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quarta-feira, janeiro 29, 2014

Octógonos, hexágonos e triângulos definem casa




Quem acredita em destino diz que não somos nós quem escolhemos as coisas mais importantes de nossas vidas. Isso pode explicar a relação entre a Casa Nicol, em Kansas City, no Estado americano de Missouri, e seu atual dono: o varejista de móveis Rod Parks. Conta Parks que ele se encantou pela casa em 1997, quando os donos originais puseram-na à venda. Na ocasião, no entanto, ela foi comprada por outra família. Em 2009, ano em que a morada foi novamente posta no mercado, a história foi outra. “A casa me prendeu como nunca antes”, contou Parks em entrevista ao The New York Times. “Ela me entendeu – e eu a entendi.”

Ao conhecer a Casa Nicol, entende-se logo o motivo da paixão de Parks. Idealizada em 1964 pelo arquiteto Bruce Goff, ela tem um estilo único. Com o exterior em forma octogonal, uma pirâmide no telhado e uma piscina hexagonal, a geometria excêntrica permeia também o interior. Dentro da residência, as salas têm oito lados, telhas hexagonais ornam paredes, e há uma série de triângulos que fazem as vezes de janelas, armários e pias. Além disso, cada sala tem uma claraboia que, além de contribuir para a boa iluminação dos ambientes, acrescenta mais figuras ao festival geométrico.

Para competir com a particularidade das formas que caracterizam a casa, cada cômodo é de uma cor extremamente marcante e diferente. O conceito por trás da divisão cromática dos espaços veio da intenção do arquiteto de desenhar um lar para “uma família de indivíduos”, ou seja, o casal Nicol e seus três filhos. Cada quarto refletiria o gosto de quem o habitava. Mesmo vivendo apenas com seu poodle, Ettore, Parks não tinha dúvidas de que poderia preencher facilmente todos os espaços da casa. Afinal, ele é dono do Retro Inferno, um empório de móveis, também em Kansas City. A preocupação real de Parks era o contrário – a quantidade de móveis embutidos já existentes na casa. Porém, ele logo percebeu a situação vantajosa na qual se encontrava: “Não precisaria mais roubar as melhores peças da loja para mobiliar minha casa. Eu poderia ter coisas boas, mas simplesmente não tantas assim”.



Como escolher, então, o que preencheria os quartos adicionais? O de paredes rosas se tornou reduto de CDs e discos de vinil, enquanto a sala vermelha foi recheada de livros, encarnando uma área de leitura. Para fomentar um hobby, o dono colocou sua bateria no quarto laranja. Os quartos roxo, verde e azul foram os únicos que receberam camas. Seguindo o estilo incomum da arquitetura da Casa Nicol, a decoração também é singular. Além de poltronas e cadeiras de design autoral, assinadas por nomes como George Nelson, Verner Panton, Erwine e Estelle Laverne, há outros elementos originais, em todos os sentidos da palavra, que pontuam a casa de forma distinta.

Um deles é uma fonte de fogo e água, desenhada pelo próprio Bruce Goff e construída com um boiler serrado, um chuveiro ao contrário e um anel de cobre perfurado. Para completar, o arquiteto pendurou um véu de pequenos espelhos sobre a instalação. Acima disso, a família que ocupou a casa antes de Parks alojou um satélite soviético. Os dois se encontram na principal sala de estar, no centro da casa. Seguindo as referências diversificadas do décor, há alguns elementos da cultura pop espalhados pela casa, principalmente na forma de arte.

Ao mesmo tempo que preservou a essência da obra de Bruce Goff, Parks fez poucas – porém, boas – escolhas de mobiliário que perpetuaram o estilo ímpar desta casa.


























Fonte: Casa Vogue

segunda-feira, outubro 28, 2013

Azul esverdeado é cor de 2014


Colour Futures da Coral aponta novas tendências




Lagoa Particular, a cor de 2014 eleita pelo Colour Futures

Chama-se Lagoa Particular a cor de 2014 eleita pelo Colour Futures, estudo internacional de tendências da Tintas Coral. Segundo o exame, que elege uma tonalidade de destaque para cada ano desde 2004, o azul esverdeado dialoga bem com outras cores, como o verde-menta e o esmeralda, e evoca o equilíbrio e o desejo de descobrir.

Anualmente, o Colour Futures aponta um tema principal, em torno do qual cinco tendências de cores são criadas. O mote deste ano é “Descobrindo o Potencial”. “Percebemos um mundo à procura de respostas, o que resultou em uma gama de cores convidativa e excitante que inspirará renovação”, explica Stephanie Kraneveld, Gerente Global de Conhecimento de Cores da Tintas Coral. As matizes para 2014 são dinâmicas, variando de características conforme são combinadas com outras cores. Abaixo, um pouco mais sobre cada uma das tendências!



