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sexta-feira, setembro 06, 2013

Em Londres, prédio projetado por Rafael Viñoli é acusado de derreter carros


Segundo os proprietários dos veículos, raios solares refletem nos vidros espelhados com formato côncavo do prédio e danificam os automóveis estacionados na região


Segundo reportagem do jornal britânico The Telegraph, o prédio espelhado de 37 andares 20 Fenchurch Street está sendo acusado de derreter carros estacionados ao seu redor em Londres, Inglaterra. O complexo, que ainda está em construção, tem projeto arquitetônico assinado por Rafael Viñoli.


O edifício, que recebeu o apelido de Walkie Talkie, em razão do seu formato arquitetônico incomum, teria danificado espelhos retrovisores de um automóvel na semana passada. Já no meio de agosto, o mesmo prédio recebeu a acusação de ter derretido partes do plástico do painel de uma van.

A explicação achada pelos donos dos veículos danificados é que o edifício todo envidraçado e com que formato côncavo, reflete a luz solar atingindo diretamente os carros estacionados nas ruas adjacentes. Segundo a reportagem, pedestres também reclamam do brilho excessivo do empreendimento.

A Land Securities e a Canary Wharf, responsáveis pela construção, divulgaram que estão investigando denúncias sobre o reflexo do sol no edifício. Como medida de precaução, a prefeitura local fechou três áreas de estacionamento próximas à obra consideradas alvos em potencial, enquanto analisa a situação.

As obras do edifício foram iniciadas em 2011. A previsão é que o complexo seja entregue em maio de 2014.

quinta-feira, agosto 22, 2013

Prédio 'sci-fi' muda paisagem de cidade


Sede da iGuzzini renovou área de cidade catalã



Diante da crise econômica na Espanha, uma fabricante italiana de sistemas de iluminação decidiu levar renovação cultural e inovação tecnológica à região de Barcelona – o lugar que escolheu para construir sua nova sede. Fez isso por meio da arquitetura, ao erguer um edifício que mais parece saído de um filme de ficção científica. O prédio, é claro, já se tornou ponto turístico da cidade de Sant Cugat del Vallès, onde está localizado.

Projetado pelo arquiteto catalão Josep Miàs, o edifício-sede da iGuzzini Illuminazioneconsiste em uma intervenção radical formada por dois volumes. No subsolo estão depósito, estacionamento, auditório e showroom, distribuídos em ambientes convencionais. Mas a parte interessante está sobre este corpo retangular: uma praça que expande o ambiente urbano do entorno, e que serve de base para a imensa esfera que dá cara ao projeto.


Verdadeiro laboratório de eficiência energética, a construção é formada por uma estrutura metálica com pilar central, e um envelope de vidro com proteção solar. Pintados de branco, os espaços internos recebem uma quantidade de luz variável e controlável, sendo portanto o cenário perfeito para a exposição dos sistemas de iluminação, cujos efeitos podem ser observados no showroom do subsolo.

De acordo com o arquiteto, o projeto é inspirado em exemplos de arquitetura utópica como o pavilhão da Expo Montreal de 1967 de Buckminster Fuller ou o Instituto Lênin de Ivan Leonidov, em Moscou. Tão eficiente para a empresa quanto para a cidade – uma vez que o local rapidamente se tornou ponto de visitação obrigatório desde que foi inaugurado, no fim do ano passado -, a sede da iGuzzini prova que, em momentos de crise, uma certa dose de utopia é sempre bem-vinda.


















Fonte: Casa Vogue

quarta-feira, junho 26, 2013

Construção de um dos edifícios mais altos de Londres avança


Assinado pelo escritório Rogers Stirk Harbour + Partners, projeto de 225 metros de altura abrigará escritórios, espaços comerciais e restaurantes, além de um átrio aberto ao público


A obra do Edifício Leadenhall, com 50 andares e 224,5 metros de altura, avança em Londres. O projeto, que será um dos cinco arranha-céus mais altos da cidade, é orçado em 1 bilhão de reais. A arquitetura é do escritório Rogers Stirk Harbour + Partners e a construção está sob responsabilidade da British Land e Oxford Properties.

O complexo de 610 mil m², apelidado de "Cheesegrater' (Ralador de Queijo, em inglês) por causa de sua forma, é executado com estrutura de aço. "Em vez de um core central tradicional que proporcione estabilidade estrutural, o edifício emprega um tubo perimetral totalmente contraventado que define as bordas das lajes e cria estabilidade sob cargas de vento. A circulação e o core de instalações estão localizados em uma torre geminada com orientação a norte", explicam Richard Rogers.

A fachada usará um sistema com vidro duplo para permitir que a luz solar penetre mais profundamente no interior de todo o edifício. Além disso, aberturas de ventilação no interior da fachada permitem que o ar externo entre no empreendimento.

O Edifício Leadenhall abrigará escritórios, espaços comerciais e restaurantes. Já a base do edifício contará com um átrio de 30 m, que será aberto ao público. Além disso, elevadores panorâmicos serão colocados no empreendimento.

As obras estão previstas para serem concluídas em 2014.





