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quinta-feira, agosto 29, 2013

Aprenda, passo a passo, a executar piso com cimento queimado


Desempenho técnico e estético depende de cuidados específicos durante o espalhamento do cimento sobre o substrato e de procedimentos de cura lenta.

O desempenho dos pisos de cimento queimado depende do preparo da massa. Com consistência de farofa, a mistura é quase seca, geralmente na proporção em volume de 1:3 (uma parte de cimento para três de areia fina - ambos peneirados).

As ferramentas devem ser lavadas constantemente para evitar que a massa grude. No entanto, não podem estar muito molhadas durante o uso. Bolhas superficiais devem ser tratadas imediatamente com a desempenadeira.

Quanto à cura, o ideal é manter a superfície úmida. Para tanto, é possível usar manta geotêxtil, explica Júlio Camilo, engenheiro da RRG Construtora.

Organização é fundamental, pois o processo é realizado em no máximo 45 minutos. Confira os procedimentos para execução desse tipo de revestimento.


LIMPEZA E NIVELAMENTO INICIAL
Passo 1. O contrapiso deve estar livre de resíduos antes do início da execução.


Passo 2. A mangueira de nível determina o ponto mestre a partir do qual a altura do piso vai ser demarcada. O ponto mestre é riscado sobre a parede, com lápis, a partir da referência de nível.




Passo 3. Utilize a trena para checar a altura da talisca. Passo 4. Taliscas são executadas junto à parede para orientar a distribuição do nível do piso por toda a área, sempre segundo demarcações de nível. A mistura da massa para a talisca é a mesma a ser utilizada em todo o piso.




Passo 5. Utilize a trena para checar a altura da talisca.




Passo 6. Uma tela de galinheiro é deitada sobre a área de piso a ser executada. Ela funciona como reforço estrutural, fazendo com que o cimento não fique solto sobre a laje ou contrapiso.



Passo 7. Em seguida, joga-se água sobre o contrapiso para aumentar a capacidade de aderência do piso à laje ou contrapiso.

Passo 8. Sobre o contrapiso molhado, e com uso da broxa, espalha-se resina sintética de alto desempenho para melhorar aderência, resistência, elasticidade e impermeabilidade.



Passo 9. Na sequência, distribua o cimento sobre o piso.

Passo 10. Com a vassoura, água, resina e cimento são distribuídos e misturados sobre a superfície.



DETALHE

Confira, com a trena, se a adição de água, resina e cimento que cobriram a tela de galinheiro não elevaram o nível da talisca.



Passo 11. Posicione taliscas a cada 1 m ao longo da parede. Caso o piso não tenha caimento, com o sarrafo e o nível de bolha, verifique o nível. Isso é importante para garantir o sarrafeamento correto.

Passo 12. A massa é jogada com a pá sobre o contrapiso. Note que o cimento parece uma farofa.

DESEMPENAMENTO
Passo 13. Em seguida, ela é espalhada com a colher de pedreiro, da forma mais homogênea possível.

Passo 14. A desempenadeira é utilizada para pressionar a sua superfície, com toques leves e repetidos.


Passo 15. Com o uso do sarrafo ou régua, a área é regularizada.

Passo 16. Com a colher de pedreiro, procure pontos onde a tela ficou exposta, empurrando-a para baixo (ela deve ficar completamente afundada). Atenção para não comprometer o nivelamento do piso.


JUNTAS
Passo 17. A desempenadeira de plástico é usada para dar o acabamento inicial à superfície. Sempre é preciso checar se a tela de galinheiro não está exposta.

Passo 18. Com a trena, meça, a partir da parede, os pontos onde serão colocadas as juntas de controle, que servem para evitar fissuramentos do piso.

Passo 19. Marque toda a extensão da junta com o lápis.

Passo 20. Corte a junta acrílica no comprimento necessário.




Passo 21. Com o sarrafo e a colher de pedreiro, o encaixe da junta de controle é marcado sobre a superfície de massa acabada.


