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domingo, julho 31, 2016

Jardim vertical




Os jardins verticais têm conquistado espaço no paisagismo brasileiro. Eles foram criados para amenizar a falta de áreas verdes nos centros urbanos e também para modificar a paisagem de locais com espaços pequenos.

O jardim vertical é um sistema que pode revestir qualquer tipo de parede ou muro interna ou externamente. Os sistemas podem possuir irrigação automatizada por gotejamento ou o cuidado pode ser feito manualmente, dependendo do tamanho.

A fachada externa verde é uma ótima forma de revitalizar edifícios e combater as ilhas de calor urbano. No caso de paredes internas, a parede verde pode purificar e limpar o ar, pois retém compostos orgânicos voláteis (COV), materiais particulados, fumaça de cigarro, além de manter o conforto térmico agradável.

O CicloVivo separou oito sistemas de jardins verticais que já chegaram ao mercado brasileiro. Cada um deles possui características específicas.

1. Blocos Pré-Moldados

O método de bloco pré-moldado foi criado pela empresa Neo Rex. Eles existem em dois modelos: bloco de concreto fundido, com jardineiras contínuas, e o bloco de concreto socado, com jardineiras em zigue-zague. “Ambos os modelos podem ser instalados rente a muros impermeabilizados ou até sem nenhum apoio, pois os blocos têm nichos para passar vigas de sustentação” explica Roberto Hess, diretor da empresa em entrevista à Revista Natureza. Veja como eles funcionam:


2. Técnica Wall Green

O sistema Wall Green é vendido em kits, que deve ser montado por um sistema de encaixe e forma uma estrutura com capacidade para receber 18 plantas. O sistema modular é do tipo faça você mesmo, e você pode compor jardins verticais ou horizontais, da maneira que preferir. A estrutura é de plástico injetado e pode ser fixada em diferentes tipos de superfícies. O vaso e o sistema de regas precisam ser adquiridos separadamente. O kit pode ser comprado pelo site da Thermogreen.


3. Green Wall Ceramic

A técnica da empresa Green Wall Ceramic utiliza blocos cerâmicos que podem ser fixados em paredes em muros utilizando argamassa. É necessário descascar a pintura da parede para que o bloco seja fixado mais facilmente. Após a instalação é necessário impermeabilizar o painel com produtos atóxicos, como os utilizados em reservatórios de água, para não prejudicar as plantas. As jardineiras podem ser pintadas ou receberem outro tipo de acabamento. Para painéis grandes, é necessário instalar um sistema profissional de irrigação por gotejamento.


4. Treliças e Vasos

Para construir este jardim vertical é necessário primeiramente chumbar uma treliça metálica à parede ou muro. Depois disso é só pendurar vasos meia lua à treliça. A treliça metálica precisa ser tratada para resistir às intempéries. Se o jardim for grande e alto, será preciso investir em um sistema de irrigação. Também pode ser utilizada a tela de alambrado, que já vem pronta e tratada, para utilizar este método. O paisagista Alex Hanazakié especialista na técnica.


5. Técnica PET

Este método, desenvolvido pelo arquiteto Marcelo Rosenbaum, reutiliza garrafas plásticas para compor um lindo jardim vertical. A sugestão é ideal para casas que não têm grandes áreas para jardins. Além disso, se torna também uma solução para os resíduos, que deixam de ser descartados e ganham uma utilidade diferente da original. As garrafas ficam suspensas, amarradas em cordas de varais. Clique aqui para ver o passo a passo.


6. Fibra de Coco

Esta técnica é perfeita para espaços pequenos como varandas e apartamentos. Por ser confeccionada por um material natural, parte dela pode ficar aparente, sem prejudicar o visual. Deve-se impermeabilizar a parede que vai receber o painel antes. O painel de fibra de coco pode ser parafusado na estrutura. A empresa Coquimcomercializa as peças para todo o Brasil.


7. Técnica Vasos Meia Lua

Este sistema é ideal para decorar pequenos espaços. “A distribuição dos vasos depende do estilo e do gosto particular” explica a ceramista Vanisa Cury à Revista Natureza. Utilizar vasos do mesmo material é uma boa solução para garantir a harmonia do jardim vertical, porém não existem regras. No site do paisagista Bruno Carettoni também é possivel encontrar muitas ideias.