Fonte: Piniweb

quinta-feira, junho 20, 2013

Casas suspensas


Com arquitetura arrojada premiada internacionalmente, Edifício 360 graus precisou de ousadia também na hora de ser construído. Planejamento de logística de canteiro e flexibilidade para lidar com os imprevistos foram fundamentais

No Edifício 360 graus, as quatro fachadas assimétricas com volumetria de cheios e vazios dão a sensação de tridimensionalidade e justificam o nome dado ao edifício




RESUMO DA OBRA


Edifício 360 graus
Localização: São Paulo
Construção: Barbara Engenharia
Incorporação: Idea Zarvos, Stan, PDG Realty, Anfab, Lindencorp
Projeto de arquitetura: Isay Weinfeld
Área construída: 15.898,77 m²
Número de pavimentos: 22
Área do terreno: 2.797,63 m²
Número de unidades: 62
Duração da obra: 40 meses


Quando o arquiteto Isay Weinfeld iniciou a concepção do Edifício 360 graus, em São Paulo, havia algumas premissas com as quais ele deveria trabalhar. A primeira delas era que a torre, de uso residencial, tivesse mais de 20 andares, aproveitando o zoneamento que permitia a construção de edifícios altos. Também era necessário tomar partido da topografia. "Quando adquirimos o terreno em 2006, a primeira coisa que nos chamou a atenção foi a localização em um dos pontos mais altos da região, possibilitando uma vista privilegiada para uma área pouco adensada e bastante arborizada", conta Otávio Zarvos, presidente da incorporadora Idea Zarvos. Por fim, era desejável que o prédio não tivesse fachadas frontal e de fundo demarcado. "Pensamos que seria interessante ter um edifício que pudesse ser percebido da mesma maneira, seja na frente, nas laterais ou atrás", revela Zarvos.


Com tais demandas em mãos, Weinfeld foi além. Criou um edifício que, recém-concluído, tornou-se um marco arquitetônico na zona Oeste da cidade, propondo uma nova forma de viver em áreas urbanas. Os 62 apartamentos (com plantas entre 130 m², 170 m² e 250 m²) chamam a atenção pelas grandes salas-varandas que ocupam cerca de 25% da área privativa. "O objetivo foi dar maior qualidade de vida aos moradores, criando casas com quintal, só que nas alturas em vez de térreas", resume Weinfeld. Cada um desses quintais sobre os quais o arquiteto se refere mede entre 25 m, nas unidades menores, e 90 m, nas coberturas.




Ao contrário do que acontece em muitos edifícios, as varandas estão dentro da laje, protegidas das intempéries, mas com grande captação de luminosidade


Detalhe da fachada
O efeito de caixas soltas foi obtido com o uso de painéis pré-fabricados presos às lajes dos pavimentos por meio de soldas




Diferentemente do convencional, todas as quatro fachadas são principais, dando uma ideia de tridimensionalidade, com uma volumetria de cheios e vazios. Daí o nome que batizou o empreendimento: 360 graus. "Buscamos alto impacto estético, perfeita funcionalidade e fácil manutenção", afirma o arquiteto. Por esse trabalho, Weinfeld recebeu, em 2009, o prêmio Mipim Ar Future Projects na categoria residencial, oferecido pela revista britânica The Architectural Review. Superando 300 concorrentes de todo o mundo, o arquiteto venceu na categoria residencial e também na Overall Winner, o melhor entre todas as categorias, sendo o primeiro brasileiro a receber a premiação oferecida anualmente desde 2002.


Elemento surpresa
O terreno, localizado em uma região em transformação, entre os bairros Alto da Lapa e Alto de Pinheiros, possuía um desnível em queda de aproximadamente 22 m que dificultava bastante a execução das fundações e das contenções. Com base em sondagens e estudos geotécnicos, o projeto de fundações previu contenções perimetrais dos subsolos com o apoio de estacas metálicas com bitola W 310 x 52 (mm x kg/m). Foram executadas cortinas de contenção com placas pré-fabricadas de concreto e tirantes provisórios.


As fundações foram projetadas com tubulões de dimensões variadas. Carlos Barbara, diretor da Barbara Engenharia, explica que a maior dificuldade nessa etapa da obra foi a variação das características do solo, que durante a execução mostraram-se maiores do que as apresentadas nos estudos preliminares.


As escavações para os subsolos já haviam sido realizadas e a execução dos tubulões estava começando quando foram detectadas lentes de areia (material de comportamento instável), obrigando a uma mudança de projeto. O projetista de fundações então alterou a fundação de alguns blocos, deixando alguns executados com perfis metálicos cravados e outros com sapatas. A mudança também exigiu a mobilização de um guindaste para cravar os perfis metálicos que substituíram os tubulões originalmente projetados. Tanto as fundações, quanto as contenções tiveram que ser executadas por etapas e cotas de apoio.


