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sexta-feira, dezembro 23, 2011

Prefeitura de Manaus inaugura primeira etapa da nova Ponta Negra

A primeira etapa da reforma será entregue nesta sexta.



Manaus - A prefeitura de Manaus anunciou que vai inaugurar nesta sexta-feira (23) a primeira fase da obra de reforma na Ponta Negra, um dos principais pontos turísticos de Manaus. A cerimônia está programada para começar às 19h. Sem reforma há mais de 18 anos, a Ponta Negra foi totalmente reformulada.

A ideia da prefeitura com a reforma é dar ao turista uma visão de frente para o Rio Negro, valorizando uma das paisagens mais bonitas de Manaus.

Um novo calçadão todo em pedras portuguesas, três Mirantes da Praça da Marinha, Anfiteatro, Escadaria, Passarela, Praça na Rotatória com Chafariz e Espelho D’água, com uma fonte que funciona com música e iluminação a LED, estacionamentos e jardins são alguns destaques dessa parte da obra. Além disso, foram realizadas todas as intervenções de infraestrutura, como rede de esgoto, elétrica, hidráulica e projeto de iluminação cênica dos jardins e de todo calçadão, valorizando a nova arquitetura do local. O novo calçadão tem mais de 670 metros lineares feito com pedras portuguesas em três cores: branco, preto e vermelho. Todo o trabalho foi feito manualmente por profissionais especializados, sendo colocado pedra por pedra.

Um aterro hidráulico foi realizado para possibilitar a perenidade de um trecho da praia, que vai proporcionar que os amazonenses tenham praia o ano inteiro. Para que isso fosse possível, estão sendo utilizados quase um milhão de metros cúbicos de areia.

O Anfiteatro possui camarins e estrutura de palco totalmente novos. A novidade desse espaço está por conta de uma marquise em concreto que vai valorizar a acústica do local. Outro benefício é que a população terá a disposição uma rede de internet sem fio gratuitamente em toda extensão do Complexo.

Nesta primeira etapa, os recursos para execução da obra são da ordem de R$ 29.085.368,79. A verba para a reforma é de um convênio com o Ministério do Turismo.

Paisagismo

O paisagismo é um dos pontos mais belos dessa nova Ponta Negra, com cinco jardins formados por dezenas de espécies nobres e raras da flora amazônica. As árvores que já existiam no local foram todas aproveitadas, sendo que algumas passaram pelo processo de transplante realizado com sucesso para outras áreas do complexo.

No Jardim Área Sombria, onde ficou a maior parte das árvores já existentes, foram plantadas espécies como: andirobeira, açaizeiro, bougainville, pau-pretinho e jutairana para compor o bosqueamento.

Outro Jardim é denominado Palmeiras, composto por 38 palmeiras, com arranjos de pacaviras, palmeiras areca bambu, palmeira beriva e mini-alamandas e ainda existe uma ilha de plantas exóticas. O terceiro jardim é o Cana-da-Índia, formado por dezenas de palmeiras triangulares e canas-da-Índia.

No Espelho d’Água, fica o Jardim Chafariz, onde foram utilizadas espécies de: palmeiras fênix e imperiais, dracena vermelha, bromélias imperiais, mini-ixórias, mini-alamandas, cana-da-Índia e bougainvilles. No Jardim Mirante, o projeto utilizou cana-da-Índia, mini-alamandas e palmeiras triangulares.

O Anfiteatro também foi contemplado com o paisagismo. Lá foram utilizadas palmeiras triangulares, palmeira areca bambu, pandanus, bromélias imperiais, palmeiras cyca revoluta, grama esmeralda e amendoim e russélia. E compondo todo o paisagismo foram utilizados 20 mil metros quadrados de grama esmeralda.

Trânsito

A inauguração do novo parque da praia da Ponta Negra terá esquema especial de trânsito, que passará a funcionar a partir das 14 horas desta sexta-feira (23), com a interdição de uma faixa da avenida Cel. Teixeira (estrada da Ponta Negra). A grande festa, organizada pela Prefeitura de Manaus, vai contar com o apoio do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) na coordenação do tráfego, com o objetivo de dar segurança aos pedestres e mais fluidez aos veículos.

