ 1.800).

 O sistema construtivo escolhido e a topografia plana do lote validaram a fundação radier - tipo de laje rasa de concreto armado, que distribui o peso da construção de modo uniforme no terreno. Graças opção, reduziram-se o custo e o tempo de execução em 20%. Para garantir o conforto térmico, o arquiteto implantou a residência num Local mais sombreado e previu ventilação cruzada. “Testei várias soluções até definir a composição” explica Frederico. "Mas, como é tudo parafusado, posso mudar a planta sem quebra-quebra ou transportar a casa para outro lugar."


Já que gosta de cozinhar e receber amigos, o arquiteto previu uma bancada gourmet na sala (térreo). A cozinha completa foi isolada na ala de serviço, no container dos fundos. Na frente da casa, outra unidade abriga quarto de hóspedes e lavabo. No piso superior, a área intima ocupa outros dois contêineres.

QUANTO VAI CUSTAR

Projeto arquitetônico: R$ 8 mil
Acompanhamento da obra: R$ 13.500
Projetos estrutural e de fundações: R$ 1.200
Projetos hidráulico e elétrico: R$ 1.850
Mão de obra: R$ 20.620 (inclui técnico em steel frame, eletricista, encanador, vidraceiro e serralheiro)
Material: R$ 41.204
Tempo: 60 dias


Em meio a vegetação nativa, a construção montada com quatro contêineres (6 x 2,50 m) ganhou fechamento envidraçado: nas laterais, quatro portas de correr tiram partido da claridade e da ventilação naturais. Quando abertas, deixam todos os cômodos térreos acessíveis ao quintal.


Como serão as casas em 2015?



Conduzido nos Estados Unidos, estudo levantou o que profissionais da construção civil esperam da próxima geração de casas americanas.

Uma pesquisa conduzida ao longo do ano passado nos Estados Unidos pela Associação Nacional de Construtores (National Association of Home Builders) revelou o que pensam os profissionais do setor da construção civil, entre arquitetos e designers, sobre como serão as casas nos EUA em 2015 e aponta que a crise no setor impactou não apenas a venda de imóveis hoje, mas a estrutura daqueles que ainda estão por serem construídos no futuro próximo.

Bom, a primeira tendência identificada pelo estudo não é exatamente uma surpresa: as casas vão diminuir de tamanho. Para fins de exatidão, a pesquisa aponta que os imóveis serão 10% menores que as casas construídas no primeiro semestre de 2010, com metragem de, no máximo, 200 metros quadrados. O motivo? Tudo indica que os consumidores estão decididos a baixarem os custos de manutenção de um imóvel. Outra razão, de acordo com a pesquisa, é que, até 2020, 29% dos americanos estarão na faixa etária acima dos 55 anos, aumentando a demanda por casas menores.

Metragem mais enxuta exige o melhor aproveitamento possível dos cômodos. Prova disso é que suítes suntuosas, garagens majestrais e salas de visitas palacescas definitivamente não “cabem” mais na casa de 2015. Espaços generosos e bem divididos dão lugar a um grande cômodo, integrado e que reúna cozinha, sala de estar e sala de televisão. A suíte principal, ao invés de isolada, será construída no térreo, mas com espaço suficiente para um bom closet. Quando ao número de carros a serem armazenados na garagem, a aposta é que não sejam mais que dois para uso da família.

Se sustentabilidade já é importante para a construção civil dos dias de hoje, o melhor é exercitar a mentalidade eco-friendly, pois, de acordo com a pesquisa as casas vão ficar ainda mais verdes. Um dos itens que não vão faltar na casa dos próximos anos é a janela com vidro do tipo low-e (de baixa emissividade e que oferece mais conforto térmico interno). Além disso, todas as casas vão contar com o selo Energy Star, padrão que comprova, e aprova, a eficiência energética de utensílios e produtos e que podem contribuir para uma redução na emissão de gases que causam o efeito estufa.

sexta-feira, novembro 18, 2011

O impacto da Apple Retail Store na paisagem de Nova York


Reinaugurado, o famoso cubo da Apple Retail Store se supera enquanto ponto de atração em Nova York

