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domingo, maio 04, 2014

Castelo de tijolos

Linha rústica adotada em casa de campo reduz manutenção e proporciona mais tempo livre para o desfrute da família






O terreno já adquirido em Campos do Jordão foi eleito o local ideal para satisfazer o sonho do casal proprietário: dispor de uma residência capaz de receber os familiares e mantê-los unidos. O estudo para a construção ficou sob responsabilidade da arquiteta Evelin Sayar, que adotou alguns princípios norteadores: respeitar e preservar o espaço de uma árvore cravada em meio ao terreno de 350 m² e propor uma estruturação simples, em torno dela, que não demandasse trabalho com manutenção.

Os dois direcionamentos, por sinal, determinam o que de mais ousado há no projeto. O imóvel é inteiramente revestido com tijolos de demolição nas paredes, e o material está presente também na maior parte do piso. A arquiteta optou por utilizar tijolos recozidos produzidos em uma olaria, garantindo, assim, maior durabilidade frente à circulação de pessoas. A atmosfera rústica, adequada e em perfeita harmonia com o local é, segundo Evelin, "perfeita para livrar os familiares dos cuidados com manutenção diária". Um verdadeiro castelo, onde quem reina é o prazer de estar junto todo o tempo.



"O sonho de construir uma casa de campo se concretizou neste projeto. O material rústico foi o ponto de partida, uma garantia de que o tempo seria empregado para o convívio, e não em preocupação com o trabalho de manutenção"



Outro ponto alto da obra é, sem dúvida, a claraboia projetada em plena área social, garantindo não só a preservação da árvore presente, como também a exploração de um suntuoso pédireito central de 12 metros de altura. A mesma concepção se estende às demais dependências: cada ambiente possui 4 metros de pé-direito, estrutura que, segundo a profissional, "agrega sensação de liberdade".


Um olhar panorâmico permite observar como a estrutura proposta para a área social favorece a incidência de iluminação natural e a integração entre ambientes. A cozinha surge em uma configuração simples, com poucos armários. A bancada central para refeições rápidas foi estruturada com sobras de outra construção. Ao redor da área da claraboia, feita para acolher a árvore já existente no terreno, a arquiteta Evelin Sayar promoveu uma área de estar com sofá-namoradeira alocado sobre um deque de madeira. A estrutura foi projetada sobre as pedras que forram a terra mantida para sobrevivência da espécie vegetal.



Na parte externa, Evelin projetou ambiente de estar como um prolongamento da cozinha, trazendo funcionalidade às áreas da churrasqueira e do forno e, ao mesmo tempo, contato com a natureza do entorno.









Luz abundante 
A luminosidade também mereceu toda a atenção no projeto. O imóvel dispõe de muito acabamento em vidro, o que, além de favorecer a incidência de iluminação natural e boa insolação - necessária em uma região úmida, por sua vasta vegetação -, promove a integração do interior com a belíssima natureza do entorno e suas espécies típicas. Por se situar em uma região de baixas temperaturas, a residência recebeu teto de policarbonato - estrutura que auxilia na retenção de calor no interior dos ambientes. Para os dias mais frios, há possibilidade de acionar um sistema de aquecimento interno, além da charmosa lareira.




Os ambientes estão dispostos em dois pavimentos, inferior e superior. O primeiro acomoda lavabo, área social - integrando sala, sala de jantar, área da claraboia (com a escultural escada e a árvore preservada centralizadas no espaço), cozinha e varanda com área para churrasqueira e forno - e um quarto, prevendo acessibilidade ao imóvel, como explica Evelin: "Nem todas as pessoas se encontram em condições de subir uma escada de quatro metros de altura, o que explica a projeção de, pelo menos, um quarto no andar inferior." No piso superior, quatro quartos, sendo duas suítes, e dois servidos por um banheiro externo distribuem-se em 360°, contornando a edificação. O projeto foi finalizado em três meses.


Após a escada, um corredor principal dá acesso aos quatro cômodos projetados no pavimento superior: duas suítes e dois quartos com banheiro externo. Nesse piso, destaca-se mais uma estratégia arquitetônica utilizada: acima de cada folha superior das portas tipo baia, a arquiteta especificou janelinhas de demolição que, segundo ela, "ajudam a alongar a estrutura e a compor harmoniosamente com o pé-direito alto do imóvel".




O corredor superior que dá acesso aos dormitórios também foi revestido por tijolos de demolição nas paredes e tijolos recozidos no piso. Para os cômodos, a arquiteta especificou portas modelo baia, com abertura em duas folhas, e aplicou nas peças pintura envelhecida; o modelo de porta não conta com fechadura, mas com travas internas que remetem a um estábulo. O guarda-corpo oferece um toque clássico à estrutura do imóvel.