Sobre essa fundação, foi erguida a estrutura de concreto sobre pilotis de 11,68 m de altura, formando um amplo vão livre com espelho d' água no térreo. A estrutura é composta basicamente por dez pilares periféricos e um core central que sustentam uma sucessão de lajes retangulares de concreto. Nessas lajes estão apoiadas as "caixas" que formam os apartamentos e que têm parte de sua projeção em balanço, onde a estrutura foi protendida.






A estrutura dos pavimentos foi constituída de lajes planas em todo o perímetro de fachada e estrutura reticulada (vigas e lajes) nas partes internas. No pavimento-tipo, o pé-direito é de 3,79 m.




Mecanização planejada
Além de singular do ponto de vista arquitetônico, o 360 graus possui detalhamentos e conceitos aplicados predominantemente em empreendimentos horizontais. Barbara explica que o fato de tais detalhamentos terem sido transplantados para uma obra vertical trouxe desafios adicionais para a logística de canteiro.

Um exemplo: os escalonamentos das lajes que avançam e recuam de forma irregular ao longo da fachada impossibilitaram que fosse utilizado qualquer tipo de transporte vertical instalado no perímetro da torre. Isso demandou o emprego de grua ascensional posicionada em um dos três poços de elevadores, com capacidade de carga de 2.500 kg e lança com alcance de 30 m. Para o transporte de pessoas e de cargas, foi utilizado um guincho de coluna com capacidade de 750 kg, instalado nas guias definitivas dos elevadores. "Essa estratégia foi fundamental para viabilizar a ascensão de suprimentos para os pavimentos e, principalmente, dos elementos arquitetônicos em concreto pré-fabricado", revela o diretor da Barbara. Ele ressalta que a indisponibilidade de equipamentos de transporte vertical mais velozes para esse tipo de situação tornou crítico o pleno abastecimento da obra. Os poços de elevadores definitivos estavam ocupados quer pela grua, quer pelo elevador de carga, e não havia outra artéria vertical de transportes.

"A logística e o transporte horizontal e vertical foram, desde a fase de contenções e fundações até a fase de fachada e acabamentos internos e externos, um desafio para as equipes de planejamento e produção. Isso foi parcialmente equalizado com uma gestão de uso dos equipamentos de acordo com uma programação prévia estabelecida em comum acordo com as partes", revela Barbara. Também foi decisiva a criação de equipes específicas para transporte vertical, em dois turnos (inclusive noturno), para permitir que cada dia pudesse ser iniciado com o suprimento de materiais nos andares para os operários.

Para acompanhamento e desenvolvimento dos processos do 360 graus, a construtora trabalhou em parceria com uma consultoria em planejamento e gestão de projetos. Na prática, o trabalho consistia na identificação diária das dificuldades e na análise das estratégias de atuação para alimentar reuniões semanais. Nesses momentos, eram definidas as ações a serem tomadas em conjunto com as partes relacionadas (equipe de produção, planejamento, empreiteiros e fornecedores).
Foram criados canais impermeabilizados sobre a laje para o tráfego da tubulação reticulada de água e esgoto


Adaptações necessárias
No decorrer da obra, uma das etapas de maior complexidade foi a execução das fachadas assimétricas. Inicialmente, o projeto previa uma solução mais artesanal capaz de atender à concepção arquitetônica, mas que apresentava grande dificuldade de acessibilidade para execução.

Tal inconveniência foi detectada durante a análise do projeto para orçamentação, momento em que se optou pelo uso de painéis arquitetônicos pré-fabricados de concreto para a execução das "caixas soltas" que iriam compor cada apartamento.

As peças foram "penduradas" nas lajes dos pavimentos superiores por meio de soldas e apoiadas na laje de piso com uso de pontaletes metálicos dimensionados para suportar e, ao mesmo tempo, distribuir o peso dos painéis ao longo do perímetro das bordas das lajes planas. Dessa forma, foi possível obter o efeito desejado por Isay Weinfeld de ter pavimentos e apartamentos isolados.

A solução exigiu, contudo, que toda a rede de tubulação de esgotos, que usualmente corre entre o piso do pavimento e o forro do pavimento inferior, tivesse que correr sobre a laje do próprio pavimento, em enchimento. Os pés-direitos de laje a laje também tiveram que ser adaptados. "Embora nada inovador, a utilização de um sistema reticulado de hidráulica em enchimento com apartamentos que não se repetem um sobre o outro obrigou-nos a aprimorar o conceito dos projetos e criar canais impermeabilizados para tráfego dessas tubulações", explica Barbara. Também foi prevista a construção de prumada de drenagem, para assegurar que eventuais vazamentos dessas tubulações embutidas em piso não causassem algum dano no vizinho dos andares inferiores.

Em função do caráter inovador da obra, outra alteração necessária durante a execução aconteceu no projeto das esquadrias de alumínio, em grande parte constituídas de janelas sobre peitoris na borda de lajes planas em balanço. "Introduzimos ao projeto um sistema telescópico às esquadrias, que aumentou a sua capacidade de absorver eventuais movimentações", comenta Barbara. Tal sistema é constituído de um perfil de alumínio em forma de "U" fixado sobre os caixilhos, permitindo que a esquadria possa absorver deformações de até 20 mm durante o deslizar dos vidros para cima ou para baixo.

domingo, junho 02, 2013

Austrália terá edifício de 388 m de altura


Considerado o mais alto do hemisfério sul, arranha-céu de 108 pavimentos vai abrigar hotel, restaurantes e bares

O governo do Estado de Victoria, na Austrália, aprovou a construção do maior arranha-céu do hemisfério Sul na cidade de Melbourne, de acordo com informações da imprensa local ABC News. O edifício com 388 m de altura e 108 andares deverá ser o 18º maior mundo.