Passo 22. Então, posicione o elemento acrílico, no encaixe.

Passo 23. Sobre a junta, alise novamente o piso com a desempenadeira de plástico.




ACABAMENTO
Passo 24. Quando a superfície estiver homogeneizada e seca, mais pó de cimento fino e peneirado deve ser espalhado, concentrando o produto nas bordas de cada módulo delimitado pelas juntas de dilatação. Depois, é preciso deixar a superfície descansar.

Passo 25. Umedeça a superfície com a broxa, que não pode estar encharcada. A pasta superficial de cimento deve ser formada com o mínimo de água possível.




Passo 26. Com a desempenadeira metálica, a superfície é puxada (nunca esfregada) desde a junta, sempre em direção ao centro de cada módulo de piso. Quando necessário, será preciso umedecer a superfície com a broxa levemente molhada.




DETALHE

Durante todo o procedimento, é preciso lavar a desempenadeira com auxílio da broxa várias vezes. Ela não deve ficar encharcada de água.


DICA
Caso perceba falhas ou pontos onde a superfície está excessivamente úmida, espalhe mais cimento peneirado. E repita o procedimento com a desempenadeira metálica.

Passo 27. Caso apareçam bolhas, estoure-as com a desempenadeira.

Passo 28. Sobre a falha, espalhe cimento peneirado e borrife mais um pouco de água, antes de alisar a superfície com a desempenadeira.




Passo 29. O piso está pronto para passar pelo processo de cura até chegar ao seu endurecimento final.


fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/Obras/artigo294313-8.asp



domingo, agosto 26, 2012

Cimento queimado




Com calefação embutida, piso distingue a morada



A jovem pintora buscava um local emoldurado por uma paisagem que pudesse figurar em suas telas. Mas a inspiração para o trabalho não poderia apagar a função do imóvel, já que a artista também pretendia morar e trabalhar sob o mesmo teto. Sorte ou destino, ela encontrou seu santuário particular à beira-mar, bem atrás do museu de arte moderna Louisiana, em Humlebaek, cidade no leste da Dinamarca.

Para iluminar a área, o estúdio Norm Architecture derrubou as paredes e integrou living, cozinha, galeria e sala de jantar no térreo. Só restaram as paredes estruturais, descascadas até os tijolos, e as vigas de aço no teto do recém-criado loft brutalista.

Outro truque para ampliar o espaço foi esconder a tubulação do aquecedor debaixo do piso de cimento. Os arquitetos removeram as camadas antigas para instalar o sistema de calefação, que mantem a casa aquecida por igual. Como arremate, o chão cinza ficou mais vivo e brilhante com a aplicação de epóxi.

A textura rústica das mesas de madeira, as formas orgânicas das luminárias, o design da cadeira Eames e o frescor da paleta P&B modernizam os interiores com leveza. Tendo os materiais brutos da estrutura como cenário, esses elementos imprimem identidades distintas, mas que dialogam entre si.






















Fonte: Casa Vogue

segunda-feira, março 05, 2012

Cimento queimado

 Tradicional nas casas do interior do país, o piso de cimento queimado virou moda em todos os lugares graças a seu aspecto despojado. Bem-vindo na maioria dos ambientes - exceto nas áreas em contato com água, onde se torna escorregadio -, ele é versátil e de fácil limpeza, vantagens que o fizeram conquistar até os consumidores mais exigentes. 

Mas a frase contida no título alerta para sua fragilidade (especialmente a versão caseira). Trincas, manchas e porosidade podem aparecer. Quando há trincas ou porosidade, convém refazer o piso. "Outra alternativa é recortar as partes trincadas e aplicar tozetos". "É um paliativo, já que a interferência ficará aparente".

O cuidado na aplicação e a escolha de mão-de-obra qualificada são indispensáveis



 Aqui, o pedreiro preparou uma nata de consistência semelhante à de um creme de leite apenas com água e cimento, aplicou no piso e passou a desempenadeira de metal. Antes que a massa secasse, jogou o pó de cimento. Juntas de dilatação de plástico, colocadas a cada metro, isolam a movimentação dos pisos e evitam trincas. Projeto de René Fernandes Filho.