8. Técnica Quadro Vivo

Os quadros verdes foram desenvolvidos pela paisagista Gica Mesiara. É só escolher um local iluminado na casa e trazer o verde para dentro. O quadro é fixado com parafusos e buchas. A estrutura é vedada para evitar vazamentos e umidade, o sistema de rega pode ser computadorizado ou manual.


Fonte Revista Natureza e  CicloVivo

terça-feira, outubro 02, 2012

Milão ganha ‘o maior jardim vertical’



Milão ganha ‘o maior jardim vertical’
Com 1.263 m², ele ocupa fachada de shopping



Um shopping center da cidade de Rozzano, próxima a Milão, na Itália, acaba de reivindicar um recorde no mínimo inusitado: possuir o maior jardim vertical do planeta. Com mais de 44 mil plantas em sua composição, a cerca viva gigante tem exatos 1.263 m² de área.

Não se trata de um muro em que as espécies foram plantadas – toda a fachada do shoppingIl Fiordaliso foi forrada com a vegetação, transplantada de um viveiro para lá. A obra, desenhada e supervisionada pelo arquiteto Francisco Bollani, levou 90 dias para ser executada.

O revestimento em si parece ser composto por terra, mas a estrutura esconde milhares de vasos – encaixados uns nos outros – que sustentam as plantas. O custo total para que esta engenhoca pudesse ser erguida, porém, é compatível com sua grandiosidade: € 1 milhão.

Além da beleza, o jardim vertical possui, claro, algumas funções: ao reduzir a incidência de luz natural, ele regula a temperatura interna do shopping, diminuindo a necessidade do uso de ar-condicionado. Além disso, o ruído interno e a poluição do ar também diminuem, fazendo do centro de compras um ambiente menos maçante do que de costume.









domingo, setembro 30, 2012

Maconha decora janelas de casa na Espanha



Arquitetos espalham folhas de cânhamo gigantes pela fachada




O nome "oficial" é Casa Menta, mas esta residência em Tarragona, nordeste da Espanha, poderia perfeitamente se chamar Casa Maconha. Ou Casa Cânhamo. Ou tantos outros apelidos popularmente usados para a Cannabis sativa.

O desenho da folha de maconha – droga cujo consumo privado não é considerado crime no país – decora quase todas as janelas da residência desenhada pelos arquitetos dos estúdiosJames&Mau e Infinisk. E não é o único aspecto "verde" da casa.

O projeto traz uma série de soluções sustentáveis que vão além da "planta". Exemplos são o uso de energia solar para aquecer a água utilizada ali dentro, e o emprego da biomassa no sistema de aquecimento central. Construída em apenas três meses, a obra foi feita com material reutilizado e custou apenas € 100 mil.































sábado, março 17, 2012

Jardim gramado

Grama-esmeralda e piso cimentício são os anfitriões do jardim dessa casa carioca de três andares.

No último piso desta casa de três andares no rio de Janeiro fica a área de lazer da família. Ligada à varanda da sala de estar e ao home theater, ela pedia um jardim convidativo, complementar aos ambientes internos. “Privilegiamos uma forração contínua”, explica a paisagista Patrícia Gurken. A grama-esmeralda se intercala entre placas cimentícias de diversos formatos, que criam um belo grafismo. “Tanto o piso atérmico quanto o gramado são gostosos para andar descalço”, revela a profissional. ela também se apropriou da pedra existente no terreno, à esquerda da piscina, para cultivar espécies que parecessem nativas, caso das bromélias. Projeto do escritório Bernardes + Jacobsen Arquitetura.

A área entre o home theater e o hall de circulação da escada, um prisma de 5 m² coberto parcialmente pelo beiral do telhado, também virou jardim – desta vez, sem grama. “As plantas alcançam diferentes níveis e funcionam como um quadro natural, tornando os ambientes mais agradáveis”, diz a paisagista. Como entra pouco sol ali, a maioria das espécies eleitas gosta de meia-sombra. “Pensei em desenhar volumes”, comenta. enquanto as palmeiras exibem uma textura verde mais volumosa, como uma cortina de fundo, as alpínias, com suas hastes compridas e seus cachos coloridos, se destacam de uma forma mais definida. Patrícia forrou todo o piso de terra com seixos de coloração marrom e pontuou com bromélias. “É uma composição escultural”, arremata.

