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quarta-feira, dezembro 05, 2012

Obras de Niemeyer

 O arquiteto mais famoso do Brasil foi um mestre em desenhar curvas no concreto armado, e levou poesia à paisagem das grandes cidades a partir da década de 1930. Sua extensa carreira foi laureada em 1988 com um Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura, na única vez em que o prêmio foi dividido (no caso, com o norte-americano Gordon Bunshaft). Conheça abaixo os projetos que mantêm e manterão vivo o legado de Niemeyer em todo o mundo.


1. Ministério da Educação e Saúde, 1936, Rio de Janeiro


Foi um detalhe apontado por um estagiário que garantiu a monumentalidade e a grandeza dos espaços que caracterizam a primeira construção moderna do Brasil, projetada pelo mestre Le Corbusier. O então jovem Oscar Niemeyer sugeriu centralizar o prédio no terreno e aumentar de 4 m para 10 m os pilotis de sustentação. Os diretores do escritório de arquitetura a cargo da obra, Carlos Leão e Lucio Costa, aprovaram a ideia e a incorporaram na planta definitiva.

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2. Conjunto da Pampulha, 1940, Belo Horizonte


Quando Juscelino Kubistchek foi eleito prefeito da capital mineira, convocou Niemeyer para projetar um bairro inteiro voltado ao lazer, com direito a cassino, clube, igreja e restaurantes. O projeto da Pampulha, inspirado nas curvas da arte barroca, foi concebido e desenhado em uma noite, já no quarto de um hotel, após a conversa com o político.

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3. Sede das Nações Unidas (ONU), 1947, Nova York


Uma comissão de dez arquitetos dirigida pelo norte-americano Wallace Harrison foi reunida para discutir e projetar a sede do mais importante órgão supranacional do planeta. Niemeyer hesitou em apresentar seu desenho, pois não queria contrariar um dos membros do conselho - ninguém menos que Le Corbusier. Só quando o franco-suíço cobrou que ele trouxesse suas ideias para a mesa, que Niemeyer se debruçou na proposta do colega, a quem admirava muito, e modificou os elementos principais do conjunto. O desenho foi aprovado com louvor por toda a equipe, inclusive por Le Corbusier.

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4. Ibirapuera, 1951, São Paulo


O parque público de São Paulo, construído para ser o marco principal das comemorações do quarto centenário da cidade – e, portanto, inaugurado em 1954 — , possui um volume singular. Sua marquise faz uma ode à liberdade da forma, conectando os pavilhões, os espaços culturais e os de lazer do complexo. O conjunto, no entanto, só foi completado mesmo em 2005, com a inauguração do Auditório Ibirapuera, que não saíra do papel nos anos 1950. A foto acima é do interior do pavilhão da Bienal de São Paulo

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5. Edifício Copan, 1951, São Paulo


A robustez do concreto armado é quebrada pela sinuosa leveza no projeto moderno, uma onda no centro da metrópole a homenagear São Paulo como nenhum outro marco fez até hoje. Numa cidade caótica esteticamente e carente de belezas naturais, o Copan é o mais próximo que os paulistanos já chegaram de ter um cartão postal para chamar de seu.

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6. Casa das Canoas, 1952, Rio de Janeiro


O arquiteto projetou sua própria residência com total liberdade, sem mexer nos desníveis do terreno, só adaptando o imóvel às curvas da planta. Ao prever uma área de sombra no entorno, Niemeyer conseguiu envidraçar toda a casa e deixá-la o mais transparente possível em meio à vegetação.

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7. Brasília, 1957


Enquanto o amigo e ex-patrão Lucio Costa desenvolvia o plano urbano da nova capital do país, Niemeyer foi escolhido por Juscelino Kubitschek para traçar e erguer os edifícios governamentais em Brasília. Começou em 1956 com o Catetinho, a residência provisória do presidente da república, e seguiu, já em 1957, com o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional, o Teatro Nacional, o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto, a Praça dos Três Poderes e a Catedral de Brasília. O Ministério da Justiça, o Palácio do Itamaraty, ambos de 1962, o Aeroporto, de 1965, e o Memorial JK, em 1980 - todos saídos da prancheta do mestre - complementaram o conjunto após a inauguração oficial.

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8. Sede do Partido Comunista Francês, 1965, Paris


Comunista de carteirinha, Niemeyer teve carta branca para definir a como seria sede do Partidão francês. O design nada usual, com a fachada curvada e o hall semienterrado, deixou o terreno livre para a brincadeira de formas — e, também, para a descida suave do público até a cúpula.

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9. Universidade de Constantine, 1969, Argélia


Ao recusar uma dezena de prédios — Niemeyer condensou o projeto de 20 construções em 5 estruturas —, o brasileiro idealizou uma universidade mais humana, lógica e compacta, pronta para as modificações do futuro.

