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sábado, julho 30, 2011

Louis Vuitton

Louis Vuitton lança livro sobre a arquitetura e a decoração de suas lojas


Louis Vuitton: Architecture & Interiors.
 Louis Vuitton: Architecture & Interiors.
 
A Louis Vuitton lançará no dia 4 de outubro o livro Louis Vuitton: Architecture & Interiors, sobre a arquitetura e a decoração de suas lojas ao redor do mundo. São 300 ilustrações e o livro inclui ainda entrevistas e esboços de arquitetos como Peter Marino e Christian de Portzamparc. No mesmo dia, a Gucci lançará um livro em comemoração aos seus 90 anos.

Até os livros da Louis Vuitton são objetos de desejo de qualquer biblioteca fashionista. Agora, a grife que também é conhecida por suas vitrines super elaboradas lança o livro ‘Louis Vuitton: Architecture & Interiors’, onde a marca revela detalhes de seus projetos.
O lançamento acontece dia 1º de outubro e promete imagens inéditas de esboços dos arquitetos e entrevistas com designers de interiores como Peter Marino, Christian de Portzamparc e Jun Aoki. São 304 páginas, com 300 ilustrações por 85 dólares.

quarta-feira, abril 13, 2011

Casa com grife: Cris Barros assina linha de decoração

Estilista cria peças de home wear para a rede Riachuelo


A fórmula das coleções de moda assinadas por estilistas famosos e vendidas a preços mais acessíveis, em grandes lojas de departamento, tem feito sucesso no Brasil. Depois de invadir o universo fashion, a onda chega ao mercado de decoração. Isso porque, junto com as roupas criadas por Cris Barros, a Riachuelo também apostou numa coleção de home wear, de autoria da estilista. Por enquanto, a linha traz roupas de cama e jogos de toalhas com cores e estampas românticas.

Editora Globo
A linha para a casa tem assinatura de Cris Barros
fonte:http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI225500-16802,00-CASA+COM+GRIFE+CRIS+BARROS+ASSINA+LINHA+DE+DECORACAO.html

quarta-feira, abril 28, 2010

Os cruzamentos do design de interiores com a moda

A moda é um sistema que rege os ciclos do vestuário, mobiliário, costumes. É um sistema em que as mudanças passaram a ser aceitas e criadas como uma necessidade contínua de novas expressões.

Pensando nisso, iremos mostrar que moda e design de interiores tem tudo a ver.

“Moda é arquitetura: é apenas uma questão de proporção.” Coco Chanel. 

 



Essas artes servem de influência uma pra outra há muito tempo. Coco Chanel se inspirava nas obras do arquiteto moderno Le Corbusier e da Bauhaus. Muitos estilistas se inspiram nas curvas das obras de Oscar Niemeyer (e ele se inspira nas curvas femininas). A busca de influências na moda se tornou muito comum entre os arquitetos para tornar suas obras e espaços fluídos e dinâmicos. Desejam flexibilidade e movimento, assim como os tecidos.

Alimentam a poética do abrigo estruturas, volumes, cheios e vazios, luz e sombra, transparências, materiais, cortes e recortes. Na moda, essa escala se materializa no corpo, olhando para o fazer arquitetônico como fonte de inspiração. Cristobal Balenciaga é considerado "o arquiteto da moda".

A relação moda/arquitetura sempre existiu. No século passado, diversos movimentos estreitaram ainda mais a parceria entre esses dois mundos. Não é difícil relacionar as linhas de Paul Poiret (estilista francês dos anos 20) com as dos designers Ruhlmann (art déco) ou Leleu (século 18); de Coco Chanel com Le Corbusier e Bauhaus; de Joe Colombo (1930-1971; designer de móveis) com Courrèges (anos 60)", diz o arquiteto Arthur Casas, responsável por projetos fashion como a loja de Alexandre Herchcovitch e o hotel Emiliano (Jardins).

Graças aos avanços tecnológicos, as práticas de moda e arquitetura nunca estiveram tão interligadas: plissar, dobrar e drapear agora fazem parte do vocabulário arquitetônico e do vestuário resultando em sofisticação nas passarelas e nos edifícios nas ruas.

Viram? Moda e design de interiores estão super ligados!!!

