sábado, novembro 12, 2011

Retrofoot

Do restauro feito no chute Michel Gorski


O primeiro edifício modernista de São Paulo (1), projeto do arquiteto Júlio de Abreu, de 1927, depois de anos de muito sofrimento, acaba de passar por um retrofoot, uma recuperação no chute.

Retrofoot é um termo derivado de retrofit, que por sua vez é mais uma daquelas palavras mágicas, como foi a reengenharia, e como é a sustentabilidade, que já chegam acompanhadas de muitos expertos, selos de autenticação e um novo estoque de termos a serem traduzidos.


A edificação, cheia de referências históricas, foi abençoada pela vizinhança do minhocão, que deteriorou toda a região, mas mesmo assim merecia um resgate arquitetônico, que respeitasse a originalidade de sua divisão interna e a fachada, que deveria ter sido tombada há muito tempo.

Mas o risco que o predinho correu foi ainda maior, pois nos ensaios artísticos ele chegou a ficar azul.

Cabe destacar, na versão final, a instalação externa da canalização de gás, com inspiração nitidamente art déco.





Nas páginas do livro, como número 1 [XAVIER, Alberto; CORONA, Eduardo; LEMOS, Carlos. Arquitetura moderna paulistana. São Paulo]


Ou o possível é a versão art déco?


Em época pré-cidade limpa, o edifício chegou a ficar neste estado



Depois do cidade limpa, parece que a coisa vai pelo bom caminho...



A versão histórica publicada, uma referência possível?



Chegou ao fundo do poço, mas com potencial enorme de recuperação



Tentativa frustrada, quase sem comentários...



Enquanto isso, ele existe como possibilidade na paisagem urbana...




Ou o possível é a versão art déco?
Foto Michel Gorski

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