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10. Passarela do Samba, 1983, Rio de Janeiro


Oficialmente chamada Passarela Professor Darcy Ribeiro e popularmente conhecido como Sambódromo, o centro do carnaval carioca localiza-se na avenida Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro, e nasceu com a missão de “dar ao povo o samba”. Na parte final da passarela, as arquibancadas se separam para abrir espaço à monumental Praça da Apoteose, assinalada por um grande arco. Ali está também o Museu do Samba. Fora dos dias carnavalescos, o local abriga escolas, creches, centros de saúde, ateliês de artesanato e outros serviços. A praça serve de palco para espetáculos diversos, como balé, teatro e shows de música popular.

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11. Memorial da América Latina, 1987, São Paulo


Concebido com a imponência em mente, o memorial foi projetado com grandes vãos (além dos tradicionais volumes curvos do arquiteto), para marcar o "espírito e a grandeza política que representa", como definiu o próprio Niemeyer.

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12. Museu de Arte Contemporânea, 1991, Niterói


O terreno livre de construções realça as formas quase abstratas do prédio que parece flutuar sobre a paisagem. O museu faz parte do Caminho Niemeyer, um percurso de 3,5 km finalziado em 1997, dotado de de espaços culturais cuja função foi revitalizar a parte central da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.

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13. Museu Oscar Niemeyer, 2001, Curitiba


O hoje mundialmente conhecido "museu do olho" não nasceu com esse formato e nem tinha essa função. Inaugurado em 1978, era apenas um grande edifício modernista que abrigava algumas secretarias de estado. O olho é na verdade um anexo desenhado mais tarde e inaugurado em 2002, quando todo o complexo foi transformado em museu de arte e design. Uma de suas alas guarda uma exposição permanente sobre o próprio Niemeyer, exibindo um belo acervo de projetos, fotos e maquetes.

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14. Centro Administrativo de Minas Gerais, 2003


A construção de apenas três prédios para a sede do governo mineiro — o palácio governamental e outros dois blocos curvos com 200 metros de comprimento e 20 pavimentos, onde estão as secretarias — centralizou a administração estadual, barateou a proposta inicial, limpou a paisagem e, de quebra, garantiu um projeto ousado a Niemeyer: o palácio é totalmente suspenso por cabos de aço, formando um vão livre de 147 m.

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15. Centro Cultural Principado de Astúrias, 2006, Avilés, Espanha


Quando recebeu a planta do centro cultural, Niemeyer imaginou de cara como tudo seria: o público assistindo a shows, enquanto outros percorrem as exposições no piso sobre o grande salão. O projeto da praça repleta de equipamentos culturais foi doado por Niemeyer, que ganhou o prêmio Princípe das Astúrias na década de 1980. Apesar de inaugurado em 2011, dDevido à atual crise econômica na Espanha, o complexo encontra-se desativado.

Niemeyer

O grande mestre se foi.

Descanse em paz Guerreiro Niemeyer!

A arquitetura se sente orfã.




Foi na década de 1950 que Oscar Niemeyer aceitou o convite e o desafio de Juscelino Kubitschek para criar os prédios públicos da futura capital do Brasil, em poucos anos.

Mesmo após a construção da cidade, o arquiteto continuou pensando na capital - no aniversário de 52 anos da capital, Niemeyer viu seu último projeto no DF ser inaugurado: a Torre Digital, apelidada por ele de "Flor do Cerrado".

A arquitetura arrojada e moderna de Niemeyer ajudou a fazer de Brasília um museu a céu aberto. A cidade é a única construção contemporânea a ter o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.





‎"Sempre que viajava de carro para Brasília, minha distração era olhar para as nuvens do céu. Quantas coisas inesperadas elas sugerem! Às vezes são catedrais enormes e misteriosas - as catedrais de Exupéry com certeza. Outras, guerreiros terríveis, carros romanos a cavalgarem pelos ares. Outras, ainda, monstros desconhecidos a correrem pelos ventos em louca disparada e, mais freqüentemente, lindas e vaporosas mulheres recostadas nas nuvens, a sorrirem para mim dos espaços infinitos."
Oscar Niemeyer

terça-feira, novembro 06, 2012

Oscar Niemeyer


<p> Marquesa ou cadeira de balanço? O público da fanpage de CASA CLAUDIA LUXO prefere a marquesa.</p>
Oscar Niemeyer já era um arquiteto consagrado quando, em meados de 1970, começou a desenhar móveis – que hoje figuram na história do design brasileiro. .