A avenida Cel. Teixeira será interditada na faixa do sentido Ponta Negra/Centro, entre a rotatória da Praça do Chafariz até o edifício Aruba. O acesso será feito na pista contrária, em fluxo invertido, até o fim da interdição e, depois, o itinerário segue normal. No sentido centro/bairro o transito será deslocado para a Alameda Alasca até a Alameda Angola, retornando para a Cel. Teixeira.

Trinta e oito agentes de trânsito estarão posicionados em treze pontos de controle, entre os quais a avenida Cel. Teixeira, acesso para a estrada do Turismo e outras vias próximas ao evento. A previsão é que o tráfego volte ao normal a partir de duas da manhã de sábado.

Transporte

Com a inauguração da primeira fase do novo complexo da Ponta Negra nesta sexta-feira (23), a Superintendência de Municipal de Transporte Urbano (SMTU) preparou um esquema especial para atender à população que irá participar do evento.

Além do reforço nas linhas que atendem normalmente a Ponta Negra, o superintendente Marcos Cavalcante irá deslocar 10 fiscais para orientar os ônibus e fiscalizar se as empresas estão cumprindo com a frota do dia útil. “O aumento no número de coletivos acontece de acordo com a demanda. Fazemos assim em todos os grandes eventos e garantimos que todos que queiram, cheguem até a Ponta Negra”, assegura Cavalcante.

sábado, outubro 29, 2011

7 incríveis cidades verdes do futuro

Já imaginou como serão as metrópoles do amanhã? Confira sete fantásticos projetos de arquitetura urbana sustentável que aparecem como solução para driblar os efeitos das mudanças climáticas ou simplesmente para melhorar nossa qualidade de vida



Lilypad: um refúgio à prova de inundações

Eventos climáticos extremos têm deixado milhares de desabrigados em todo o mundo. Na Tailândia, que enfrenta sua pior inundação em meio século, pelo menos 9 milhões já foram afetados. Se as previsõesde elevação dos níveis dos mares se concretizarem, será preciso encontrar um novo lar para os refugiados climáticos.

A solução para nos manter a tona vem do visionário arquiteto belga Vicent Callebaut, que criou a cidade flutuante Lilypad. O complexo é formado por arcas, cada uma com capacidade de abrigar até 50 mil pessoas – quantidade semelhante ao número de habitantes da cidade portuária de Constitución, no Chile, que no ano passado foi invadida por uma onda de 8 metros, obrigando os moradores a se retirar para as montanhas.

Com design inspirado em uma flor, a plataforma flutuante tem de tudo: um lago que recolhe a água da chuva e serve de reservatório natural para a água potável, um ecossistema próprio formado por montanhas, rios e jardins suspensos, além de toda infraestrutura urbana necessária para o povoamento humano. A energia virá de fontes renováveis, solar e eólica e cada cidade será carbono neutra.



Ziggurat, ecopirâmide para 1 milhão de pessoas

Dubai é hoje um dos maiores canteiros de obra do mundo. Seu mais recente projeto é uma cidade auto-sustentável chamada Ziggurat, com capacidade para 1 milhão de habitantes.

O escritório de arquitetura Timelink, um dos pioneiros em design ambiental, revisitou o passado para conceber este centro futurista, que se baseia em antigos templos da Mesopotâmia, em formato piramidal, considerados uma “ponte” entre o céu e a terra.

A cidade projetada pelos arquitetos de Dubai deverá ser carbono neutra, com 2,3 quilômetros quadrados voltados só para geração de energia renovável. As áreas verdes vão se dividir em espaços de lazer e de agricultura irrigada e todo o lixo gerado será reciclado ou transformado em energia.


PTC, centro de eco business em Cingapura

Com uma economia moderna, centrada na indústria, educação e principalmente no planejamento urbano, Cingapura, no Sudeste Asiático, quer concluir até 2020, o seu primeiro centro para eco negócios.

Desenvolvido pela empresa JTC Corporation em parceria com a Universidade de Nanyang, o Parque CleanTech (CTP) vai servir de base para empresas de pesquisa e desenvilmento de tecnologias limpas e soluções urbanas sustentáveis.

Seguindo preceitos da construção ecológica, o projeto faz parte de um plano de desenvolvimento sustentável lançado pelo governo local para os próximos 30 anos. Quando estiver conluído, o CTP poderá abrigar uma população ativa de 20 mil trabalhadores.



