quinta-feira, outubro 22, 2015

Pisos para pet: saiba especificar


A escolha adequada do material é determinante para a durabilidade do produto e para a qualidade de vida do bichinho


Escolher um piso que atenda necessidades de animais de estimação não é questão de requinte. Dependendo do produto o desgaste pode acontecer de forma mais rápida que o esperado, já que ele fica à mercê das unhas de cães e gatos e das sujeiras que eles fazem.

Essa escolha ainda pode traduzir um impasse ao projetista, já que as renúncias acabam implicando na qualidade de vida do pet ou na harmonia e estética da construção. Para a arquiteta e personal organizer Rossana Estrella, a solução não é priorizar um conceito sobre o outro, mas sim uni-los. “Eles devem ir se adequando até que estejam alinhados”, esclarece. “Existe muita variedade no mercado. Com isso, podemos unir as necessidades na especificação”, conclui.
NÃO RECOMENDADO

Os pisos menos indicados são os lisos, pois as unhas e garras dos animais não são porosas. Logo, deslocar-se por um espaço desses exige, constantemente, maior esforço físico. Segundo Neza Cesar, arquiteta e designer de interiores, o mármore é um exemplo de material que deve ser evitado. “Ele tem uma superfície muito lisa, fazendo com que os pets escorreguem”, explica.

Granito, ardósia e qualquer outro elemento de propriedade escorregadia também integram a lista de materiais que não devem recobrir o chão.


SOLUÇÃO PARA INQUILINOS 

Nem sempre é possível trocar o piso de imóveis alugados. Nesses casos, se o revestimento já aplicado não for adequado, Rossana sugere colocar pisos elevados ou elementos removíveis, já que eles não desconfiguram o projeto. “O que pode ser posto são deques de madeira, placas de EVA, lonas, enfim, materiais fáceis de colocar e retirar”, exemplifica.

PORCELANATO

O piso de porcelanato é uma alternativa que garante conforto e facilidade de limpeza para ambientes com animais. “Eles só ficam escorregadios quando estão molhados”, afirma Moacir de Souza, gerente de qualidade da Cerâmica Portinari.

O material – exceto o porcelanato de alto brilho – apresenta resistência contra os costumeiros riscos das unhas e garras dos animais. Também possui absorção de água praticamente nula, que protege o produto contra manchas. “A limpeza de qualquer porcelanato é simples, podendo ser feita apenas com água e detergente neutro”, conta Souza.

CONFORTO

Pisos atérmicos são ideais para garantir o conforto do animal. Esse outro aspecto pode ser atendido por pisos de madeira, que apresentam superfície menos rígida para o deitar e andar de cães e gatos. No entanto, como o produto está disponível em diferentes acabamentos, é necessário escolher aquele que atenda melhor ao projeto e ao animal. “A madeira não pode ser muito lisa”, adverte Neza.

Em contrapartida, segundo Rossana, o piso de madeira deve ser evitado em ambientes com grande número de animais, como clínicas veterinárias e canis. “O material acumula pragas, como pulgas e carrapatos, com mais facilidade”, avisa.

Para garantir o conforto do animal, Rossana recomenda a aplicação de pisos sem juntas de dilatação ou com rejunte fino. Já para facilitar a limpeza, aconselha evitar cores claras.

PISO VINÍLICO

Pisos fabricados em vinil aparecem como uma ótima opção para os donos de animais. O material é resistente contra arranhões e oferece conforto. “Ele é antiderrapante”, descreve Neza. “É um piso frio de fácil limpeza e manutenção”, afirma Rossana. Além disso, os modelos vinílicos, produzidos em resina de vinil (PVC), possuem opções de textura que previnem escorregões.

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