As curvas sinuosas da marquesa

Desenhada em 1974, a marquesa é feita de madeira prensada ebanizada com assento de palhinha natural. No livro Móvel Moderno no Brasil, Niemeyer comenta: “É interessante assinalar como a técnica da madeira prensada nos aproxima da arquitetura: a mesma possibilidade de novas formas, o mesmo empenho em reduzir a seção e simplificar o sistema construtivo”. O mesmo material foi utilizado em outras peças, como a própria cadeira de balanço, em 1977. Elas fazem parte da linha de mobiliário, que teve cerca de dez peças, desenhadas pelo arquiteto e produzidas em parceria com a filha, Anna Maria Niemeyer.


Fundação Oscar Niemeyer



Oscar Niemeyer e a filha, Anna Maria Niemeyer.



Divulgação



Assim como os outros móveis, a marquesa possui linhas curvas, eternizadas no Poema da Curva e nos projetos arquitetônicos de Niemeyer.



Ricardo Chaves



O arquiteto soma projetos memoráveis no Brasil e fora dele, como os prédios públicos de Brasília e a coautoria na sede da ONU, nos Estados Unidos.



Nana Moraes



Niemeyer se formou em arquitetura e engenharia pela Escola Nacional de Belas Artes, em 1934.


quinta-feira, dezembro 15, 2011

Parabéns Niemeyer

Hoje nosso maior arquiteto completa 104 anos.


Mais de um século de curvas, de concreto, de inovação, de inspiração, de convicção, de criação. 
Poesia em palavras e em concreto, moldado segundo as curvas da geografia e das mulheres de seu país. 
Um homem que só pode inspirar a todos nós, arquitetos - não somente pela sua obra, que alçou a arquitetura brasileira à notoriedade internacional - mas principalmente pela persistente atividade, que nos convence que arquitetar vale a pena até o crepúsculo da vida.

Parabéns, Oscar Niemeyer! 

Eu sou fà de carteirinha dele!!

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Sede do Tribunal Superior Eleitoral, de Oscar Niemeyer, será inaugurada na próxima semana

Edifício segue as características arquitetônicas dos outros prédios públicos da capital federal
Mauricio Lima

No próximo dia 15, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inaugura seu novo edifício-sede, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Localizado no Setor de Administração Federal Sul (SAF/Sul), em Brasília, próximo às sedes do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho e da Procuradoria Geral da República, o prédio é composto por uma estrutura semicircular e conta com três cúpulas na frente e um grande volume para estacionamentos e depósitos.


Fachada frontal será toda em vidro

A obra foi iniciada em 2007 pelo consórcio formado pela OAS e pela Via Engenharia. Ao todo, a obra deverá custar R$ 327 milhões e terá 115.578 m² de área construída. De acordo com a OAS, 44 toneladas de metal foram utilizadas na estrutura. A fundação foi feita com tubulões, utilizando 17.695 m³ de concreto. Foram usados também 30.292 m² de alvenaria e 66.332 m³ de concreto.

O projeto arquitetônico conta com muitas características dos prédios públicos de Brasília, desenhados pelo próprio Niemeyer. A fachada frontal do edifício principal foi construída toda em vidro, enquanto a parte traseira conta com brises em toda a extensão da fachada. Na parte de trás, existe também um volume retangular que funcionará para a circulação vertical dos funcionários do edifício. Sob esse edifício, há um estacionamento subterrâneo. À sua frente, ficam as três cúpulas de concreto armado que contarão com quatro auditórios.

Para minimizar o impacto causado pelas obras, foram plantadas cinco mil árvores. Foram instalados elevadores e lâmpadas de baixo consumo de energia e equipamentos de ar-condicionado que utilizam um gás para refrigerar que não afeta a camada de ozônio e reduz o consumo de energia e água. Haverá também sistemas de captação de água da chuva. Durante a construção, foi instalado um sistema de gestão de resíduos sólidos, para reciclagem de aproximadamente 90% dos resíduos de papéis, metais e plásticos gerados pela obra.
Internamente, o edifício terá um plenário três vezes maior do que o existente na sede atual. Agora, 246 pessoas poderão acompanhar as sessões, que acontecem às terças e quintas-feiras. Haverá também cadeiras reservadas para pessoas com deficiência física. A tribuna, por sua vez, oferecerá conforto aos advogados cadeirantes que realizarem sustentações orais no plenário. Os advogados do tribunal contarão com uma sala ampla, localizada a apenas 20 metros do Plenário, e que será equipada com monitor de TV para transmissão da sessão plenária e rede de acesso à internet.