Mentougou Eco Valey


A área montanhosa de Miaofeng, localizada a cerca de 30 km a oeste de Pequim, está com os dias contados para se tornar uma espécie de Vale do Silício ecológico. Próxima à metrópole urbana de Beijing, a nova cidade vai combinar institutos de pesquisa científicas com foco em inovação, meio ambiente e desenvolvimento de tecnologias de ecoeficiência urbana.

Além disso, o projeto prevê a criação de vilas sustentáveis, com capacidade para até 50 mil pessoas. Quem assina o design é a empresa finlandesa Eriksson Architects, em colaboração com a consultoria Eero Paloheimo.

Com ambições de ser neutra em carbono, o Mentougou Eco Valey pretende reduzir em um terço a sua pegada ambiental, quando comparada a de uma cidade tradicional e de tamanho similar. Atualmente, o projeto aguarda aprovação das autoridades chinesas para poder captar recursos junto a investidores.



Torres autossuficientes seria solução para Seoul

Buscando conciliar crescimento urbano, sustentabilidade e qualidade de vida, os arquitetos coreanos da Mass Studies projetaram o Seoul Commune 2026.

Trata-se de um conjunto de torres sustentáveis em formato orgânico, que podem ter entre 16 e 53 andares, no bairro de Apgujongdong, uma das regiões mais densamente povoadas do mundo, em Seoul. Além de apartamentos, cada torre abrigaria restaurantes, teatros, um complexo de compras, além de outras opções de lazer.

Autossuficientes em energia, as torres possuem uma cobertura de cristais fotovoltaicos, além de um revestimento verde composto de plantas, que ajuda a controlar a temperatura interna dos edifícios.



Zorlu, um reduto ecológico na Turquia

O tráfego de veículos e pessoas no centro histórico de Istambul, na Turquia, é tão intenso que os gestores da cidade estão tentando multiplicar o número de centros urbanos locais para preservar as áreas mais antigas. Zorlu Ecocity faz parte desse plano.

Como uma cidade dentro de outra, esse centro sustentável e 100% planejado serviria à comunidade como uma cidade comum, um lugar para ser viver e trabalhar – só que sem o caos do trânsito, a aridez da paisagem e a poluição sonora e visual caracteristicamente urbanoides.

Suas 14 torres verdes terão entre 8 e 26 apartamentos cada e abrigarão residências, escritórios, hotéis e até mesmo um centro de repouso para idosos. E nada de estacionamento nas ruas, atrapalhando o trânsito e a travessia de pedestres: a cidade poderá receber até seis mil carros em um porão subterrâneo de sete andares. Farta de espaços verdes, o projeto de Zorlu foi concebido pelo badalado escritório oriental de 'eco-arquitetura' Yeang Llewelyn Davies.


Dalian Aeropolis, uma “cidade equilibrada”

Outra iniciativa que reúne eficiência energética e baixo impacto ambiental é o projeto Dalian Aeropolis, chamada por seus criadores, o escritório NDA, em Shangai, de “cidade equilibrada”. O conceito baiseia-se num modelo sustentável de desenvolvimento econômico, cultural e social em torno de um aeroporto internacional na cidade de Dalian, no norte da China.

Além do complexo aeroportuário, o projeto prevê um bairro central de negócios diretamente conectado a um trem de alta velocidade, um parque tecnológico de pesquisa, áreas de lazer e um santuário marinho, cada parte sendo pensada de maneira integrada. A proposta de remodelação da cidade portuária foi aprovada pelo conelho municipal e deve ser executada entre 2013 e 2016.

quinta-feira, setembro 08, 2011

Isay Weinfeld

Isay Weinfeld privilegia a vista da paisagem de Punta del Este, no Uruguai, em hotel que reúne 20 bangalôs com formas depuradas e materiais rústicos.

Restaurante, spa, bar, piscina e 20 bangalôs distribuídos em 480 hectares: as diferentes edificações unem materiais como concreto, madeira, vidro e pedras para dar forma ao conforto dos visitantes




Como em uma imagem de ovelhas pelo campo, os bangalôs do Hotel Las Piedras estão implantados nos 480 hectares de um terreno em Punta del Este, Uruguai. "São animais que parecem sempre quietos, parados, estáticos.