São cada vez mais frequentes os casos de criadores que desafiam as fronteiras entre os dois universos
Depois de termos dado a conhecer a aventura da Diesel no mundo do design de mobiliário e iluminação, através da colecção ‘Successful living from Diesel’, ou de termos apresentado a recente linha de casa do estilista português Miguel Vieira, há que sublinhar a corrente de criação artística que existe no sentido inverso.

Ou seja, marcas de mobiliário e design de interiores que se lançam no terreno do design de moda, provando a todos nós que estas duas áreas longe de serem estanques, são cada vez mais permeáveis, influenciando-se mutuamente.

Tomamos como exemplo a nova colecção ‘Kartell à la mode’. Ao fim de 60 anos de criação no design de mobiliário, a marca que tem sido uma das bandeiras do design ‘made in Itália’, e que tem tido na última década como criador artístico, Ferruccio Laviani, lançou em Abril passado uma colecção de calçado produzido em plástico reciclável. É a filosofia do plástico, da cor e de alguma irreverência que marca o ADN da Kartell que vemos transposta para as colecções de sapatos e botas  'Glue Cinderella', 'Lady' e 'Sofia'.

Nesta mesma corrente, recordemos as famosas sandálias 'Melissa' assinadas pelos brasileiros Fernando e Humberto Campana, ou a recente criação de Zaha Hadid para a Lacoste, com a linha 'footware'.

Esta migração que se tem tornado comum entre a moda e o design de interiores é também uma evidencia da pluridisciplinaridade que tão bem caracteriza os tempos modernos, e demonstra que os designers procuram deambular entre os dois mundos encontrando em cada um deles novos desafios à sua criatividade.

A moda e a arquitetura caminham juntas

A moda e a arquitetura caminham juntas


Obra de Frank GehryObra de Frank Gehry
Assim como a casa, a roupa tem uma constituição de habitáculo, de lar onde o corpo se abriga. E essa é uma ideia discutida pelo engenheiro de estruturas Yopanan Rebello. “A roupa pode ser vista, em primeira instância, como o abrigo imediato, mais próximo da pele humana do que qualquer outro elemento que a arquitetura possa conceber. Uma espécie de arquitetura primeira, abrigo que se descola da pele do homem e se projeta ampliando sua ocupação", diz ele  em texto para a "revista AU" (Arquitetura e Urbanismo).
A moda e a arquitetura têm o mesmo papel de expressar o espírito ou as vontades de uma determinada época, só que em matérias e formas diferentes.
Vestido de Glória CoelhoVestido de Glória Coelho
Assim como os projetos de edificação, as estruturas das peças de roupa são calculadas e passam por um trabalho de construção frente a um determinado material que pode resultar em um desenho desejável e possível.

No Brasil, a moda tem se alimentado da arquitetura não apenas nas estruturas e modelagens. Nas passarelas do inverno 2010, apareceram coleções como a da Maria Bonita, que se inspirou no trabalho da modernista Lina Bo Bardi, e da estilista Glória Coelho, que mostrou a continuação da sua coleção de verão inspirada no  futurista norte-americano Frank Gehry.

As silhuetas são muito próximas das obras criadas pelos arquitetos, assim como as linhas, texturas e combinações de cores que remetem ao conceito de cada um. Tanto Glória quanto Danielle Jensen, estilista de Maria Bonita, acertaram nas propostas de material para a realização das peças, apresentando roupas criativas e bem elaboradas. 


Obra de Lina Bo BardiObra de Lina Bo Bardi
O interessante é que a harmonização estética do ambiente com a roupa cria uma linguagem consistente, um estilo dos tempos de hoje. E isso pode ser visto não só no trabalho dos estilistas que se espelharam em arquitetos, como em coleções que têm uma cara contemporânea como a da Osklen, que leva um design minimalista e arquitetônico na sua concepção.   Novidade do passado
No começo do século XX, na Belle Epóque, a arquitetura se deixou influenciar pela Art Noveau. As construções da época eram sempre marcadas por muitas formas orgânicas, linhas curvilíneas e motivos meio naturais. A moda seguiu o mesmo caminho
. “O corpo feminino tornou-se um verdadeiro repositório de linhas curvas, onde a cintura nunca tinha sido tão afunilada como nesse momento”, escreveu o historiador de moda João Braga no seu livro “História da Moda”.

Nos anos 20, as linhas sinuosas da Art Noveau foram substituídas pela geometria da Art Déco, que também ecoou tanto na arquitetura, como na moda, com os vestidos retos, sem marcar o corpo, com as cinturas baixas e motivos geométricos.

terça-feira, abril 20, 2010

Relações entre Moda, Arquitetura e Estrutura.