Volume retangular será responsável por circulação vertical


Cúpulas em concreto armado abrigarão os auditórios do tribunal


Foto mostra a parte dos estacionamentos e espaço já para as cúpulas


Volume ao fundo será usado como estacionamento e depósito

Fonte: Pini web

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Oscar Niemeyer

Artigo escrito por Oscar Niemeyer e sua mulher, Vera, sobre a construção de Brasília para a edição especial da Revista Nosso Caminho



Somente em 1957 surgiu o problema da nova capital. JK me procurou na casa das Canoas e juntos descemos para a cidade. Queria construir Brasília, a nova capital do nosso país, e, como ocorreu em Pampulha, desejava a minha colaboração - a minha e de Marco Paulo Rabelo, que como eu o acompanhou, de Pampulha à inauguração daquela cidade.

Entusiasmado, JK contou-me que pretendia uma capital moderna, concluindo, empolgado, “a mais bela do mundo”. E ficou combinado que eu procuraria Israel Pinheiro, responsável pela obra.

Na primeira viagem que JK fez ao local o acompanhei. Lembro o ministro da Guerra, o general Lott, a me perguntar: “Os prédios do Exército serão modernos ou clássicos?” E eu a responder: “Numa guerra, o senhor prefere armas modernas ou clássicas?” E ele sorriu com simpatia.

Foram três horas de voo; confesso não ter tido boa impressão do lugar.

Longe, longe de tudo, e a terra vazia e abandonada. Mas o entusiasmo de JK era tal, e o objetivo de levar o progresso para o interior tão válido, que acabamos, todos, com ele concordando.

A distância, a conveniência da presença de JK no local para manter o calor do empreendimento nos levou a pensar na necessidade de iniciar os trabalhos com a construção de uma pousada onde ele pudesse ficar nos fins de semana. Uma casa de madeira foi pensada. Fiz as plantas. Juca Chaves e Milton Prates comandaram a construção, e eu assinei uma promissória que, descontada num banco, permitiu realizar essa obra, depois conhecida como “Catetinho”. Em quinze dias JK já a utilizava.

Era o seu refúgio da política, dos que contestavam a construção da nova capital, a conversar com os amigos, a discutir como seria aquela cidade, o seu sonho predileto. À volta da casinha um grupo de árvores - como um pequeno oásis - a distinguia na terra rasa e vazia do cerrado.

Lembro que a água vinha de uma caixa pendurada em uma das árvores, que o lugar de estar e de conversa era sob os pilotis, ao redor de uma longa mesa com bancos de madeira. E havia uísque e muita camaradagem.

Cedo, o nosso amigo Bernardo Sayão trazia de helicóptero os mantimentos necessários, e Brasília já estava no coração de todos nós.

Na sede do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, os trabalhos se iniciaram. Pouco depois, senti a conveniência de mudarmos para Brasília. E para lá segui com os meus colaboradores. Não pensava levar apenas arquitetos e convidei outros amigos - um médico, dois jornalistas e quatro camaradas que não cuidavam de arquitetura.

Estavam sem trabalho, eram inteligentes e divertidos, e compreendi ser o momento de ajudá-los. Eu não gostaria de passar as noites de Brasília a falar de arquitetura - para mim um complemento da vida, muito mais importante do que ela.

O problema do Plano Piloto se fazia urgente, e organizamos um concurso internacional. Inquieto, JK me propunha: “Niemeyer, não podemos perder tempo. Faz você o Plano Piloto.” E eu não aceitava. Pensava, inclusive, que talvez o Reidy participasse do concurso. Era de todos nós, pela própria função que exercia na Prefeitura do Rio, o mais informado no assunto, mas isso não ocorreu, surgindo Lúcio Costa com seu talento excepcional.

Recordo como tentaram cancelar o concurso já por terminar, com o projeto do Lúcio se destacando. O presidente do IAB a procurar Israel Pinheiro, sugerindo nomearem uma comissão de urbanistas para elaborar um novo projeto. Israel disse que o assunto era comigo, e foi no Clube dos Marimbás, na presença do arquiteto João Cavalcanti, que declarei: “Da minha parte vocês vão encontrar todos os obstáculos.” E o Lúcio foi o vencedor.

Era uma solução urbanística inovadora, os diversos setores independentes, a área habitacional ligada ao pequeno comércio e às escolas, o Eixo Monumental a lembrar com sua monumentalidade a grandeza de nosso país, e a Praça dos Três Poderes a completá-lo, debruçada sobre o cerrado como ele preferia.

E o plano se desenvolvia numa escala variada, humana ou monumental, que só um homem sensível como Lúcio podia conceber.

O primeiro projeto iniciado em Brasília foi o Palácio da Alvorada. Sua localização ainda não fora fixada pelo Plano Piloto. Não podíamos esperar. E lá fui eu com Israel Pinheiro a procurá-la, o capim a nos bater nos joelhos, pelo cerrado afora.