Uma aqui, outra ali. E achei que os bangalôs tinham que ser como as ovelhas", conta Isay Weinfeld, arquiteto que assina o projeto. "Mas isso é muito subjetivo", adverte logo em seguida - Isay deixa as interpretações para outros tantos olhos, que não os seus. "Não gosto muito de falar dos meus trabalhos. Isso aprendi quando fazia cinema: não interessam as minhas razões, interessa o que você achou, o que passou na sua cabeça. Você pode ver coisas que talvez eu nem tenha pensado. As suas percepções podem não ser as mesmas que as minhas", adverte.

O formato de bagalô em vez de um edifício único, no entanto, tem uma razão: a vontade de construir um espaço aconchegante e intimista. A simplicidade das linhas se combina ao franco diálogo com o ambiente em que estão implantados - e Isay enfrentou as dificuldades impostas pela topografia: um terreno de pedras e muito acidentado. 

Para se manterem alinhados, a base de pedra em todos os bangalôs foi fundamental. "A intenção é que todos tivessem vista. Não queria que ficassem ordenados, para que existisse um movimento entre eles - mais para baixo, mais para cima. A implantação dos outros espaços, como bar, sauna e piscina, aconteceu à medida que se percebeu como os espaços ficariam mais ordenados e mais fáceis de se comunicar."

Os 20 bangalôs (de 80 m² e 120 m2), a preservação de uma casa e de um anexo que existiam no local, e até o urbanismo do Las Piedras procuram tirar o máximo proveito da paisagem. "O terreno tem muitas pedras, um lugar único como nunca tinha visto", afirma o arquiteto. Os apartamentos combinam concreto, detalhes em madeira e a base de pedra local. 


A sinergia com o ambiente também é sentida na decisão do arquiteto de manter um imóvel já existente no terreno. Ampliado, passou a abrigar a recepção do hotel e espaços como a biblioteca e o restaurante do café da manhã. "A casa foi aumentada várias vezes, mas a cara da arquitetura permaneceu. Era simples, pequena, charmosa, e foi totalmente refeita e ampliada, mas que ficou lá." 

A mão de Isay Weinfeld está em cada detalhe. "Uma obra contemporânea e gelada não é comigo.
O conforto é minha meta sempre, mais ainda em um hotel", afirma o arquiteto, que desenhou todo o mobiliário fixo e selecionou o que era solto. "Escolho a flor dos 48 vasos que têm no lobby e os 5 mil livros. Faço da urbanização do projeto até a escolha do lápis. É uma característica que acho rara. Mas, se fosse para fazer a arquitetura dos bangalôs e pronto, eu não faria", afirma. 
Foi em busca de conforto para os hóspedes que um lounge de vidro manteve-se no terreno. Inicialmente construído como estande de vendas, à medida que o hotel ficava pronto, decidiu-se incorporar o espaço ao complexo - um edifício com uma parede cega e três fachadas de vidro - por achar que poderia faltar um local maior para reuniões de famílias. 

Completam o projeto o spa de 800 m2 e o bar de aço corten marrom que atravessa a paisagem ao lado de uma piscina encravada nas pedras, mais uma vez criando sinergia entre o rústico e o contemporâneo. 



THE HUMAN AND THE NATURAL


The bungalow format instead of a single building for the Las Piedras Hotel is for a reason: the desire to build a cozy and intimate space. The simplicity of the lines combines with the open dialogue with the environment in which they are set, in a 480 hectares lot. Architect Isay Weinfeld faced the challenges of the topography: a very uneven rocky lot. For the bungalows to be aligned, the stone base was fundamental. "The intention is for everyone to have a view. I didn't want them to be one behind the other, so that there was some movement between them - more downwards, more upwards. The installation of other spaces, such as the bar, a sauna and swimming-pool, happened because the spaces would be more orderly and easier to communicate with one another", he explains. Synergy with the environment is also felt in the architect's decision to keep an already existing building. Amplified, now shelters the hotel reception and spaces such as the library and the breakfast cafeteria. "The house was expanded many times, but the architectural characteristics remained. It was simple, small, charming, completely rebuilt and expanded, but remained there." The annex was refurbished to become the restaurant's headquarters. Further there is an 800 m2 spa and the brown corten steel bar crossing the landscape near a swimming-pool carved in the rocks, once more creating a synergy between the rustic and the contemporary.