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quinta-feira, maio 13, 2010

CONSTRUÇÕES RURAIS E AMBIÊNCIA




Projeto :
O projeto é o conjunto de instruções necessárias à execução de uma obra. É composto de desenhos, placas e até, em alguns casos, de especificações. O importante é que defina o local onde será feita a obra, todas as suas dimensões, os materiais a serem utilizados e as suas quantidades. Quando bem elaborado o projeto pode reduzir o custo da obra, pois evita desperdícios e aumenta a qualidade e a durabilidade da construção.

Ao executar o projeto de uma benfeitoria, é preciso pensar sempre em como ela ficará depois de construída, mesmo que seja executada em etapas ou ampliada aos poucos. Isso evita desperdícios em demolições, geralmente necessárias quando se dá continuidade à obra. Sempre que houver necessidade de fazer modificações na benfeitoria, é recomendável consultar primeiro o autor do projeto, sobretudo nas obras de maior responsabilidade. Ele ajudará a encontrar a melhor solução.

Localização: Todas as obras rurais começam pela escolha do terreno. Ele deve ser pouco inclinado, firme e seco. Também é muito importante a posição do terreno dentro da propriedade. Para isso vários fatores devem ser observados: Proximidade de estradas, facilitando o acesso de veículos; Facilidade de captação de água; Facilidade de acesso à rede elétrica. É importante saber de que lado nasce o sol em relação ao terreno. Várias benfeitorias (estábulos, pocilgas, etc) necessitam de uma proteção contra o sol, ventos ou frio. Essa proteção pode ser feita mediante a localização correta das benfeitorias na área. Fundações As fundações são as partes da obra que ficarão em contato com o solo e transmitirão à ele todo o peso da construção. Por isso, as fundações têm que ser resistentes e dimensionadas para as condições do local. Há vários tipos de fundações, dependendo do tipo de solo e das condições do local onde a benfeitoria será construída.
Os principais tipos usados no meio rural são: Blocos e sapatas, usadas para apoio dos pilares das benfeitorias; Baldrame, usado para apoio das paredes das benfeitorias; Broca ou estaca, usada para apoio dos blocos, sapatas ou baldrames das benfeitorias, quando o terreno não é firme nem seco; Radier, usado alternativamente para apoio das paredes e dos pilares das benfeitorias, quando o terreno é muito mole, como no caso dos alagadiços. O dimensionamento das fundações deve ser feito por um profissional habilitado ( engenheiro agrícola ou civil, arquiteto ), caso a caso, sobretudo nas construções de maior responsabilidade. Estude as possibilidades de construir com Eucalípto, Bambus, Adobe, Taipa, Cob, Solocimento, etc.


Utilizando os recursos disponíveis no local. Cercas para delimitação de áreas As cercas destinadas à delimitação de áreas de propriedades, de culturas, de pastos ou de faixas de estradas utilizam: mourões comuns e mourões esticadores. Nessas cercas, em geral, é usado o arame farpado. Tanto os mourões comuns como os esticadores devem ter ranhuras, para facilitar a amarração do arame farpado. Os mourões comuns são colocados a cada 3,5m, no máximo. Já os mourões esticadores são colocados a cada 50m, no máximo. Além disso, devem ser usados sempre que a direção das cercas ou a inclinação do terreno mudar, e nas extremidades das cercas. A construção da cerca sempre começa pela colocação dos mourões esticadores, enterrados a uma profundidade de 1m e bem aprumados. Os mourões esticadores devem ser escorados antes do esticamento dos fios. O escoramento pode ser retirado à medida que o arame vai sendo esticado, menos nos mourões esticadores das extremidades da cerca, onde o escoramento deve ser mantido. Os mourões comuns s'são colocados nos respectivos locais após o esticamento do arame.
E devem ficar enterrados a uma profundidade de 75cm. Os fios esticados devem ser amarrados nos mourões comuns com arame liso galvanizado. Cercas para currais As cercas para currais, estábulos ou piquetes de contenção de animais de grande porte devem ser construídas com mourões mais robustos, dotados de furos. Essas cercas utilizam: mourões intermediários e mourões de canto (ou mourões de cruzamento). Essas cercas são executadas com cordoalhas ou arame liso avalado. Em geral, tanto os mourões intermediários como os de canto têm seção quadrada. Os mourões intermediários são colocados a cada 3m, no máximo. Os mourões de canto (ou de cruzamento), utilizados nas esquinas e cruzamentos, como o nome indica, devem ser mais reforçados.
A construção dessas cercas começa com a colocação dos mourões de canto, enterrados a uma profundidade de 1m. Depois de aprumados, é preciso lançar solo em torno deles, em camadas sucessivas, compactadas uma a uma, até atingir 90cm. Os 10cm restantes devem ser preenchidos com concreto magro. A seguir, os mourões de canto devem ser escorados. Depois são colocados os mourões intermediários, no mesmo alinhamento. Para aumentar a resistência da cerca é recomendado travar os mourões entre si, no sentido do comprimento. Isso pode ser feito com peças de madeira. Cercas para pátios, pomares, jardins ou moradias.
 A cerca para delimitação de pátios, pomares, jardinas ou moradias utilizam um único tipo de mourão. Em geral, essas cercas são feitas com telas (alambrados). Os mourões mais usados nessas cercas são os de seção quadrada e em forma de "T".Esses mourões devem ser colocados a cada 3,5m. Eles devem ser escorados a cada 50m, no máximo, nas extremidaddes da cerca e sempre que a direção da cerca ou a inclinação do terreno mudar. As cercas com esse tipo de mourão são feitas do mesmo modo que as outras duas já explicadas anteriormente. Se for usada tela para fechamento, ela deve ser desenrrolada aos poucos, esticadas a cada lance e firmemente amarradas aos mourões.