Revolução Silenciosa

A paleta desta tendência é sutil para fazer referência ao fato de que, com o uso crescente das novas tecnologias, o poder chega gradualmente aos introvertidos. A aposta é no discreto, com combinações delicadas de nuances e tons.


Prova Substancial

Essa tendência se apoia em um consolo para um conflito vivido na atualidade. A busca do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal resulta muitas vezes em estresse e autocobrança excessiva, deixando algumas coisas incertas. Sendo assim, pode ser um conforto confiar na natureza definitiva da matemática e da ciência. A paleta, então, é feita de tons neutros e masculinos.


Étnico Urbano

Nos tempos de mudança que vivemos, há certa nostalgia em torno das nossas origens. Étnico Urbano, diz a Coral, remete aos padrões e às tradições da arte folclórica, com desenhos simples e cores fortes que evocam um sentimento de comunidade. É nessa tendência que Lagoa Particular, a cor de 2014, está inserida.


Jardim Secreto

A tendência enfoca o efêmero e a possibilidade de trazer luz aos cantos mais escuros da cidade. Romântica, com uma boa dose de poesia, a paleta é repleta de tons suaves e brumosos, que criam um efeito feminino e enigmático.


Faça Agora

A necessidade de transformações rápidas é a ideia por trás de Faça Agora. Sua paleta busca criar uma desordem proposital, apostando tanto no contraste quanto na harmonização. Foram escolhidas cores de forte intensidade, como o amarelo-limão efervescente, o violeta e o laranja-ardente.

Fonte: Casa Vogue

terça-feira, setembro 17, 2013

Cores vivíssimas em todos os cômodos


Apartamento com pitadas retrô é a cara dos donos




A visão torna-se o sentido supremo neste apartamento paulistano, que se destaca pelo uso da cor de forma extraordinária. Violetas tingem o hall de entrada e as divisórias entre living e home theater. O cinza cobre a sala de jantar. Verdes dominam a cozinha. O berinjela marca um dos banheiros, com o azul-marinho. Roxo, turquesa e vermelho vibram nas portas laqueadas, cada qual com um desenho em relevo diferente.

Assinada pelo estúdio Superlimão, comandado por Sergio Cabral, Thiago Rodrigues, Lula Gouveia e Antonio Carlos Figueira de Mello, a reforma do imóvel de 225 m² durou cinco meses. Em paralelo, o jovem casal de proprietários pesquisou tonalidades de tintas, tecidos, revestimentos. “Queríamos personalizar uma paleta equilibrada”, explica a dona da casa. A miríade de cores resultou de intuição, preferências particulares, sugestões do escritório e de uma amiga especialista em tendências cromáticas, além de influências fashion.



Matizes à parte, os moradores anotaram propostas para revolucionar o layout do imóvel de três quartos em uma caderneta com capa amarela. O principal apontamento? “Todo lugar será de convívio.” Hoje com duas suítes, o apartamento tem ambientes amplos e abertos o bastante para favorecer a interação do casal e de eventuais convidados.

À esquerda do hall de entrada, a cozinha superequipada é o xodó da casa, e a lavanderia, quase amarelo flúor, com plantas, transforma-se em sua extensão. Até mesmo dali avista-se o conjunto integrado de salas de estar e jantar, escritório e home theater, que pode se reverter em quarto.

O setor social emprega poucas peças do endereço anterior e outras tantas arrematadas recentemente. É esse o caso do sofá reto e cinza do living, assinado por Marcus Ferreira, e da mesa de jantar, criação do mesmo designer. 

O móvel explora a beleza dos tons de madeira e das cadeiras atuais, mas com desenho dos anos 1950. Tecidos da estilista Adriana Barra, craque em combinar estampado e colorido, revestem os assentos. “Seu trabalho foi inspirador”, comenta a proprietária. O espaço conta ainda com prateleiras para livros e objetos e um aparador azul-claro executado sob medida.




As novas aquisições para o living vêm sendo feitas sem pressa, assim como as dos quartos, voltados a um terraço interno envidraçado. Ali, o piso de ladrilhos hidráulicos em preto e branco interage com as paredes pintadas pelo artista João Paulo Cobra, o Nove. “A obra sintetiza nossas cores”, considera o morador. Seu closet, no segundo dormitório, tem porta amarela com escotilha evocando o filme de animação Yellow Submarine (1968), estrelado pelos Beatles, de que o casal é fã.

Brincadeiras como essa lidam com a memória dos dois tanto quanto o imóvel manteve suas próprias lembranças depois da reforma. É que se manteve, por exemplo, a variação dos pisos de madeira, entre os quais um raro, de jacarandá. “Optamos pelo não desperdício”, explica Sergio.