Apple Retail Store
Custo inicial da obra foi anunciado em US$ 6,7 milhões, sem somar o valor dos vidros. Estima-se que o total dos investimentos ultrapasse US$ 15 milhões

O famoso cubo de vidro da Apple Retail Store, loja da Apple na Quinta Avenida - um dos monumentos mais visitados e fotografados de Nova York, EUA, foi reinaugurado no dia 04 (novembro, 2011). Patenteado em agosto de 2010, o cubo teve sua reforma iniciada em junho (2011), tendo por finalidade atualizar toda a estrutura. Igualmente em vidro, a escada no interior do cubo que dá acesso à primeira loja da empresa em Nova York também foi reformada.

O novo cubo tem um projeto simplificado e arrojado. Os 90 painéis originais de vidro, fabricados pela Seele GmbH, foram substituídos por apenas quinze, e cada qual tem quase 10 metros. A arquitetura atual é chamada de “seamless”, ou seja, sem emendas, indo ao encontro do conceito de modernidade e tecnologia da Apple. A área ao redor do cubo também foi reformada. Há um novo sistema de dreno, e foram retirados os pequenos pilares antes existentes no contexto.

O escritório de arquitetura Bohlin Cywinski Jackson, que trabalhou com a Apple no cubo original, é também responsável pela nova versão, enquanto a engenharia é da O’Callahan Eckersley. O custo inicial da obra foi anunciado em US$ 6,7 milhões, sem somar o valor dos vidros. Estima-se que o total dos investimentos ultrapasse US$ 15 milhões.

O cubo original teve participação significativa de Steve Jobs — e com o novo não foi diferente. Este pode ser considerado um de seus feitos tardios, ou póstumos. Jobs, que faleceu em 05 de outubro (2011), foi cofundador, presidente e diretor da Apple, empresa que revolucionou o mundo dos computadores pessoais, da música, do cinema, do telefone, dos tablets e das publicações digitais.

fonte: http://exame.abril.com.br

Mundo da Sustentabilidade


O convite que recebi do Portal  Mundo da Sustentabilidade.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Loft com tijolo aparente na Alemanha




Os primeiros lofts de que se tem notícia surgiram em Nova York nas décadas de 1950 e 1960, quando artistas que tinham pouco dinheiro para morar em casas e apartamentos convencionais decidiram comprar fábricas desativadas e adaptá-las como suas casas e ateliês. Desde então, esse conceito de moradia se espalhou pelo mundo e virou sinônimo de ambientes espaçosos e integrados. O jeitão industrial, porém, continua indissociável a eles. E este loft em Dusseldorf, na Alemanha, é um exemplo disso.

Projetado pelo designer belga Bruno Erpicum, o espaço reúne um minucioso trabalho de recuperação arquitetônica com um décor que combina conforto e jovialidade. Seus novos moradores são fãs de design de interiores e de arquitetura, e por isso fizeram questão que o armazém de 600 m², situado em um bairro central da cidade alemã, tivesse suas características originais preservadas.


O tijolo aparente reina absoluto em todos os ambientes e dita o estilo fabril dos outros acabamentos – o diálogo do material com as peças minimalistas e contemporâneas é mais que evidente. No hall de entrada, os tijolos estão protegidos por paineis de vidro, em uma composição que desperta o olhar para o contraste entre o antigo e o novo. O principal ambiente da casa é o imenso living onde as vigas de concreto foram recuperadas, aumentando o aspecto industrial da residência.

O destaque da decoração fica por conta da mesa de jantar, feita de madeira maciça, e da iluminação, que abusa dos LEDs coloridos. O branco define o acabamento na cozinha, contrastando com as luminárias e com o metal do balcão. A mesma cor se faz presente no quarto, conectado a um banheiro onde o concreto aparente também marca presença.

Com três vagas, a garagem abriga os automóveis de luxo que fazem parte da valiosa coleção mantida pela proprietário. Ela ocupa o mesmo setor onde estão a sala de ginástica e o escritório. Fachadas de vidro garantem a entrada de luz natural e valorizam o tijolo aparente original das paredes.

(Clique em qualquer uma das fotos para vê-las ampliadas em galeria)



Fonte: Casa Vogue