Batizado de Australia 108, o projeto leva a assinatura do escritório de arquitetura australiano Fender Katsalidis Architects.

A construção vai abrigar um hotel com 600 quartos, restaurantes e bares distribuídos em seus 108 pavimentos. Para os dois andares que se sucedem a partir do 84º pavimento do prédio, foi planejada a construção de um lobby envidraçado para instalação de dois restaurantes e dois bares.







Fonte: Piniweb

quarta-feira, julho 04, 2012

Loja de chás abre-se como papel dobrado


Espaço surpreende no Shopping Cidade Jardim




Um espaço de apenas 25 m² rapidamente se transformou em um dos mais charmosos (e curiosos) pontos de venda do Shopping Cidade Jardim, centro de compras dedicado ao luxo em São Paulo. Trata-se da The Gourmet Tea, loja especializada em chás e infusões cujo projeto, desenvolvido pelo arquiteto Alan Chu, renmete a um papel dobrado que abre e fecha de acordo com as necessidades de funcionamento.

O cliente queria adequar o pequeno espaço ao programa que inclui, além de loja, uma cozinha e um espaço de degustação. Os arquitetos buscaram, então, uma solução que, nas palavras de Chu, fosse "não apenas funcional, mas marcante, novo e que tivesse a cara da marca". O resultado é uma colorida caixa de madeira compensada que se abre para o público de diferentes formas, criando uma atmosfera lúdica onde o design protagoniza a estratégia de vendas.

"Essa é a terceira loja que fazemos para a marca. Na primeira unidade, situada em uma rua de Pinheiros, criou-se a identidade inspirada nas cores das 35 latinhas de chás comercializadas pela The Gourmet Tea. Essas cores também são a inspiração para o ponto de venda do Shopping Cidade Jardim, mas de uma forma nova e coerente com o contexto em que está inserida", explica Chu.

Para simplificar a execução, o projeto previu que toda marcenaria fosse executada em compensado naval com os topos aparentes e as faces revestidas de fórmica. Além de resistentes e duráveis, os materiais atendem às necessidades do mecanismo, que leva somente 10 minutos para ser completamente aberto ou fechado, outra característica que diferencia a nova unidade. "Mas há três elementos que são comuns a todas as lojas: a inspiração nas cores, a simplicidade do espaço e a atmosfera alegre e descontraída", resume Chu.












sexta-feira, maio 25, 2012

Torre de transmissão de TV mais alta do mundo é inaugurada no Japão

Com projeto assinado pelo arquiteto Tadao Ando, Tokyo Sky Tower tem 634 metros de altura

Com 634 metros de altura, a maior torre de transmissão de TV do mundo segundo o Guinness, o livro dos recordes, foi inaugurada hoje no Japão. A construção da Tokyo Sky Tree, localizada na cidade que lhe dá nome, foi finalizada em fevereiro deste ano e tem seu projeto assinado pelo arquiteto Tadao Ando, com construção da Obayashi Corporation.




A Sky Tree foi construída com base na arquitetura japonesa de edifícios como Taipei 101. Sua estrutura central é feita de concreto armado, com um pilar central e pisos independentes, o que minimiza o impacto de terremotos. Já as fachadas são compostas de molduras de aço conectadas à coluna central.

O pilar central foi construído através do sistema de fôrmas trepantes, que possibilita a execução mais rápida. Nas fundações, a construtora utilizou um sistema de estacas escavadas, com estrias, para ajudar na sustentação da torre.

A base da torre tem um formato triangular, que vai se arredondando de acordo com a altura. Aos 350 m está o primeiro observatório, com três pavimentos, e 100 m acima está o segundo, com dois pavimentos e corredor circular.

O projeto de iluminação, feito por Hirohito Totsune, possui conceitos da cultura japonesa. Um dos lados da torre é iluminado com somente uma cor. Do outro lado, a torre fica dividida em segmentos, cada um com uma cor.

As obras da Tokyo Sky Tower começaram em julho de 2008, com investimento de 60 bilhões de ienes, equivalente a US$ 734 milhões. O complexo do qual a torre faz parte também terá um centro comercial e mais de 300 estabelecimentos.

Cerca de oito mil pessoas compraram entradas para visitar a torre hoje, dia de sua inauguração. Até 10 de julho, só serão vendidas entradas que dão acesso ao primeiro observatório.