MORADIAS CUIDADOS PRELIMINARES

O primeiro passo para construção de moradias numa propriedade rural é dispor de um projeto bem elaborado. Isso garante o atendimento de todas as necessidade do futuros usuários da benfeitoria e a qualidade e durabilidade da obra. Também evita disperdícios durante a construção e reduz enormemente o custo da benfeitoria.
O projeto deve incluir a especificação e a quantidade de todos os materiais a serem usados, inclusive as instalações hidráulicas e elétricas. Esses dados são importantes porque, sem eles, é impossível fazer um orçamento do custo total da obra. O projeto deve ser feito por um profissional habilitado ( engenheiro agrícola ou civil, arquiteto, agrônomo ou técnico em edificações) que também assuma a responsabilidade técnica pelo projeto e pela execução da obra, uma exigência legal das prefeituras municipais e do CREA. Outros aspectos que também devem ser analisados antes do início da construção: Escolha do terreno onde a benfeitoria vai se localizar, levando em conta, inclusive, a resistência do solo, para aguentar o peso da construção; Proteção contra enchentes, assoreamentos e mau cheiro; Posição em relação ao sol aos ventos dominates, para garantir iluminação e temperatura adequadas; Proximidade de fontes de abastecimento de água e de energia elétrica; Facilidade de acesso; Nivelando do local onde a moradia vai ser construída. Considere as opções sustentáveis: Adobe, Cob, Taipa, Bambu, Solocimento, etc.
Há inúmeros recursos disponíveis no local, que minimizam o impacto ambiental. Fundações A primeira etapa efetiva da construção das fundações. O tipo de fundação a ser utilizado depende da resistência do terreno sobre o qual vai ser erguida a casa. Na maioria dos casos, é usado o baldrame, com 20cm de largura e 40cm de altura. Para facilitar, a fundação pode ser feita com blocos-canaletas. Quando o terreno não tem resistência para aguentar o peso da construção (terrenos moles, algados, brejos, etc.) são necessárias brocas (estacas) para escorar o baldrame. Outra solução para terrenos fracos é o radier.
Instalação Nesta etapa da obra, é preciso contar com a participação de um profissional qualificado (encanador, bombeiro). Ele vai ajudar na elaboração do projeto, especificação dos materiais e no cálculo da suas quantidades.
Algunas fabricantes produzem um "kit" (conjunto complemento com os canos cortados na medida certa e todos os acessórios necessários, muito prático para instalações mais simples. Folhetos com informações detalhadas para instalações residenciais de água fria podem ser encontrado em algumas lojas de material de construção que vendem material hidráulico .Esgoto Neste caso, o ideal também é contar com a ajuda de um profissional do ramo.
Algumas lojas de material de construção que vendem material hidráulico dispõem de folhetos com informações úteis para a instalação da rede de esgoto. Um cuidado é fundamenta: não despeje o esgoto da moradia em valetas abertas, nem em córregos ou riachos. Isso os transforma em focos de poluição e doenças. Instalação elétrica O primeiro passo é consultar a companhia de eletricidade da região, sobre o local adequado para colocação dos postes e do relógio de luz.
A instalação elétrica deve ser feita por um profissional habilitado. Ele vai especificar os materiais (caixas de luz, disjuntores, fusíveis, fiação, tomadas, interruptores, bocais e luminárias) e calcular as quantidades necessárias. Também nesse caso, algumas lojas de material de construção que vendem materiais elétricos dispõem de folhetos com informações muito úteis a respeito. Pisos O piso só deve ser feito quando a rede de esgoto já estiver colocada.
Os pisos são construídos sobre uma base de concreto magro denominada contrapiso. Em geral, o contrapiso tem 8cm de espessura e é aplicado sobre o chão da casa, que deve ser bem nivelado e compactado. O piso mais simples e econômico é o solocimento. Ele nada mais é que um contrapiso de superfície alisada, muito usado também em calçadas. Os pisos de acabamento mais sofisticados, como cerâmicas, ladrilhos, tacos ou outros materiais, são assentados com uma argamassa aplicada sobre o contrapiso.
FOSSAS SÉPTICAS: Considere a opção de biofiltro, usando estágios de tratamento com o aproveitamento da carga orgânica em adubação ou biodigestores. As fossas sépticas, uma benfeitoria complementar às moradias .São fundamentais no combate à doenças, verminoses e endemias (como a cólera, por exemplo), pois evitam o lançamento dos dejetos humanos diretamente em rios, lagos ou mesmo na superfície do solo.
O seu uso é essencial para a melhoria das condições de higiêne das populações rurais. Esse tipo de fossa nada mais é do que um tanque enterrado, que recebe os esgotos (dejetos e águas servidas), retém a parte sólida e inicia o processo biológico de purificação da parte líquida (efluente). Mas é preciso que esses efluentes sejam infiltrados no solo para completar o processo biológico de purificação e eliminar os riscos de contaminação. As fossa sépticas não devem ficar muito perto das moradias (par evitar mau cheiro) nem muito longe (para evitar tubulações muito longas, que são mais caras e exigem fossa mais profundas, devido ao caimento da tubulação). A distância recomendada é 6m.
Elas devem ser construídas do lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizações. Também devem ficar num nível mais baixo do terreno e longe de poços ou de qualquer outra fonte de captação de água (no mínimo, a 30m de distância), para evitar contaminações, no caso de um eventual vazamento. O tamanho da fossa séptica depende do número de pessoas da moradia. Ela é dimensionada em função de um consumo médio de 200 litros de água por pessoa, por dia. Sua capacidade, entretanto, nunca deve ser inferior a 1.000 litros. As fossa sépticas podem ser de dois tipos: Pré-moldadas; Feitas no local. Fossas sépticas feitas no local