Elaborei o projeto. Um prédio em dois pavimentos. Destinava-se à residência do presidente e sua área de trabalho. E com tal apuro o projetamos que ambas se entrelaçam sem perderem a independência desejável. Recordo a larga varanda, sem peitoril, um metro acima do chão, protegida por uma série de colunas a se sucederem em curvas repetidas. Lembro André Malraux, ao visitar o palácio: “São as colunas mais bonitas que vi depois das colunas gregas.” E elas a serem copiadas no Brasil, num prédio de correio nos Estados Unidos, na Grécia, na Líbia, por toda a parte. As cópias não me incomodavam. Tal como com relação à Pampulha, as aceitava satisfeito. Era a prova de que meu trabalho agradava a muita gente.

E o palácio sugeria coisas do passado. O sentido horizontal da fachada, a larga varanda protegendo-o, a capelinha a lembrar no fim da composição nossas velhas casas de fazenda.

Depois do Alvorada, começamos a estudar o Eixo Monumental e pela Praça dos Três Poderes iniciamos nosso projeto. Dela faziam parte, como fixava o Plano Piloto, o Palácio do Planalto, o do Supremo e o Congresso, este último localizado mais afastado da mesma. Um afastamento que espelhos d’água e renques de palmeiras justificavam.

Mas a ideia de que o Congresso deveria se integrar na Praça me preocupava, o que explica ter mantido a cobertura desse palácio no nível das avenidas, permitindo aos que se aproximassem ver, por cima dela, entre as cúpulas projetadas, a Praça dos Três Poderes da qual este fazia parte.

E com essa solução as cúpulas do Senado e da Câmara se faziam mais imponentes, monumentais, exaltando a importância hierárquica que no conjunto representam.

Lembro Le Corbusier, dizendo a Ítalo Campofiorito, a subirem a rampa do Congresso: “Aqui há invenção!” Eram as enormes cúpulas daquele palácio que o surpreendiam, pela ousadia inventiva que revelavam.

Ao desenhar os Palácios do Planalto e do Supremo, deliberei mantê-los dentro de formas regulares, tendo como elemento de unidade plástica o mesmo tipo de apoio, o que explica o desenho mais livre que para as colunas desses dois edifícios adotei. E os palácios como que apenas tocando o chão. Uma opção arquitetônica que Joaquim Cardozo, engenheiro e poeta, um dos brasileiros mais cultos que conheci, defendia, a dizer: “Um dia vou fazê-las mais finas ainda, de ferro maciço”. O croqui inicial mostra, num corte do Palácio do Planalto, o tipo de estrutura que desenhei, mais rico sem dúvida do que aquele que uma arquitetura menos ousada teria preferido.

Nos dois prédios a seguir, o Palácio da Justiça e o Itamaraty, minha preocupação foi prever uma arquitetura mais simples, essa arquitetura elegante e repetida, fácil de ser elaborada e aceita pela grande maioria. Seria como um momento de pausa e reflexão para melhor compreenderem a arquitetura mais livre que prefiro.

A ideia de fazer uma arquitetura diferente me permite afirmar hoje aos que visitam a nova capital: “Vocês vão ver os palácios de Brasília, deles podem gostar ou não, mas nunca dizer terem visto antes coisa parecida”. E isso se verifica na Catedral de Brasília, diferente de todas as catedrais do mundo, uma expressão da técnica do concreto armado e do pré-fabricado. Suas colunas foram concretadas no chão, para depois criarem juntas o espetáculo arquitetural. E vale a pena lembrar outros detalhes, com a arquitetura se enriquecendo, como o contraste de luz com a galeria em sombra e a nave colorida. E lá estão os anjos de Ceschiatti, e a possibilidade inédita, que muito agradou ao núncio apostólico, de os crentes olharem pelos vidros transparentes os espaços infinitos onde acreditam estar o Senhor. É o arquiteto a inventar sua arquitetura, que poucos, muito poucos, vão poder compreender.

Não foi fácil trabalhar em Brasília, e o projeto do Congresso Nacional serve de exemplo. Um trabalho elaborado sem programa, sem uma ideia de como se ampliaria o número de parlamentares. “Tudo a correr” era a palavra de ordem. Recordo como foi iniciado aquele projeto, Israel Pinheiro e eu indo ao Rio com o objetivo de dimensionar o antigo Congresso daquela cidade, para, multiplicando a área estimada e os setores existentes, iniciar os desenhos.