Projeto de iluminação é de Hirohito Totsune


Torre possui dois observatórios

Fonte: Piniweb

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Kunsthaus Graz

O Centro Cultural e de Exposições “Kunsthaus Graz”, nasceu de um concurso realizado em 2000, e teve como ganhador os arquitetos Peter Cook e Colin Furnier, que apresentaram sua ideia, uma proposta orgânica, por meio de uma pequena maquete que mais parecia uma bolha azul. Hoje, construído, o edifício surpreende com suas formas inusitadas contrastando contra um meio urbano tradicional da velha Europa.

O ponto alto dessa obra arquitetônica é a cobertura, uma espécie de película ou pele que transforma a fachada do prédio em quase uma bolha e as “janelas” tem a possibilidade de ser reguladas de acordo com a luminosidade.








 
À noite o sistema computadorizado de iluminação faz o prédio brilhar pelo seu revestimento translúcido e por conta disso foi apelidado carinhosamente pelos habitantes da cidade de “Friendly Alien” (alienígena amigável).

A fachada do Kunsthaus pode ser mudada eletronicamente, pois contém vários tubos circulares de luz neon posicionadas uniformemente sob o acrílico, num total de 925 tubos florescentes. Este sistema é denominado BIX (Big Pixel), onde cada tubo funciona como um pixel controlado por computador, que cria animações abstratas, figuras e mensagens textuais, que podem acontecer em 20 quadros por segundo. Dessa maneira, a pele do edifício é usada para que o museu se comunique com a cidade e seja também plataforma para produções artísticas.

O diálogo que se estabeleceu entre essa nova estrutura biomórfica e a antiga arquitetura da torre do relógio do Castelo de Graz, que fica praticamente grudado ao museu, cria uma tensão positiva entre o passado e o futuro.

http://museum-joanneum.at/de/kunsthaus

Via Portal Taste, RKL Arquitetura, Arquitetura.com

sábado, dezembro 10, 2011

Ousadia no centro carioca


Grandes dimensões e prazo reduzido levaram a construtora a adotar estrutura em aço no Centro Empresarial Senado, no Rio de Janeiro



Localizado em uma das regiões mais tradicionais da capital carioca, o Centro Empresarial Senado (CES) será, a partir de 2012, referência para escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro.


A construção da WTorre possui quatro blocos divididos em dois edifícios que, ao todo, somam 185 mil m² e pouco mais de 95 mil m² de área locável, além das mais de 1.700 vagas de estacionamento, divididas em cinco subsolos. O conjunto foi projetado e construído para uso da Petrobras, que deverá ocupá-lo por um período mínimo de 18 anos.


Com projeto do escritório Edo Rocha Espaços Corporativos e implantado em meio a construções remanescentes e tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como casarões coloniais, uma igreja barroca e um edifício público construído no século passado, um dos maiores desafios da WTorre foi investir em sistemas construtivos capazes de imprimir velocidade à execução da obra e ao mesmo tempo minimizar a geração de entulho, ou quaisquer tipos de resíduos, reduzindo o impacto no entorno.


Segundo o arquiteto Sérgio Ficher, um dos responsáveis pelo projeto, a adoção da estrutura em aço, entre outras vantagens, reduziu significativamente o volume de concreto utilizado na obra. “O emprego de estrutura de concreto seria inviável, devido ao volume de insumo necessário a uma obra com estas dimensões, sem contar o curto prazo para a execução, de 26 a 28 meses”, diz.


A solução estrutural emprega pilares mistos de aço e concreto. O engenheiro Jader Daniel Oliveira de Araújo, gerente geral da obra, afirma que, para garantir a estabilização, foram utilizados pilares retangulares com núcleos em aço e concreto de 1,20 m x 0,60 m. Na parte interna das torres também adotaram-se pilares em aço retangulares de 1,50m x 0,75m e circulares com 1,10 m de diâmetro, além de pilares em “T” de até 3,50 m de comprimento. A estabilização efetiva das torres se dá por meio dos núcleos centrais rígidos, em concreto, das caixas de escada e elevadores, que, ao contrário do modo mais usual, foram executados após o início da montagem da estrutura em aço.





Soluções industrializadas facilitaram a execução do complexo de escritórios. Projeto e montagem encontram-se alinhados: nas torres, a velocidade atingida foi de seis pavimentos a cada três semanas

Montagem

Além do projeto, a execução também teve de ser muito bem planejada. Segundo José Carlos Neuenschwander, gerente de montagem da Codeme Engenharia, a montagem das torres aconteceu em tempos diferentes, onde cada uma foi iniciada na medida em que a escavação evoluía e as fundações eram liberadas. “O canteiro de obras era muito restrito, em via de trânsito intenso. Com isso, a viabilidade da obra, do ponto de vista da logística de movimentação, foi garantida pelo uso das estruturas em aço”, afirma.


As estruturas foram produzidas em duas fábricas, uma em Betim (MG) e a outra em Taubaté (SP). Na sequência, foram transportadas até um canteiro de apoio em Nova Iguaçu, e de lá partiram para a obra, conforme a programação do dia e horário que seriam içadas nas torres.


Um passo para a revitalização

A localização do Centro Empresarial Senado abrigou, no início do século XIX, uma vila de operários, região que mais tarde concentrou adeptos da boemia carioca até culminar em sua decadência. Foi esta degradação e demolição que abriu espaço para a expansão imobiliária desta parte do Centro do Rio de Janeiro.