LIGAÇÃO DA REDE DE ESGOTO À FOSSA A rede de esgoto da moradia deve passar inicialmente por uma caixa de inspeção, que serve para fazer a manutenção periódica da tubulação, facilitando o desentupimento, em caso de necessidade. Essa caixa deve ter 60cm X 60cm e profundidade de 50cm. Deve ser construída a cerca de 2m de distância da casa, num buraco de 1m X 1m, com profundidade de 0,5m a 1m. O fundo desse buraco deve ser bem compactado e receber uma camada de concreto magro. As paredes da caixa podem ser feitas com blocos de concreto de 10cm de largura. O fundo e as paredes dessa caixa devem ser revestidos com uma argamassa à base de cimento. A caixa de inspeção é coberta com uma placa pré-moldada de concreto com 5cm de espessura. A ligação da rede de esgoto da moradia à fossa séptica deve ser feita com tubos de 10cm de diâmetro, assentados numa valeta e bem unidos entre si. O fundo da valeta deve ter caimento de 2%,no sentido da caixa de inspeção para a fossa séptica, ser bem nivelado e compactado.
DISTRIBUIÇÃO DOS EFLUENTES NO SOLO

Considere o uso em círculos de bananeiras! Valetas de infiltração Esse sistema consiste na escavação de uma ou mais valetas, nas quais são colocados tubos que permitem, ao longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes das fossa séptica. O comprimento total das linhas de tubos depende do tipo de solo e da quantidade de efluente a ser tratada. Em terrenos mais porosos (como arenosos), 8m de tubos por pessoa são suficientes. Em terrenos menos porosos (como os argilosos), são necessários 12 m de tubo por pessoa. Entretanto, para um bom funcionamento de sistema ,cada linha de tubos não deve ter mais que 30m de comprimento. Quando o terreno não permite a construção das valetas nas quantidades e nos comprimentos necessàrios, pode ser feito um número maior de ramificações, de comprimentos menores. É o caso da ocorrência de obstáculos (uma árvore ou rocha) ou da inexistência de espaço suficiente. (limite da propriedade.
Os tubos devem ter 10cm de diâmetro e ser assentados sobre uma camada de 10cm de pedra britada ou cascalho, colocadas no fundo das valetas de infiltração. Os quatro primeiros tubos que saem da fossa devem ser unidos entre si. Entre os demais tubos deve ser deixado um espaço de 0,5cm ,para permitir o vazamento do efluente à medida que ele desce pelos tubos. Junto a esses espaços, os tubos devem ser cobertos (apenas na parte de cima com um pedaço de lona plástica ou outro material impermeável, para evitar a entrada de terra na tubulação. Em seguida as valetas são fechadas com uma camada de brita, até meia altura e o restante co m o próprio solo.
Nos entroncamentos ou ramificações de tubos é recomendável o uso de caixas de distribuição. Sumidouro Cuidado com este tipo de solução! O sumidouro é um poço sem laje de fundo que permite a penetração do efluente da fossa séptica no solo. O diâmetro e a profundidade dos sumidouros depende das quantidades de efluentes e do tipo de solo. Mas não devem ter menos que 1m de diâmetro e mais que 3m de profundidade. Os sumidouros podem ser feitos com blocos de concreto ou com anéis pré-moldados de concreto. A construção de um sumidouro começa pela escavação do buraco no local escolhido, a cerca de 3m da fossa séptica e num nível um pouco mais baixo, para facilitar o escoamento dos efluentes por gravidade. A profundidade do buraco deve ser 80cm maior que a altura final do sumidouro. É recomendável que o diâmetro dos sumidouros com paredes de blocos de concreto não seja inferior a 1,5m para facilitar o assentamento.
 Os blocos só podem se assentados com argamassa de cimento e areia nas juntas horizontais. As juntas verticais não devem receber argamassa de assentamento, para facilitar oi escoamento dos efluentes. Se as paredes forem feitas com anéis pré-moldados de concreto, eles devem ser apenas colocados uns sobre os outros, sem nenhum rejuntamento, para permitir o escoamento dos efluentes. Esses anéis podem ser adquiridos diretamente de fabricantes locais de pré-moldados de concreto ou de artfatos de cimento. A laje ou tampa dos sumidouros pode ser feita com uma ou mais placas de concreto. Elas podem ser executadas no próprio local ou adquiridas diretamente dos fabricantes de pré-moldados ou artefatos de cimento da região.