“A participação efetiva dos proprietários, em simbiose com o escritório, foi uma experiência única”, opina o profissional. Diferente do que pode ocorrer com outros clientes, segundo o designer, ambos cuidaram de cada detalhe porque tiveram a consciência de que os moradores seriam eles mesmos, e mais ninguém. Tanto melhor.















* Matéria publicada em Casa Vogue #337

terça-feira, setembro 03, 2013

Projeto em SP brinca com vários tons e volumes




O tamanho da casa de dois andares era bom: 400 m². Mas ela implorava por uma reforma que trouxesse luz e horizonte – afinal, os olhos não querem saber de obstáculos. Depois que o arquiteto Marcio Porto proporcionou à construção compartimentada no bairro paulistano do Alto de Pinheiros sua configuração atual, o casal de moradores, executivos com dois filhos pequenos, começou a tocar, sozinho, a decoração. Nada, porém, parecia resultar harmônico. “Começamos a folhear revistas em busca de um profissional cujo estilo combinasse com o nosso”, conta a proprietária. As muitas páginas viradas apontaram na direção de Francisco Cálio, especialmente pela ousadia com que ele trabalha as cores. A residência havia sido iluminada com a reforma. Agora, tinha de ser colorida.

O designer de interiores logo soube como as peças seriam distribuídas pelos espaços e prestou particular atenção à paleta a ser usada. Amarelo e berinjela já compunham algumas peças dos clientes. Cálio foi acrescentando tonalidades, como o turquesa, e imprimiu em todos os cômodos os mesmos matizes, ou apenas um deles, dando unidade à ambientação.

Além do bom uso de cores, outra “especialidade” de Cálio, por assim dizer, são os quartos; o padrão cama/criado-mudo/banco passa longe da sua concepção de um bom espaço para dormir. Na suíte do casal, ele desenhou a bancada e revestiu a cabeceira preta da cama, que os moradores já possuíam, com uma capa de linho nude, de forma a ressaltar as obras de arte daquele cômodo. Esses cuidados se multiplicam pelos cômodos, que somam formas orgânicas e geométricas – Cálio conta que as ama em igual proporção. Feitas as contas, o resultado é um número perfeito.


















Fonte: Casa Vogue

sábado, julho 13, 2013

Cores complementares


Laranja e azul criam um ambiente alegre



Num apartamento londrino que ocupa a cobertura do edifício onde antes funcionava um estúdio da BBC, fica uma sala que comporta um pequeno estar e a área de trabalho. Ali, as cores fortes são o traço decorativo principal. Elas estão nas paredes e no alegre conjunto de estofados. 

O cômodo é caracterizado por duas cores opostas e, assim, complementares. Enquanto o azul aparece sóbrio, acinzentado, o laranja brilha na lateral da escada. O espaço é amplo, o que torna a mescla possível ao amenizar eventuais agressividades cromáticas. Trata-se de um ambiente muito vivo, perfeito para estimular o artista que lá trabalha – note os pincéis no canto inferior da foto.

 O projeto original, feito pelo arquiteto Jonathan Tuckey, na década de 1990, foi alterado de acordo com as preferências do proprietário atual.

fonte: Casa Vogue

segunda-feira, maio 27, 2013

Branco no preto


Belíssimo projeto!!

O desafio de usar a cor preta como base resultou em um projeto diferenciado de loft, em que o permanente contraste com o branco e as formas geométricas do mobiliário fazem uma releitura da mais pura tradição Op-Art




Para projetar esse loft de 100m², o designer de interiores Francisco Cálio buscou inspiração no movimento Op- Art, sem abrir mão do minimalismo contemporâneo que faz parte de seus projetos.


Em reuniões com o proprietário para levantamento de necessidades e definição do projeto, lançou-se um desafio quanto ao uso da cor preta, cuja escolha ficou por conta do profissional e foi seu ponto de partida. Ela está presente em todas as paredes, contrastando com o piso, de resina branca, e ambas as cores se alternam no mobiliário de formas puras, geométricas, composto também por peças de época e outras de estilo. Complementando os ambientes, um trabalho cuidadoso de marcenaria, com peças projetadas por Cálio.


"As paredes originais do apartamento foram derrubadas para propiciar a abertura de ambos os lados do living", revela Cálio. "No centro foi colocado o home theater, e os demais ambientes gravitam ao seu redor. No mezanino, uma suíte master para o repouso do proprietário, um jovem empresário com vida social muito ativa e que adora receber os amigo". O acesso ao mezanino se dá por uma belíssima escada de freijó linheiro natural, que, projetada pelo designer, parece flutuar no ambiente.