O arquiteto Sérgio Ficher lembra que a obra do CES tem gerado outras modificações no entorno, como a revitalização do antigo edifício da Polícia Federal, que está sendo transformado em museu, da fachada da igreja barroca de Santo Antônio dos Pobres, bem como a reforma da galeria de águas pluviais. Outra iniciativa será a criação do piscinão na Rua dos Inválidos, para evitar enchentes naquele local. Os investimentos fazem parte de um acordo entre o incorporador e a Prefeitura do Rio.


O complexo está em processo de certificação pelo Leadership in Energy and Environmental Design® (LEED), concedido pelo USGBG. Para tanto, foi concebido de acordo com os mais modernos padrões tecnológicos e sustentáveis, como programas de eficiência energética, ar-condicionado insuflado no piso e sistema de reaproveitamento de água, entre outros. (N.F.)




Passarelas interligam os prédios, que abrigarão as salas de escritórios


Fonte : CBCA Revista Arquitetura & Aço

sábado, novembro 19, 2011

Moradia a toque de caixa


Tempos modernos pedem soluções inovadoras. Com essa ideia em mente, o arquiteto Frederico Zanetato lançou mão de uma proposta eficiente e barata para desenhar a própria casa. Recém-divorciado, queria o novo endereço amparado no tripe economia, sustentabilidade e rapidez. E encontrou a saída em contêineres descartados, cada vez mais usados em projetos residenciais no mundo todo. Para estruturar a construção, comprou quatro deles nas docas de Santos, por R$ 5 mil cada um, e mandou entregar no canteiro de obras em Mogi das Cruzes, na Grande São Pauto (o frete custou R$ 1.800).

 O sistema construtivo escolhido e a topografia plana do lote validaram a fundação radier - tipo de laje rasa de concreto armado, que distribui o peso da construção de modo uniforme no terreno. Graças opção, reduziram-se o custo e o tempo de execução em 20%. Para garantir o conforto térmico, o arquiteto implantou a residência num Local mais sombreado e previu ventilação cruzada. “Testei várias soluções até definir a composição” explica Frederico. "Mas, como é tudo parafusado, posso mudar a planta sem quebra-quebra ou transportar a casa para outro lugar."


Já que gosta de cozinhar e receber amigos, o arquiteto previu uma bancada gourmet na sala (térreo). A cozinha completa foi isolada na ala de serviço, no container dos fundos. Na frente da casa, outra unidade abriga quarto de hóspedes e lavabo. No piso superior, a área intima ocupa outros dois contêineres.

QUANTO VAI CUSTAR

Projeto arquitetônico: R$ 8 mil
Acompanhamento da obra: R$ 13.500
Projetos estrutural e de fundações: R$ 1.200
Projetos hidráulico e elétrico: R$ 1.850
Mão de obra: R$ 20.620 (inclui técnico em steel frame, eletricista, encanador, vidraceiro e serralheiro)
Material: R$ 41.204
Tempo: 60 dias


Em meio a vegetação nativa, a construção montada com quatro contêineres (6 x 2,50 m) ganhou fechamento envidraçado: nas laterais, quatro portas de correr tiram partido da claridade e da ventilação naturais. Quando abertas, deixam todos os cômodos térreos acessíveis ao quintal.


Como serão as casas em 2015?



Conduzido nos Estados Unidos, estudo levantou o que profissionais da construção civil esperam da próxima geração de casas americanas.

Uma pesquisa conduzida ao longo do ano passado nos Estados Unidos pela Associação Nacional de Construtores (National Association of Home Builders) revelou o que pensam os profissionais do setor da construção civil, entre arquitetos e designers, sobre como serão as casas nos EUA em 2015 e aponta que a crise no setor impactou não apenas a venda de imóveis hoje, mas a estrutura daqueles que ainda estão por serem construídos no futuro próximo.

Bom, a primeira tendência identificada pelo estudo não é exatamente uma surpresa: as casas vão diminuir de tamanho. Para fins de exatidão, a pesquisa aponta que os imóveis serão 10% menores que as casas construídas no primeiro semestre de 2010, com metragem de, no máximo, 200 metros quadrados. O motivo? Tudo indica que os consumidores estão decididos a baixarem os custos de manutenção de um imóvel. Outra razão, de acordo com a pesquisa, é que, até 2020, 29% dos americanos estarão na faixa etária acima dos 55 anos, aumentando a demanda por casas menores.

Metragem mais enxuta exige o melhor aproveitamento possível dos cômodos. Prova disso é que suítes suntuosas, garagens majestrais e salas de visitas palacescas definitivamente não “cabem” mais na casa de 2015. Espaços generosos e bem divididos dão lugar a um grande cômodo, integrado e que reúna cozinha, sala de estar e sala de televisão. A suíte principal, ao invés de isolada, será construída no térreo, mas com espaço suficiente para um bom closet. Quando ao número de carros a serem armazenados na garagem, a aposta é que não sejam mais que dois para uso da família.