GALPÕES RURAIS
 O galpão é uma das principais benfeitorias da propriedade rural. Serve para guardar máquinas, implementos e equipamentos agrícolas, para armazenar a produção e também como depósito e materiais e insumos rurais. Pode ser usado ainda como estábulo, pocilga, aviário e para a criação de bicho-da-seda, cabras, ovelhas e outros animais. O comprimento, a altura, a largura, as condições de ventilação e iluminação e a facilidade de limpeza dos galpões rurais devem atender às necessidades funcionais da atividade a ser desenvolvida dentro deles, porque todos esses itens têm muita importância na produtividade. Por esse motivo, um galpão só deve ser construído em local adequado à sua finalidade e depois de feito o respectivo projeto. Além disso, o ideal é que o espaço interno do galpão rural seja inteiramente livre, sem pilares.
Os galpões rurais pré-moldades de concreto oferecem as seguintes vantagens: Permite atender às necessidades funcionais; Possibilita um espaço interno inteiramente livre; São mais duráveis; Dispensam a manutenção rotineira; São fáceis de construir e simples de montar; São muito resistentes à intempéries ( temporais, chuvas e ventos fortes); Têm custo bastante reduzido. O que garante o espaço interno inteiramente livre nos galpões rurais pré-moldados de concreto é a colocação dos pilares apenas no contorno da construção, no sentido do comprimento. Existem várias soluções técnicas para construção de galpões rurais pré-moldados de concreto.

As duas mais econômicas e simples são as seguintes: Galpão de uma água, para vãos de até 6,5m: Galpão de duas águas, para vãos com mais de 6,5m. Galpão de uma água Uma solução econômica e eficaz é construir o galpão de uma água com peças de concreto pré-moldado no próprio local. As peças desse galpão são de apenas 3 tipos: Pilares, com base quadrada de 20cm X 20cm, altura variando de 3m a 5m e rebaixos no topo para encaixe das vigas transversais, sendo que a metade da quantidade dos pilares deve ter uma altura maior para dar caimento ao telhado; Vigas transversais, de até 7,5m de comprimento ( inclusive 50cm de beiral para cada lado), com rebaixos para fixação nos pilares e para fusos salientes para montagem das terças; Terças, semelhantes às vigotas pré-moldadas usadas na construção de lajes com 3m a 4m de comprimento, encaixe macho-fêmea nas extremidades e furos para o trespasse dos parafusos salientes das vigas transversais.
O dimensionamento exato e o cálculo estrutural para cada galpão desse tipo devem ser feito por um profissional habilitado ( engenheiro civil, calculista). Em caso de dúvida, consulte a ABCP.
A concretagem de todas as peças do galpão é feita com apenas 3 fôrmas diferentes ( uma para os pilares, uma para as vigas transversais e umas para as terças).

Essas 3 fôrmas são de execução muito simples inclusive os moldes dos rebaixos e ressaltos necessários. A fundação mais simples para esse tipo de galpão é a sapata, mas com uma espécie de cálice na face superior onde será encaixado o pilar. Como os pilares são dispostos em pares espaçados de 3m a 4m, no máximo (no sentido do comprimento do galpão ), as sapatas deverão ser executadas nessa mesma disposição. As sapatas devem ser dimensionadas e calculadas pelo profissional habilitado responsável pelo projeto estrutural do galpão.

Após a execução das fundações, os pilares são encaixados nos cálices e aprumados. O espaço vazio entre os cálices e os respectivos pilares é preenchido com concreto. As vigas transversais são encaixadas nos topos dos pilares e rejuntadas com concreto. Tanto os pilarers como as vigas são levantados e movimentados com o auxílio de talhas pois pesam no mínimo 520kg e no máximo 800kg. As terças são encaixadas nos parafusos salientes das vigas transversais e fixadas com porcas.