"A circulação generosa e o projeto de iluminação adequado ao uso de preto em todas as paredes permitiu um resultado final charmoso, elegante e cheio de luz" 
Francisco Calio, arquiteto 



DETALHE DA ABERTURA do jantar para o living, o primeiro com com mesa Saarinen preta e cadeiras Bertoia, de estrutura cromada (São Bernardo Móveis). Destaque para a luminária pendente da (Dominici), dos anos 60. Os degraus da escada fazem uma espécie de cobertura para a sala de jantar, dando a impressão de flutuar sobre ela. O piso branco, Resinfloor (Duratex), reflete e multiplica os pontos de luz. 




A ILUMINAÇÃO é regulável e cria efeitos diversos no ambiente, cujo destaque é a poltrona anos 50, na tonalidade berinjela, pequeno ponto de ruptura do preto e branco dominante em todo o loft. Sobre o estofado em chenille preto, almofadas de seda em branco e rosa-antigo, e a mesa de centro exibe laca branca e aço inox. 

SIMETRIA NA COMPOSIÇÃO de poltrona Charles Eames em acrílico transparente e cubo em mármore preto, sobre o branco do piso Resinfloor (Duratex). O tapete (Punto e Filo) na cor fendi contrasta com a leveza do voile na cortina (Viviane Catelan). Ao fundo, tela de Kris Palo. 

A praticidade na limpeza e manutenção foi determinante na escolha dos acabamentos empregados - como o piso em resina branca Resinfloor (Duratex), a pintura preta acrílica (Suvinil), tapetes em nylon e aço inox na estrutura do mobiliário -, uma vez que a moradia é totalmente voltada para o intenso convívio social.


"Também podemos observar nesse projeto uma circulação generosa, obtida pela disposição estratégica do mobiliário, e um projeto de iluminação adequado que, mesmo aplicado em ambientes com preto em todas as paredes, permitiu um resultado final charmoso, elegante e cheio de luz", finaliza o designer.



NO MEZANINO, o guarda-corpo da escada vira uma mesa de escritório. O freijó linheiro natural aquece o contraste de branco e preto do hall, visto de cima. 


Confira quem fez

Projeto de arquitetura: Francisco Cálio
Móveis: São Bernardo Móveis, Dargham Home
Iluminação: Classic
Estofamento e tapetes: Punto e Filo
Piso: Resinfloor (Duratex)
Cortina: Viviane Catelan 

quarta-feira, março 06, 2013

Ambientes multicoloridos






Capitaneado pelo arquiteto Andy Martin, o estúdio londrino AMA é responsável pelo desenho de hotéis e restaurantes em diversos países. Nas imagens que se vê aqui, entretanto, o negócio é outro.

 Trata-se da Casa Chevron, residência de cinco dormitórios localizada num subúrbio da região oeste de Londres. Mostrando que também entende do riscado quando o assunto é projetar casas, Martin concebeu um desenho capaz de aproveitar a arquitetura da construção original, de estilo eduardiano, típico da Inglaterra do início do século 20.


Uma das grandes ideias do arquiteto foi usar as cores – intensas em sua maioria – como divisores de ambientes, em lugar de paredes ou móveis. Ampliado justamente por meio da remoção de paredes e a anexação de novos espaços, o piso térreo, área de convivência da casa, tornou-se um ambiente único, com divisórias estabelecidas por vermelhos, amarelos e diferentes materiais.


A sala de estar e a cozinha têm portas de vidro que dão diretamente para o jardim. Além da absorção de luz natural, a escolha traz outro efeito favorável – o de aumentar a sensação de amplitude e integração dentro da casa. O uso generoso de espelhos apenas multiplica esse fator, contribuindo para um impacto visual ainda mais contundente por parte das cores fortes e vivas.



Sobre elas, aliás, a aplicação ousada, desejo do dono da casa, foi feita quase que exclusivamente nos móveis, com paredes e tetos se mantendo predominantemente brancos. As exceções são alguns dos pisos, que seguem a toada dos tons escandalosos. O resultado da alvura contrastante é um ar mais leve e fresco que, ao mesmo tempo, reforça as cores marcantes ali presentes e impede uma poluição visual que poderia se instalar com a mistura de tons adicionais.


Serve a mesma função o charmoso piso de taco em espinha de peixe. Junto à claridade do espaço, essas escolhas harmonizaram a forte paleta com seu entorno, suavizando a possível agressividade das cores. Outro elemento atenuante são as obras de arte que adornam as paredes: de traços sóbrios em preto e branco, elas dão um respiro ao excesso de cor circundante.


O gosto pelo minimalismo impera nos banheiros, extremamente espaçosos e de cores alegres. Apesar dos tons vivíssimos, a Casa Chevron atinge um equilíbrio estético que tem sua epítome no contraste com a fachada tradicional de tijolos. Com o passado preservado, o presente vem multicolorido.














































































Fonte: Casa Vogue