Tudo isso explica os prédios anexos depois realizados. Basta mencionar um deles, para avaliar as nossas dificuldades. Quando veio o parlamentarismo, o grande hall do Congresso ficou coberto de novas salas e gabinetes, pedindo uma solução. Aquele hall continuava indispensável e aquelas salas deveriam ficar junto do plenário. Eu queria defender a arquitetura do palácio, e a solução foi aumentar sua largura em 15 metros. A vista da Praça dos Três Poderes que do antigo salão se descortinava desapareceu, mas a arquitetura externa do Palácio foi preservada, e com tanto apuro que ninguém percebe essa modificação que, como arquiteto, sempre lamentei.

Felizmente o contato com deputados e senadores foi tão cordial e a atuação do meu amigo Luciano Brandão, secretário-geral, tão hábil que a obra do Congresso seguiu sem problemas.

Mais recentemente, desenhei três novos edifícios em Brasília - a Procuradoria Geral da República e os anexos do Supremo e do Tribunal de Contas da União. Prédios arquitetonicamente, a meu ver, importantes, mas, para alguns, de construção excessivamente dispendiosa. Recordo-me como os defendi. São prédios públicos; sei que meus irmãos mais pobres nada vão usufruir, mas, se forem bonitos e diferentes, vão parar para vê-los - será para eles um momento de surpresa e encantamento.

Como a própria vida, Brasília teve bons e maus momentos, e um dos melhores, que chegou a nos lembrar os tempos de JK, foi o do governador José Aparecido de Oliveira. Foi ele quem construiu o panteão, quem concluiu a catedral, a Praça dos Três Poderes, o Memorial Lúcio Costa, que, a meu pedido, nela realizou. Foi esse meu amigo que tentou melhorar as cidades-satélites, fazê-las mais acolhedoras e com isso defender um pouco o Plano Piloto da densidade demográfica que se multiplica.

O tempo correu. Pouco a pouco Brasília se foi consolidando em função do traçado de Lúcio Costa, das formas inesperadas que sua arquitetura assumiu, dando vida àquele planalto sem fronteiras, onde o céu parece maior.

Tudo isso me leva a recordar aqueles serões inesquecíveis que o nosso grupo passava na presença de um presidente possuído do maior dinamismo, mas capaz de guardar tempo para ver os amigos e, como outro homem qualquer, rir e brincar um pouco. Tarde, uma ou duas horas da madrugada, JK nos acompanhava na saída. E aí nos retinha, empolgado com a noite de Brasília. O céu imenso, cheio de estrelas, os palácios já erguidos a se destacarem com suas formas brancas na enorme escuridão de cerrado.

Mansamente, como a me dizer um segredo, JK tomava-me pelo braço: “Niemeyer. Que beleza!”

segunda-feira, outubro 11, 2010

Andamento do MAPP - Niemeyer











O projeto estrutural é invador, cabos de 13 metros de aço vão ser inseridos nas rochas, através de perfuração  para a estrutura pode aguentar o terceiro disco em balanço. 

sexta-feira, setembro 10, 2010

Oscar Niemeyer é condecorado pelo governo da Espanha


Ministra da Cultura espanhola entregou ao arquiteto, em seu escritório em Copacabana, a medalha das Artes e das Letras.

 

 

 


Hoje (10) pela manhã, no Rio de Janeiro, a ministra da Cultura da Espanha, Ángeles González-Sinde, entregou a Medalha das Artes e das Letras da Espanha ao arquiteto Oscar Niemeyer. Devido à saúde frágil do arquiteto, de 102 anos de idade, a condecoração ocorreu em seu escritório, em Copacabana. Normalmente, os homenageados vão para a Espanha receber a medalha. 

O arquiteto brasileiro é um dos mais prestigiados do mundo.  Na Espanha, desenvolveu o projeto do Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer, na cidade de Avilés, próxima a Oviedo, um de seus maiores projetos na Europa, com previsão de inauguração para 2011.

Esta não foi a primeira condecoração de Niemeyer. Em novembro de 2009, o Ministério da Cultura laureou o arquiteto por sua trajetória profissional, sua contribuição à difusão internacional da cultura espanhola e a relevante influência de sua obra na configuração da arquitetura contemporânea.


fonte:  http://www.piniweb.com.br/construcao/arquitetura/oscar-niemeyer-e-condecorado-pelo-governo-da-espanha-184909-1.asp

segunda-feira, setembro 06, 2010

quinta-feira, julho 29, 2010

Especial Niemeyer


O arquiteto em frente ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em Niterói Divulgação

A construção da nova capital projetada por Niemeyer, Brasília, aconteceu de 1956 a 1960.