A cobertura desse tipo de galpão é feita com telhas onduladas de fibrocimento. Essas telhas são fixadas às terças com parafusos e ganchos encontrados nas lojas de material de construção. Paredes e pisos do galpões Os galpões rurais podem ser abertos ou fechados, dependendo da finalidade de uso. As paredes de vedação podem ser feitas com: Adobe; Cob; Solo-cimento: Concreto armado. Os galpões rurais Também podem ser pavimentados com: Piso de solo-cimento.
MUROS E PAREDES DIVISÓRIAS:
 Em muitos casos, é necessário cercar a área com um muro de certa altura, para evitar o acesso de pessoas ou animais. E para permitir maior privacidade. Além disso, diversas benfeitorias do meio rural, como estábulos, pocilgas, aviários e outras, exigem a construção de paredes divisórias no seu interior. Os muros e paredes divisórias podem ser feitos com: solo-cimento; Bambus, Adobe, Cob, etc. O solo-cimento tem a vantagem do baixo custo. Vide matéria abaixo.
PISOS E PAVIMENTOS:
 Os pisos e pavimentos são benfeitorias muito úteis porque resistem ao peso e ao desgaste produzidos por veículos, máquinas ou animais. Além disso ele mantém as condições de uso iguais em qualquer condição climática. Também oferecem superfícies de apoio firmes e seguras. E por facilitarem a limpeza, contribuem de modo fácil e eficaz para reduzir a presença de microorganismos indesejáveis, que se desenvolvem rapidamente nas áreas não pavimentadas. Os pisos e pavimentos podem se feitos com: Solo-cimento. Pisos e pavimentos de solo-cimento Os pisos e pavimentos de solo-cimento são constituídos de uma camada maciça de solo-cimento executado no próprio local da obra.
O solo-cimento é um material alternativo, de baixo custo, obtido pela compactação de uma mistura de solo, cimento e um pouco de água. Essa solução é, seguramente, a mais econômica, principalmente quando há disponibilidade de um solo mais adequado ( solo arenoso) a execução do solo cimento no local da obra ou próximo a ele, porque esse material constitui justamente a maior parcela da mistura além disso os pisos e pavimentos de solo-cimento têm outras vantagens: Menor consumo de materiais comprados no comércio; Grande durabilidade.
Os pisos e pavimentos de solo-cimento podem ser utilizados em: moradias, galpões, pátios e terreiros, ruas e estradas, passeios e calçadas. A utilização do solo-cimento no piso de moradias segue a mesma orientação. E é até mais simples, porque o contorno da área já está delimitado pelas próprias paredes da casa, que funcionam como fôrma. A superfície dos pisos e pavimentos de solo-cimento sujeito ao tráfego de veículos pesados ( caminhões, carretas, tratores, colheitadeiras, etc.) e animais de grande porte (bovinos e equinos) devem ser revestidas com uma camada de concreto ou outro material equivalente. SOLO-CIMENTO O solo-cimento é um material alternativo de baixo custo, obtido pela mistura de solo, cimento e um pouco de água. No início, essa mistura parece uma "farofa" úmida. Após ser compactada, ela endurece e com o tempo ganha consistência e durabilidade suficientes para diversas aplicações no meio rural. Uma das grandes vantagens do solo-cimento é que o solo um material local, constitui justamente a maior parcela da mistura. A solo-cimento é uma evolução de materiais de construção do passado, como o barro e a taipa. Só que as colas naturais, de características muito variáveis, foram substituídas por um produto industrializado e de qualidade controlada: o cimento.
 MODOS DE UTILIZAÇÃO:
 Há 4 modos de utilização do solo-cimento: tijolos ou blocos, pavimento, parede maciça, ensacado. Os tijilos ou blocos de solo-cimento são produzidos em prensas, dispensando a queima em fornos. Eles só precisam ser umedecidos, para que se tornem resistentes. Além de grande resistência, outra vantagem desses tijolos ou blocos é o seu excelente aspecto. As paredes maciças Sào compactadas no próprio local, em camadas sucessivas, no sentido vertical, com o auxílio de formas ou guias. O processo de produção assemelha-se ao sistema antigo de taipa de pilão, formando painéis inteiriços, sem juntas horizontais. Os pavimentos também são compactados no local, com o auxílio de fôrmas, mas em uma única camada. Eles constituem placas maciças, totalmente apoiadas no chão. O solo-cimento ensacado resulta da colocação da "farofa"úmida em sacos, que funcionam como fôrmas.
 Depois de terem a sua boca costurada, esses sacos são colocados na posição de uso, onde são imediatamente compactados, um a um. O processo de execução assemelha-se à construção de muros de arrimo com matações de pedra.
APLICAÇÕES DO SOLO-CIMENTO
Benfeitoria Aplicações Modo de utilização Edificações Fundação (baldrame ou Parede maciça (a cava pode ser sapata corrida) usada como fôrma) Alvenaria (parede) Tijolos, blocos ou paredes maciças Piso e contra-piso Pavimento Passeios ou calçadas Piso e contra-piso Pavimento Pátios e terreiros Piso e contra-piso Pavimento Ruas e estradas Base e sub-base Pavimento Contenção de encostas Muro de arrimo Ensacado Silo-trincheira Revestimento dos taludes Ensacado ou parede maciça Contenção de córregos Revestimento dos taludes Ensacado ou parede maciça e canais (para irrigação, abastecimento). Pequenas barragens Dique Ensacado Controle de voçorocas Dique Ensacado Cabeceiras de pontes, Muro de arrimo Ensacado pontilhões, bocas de galerias.



segunda-feira, março 15, 2010

Materiais ecológicos

O que são materiais ecológicos ou ecoprodutos?