 Para resistir ao corre-corre do buldogue, o xodó da casa, privilegiou-se o cimento queimado em pisos e paredes – o taco original só ficou no living, tingido de branco pelo epóxi. Repare como tom acinzentado do cimento na parede realça as cores da luminária de acrílico e das imagens da TV. Projeto de Letícia Nobell.


 Depois de escolher a seda rústica da cabeceira e a paleta de cores do quarto de casal, a designer de interiores Luciana Penna achava que ainda faltava algo. O arremate foi dado pelo cimento queimado, que, aplicado na parede, destaca o conjunto. Um cuidado fundamental: no dia da aplicação do cimento queimado, a cabeceira precisou ser forrada com plástico para não manchar.


 Depois de escolher a seda rústica da cabeceira e a paleta de cores do quarto de casal, a designer de interiores Luciana Penna achava que ainda faltava algo. O arremate foi dado pelo cimento queimado, que, aplicado na parede, destaca o conjunto. Um cuidado fundamental: no dia da aplicação do cimento queimado, a cabeceira precisou ser forrada com plástico para não manchar.


Nesta sala, o cimento queimado nas paredes e no piso ganhou evidência. Para evitar trincas, há um sulco de uma parede a outra, alinhado também com o piso. Repare que o revestimento é contínuo, sem a interrupção do rodapé. O resultado surpreende pela elegância. Projeto de Alan Chu e Cristiano Kato.









sexta-feira, dezembro 24, 2010

Cimento queimado

Existem alguns procedimentos que garantem a qualidade do piso de cimento.

O primeiro passo é impermeabilizar o solo, isolando o contrapiso da umidade. Depois, para cada divisória, deixe uma área de 4 m² – o suficiente para a dilatação do material. “Com esses cuidados, o piso ficará liso, sem rachaduras ou manchas".


Nesta cozinha, o piso de cimento queimado faz bonito, aliado ao ladrilho hidráulico, que forma um tapete no centro do ambiente. O experiente empreiteiro fez uso da seguinte receita: para 4 m² (4 mm de espessura), a massa levou 1 saco de 50 kg de pó de mármore, 1 saco de 25 kg de cimento branco estrutural, 1 litro de adesivo Bianco (da Otto Baumgart) para dar liga à mistura e água até obter consistência pastosa. Sobre o contrapiso nivelado, ele dispôs filetes plásticos que servem de junta de dilatação, evitando trincas, e passou Bianco com brocha (neste caso, melhora a aderência da massa à base). Ela foi aplicada a seguir e alisada com desempenadeira de aço. No dia seguinte, uma lixa fina acabou com as irregularidades. Panos molhados cobriram a superfície por três dias. Ao tirá-los, os pedreiros lixaram o piso e passaram resina própria para pedra. Projeto de Alan Chu e Cristiano Kato.


O revestimento desta sala de estar é de concreto usinado comprado pronto (cimento, água e pedrisco) e dispensa contrapiso. As juntas plásticas de dilatação foram colocadas a cada 3 m. Quanto menor a distância entre elas, menor o risco de trincas. Despejado o concreto, a superfície foi sarrafeada com régua de alumínio. O bambolê (tipo de enceradeira com hélices de aço) alisou e nivelou o piso. Depois de 30 dias (cura), passaram-se três demãos de resina de poliuretano (Alinkol) com intervalos de seis horas. Projeto de José Roberto Moreira do Valle e execução da Sfera Engenharia.