Inauguração de Brasília em 21/04/1960, ápice do governo Juscelino Kubitschek

Obras da Biblioteca Nacional de Brasília em 2005, à frente da Esplanada dos Ministérios Bruno Stuckert/Folha Imagem
Obras da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, em 1961. A construção consumiu 12 anos Folha Imagem

A Catedral de Brasília, inaugurada em 1970, incorpora estética modernista de Niemeyer Luiz Claudio Lacerda/Divulgação
Interior da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, Catedral de Brasília Kadu Niemeyer
A catedral é ornada por esculturas dos quatro evangelistas, Marcos, Mateus, Lucas e João Tuca Vieira/Folha Imagem

Fachada do Congresso Nacional, inaugurado pelo então presidente Juscelino Kubitscheck AFP
Detalhe do anexo do Congresso Nacional, o famoso prédio em forma de "H" de Niemeyer Tuca Vieira/Folha Imagem

Entrada do Congresso Nacional, que abriga o Senado Federal e a Câmara dos Deputados Tuca Vieira/Folha Imagem

Homem passa por entre as colunas do Palácio do Congresso Nacional Tuca Vieira/Folha Imagem
Prédios da Câmara (no alto) e do Senado (embaixo), projetados por Oscar Niemeyer Sérgio Lima/Folha Imagem

O Palácio do Itamaraty, que é ornado pela escultura ?O Meteoro?, de Bruno Giorgi Lula Marques/Folha Imagem



Escada no interior do Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores Tuca Vieira/Folha Imagem

O Memorial Juscelino Kubitschek, construído em Brasília e inaugurado em 1981 Luiz Claudio Lacerda/Divulgação

Uma coluna de 28 metros sustenta a estátua do presidente Juscelino Kubitschek no memorial Juliana Doretto/Folha Imagem

Vista do conjunto arquitetônico do Complexo Cultural da República, o Museu da República José Varella/Correio Brasiliense

Detalhe do Complexo Cultural da República, em Brasília Bruno Miranda/Correio Brasiliense
Vista noturna do Palácio do Planalto, inaugurado pelo ex-presidente Juscelino Kubitscheck AFP

Construção do Parque do Ibirapuera, em comemoração ao quarto centenário de São Paulo Folha Imagem

O Conjunto do Ibirapuera, projeto de Oscar Niemeyer localizado na capital paulista Luiz Claudio Lacerda/Divulgação

Vista aérea do conjunto arquitetônico do Parque do Ibirapuera, em São Paulo Tuca Vieira/Folha Imagem

O Auditório deveria celebrar o 450º aniversário de SP, mas foi entregue dois anos depois Divulgação

Vista externa da entrada do Auditório do parque Ibirapuera Divulgação

O Auditório do Ibirapuera tem vista para o parque por uma porta retrátil atrás do palco Divulgação

O foyer e acesso à platéia do Auditório do parque Ibirapuera Fernando Morais/Folha Imagem
Detalhe do prédio da Bienal, parte do conjunto arquitetônico do Parque do Ibirapuera Vieira/Folha Imagem
Marquise do Parque Ibirapuera, projetada em 1954, em foto de 2006 Tuca Vieira/Folha Imagem

Em 2006, a Marquise do Ibirapuera tinha problemas como rachaduras e infiltração de água Tuca Vieira/Folha Imagem

Construção da Oca, no Parque do Ibirapuera, em 1954 Folha Imagem

Parte do Complexo da Pampulha, projetado por Niemeyer em Belo Horizonte (MG) Divulgação
Parte do Complexo da Pampulha, projetado por Niemeyer em Belo Horizonte (MG) Divulgação
Parte do Complexo da Pampulha, projetado por Niemeyer em Belo Horizonte (MG) Divulgação
Igreja São Francisco de Assis, parte do conjunto arquitetônico da Pampulha Tuca Vieira/Folha Imagem


Vista lateral da Igreja São Francisco de Assis, parte do conjunto da Pampulha Luiz Claudio Lacerda/Divulgação




Interior da Igreja São Francisco de Assis, parte do conjunto arquitetônico da Pampulha Vailton da Silva Santos/Folha Imagem
Painel pintado por Cândido Portinari no interior da igreja de São Francisco de Assis Caio Caramico Soares

O bairro da Pampulha foi bancado pelo então prefeito de BH, Juscelino Kubitscheck Vailton Silva Santos/Folha Imagem
Vista da Casa do Baile, parte do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, inaugurada em 1943 Alex de Jesus/O Tempo
A Casa do Baile funcionou até 1948 na Pampulha, projeto de Niemeyer construído em 1940 Alex de Jesus/O Tempo
Vista da estação hidroviária de Charitas, em Niterói (RJ), projetada por Oscar Niemeyer Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem


O Museu de Arte Contemporânea de Niterói (1991) foi instalado junto à Baía de Guanabara Claudio Lacerda/Divulgação



Vista da Baía da Guanabara e do MAC-Niterói, o "museu do disco voador" Reuters
O Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói (RJ), projeto de Oscar Niemeyer Eduardo Castanho/Divulgação