Ecoprodutos são todos artigos de origem artesanal ou industrializada, que sejam não -poluentes, atóxicos, benéficos ao meio ambiente e á saúde dos seres vivos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

Como saber se o material/tecnologia é sustentável ou menos impactante?

* Matéria-prima – é virgem ou reciclada? Como é extraída? É um recurso renovável?
* Qual é o processo produtivo? Apresenta baixo consumo de energia? E de água? O processo é poluente? (ar, água, terra, som). Gera que tipo de resíduos?
* O produto é poluente?
* Sua instalação, manutenção gera resíduos?
* Como é a logística de distribuição do produto? Consome muita energia?
* E a embalagem? Possui potencial de reciclagem ou de reuso?
* Possui algum tipo de certificação ( tipo ISSO 14001) ou SELO?


PEDRA

Um dos preceitos básicos da arquitetura sustentável é aproveitar os materiais disponíveis próximo à obra. Portanto, em locais com pedra em abundância, utilizá-la é um procedimento adequado

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Pedras pizarra revestem a sala de jantar projetada por Fabiana Avanzi e Tininha Loureiro.


O processo de extração é ainda mais impactante quando feito em blocos, como no caso do granito. "Sobram muitos pedaços de rocha que não têm uso."

Já numa lavra de mármore bem conduzida, a quantidade de sobras é menor. Esse tipo de pedra também leva vantagem em relação ao granito no aproveitamento das sobras, que são moídas e usadas na agricultura, como corretivo do solo. Depois de extraídos, os blocos de pedra vão para as serrarias, onde são cortados em placas, e a seguir para as marmorarias, de onde saem como revestimentos, tampos e bancadas.

Nessas etapas, o ponto crítico é o destino da chamada polpa, uma mistura formada pelo pó resultante da serragem e do polimento e pela água consumida nesses processos. Se liberado na natureza sem tratamento, esse material pode turvar e assorear os cursos d'água próximos.
Em resumo: o setor de pedras ornamentais ainda está se organizando na busca da certificação. Por enquanto, não é possível ter certeza de que o produto que compramos foi extraído e processado de acordo com as leis ambientais.

Solo-cimento, solução para economia e sustentabilidade



O solo-cimento está por aí há décadas, mas seu uso ainda é bem restrito. Com isto, florestas inteiras são devastadas para produzir tijolos cerâmicos que, além de tudo, são mais caros. Conheça as características do solo-cimento e procure utilizá-lo, a natureza agradece (e seu bolso também).

Muito se tem falado em sustentabilidade, de suas premissas e também de sua necessidade imediata. Mas pouco se fala nas soluções, além das óbvias reciclagem de água e economia de energia, que deveriam ser preocupação de qualquer cidadão.

As autoridades só se preocupam com o barateamento da construção popular, para produzir mais habitações com menos verba, e logo pensam em economizar nas paredes e materiais de acabamento, mas parece que o solo-cimento vem sendo negligenciado, não entendemos muito bem porque.

Casa popular feita com tijolos de solo-cimento em Cuiabá-MT
Casa popular feita com tijolos de solo-cimento em Cuiabá-MT
O solo-cimento é um material alternativo de baixo custo, obtido pela mistura de solo, água e um pouco de cimento. A massa compactada endurece com o tempo, em poucos dias ganha consistência e durabilidade suficientes para diversas aplicações na construção civil, indo de paredes e pisos até muros de arrimo.

O solo-cimento é uma evolução de técnicas de construção do passado, como o adobe e a taipa. A vantagem é que os aglomerantes naturais, de características variáveis e instáveis, foram substituídas pelo cimento, produto industrializado e de qualidade controlada.

Há duas grandes áreas onde o solo-cimento pode ser uma solução muito interessante. A primeira está nos loteamentos populares, onde a própria comunidade pode produzir tijolos e pisos com maquinário simples e a baixíssimo custo. Outra área, mais sofisticada e tão importante quanto, são os condomínios onde a ecologia e a sustentabilidade ditam regras. Nestes empreendimentos, o solo-cimento pode ser produzido igualmente no local, diminuindo o custo da construção, agredindo muito menos o meio ambiente, usando mão-de-obra da região e, de quebra, produzindo habitações com um conforto térmico insuperável, ajudando a diminuir a necessidade de ar condicionado e calefação, novamente, ajudando o meio-ambiente e diminuindo a demanda por energia.