Um banheiro comum atende aos dormitórios que não se configuram como suítes. O espaço conta com ladrilho hidráulico no piso, em composição estilo patchwork, e bancada e cuba em área externa, distribuição interessante para residências em que circulam crianças: "É uma maneira de deixá-las mais próximo de uma supervisão", explica a profissional.



O estilo despojado marca os 350 m² da construção, erguida em torno da árvore que ocupa a área central do terreno. Material de demolição e grandes aberturas para o exterior estão presentes em todos os ambientes.





Confira quem fez
Projeto de arquitetura: Evelin Sayar
Colaboração: Sandra Araujo
Artista Plástica: Maria Helena Sayar

Fonte: http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/ESCC/Edicoes/104/artigo310927-2.asp


quarta-feira, novembro 13, 2013

Designer leva conforto a antiga fábrica em NY




Os canadenses Paul Gross e Martha Burns sempre quiseram viver em Nova York. Mas o sonho, para eles, só virou realidade quando seus filhos saíram de casa. Ambos, a menina e o menino, optaram por realizar suas graduações nos Estados Unidos. Em Nova York, para ser mais exato. Uma feliz coincidência. Assim, recusando a nova liberdade, lá foram os pais atrás dos filhotes. Eles compraram uma propriedade industrial de 223 m² em Orchard Street por 2,2 milhões de dólares. Sem mexer em nada, mudaram-se para o novo lar.

Não é que a construção estivesse impecável, pelo contrário. A nova casa estava repleta de itens deteriorados, mas os novos inquilinos adoravam “viver ao modo nova-iorquino”. Para eles, o velho era história e o feio era belo. O piso de madeira, por exemplo, era todo marcado. Mas tais depressões remetiam ao uso anterior do imóvel, que fora uma fábrica de roupas. As antigas máquinas de costurar, pesadas como eram, afundaram a madeira que jazia sobre os pés do móvel.

Mas o encanto desse desarranjo, logo se esvaiu. Assim, depois de alguns anos vivendo mal acomodados, os canadenses contrataram a designer Suchi Reddy. Eles pediram que ela fizesse o impossível: reformar tudo sem mudar nada. O casal queria manter a estética envelhecida e rudimentar do lugar, mas, ao mesmo tempo, viver com mais comodidade. Assim, Reddy promoveu uma renovação com ar de restauro.



Ela trocou o encanamento, mas o manteve à mostra, próximo ao teto. Além disso, trocou as piores tábuas do piso e toda a fiação do sistema elétrico. Às janelas já grandes, ela acrescentou mais 30 cm. As paredes de tijolos à vista e a cobertura de estanho foram meticulosamente limpas e restauradas. Ainda expôs vigas metálicas antes escondidas. Mais do que manter o visual original, Reddy intensificou a atmosfera vintage do lugar.

Na decoração incorporaram-se itens rústicos, como a mesa de jantar, de 5,5 m, feita de madeira e aço reutilizados. As cadeiras que cercam a peça foram cobertas com tecido turco antigo. Na sala de estar, o tecido do sofá imita os tijolos das paredes. Para preservar a amplidão do loft, a designer em vez de criar um ambiente separado para o dormitório, apenas colocou uma cortina translúcida em volta da cama.

Com todas essas medidas, e 350 mil dólares gastos, a casa nova é melhor do que seu modelo anterior, mas ninguém o diz a olhos nus.







Fonte: Casa Vogue

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Uma casa rústica, porém atual.






A edificação toma partido da disposição do terreno. A varanda em balanço e a escada na entrada ajudam a expandir a área construída, disposta em local estratégico






A escada foi desenvolvida com as sobras do eucalipto usado na estrutura da casa e não pesou no bolso do morador

PROBLEMA

O terreno contava com um desnível acentuado, daí a necessidade de pensar em uma casa que valorizasse essa característica, sem pesar no bolso. A solução para o empecilho foi apostar na estrutura mista, que garantiu uma base mais sólida ao projeto. O que era considerado um entrave logo se transformou em um atrativo: a inclinação possibilita uma bela vista para a famosa Pedra Grande, ponto para saltos de asa-delta.

Esse desnível no lote também deu origem a uma divisão interna funcional – no térreo foram dispostos garagem, depósito, sauna, banheiro e lavanderia; no pavimento superior ficam sala, cozinha e varanda; e, por fim, a suíte está no mezanino. As telhas são de taubilha, enquanto o telhado é de pinus. “Madeira é o elemento predominante no projeto. A estrutura e a escada do chalé foram montadas de forma artesanal, a partir do segundo pavimento”, comenta a arquiteta Cecília.