Se sustentabilidade já é importante para a construção civil dos dias de hoje, o melhor é exercitar a mentalidade eco-friendly, pois, de acordo com a pesquisa as casas vão ficar ainda mais verdes. Um dos itens que não vão faltar na casa dos próximos anos é a janela com vidro do tipo low-e (de baixa emissividade e que oferece mais conforto térmico interno). Além disso, todas as casas vão contar com o selo Energy Star, padrão que comprova, e aprova, a eficiência energética de utensílios e produtos e que podem contribuir para uma redução na emissão de gases que causam o efeito estufa.

sexta-feira, novembro 18, 2011

O impacto da Apple Retail Store na paisagem de Nova York


Reinaugurado, o famoso cubo da Apple Retail Store se supera enquanto ponto de atração em Nova York

Apple Retail Store
Custo inicial da obra foi anunciado em US$ 6,7 milhões, sem somar o valor dos vidros. Estima-se que o total dos investimentos ultrapasse US$ 15 milhões

O famoso cubo de vidro da Apple Retail Store, loja da Apple na Quinta Avenida - um dos monumentos mais visitados e fotografados de Nova York, EUA, foi reinaugurado no dia 04 (novembro, 2011). Patenteado em agosto de 2010, o cubo teve sua reforma iniciada em junho (2011), tendo por finalidade atualizar toda a estrutura. Igualmente em vidro, a escada no interior do cubo que dá acesso à primeira loja da empresa em Nova York também foi reformada.

O novo cubo tem um projeto simplificado e arrojado. Os 90 painéis originais de vidro, fabricados pela Seele GmbH, foram substituídos por apenas quinze, e cada qual tem quase 10 metros. A arquitetura atual é chamada de “seamless”, ou seja, sem emendas, indo ao encontro do conceito de modernidade e tecnologia da Apple. A área ao redor do cubo também foi reformada. Há um novo sistema de dreno, e foram retirados os pequenos pilares antes existentes no contexto.

O escritório de arquitetura Bohlin Cywinski Jackson, que trabalhou com a Apple no cubo original, é também responsável pela nova versão, enquanto a engenharia é da O’Callahan Eckersley. O custo inicial da obra foi anunciado em US$ 6,7 milhões, sem somar o valor dos vidros. Estima-se que o total dos investimentos ultrapasse US$ 15 milhões.

O cubo original teve participação significativa de Steve Jobs — e com o novo não foi diferente. Este pode ser considerado um de seus feitos tardios, ou póstumos. Jobs, que faleceu em 05 de outubro (2011), foi cofundador, presidente e diretor da Apple, empresa que revolucionou o mundo dos computadores pessoais, da música, do cinema, do telefone, dos tablets e das publicações digitais.

fonte: http://exame.abril.com.br

sábado, outubro 01, 2011

Pele de vidro

A técnica de "Pele de Vidro" é usada pelos arquitetos e engenheiros em grandes áreas ininterruptas, criando fachadas atraentes e consistentes. 


Com muito vidro sendo usado na obra, o ganho solar pode ser alto, a menos que todos os índices sejam controlados, o que é perfeitamente possível com a seleção correta dos vidros, pois é possível restringir a luz e o ganho solar acrescentando cor ou trabalhando com os índices de reflexão.

Seja no hemisfério norte, seja nas terras quentes do sul, o vidro só será um aliado da arquitetura sustentável se o projeto calcular o efeito do clima sobre o material.

Integrar ambientes, filtrar a luz natural e dar leveza à construção são qualidades conhecidas do vidro. Não por acaso, desde que surgiu (na Antiguidade), o material ganhou superfícies cada vez maiores na arquitetura. Hoje, na onda da construção sustentável, ele é usado no hemisfério norte como peça-chave em projetos de greenbuilding e no Brasil desponta como um produto cada vez mais comum nas planilhas dos profissionais preocupados com o meio ambiente. Segundo eles, já existem alguns tipos de vidro que garantem maior luminosidade e menor penetração de calor, reduzindo iluminação artificial e uso de aparelhos de ar condicionado, respectivamente. "Ele é hoje um dos principais elementos construtivos para a sustentabilidade, especialmente nos prédios de escritórios, pois combate o maior vilão de um edifício: o consumo de energia", afirma Roberto Aflalo, arquiteto responsável pelo edifício Rochaverá, da Tishman Speyer, que está sendo erguido em São Paulo para receber o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), selo americano de greenbuilding.

Berlim, Alemanha (2005)
(foto acima: Reinhard Gorner) A bolha que abriga esta biblioteca da Universidade Livre de Berlim é toda fechada com painéis opacos e translúcidos intercalados, numa alternância que promove a luminosidade natural mais confortável possível no interior do edifício. Algumas unidades abrem e ventilam a área interna durante 60% do ano. O controle de temperatura é feito por um sistema de serpentinas, responsável por uma economia de 35% no consumo de energia. Projeto do escritório inglês Foster + Partners. 