Modos de utilização

Na construção civil, o solo-cimento pode ser usado de quatro maneiras diferentes: em tijolos ou blocos, nos pisos e contrapisos, em paredes maciças e também ensacado. Vejamos:

Tijolos ou blocos -- São produzidos manualmente ou em pequenas prensas, dispensando a queima em fornos. Eles só precisam ser umedecidos para se tornar muito resistentes e com excelente aspecto.

Paredes maciças – Técnica similar à taipa de pilão usada no período colonial. A a massa é compactada diretamente na forma montada no próprio local da parede, em camadas sucessivas, no sentido vertical, formando painéis inteiriços sem juntas horizontais.

Pavimentos -- O solo-cimento também é compactado no local, com o auxílio de formas, mas em uma única camada. No final, o piso fica constituído por placas maciças, totalmente apoiadas no chão.

Ensacado – A mistura de solo-cimento, em formato de uma “farofa úmica”, é colocada em sacos que funcionam como formas. Os sacos têm a boca costurada, depois são colocados na posição de uso, onde são imediatamente compactados, um a um. O resultado é similar à construção de muros de arrimo com matacões, isto é, como grandes blocos de pedra.

Componentes utilizados no solo-cimento

Conforme já dissemos, o solo-cimento nada mais é do que uma mistura de cimento, água e solo. Mas não é qualquer solo, o ideal é usar areia argilosa, onde a maior é areia e a menor é de argila. A areia pura não contém argila, assim não é adequada para o solo-cimento, na verdade, estaríamos produzindo blocos de concreto ao invés de tijolos de solo-cimento.

O solo argiloso, que contém mais argila do que areia, também não é adequado pois requer uma quantidade maior de cimento, sendo difícil de misturar e compactar. Mas este tipo de solo pode ser corrigido, basta adicionar areia. Claro que há limites econômicos e técnicos para isso, por isto é melhor fazer alguns testes e colocar na ponta do lápis até que ponto é interessante corrigir um solo inadequado ou partir logo para blocos de concreto ou cerâmicos tradicionais.

O solo para a mistura deve estar limpo, sem galhos, folhas, raízes ou material orgânico. Aliás, solos com muito material não servem para a produção de solo-cimento.

Testando o solo

Antes de iniciar a produção é preciso saber se o solo é adequado ao solo-cimento, técnica e economicamente falando. Para saber, existe um teste bem simples, apelidado de “teste da caixa”, que consiste em fazer um corpo de prova da seguinte maneira:

1 -- Retira-se uma amostra de aproximadamente 4kg do solo que está em avaliação. Não usar a camada superficial, que sempre contém matéria orgânica. A amostra de solo deve ficar secando até que possa passar por peneira com malha entre 4 a 6mm

2 -- Misturar água aos poucos, até que a mistura, ao ser pressionada com uma colher de pedreiro, comece a grudar na lâmina.

3 -- Colocar o solo já umedecido em uma caixa de madeira com as dimensões internas de 60 x 3,5 x 8,5 cm, conforme figura ao lado. A parte interna da caixa deve ser untada com óleo ou desformante comercial.

4 -- Encher totalmente a forma, pressionando e alisando a superfície com a colher de pedreiro, certificando-se de não criar nenhum espaço vazio no interior da massa.

5 -- Deixar a caixa em ambiente fechado, protegida do sol e da chuva durante 7 dias, molhando-a todos os dias. Depois disto, medir a retração ocorrida no sentido do comprimento da caixa e também nos dois lados da mesma. Some as três medidas. Se o valor ficar abaixo de 2 cm e se não aparecerem trincas no corpo de prova então o solo é adequado e pode ser usado.

Certamente, o ideal é usar solo retirado do próprio local da obra. Caso ele não passe no teste da caixa será preciso procurar solo mais adequado em outro local. Aliás, o local de retirada do solo é denominado “jazida”. Por questões econômicas, a jazida deve ficar o mais próximo possível da obra, já que o custo do transporte pode inviabilizar economicamente o projeto.

Assim, pode-se estudar várias misturas, com diferentes quantidades de cimento, e água e de adição de areia até conseguir um traço que atenda aos requisitos do teste da caixa de maneira a utilizar o solo do próprio local ou próximo a ele.

Preparo do solo-cimento

O traço da massa, ou seja, a dosagem dos componentes, deve ser estudada com cuidado fazendo quantos corpos de prova forem necessários. Em geral, nas obras de pequeno porte usa-se o traço padrão de 1 para 12, ou seja, uma parte de cimento para cada 12 partes de solo adequado, aquela mistura que aprovamos no teste da caixa.

Em obras de maior porte o solo-cimento pode ser produzido em usinas ou centrais de mistura, com prensas manuais ou hidráulicas. Em obras de pequeno porte, a mistura é feita manualmente pois a mistura em betoneira é difícil pois o material tem muita liga.