 “A roupa pode ser vista, em primeira instância, como o abrigo imediato, mais próximo da pele humana do que qualquer outro elemento que arquitetura possa conceber. Uma espécie de arquitetura primeira, abrigo que se descola da pele do homem e se projeta ampliando sua ocupação“.

Por estar lidando com arquitetos que não tinham uma ligação com a moda, as discussões para se chegar ao texto final foram muito boas. Como a matéria era sobre as relações entre Moda, Arquitetura e Estrutura, fomos selecionando projetos e roupas que pudessem estabalecer uma comparação.

Dois estilistas foram exemplares para nós: as roupas de papel de Jum Nakao e Issey Miyake.
A saia de Jum Nakao, um conjunto de tiras de papel vegetal e anel plástico compõem um sistema entre cabos e barras rígidas. Essa saia faz parte da coleção de verão de 2004, ano em que Nakao inspirado nos vestidos do século XIX revoluciona a moda, em um desfile com roupas de papel. Uma metáfora de origem. Delicadas armações, com requinte de bordados e rendas re-desenham as estruturas dos vestidos.
jum2.jpgkenzo1.jpg
A solução estrutural da saia nos remete a um dos impressionantes conjuntos olímpicos de meados do século passado: as coberturas do ginásio e da piscina de Tóquio projetados por Kenzo Tange, em 1968. Um esqueleto que ganha forma a partir da associação de cabos e barras, nesse caso, cabos e barras curvas na forma de arcos.
tange.jpg
A escala e os materiais são outros, a estratégia é a mesma. Aqui a plasticidade de uma curva suave e de um anel de borda, em Nakao, ou segmento de borda em Tange, fazem da saia e da cobertura do ginásio um mesmo conceito estrutural.
Nem sempre a construção da forma ocorre a partir de elementos rígidos, há momentos em que cabos isolados dão forma a malha de cabos. Essa estratégia estrutural é que configura a forma pretendida. Nas roupas são as pences, costuras, pregas e viéses constituem o equivalente aos cabos estabilizante. A volumetria de arestas e mudanças de direção são viabilizadas por cabos ou costuras, elementos que dão a devida tração nos vértices construindo as dobras, como na roupa de Miyake. Cabos de crista e de vale se suscedem configurando a cobertura do estádio de Riyardh
myake.jpg riy-ext.jpg
Dos cabos chegamos as cascas. Uma passagem que se dá através de um enrijecimento que garanta permanência que impede a mudança de forma com o carregamento. Associar um material adequado a uma geometria de dobras nos leva ao universo das cascas.
Cascas em concreto são velhos conhecidos na arquitetura. Nervi muitas vezes se vale dessa geometria. Um exemplo interessante que lembra a seqüência de dobras retilineas, como no Palácio dos Esportes em Roma. Esse mesmo conceito estrutural pode ser visto na gola e na pelerine em papel vegetal de Jum Nakao:

jum.jpgpier-luigi-nervi.jpg
Os plissados na roupa e nas estruturas são dobras que ajudam a obter rigidez necessária, quando se deseja manter elementos esbeltos. Quando a escala de construção faz com que as espessuras originais das cascas se tornem insuficientes para garantir a devida resistência, novas nervuras ou dobras podem ser incorporadas aquela lâmina, garantindo a espessura inicial.
O tecido plissado e tecnológico de Miyake, corresponde a um material que garante através da estrutura do próprio tecido a construção de uma geometria que permaneça estável como cascas e não mais membranas. As minúsculas nervuras transformam a membrana original em um novo sistema estrutural no qual a rigidez prevalece. É como o enrijecimento pelo uso de nervuras em substituição às lâminas maciças da catedral St. Mary´s, na Califórnia, Estados Unidos (1966-71), de Nervi. E que transformam a lâmina original em uma eficiente casca.
isseymiyake.jpgigrja.jpg
Guardando as evidentes especificidades e distinções entre arquitetura e moda, da escala ao procedimento, o que nós buscamos é entender como um trabalho de construção e os desafios frente a um determinado material pode resultar em um desenho desejável e possível, desde que se entenda o que está na base de cada um dos procedimentos.

fonte: blog de Moda de Ricardo  Oliveiros