Dübendorf, Suíça (2006)
Inovação, eficiência energética, iluminação natural e uso da energia solar: cada um desses quatro itens já rendeu um prêmio ao novo centro de pesquisas aquáticas do instituto suíço Eawag. O projeto, assinado pelo escritório suíço Bob Gysin + Partner BGP, deu origem a um livro da Holcim Foundation, fundação que incentiva a construção sustentável, e é considerado um exemplo nessa área. Isso porque o edifício, construído apenas com materiais recicláveis, emprega energia solar e reúso de água, e quase não emite gás carbônico por ser praticamente auto-suficiente em energia (o sistema aproveita o calor dos computadores, das pessoas, das luzes internas, do sol e da terra). Nesse sentido, os brises de vidro que envolvem toda a fachada desempenham um papel fundamental. Controlados eletronicamente, orientam-se de acordo com a estação do ano: no inverno, permitem a entrada dos raios solares para aquecer o interior, no verão, inclinam-se para refleti-los.
Stuttgart, Alemanha (2002)
Na casa do arquiteto alemão Werner Sobek, a fachada envidraçada influencia o conforto térmico e o baixo consumo de energia. Os painéis de vidro triplo (33 mm de espessura) contribuem para a baixa transmissão de calor: há gás argônio entre as três lâminas e uma película plástica entre a lâmina central e a externa (o isolamento corresponde ao de uma camada de lã de rocha de 10 cm). Com isso, a temperatura interna fica estável, sem superaquecimento no verão nem resfriamento no inverno. O produto foi desenvolvido pelo fabricante alemão Glas Fischer. 'No frio, aquecemos as mãos nos painéis enquanto cristais de gelo se formam na face externa', descreve Ursula, mulher do arquiteto.


 São Paulo (2003)
Brises de 3 x 1 m, presos a uma estrutura metálica tubular, protegem a fachada de concreto do Centro de Cultura Judaica. Para facilitar a manutenção, o arquiteto Roberto Loeb optou por painéis fixos. O ângulo em relação à fachada foi determinado para amenizar a insolação máxima à qual o prédio está sujeito. 'Com isso, conseguimos atenuar a temperatura interna em até 3 oC', calcula o arquiteto Luis Capote, que participou do projeto. Isso não é suficiente para dispensar o ar-condicionado, mas contribui para que o equipamento não precise estar regulado na potência máxima. Os brises são compostos de duas lâminas de 10 e 8 mm, separadas por uma película fumê que filtra a luz natural.



Para tirar proveito do vidro, é preciso adequá-lo a cada projeto. No hemisfério norte, os arquitetos contam com simulações computadorizadas (ainda não disponíveis no Brasil) que consideram a quantidade, o tipo e o melhor posicionamento do material, de forma a otimizar o desempenho do material, reduzindo assim gastos com iluminação e com o uso de aparelhos de ar condicionado. "Mal utilizado, o vidro aumenta o consumo de energia e transmite dez vezes mais calor que uma parede de alvenaria", pondera o arquiteto italiano Carlo Magnoli, alertando para um problema típico dos países tropicais. Especialista em eficiência energética, o professor Roberto Lamberts, da Universidade Federal de Santa Catarina, concorda: "O efeito estufa que a carga térmica proveniente do vidro provoca no ambiente interno funciona muito bem no clima frio, mas no Brasil é problemático".

Nada que os recursos arquitetônicos de um bom projeto não resolvam. Sejam brises, coberturas longas, varandas fartas. "É preciso estudar caso a caso e saber dosar a proporção entre áreas opacas e transparentes", avisa Rosana Caram, professora da Escola de Engenharia de São Carlos. Para repensar o uso indiscriminado do vidro em fachadas, o Ministério de Minas e Energia elaborou um projeto que, atualmente, está em processo de consulta pública. Depois de uma avaliação do condicionamento do ar, da iluminação e da fachada, feita pelo Inmetro, prédios comerciais, públicos e de serviços poderão receber uma etiqueta que indica seu nível de eficiência energética. "No quesito fachada, calculamos a área envidraçada, o tipo de vidro e a proteção solar prevista", conta Roberto Lamberts, um dos autores da proposta.


São Paulo (2007)
Ainda em construção numa das principais vias de acesso de São Paulo, a Marginal Pinheiros, o Rochaverá, edifício empresarial da Tishman Speyer, reúne tecnologias ambientais que, juntas, devem gerar uma economia mensal de até 35% no consumo de energia elétrica. Em relação à fachada, as quatro torres do projeto de Roberto Aflalo contaram com uma consultoria especializada que partiu da recomendação da entidade certificadora – o Conselho de Greenbuilding dos Estados Unidos – para definir a área a ser coberta com vidros. 'O LEED recomenda que um edifício tenha até 50% de superfícies transparentes', conta Roberto. A sugestão, diz ele, ajuda a distribuir as vantagens do vidro de aumentar iluminação natural sem, com isso, intensificar o uso de aparelhos de ar condicionado. Feitos os cálculos, a medida ideal para o projeto ficou com um terço de cortina de vidro laminado de alto desempenho e o restante de granito, como se vê na ilustração ao lado.



fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0244/portas/mt_247215.shtml