Antes de fazer a mistura é preciso passar o solo por uma peneira de malha entre 4 a 6 mm para retirar pedras e outras impurezas. Depois, esparramar o solo sobre uma superfície lisa e impermeável, numa camada com 20cm a 30cm de altura. Espalhar cimento sobre o solo peneirado e revolver bem, até a mistura ficar com coloração uniforme. Novamente, espalhar a mistura numa camada com 20cm a 30cm de altura e adicionar água, aos poucos, de preferência com um regador com crivo, misturando tudo novamente.

Os componentes devem ser misturados até que a massa fique parecendo uma farofa úmida de coloração uniforme, próxima à cor do solo utilizado mas levemente escurecida devido à presença da água.

Entretanto, atenção: é muito importante que a quantidade de água da mistura seja dosada com atenção. Muita água faz com que o material perca resistência e tenda a trincar. Com pouca água a compactação fica difícil e o solo-cimento ficará com menos resistência. Mas como saber se a proporção está certa? Bem, existem alguns pequenos testes práticos:

Encha bem a mão com a mistura e aperte com força. Logo em seguida abra a mão e o bolo formado deve apresentar perfeitamente a marca dos dedos. Se isto não acontecer, a mistura está com pouca água.

A seguir, levante o bolo até uma altura de 1 m e deixe cair. No impacto o bolo deve se desmanchar, caso contrário é porque a mistura está com muita água. Nesse caso, esparrame e revolva bastante a mistura, para que o excesso de água evapore, ou então adicione mais solo e cimento. Repita o teste, até estar certo de que a quantidade de água está adequada.

A mistura do solo-cimento começa a endurecer rápido, devendo ser usada em no máximo duas horas após o preparo. Por isto, deve-se evitar preparar mais solo-cimento do que for ser utilizado nesse intervalo de tempo.

Fabricação de tijolos: lançamento, compactação e cura

Numa condição mais rudimentar, os tijolos podem ser feitos em pequenas formas de madeira com adensamento manual. Para agilizar o processo, a produção de pequenos volumes de tijolos pode ser feita com uma prensa manual, leve e de baixo custo. Cada prensa pode facilmente produzir 1500 tijolos por dia. O procedimento é simples:

Prensa manual para produção de tijolos de solo-cimento
Prensa manual para produção de tijolos de solo-cimento
1 -- Abrir a tampa da forma da prensa e preenchê-la com a mistura de solo-cimento previamente preparada.

2 -- Nivelar a mistura, retirando o excesso, e depois fechar a tampa da forma da prensa.

3 -- Acionar a prensa para compactar a mistura.

4 -- Acionar a alavanca da prensa para retirar os tijolos da forma.

Após esta desforma, retirar cuidadosamente os tijolos da prensa. Eles devem ser empilhados em local protegido do sol e do vento, tomando o cuidado de fazer pilhas com no máximo 1,5m de altura. Feita a produção, é preciso cuidar da cura do cimento.

A cura é feita nos tijolos recém produzidos, no local onde devem ficar armazenados, sem movimentação, pelos tempo em que dura o processo. Molhar os tijolos ao menos 3 vezes ao dia, durante os 7 primeiros dias. Após essa fase os tijolos estarão prontos para serem armazenados ou outro local ou usados imediatamente.

As prensas manuais não produzem blocos de solo-cimento, apenas tijolos. Mas as prensas hidráulicas podem fabricar tanto tijolos quanto blocos de solo-cimento, com grande volume de produção, mas o preço do equipameto é elevado e só se justifica em obras de grande porte.

Usando os tijolos

Depois de fabricados e curados, os tijolos de solo-cimento podem ser usados normalmente, como se fossem tijolos comuns. A instalações hidráulicas e elétricas também são executadas do mesmo modo que nas construções convencionais.

Não há necessidade de revestir as paredes feitas com solo-cimento, mas convém fazer uma pintura de impermeabilização à base de latex, esmalte ou técnica similar, para aumentar sua durabilidade, novamente, da mesma forma que se faz com alvenaria de tijolos comuns.

Em resumo...

A técnica do solo-cimento é muito interessante e tem inúmeras aplicações. Mostramos aqui apenas o básico para você conhecer alguma coisa dos procedimentos, mas consideramos de grande importância pesquisar o assunto e pensar, além das vantagens econômicas, também no lado social e da não-agressão ao meio-ambiente, ou seja, na sustentabilidade de seu empreendimento ou ação social.

APLICAÇÕES DO SOLO-CIMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
BenfeitoriaAplicação
EdificaçõesFundação. Baldrame, sapata corrida ou parede maciça apoiada diretamente sobre o solo
Alvenaria, com tijolos e blocos ou então em paredes maciças
Piso e contra-piso, pavimentação
PaisagismoPiso e contra-piso de passeios e calçadas
Pátios e terreiros
PavimentaçãoBase e sub-base de ruas e estradas
Contenção de encostasMuro de arrimo com solo-cimento ensacado
Contenção de córregosRevestimento dos taludes e canais com solo-cimento ensacado ou em parede maciça
Pequenas barragensDique com solo-cimento ensacado
Cabeceiras de pontes, pontilhões, bocas de galeriasMuro de arrimo com solo-cimento ensacado