Como há muita entrada de luz, devido aos grandes vãos de vidro, foi necessário instalar persianas de madeira para controlar a visita do sol. O proprietário gastou R$ 44 mil entre portas, janelas e persianas












Optar por deixar as tubulações de elétrica aparentes é uma boa saída para economizar e evitar quebra-quebra no futuro, caso seja preciso realizar alguma reforma








A varanda integrada à sala de estar com lareira fica no nível da rua devido ao desnível acentuado do terreno









Fonte: http://construirmaispormenos.uol.com.br/ESCM/economia-obra/25/artigo273211-5.asp
Projeto: Silvia Scali Arquitetos Associados & SBS Arquitetura Sustentável (estruturas de madeira e coberturas naturais) e Cecília De-Stefani

terça-feira, abril 17, 2012

14 modelos de tijolos reinventados

Seja para compor paredes, seja apenas para revesti-las, a intenção é deixá-los à mostra.

Nesta seleção de 14 modelos (com preços), há opções escuras, para quem gosta do tipo inglês, e peças com aparência de demolição.



1. Ecológicos, os modelos de solocimento da Tijol-ECO não são queimados, evitando a liberação de CO2. O milheiro do meio-tijolo (15 x 15 x 7,5 cm*), com um furo por onde passam vigas e tubulação, custa R$ 800.

2. O USA Bricks, do tipo inglês, é fabricado no Brasil pela Cia. Das Telhas com pigmento americano. Mede 22 x 5 x 7 cm e vem com um corte longitudinal que permite usá-lo inteiro ao erguer a parede ou dividi-lo ao meio, como revestimento. R$ 2204 o milheiro.

3. Esta versão de solocimento (25 x 12,5 x 6,25 cm), da Construvan, tem as bordas arredondadas. R$ 520 o milheiro.

4. Com 21 furos, o tijolo laminado da Cerâmica Santa Clara pode compor paredes, com vigamento na vertical, ou ser adotado em churrasqueiras para apoiar espetos. Tem 24 x 11,5 x 5,7 cm e vale R$ 630 o milheiro.

5. Com acabamento chanfrado, o tijolo bico curvo, da Cerâmica Forte, é perfeito para fazer colunas ou balcões. Tem 22,5 x 10,5 x 5 cm e o milheiro vai de R$ 760 a R$ 1440.

6. O revestimento da empresa americana Old Carolina Brick é feito a mão e passa por uma queima em alta temperatura que ajuda a fundir o barro e deixar o produto mais resistente. Há 14 tons, como o Low Country. Na Sama Brasil, o milheiro varia de R$ 5130 a R$ 6 mil (cerca de R$ 156 o m²). Mede 21,6 x 10,2 x 7 cm.

7. Esta opção maciça traz os cantos irregulares porque a ideia é torná-la parecida com os tijolos de demolição. Custa R$ 600 o milheiro, na Cerâmica Leme. Medidas: 27,5 x 12 x 6,5 cm.

8. Feita com pigmentos americanos, a versão (23 x 10,5 x 5,5 cm) da R.O Materiais de Construção dispõe das cores tabaco, café, vermelho e preto. Oferece um corte longitudinal no centro da peça. R$ 2600 o milheiro.

9. Com aparência de tijolo de demolição, o exemplar da Olaria 1921 também vem com um corte longitudinal. Mede 27 x 13 x 7 cm. O milheiro sai por R$ 1800, na Padroeira.

10. Esta versão que imita as peças de demolição é da Matone Tijolos. Com 27 x 13 x 7 cm, há diversos matizes, dos vermelhos aos requeimados (mais escuros). R$ 1300 o milheiro.

11. Graças ao aspecto envelhecido, este tijolo (27 x 13 x 7 cm) tem visual de demolição. Da Cia. Das Telhas, custa R$ 1783 o milheiro.

12. O tijolo (22,5 x 10,5 x 5 cm) da Cerâmica Forte também é bipartido, oferece um corte longitudinal. O milheiro varia entre R$ 734 e R$ 864.

13. O modelo gigante maciço da Olaria DS inclui corte longitudinal e mede 34 x 17 x 9 cm. O milheiro sai por R$ 6 mil, na Padroeira.

14. As plaquetas da Olaria Spina possuem diversos tamanhos, entre eles, a peça no tom salmão de 22,5 x 10,5 x 3,5 cm. Na Tijotelhas, por R$ 857,82 o milheiro.

* Comprimento x largura x altura. Preços aproximados pesquisados em São Paulo em setembro de 2010. Não incluem frete.

terça-feira, outubro 04, 2011

Tijolinho

O tijolo é um material versátil, que combina tanto em decorações rústicas quanto nas mais sofisticadas. No teto, as molduras de gesso devem ser, de preferência, lisas e retas, sem muitos detalhes.



Evelyn Müller e Patricia Cardoso
A parede de tijolinhos aquece a sala deste loft, com pé-direito de 7 m de altura
 
 
 Valorizados pela iluminação natural, piso de tacos e parede de tijolos aparentes.