Forma no Espaço 1, escultura de Niemeyer exposta no Museu de Arte Contemporânea de Niterói Ana Ottoni/Folha Imagem

A estrutura da Fundação Oscar Niemeyer, em Niterói, à época (2004) em fase de finalização Felipe Varanda/Folha Imagem
Interior do Teatro Popular de Niterói, cuja primeira versão do palco desagradou Niemeyer Marcelo Nogare/Folha Imagem

O Tetro Popular, em Niterói, marcou o início das comemorações do centenário de Niemeyer Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem

Lateral do Teatro Oscar Niemeyer, conhecido como Tetro Popular, em Niterói (RJ) Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem

Edifício Copan, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no centro de São Paulo Eduardo Knapp/Folha Imagem

Foto do edifício Copan exibida em exposição na galeria Tate Modern, em Londres Andreas Gursky/Divulgação

Fachada do edifício Copan em 2001, que passaria por uma reforma orçada em R$ 20 milhões Ed Viggiani/Folha Imagem
Vista da janela de um dos apartamentos do Edifício Copan, em São Paulo Divulgação
Fundos do Edificio Copan, em março de 2006, que então comemorava 40 anos de construção Tuca Vieira/Folha Imagem

Escadaria de emergência do Copan, um dos maiores edifícios residenciais da América Latina Tuca Vieira/Folha Imagem
Vista geral do Memorial da América Latina, no bairro da Barra Funda, em São Paulo (SP) Divulgação

Lado oposto do Memorial da América Latina, no bairro da Barra Funda, em São Paulo (SP) Leonardo Wen/Folha Imagem

Passarela do Memorial da América Latina, no bairro da Barra Funda, em São Paulo (SP) Leonardo Wen /Folha Imagem

O Memorial, inaugurado em março de 1989, é ornado pela escultura "Mão", também de Niemeyer Antônio Gaudério /Folha Imagem
Inauguração do NovoMuseu Arte Arquitetura Cidade em Curitiba (PR), em novembro de 2002 Alan Marques/Folha Imagem

Visitante passeia sob marquise do Museu Oscar Niemeyer em Curitiba, no Paraná Renato Stockler/Folha Imagem

NovoMuseu Arte Arquitetura Cidade, projetado por Oscar Niemeyer em Curitiba, no Paraná Pedro Ivo Dubra/Folha Imagem

Interior do NovoMuseu Arte Arquitetura Cidade, que tem projeto de Oscar Niemeyer Albari Rosa/Folha Imagem

Interior do NovoMuseu Arte Arquitetura Cidade, que tem projeto de Oscar Niemeyer Albari Rosa/Folha Imagem

Niemeyer assina o projeto da Universidade de Constantine (1996), na Argélia Michel Moch/Divulgação

Universidade de Constantine, na Argélia, projeto criado em 1996 Luiz Claudio Lacerda/Divulgação

Casa de Cultura do Havre (França), obra de Oscar Niemeyer Divulgação

Igreja São Daniel Profeta, construida nos anos 60, projeto cuja autoria Niemeyer renega Marco Antonio Rezende/Folha Imagem

Fachada da sede da editora Mondadori, em Milão (Itália), projetada por Oscar Niemeyer Reprodução
Sede do Partido Comunista Francês em Paris, instalado desde 1967, projeto de Niemeyer Luiz Claudio Lacerda/Divulgação

Sede do Partido Comunista Francês, em Paris Michel Moch/ Divulgação

Imagem da Casa das Canoas, no Rio de Janeiro, obra de Niemeyer realizada em 1952 Luiz Claudio Lacerda/Divulgação

Fachada do edifício Eiffel (São Paulo), projetado em 1956 pelo arquiteto Oscar Niemeyer Greg Salibian/Folha Imagem
Sala de um dos apartamentos do edifício Eiffel (SP), projetado em 1956 por Niemeyer Greg Salibian/Folha Imagem

Antiga sede da Editora Bloch no bairro da Glória, Rio de Janeiro (RJ), projeto de Niemeyer Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
O prefeito de Paris discursa em frente à escultura "A Mão e a Flor", de Niemeyer, em 2007 AFP

Pavilhão do Brasil na Feira de Nova York (1939-40), projeto de Lucio Costa e Niemeyer Divulgação
Pavilhão do Brasil na Feira de Nova York (1939-40), projeto de Lucio Costa e Niemeyer Reprodução/Arquivo Nacional

Interior do pavilhão do Brasil na Feira de Nova York, projeto de Lucio Costa e Niemeyer Reprodução/Arquivo Nacional

Sede da ONU (1946), projetada por um grupo de arquitetos liderados por Oscar Niemeyer Reprodução