Aqui não há contrapiso graças ao concreto usinado UFCK 25 (Betoncamp). Após ser compactado na superfície, ele foi sarrafeado com régua de aço e alisado com o bambolê. Para evitar fissuras, manteve-se o cimento molhado, retardando a cura. Nas quinas, foram instaladas barras de ferro antes de jogar o concreto. O revestimento foi cortado em quadros. Aguardaram-se cerca de 30 dias (cura) e aplicou-se nesse intervalo o tarucel, uma espuma de polietileno que delimita a profundidade dos vãos, e as juntas de dilatação de poliuretano. Uma demão de seladora acrílica e outra de verniz acrílico (ambos da Heliocolor) completaram o serviço. Projeto de Carmem Silvia Parlatore e execução da Pisoplan.


As juntas plásticas de dilatação foram fixadas no contrapiso nivelado. Para que ele ganhasse aderência, passou-se uma mistura de 2 kg de cimento e Bianco (Otto Baumgart) diluído em água (1:4). Uma farofa de cimento e areia média (1:3) foi despejada em quadros alternados e sarrafeada com régua de alumínio. Depois, iniciou-se a queima: uma nata grossa com 20 litros de água, 13 kg de cimento e 1 litro de Bianco foi alisada sobre a superfície com desempenadeira de aço. No dia seguinte, cobriu-se o piso com uma manta de poliéster (Isocryl), molhando-o por oito dias para ficar vistoso. A cura do concreto levou cerca de três semanas, quando se aplicaram duas camadas de resina acrílica fosca Hiper 409 (Dalle Piagge). Projeto de Nina Maria Jamra Tsukumo e aplicação do revestimento supervisionado por André Moral.


Sobre o contrapiso nivelado, o empreiteiro instalou juntas plásticas de dilatação (Granitorre) a cada 2 m². Ao kit pronto (Ladrilar), composto de cimento branco estrutural, pó de quartzo e pigmento terracota-claro, ele adicionou Bianco diluído em água até obter uma mistura pastosa, como uma massa corrida. Uma dica importante: a quantidade de água influi no tom do piso, por isso o ideal é fazer tudo no mesmo dia. A argamassa foi aplicada com desempenadeira de madeira e alisada com desempenadeira de aço. Cerca de quatro dias depois (cura), removeram-se as imperfeições da superfície com lixa de água nº 220. Lavou-se o piso e, para evitar manchas, passaram-se três demãos de resina acrílica Fuseprotec (Fusecolor). A cada dois meses, o piso recebe cera líquida incolor à base de silicone. Projeto de José Carlos Sérgio.


O engenheiro Daniel Hamermesz preparou um contrapiso nivelado e chumbou as réguas plásticas de dilatação a cada 1,50 m². Ele espalhou uma massa pastosa de areia, cimento (3:1) e água intercalando os quadrados, que foram nivelados com desempenadeira de madeira até alcançar 3 mm antes da espessura final do piso. Aguardaram-se quatro dias. A uma mistura pronta (Ladripiso) de cimento branco estrutural e pó de mármore, ele acrescentou Bianco diluído em água (1:1) até obter uma tinta, que foi aplicada com broxa sobre a superfície. No dia seguinte, com esse kit pronto e quantidades menores de Bianco e água, fez uma massa quase seca e espalhou-a sobre o piso com desempenadeira de aço. Após uma semana, passou três camadas de resina acrílica Fuseprotec (Fusecolor). Projeto das arquitetas Claudia e Virgínia Pêcego Meyer.




 Nesta casa de campo, pulou-se a etapa de preparação do cimento: foi escolhido um preparado da Fábrica de Ornatos Nossa Senhora da Penha. Na receita, que leva cerca de 15 ingredientes, optou-se por minérios de quartzo, mais resistentes que o pó de mármore. A instalação foi igual à dos pisos tradicionais: massa colocada sobre o contrapiso com nata adesiva. Os quadrados formados pelas juntas de dilatação plásticas (altura de 4 mm) têm medidas 1,50 x 1,50 m. Depois de pronto, o cimentado secou durante 15 dias antes de receber uma combinação de produtos de alta resistência da marca John Systems, que dão brilho ao piso e prometem durar até 15 anos. Projeto de Rodrigo Amaral e Carina Pederzoli.