Na margem da piscina, o inhame-roxo (Alocasia esculeta) se adapta à água abundante que desce da pedra quando chove. A espécie chega a 50 cm e gosta de solo úmido.

Três canteiros montados nas pedras existentes com muretas de alvenaria dão a impressão de que as plantas brotam ali naturalmente. No alto, estão as bromélias Pitcairnia flammea e Pitcairnia paniculata. Embaixo, bromélias-imperiais (Alcantarea imperialis) e broméliasporto-seguro (Aechmea blanchetiana). 

Na parte mais baixa, os papiros (Cyperus papyrus) alcançam até 2 m e apreciam sol pleno.



Cercadas por seixos rolados, as bromélias-imperiais apreciam meia-sombra e apresentam folhas que variam de tonalidade. “Tudo depende da incidência de sol. Quanto mais luz direta, mais vermelhas elas ficam”.

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Cultivo de rosas gigantes se multiplica no Brasil

Flores cada vez maiores e mais vistosas ganham os campos do país, no rastro do mercado aberto pelas rechonchudas colombianas



Imagine uma rosa capaz de apresentar sete centímetros do botão à ponta das pétalas e, depois de desabrochar, atingir surpreendentes 15 centímetros de diâmetro. Seriam proporções elementares, caso a origem da flor fosse a Colômbia, mas o que se vê é que o tino para esse tipo de cultivo passou também para o lado de cá da fronteira. Foi com o nascimento do Plano Real, em 1994, que o segmento de rosas de maiores dimensões prosperou no Brasil. Isso porque, como o novo modelo econômico passou a incentivar as importações, as rosas vindas de fora – especialmente os imensos botões colombianos – inundaram o mercado, o que estimulou os produtores do país a buscar variedades que atendessem a esse novo interesse do consumidor. “Hoje, já temos uma condição de plantio que nos permite alcançar um padrão de qualidade semelhante ao dos grandes fornecedores mundiais”, afirma o agrônomo Gustavo Vieira. Ele se dedica há 13 anos aos cultivos do Grupo Reijers, atualmente o maior produtor de rosas do Brasil. Cerca de um terço do que é plantado pela empresa (3,5 milhões de flores, em 45 hectares) corresponde a variedades mais encorpadas, o que equivale a 10 mil rosas diárias no inverno e 20 mil no verão na Fazenda Tropical, em Itapeva, no sul de Minas Gerais, e outras 15 mil unidades na Fazenda São Benedito, no município cearense de mesmo nome, situado na Serra da Ibiapaba.

Há alguns detalhes que fazem a diferença na produção de rosas de grandes dimensões, a exemplo do tipo e da altura da estufa, além das condições de luminosidade, ventilação e irrigação. “Trabalhamos com o sistema de dobras, potencializando a fotossíntese ao dobrar os galhos mais finos e eliminar suas flores, fazendo com que adicionem sua fotossíntese ao galho principal e colaborem para formar o pulmão verde da planta”, diz o agrônomo da Reijers. O acesso à água e nutrientes é um fator de atenção, já que essas rosas elaboram galhos mais compridos e grossos e botões com mais pétalas – enquanto uma variedade normal tem de 40 a 50 pétalas, elas têm de 60 a 80, algumas chegando a até 100 pétalas. Assim, levam de três a quatro semanas a mais para que fiquem prontas e chegam a atingir preços até 50% acima dos de um botão médio. Frente às rosas importadas, as da Reijers alcançam o mesmo patamar de valor. “Às vezes, nosso produto é melhor remunerado, por estar mais fresco”, afirma Vieira.


E por que as rosas colombianas (e mais recentemente as equatorianas) são tão cultuadas? Pois as condições do clima e do terreno explicam boa parte da fama. Os roseirais são mantidos sob temperaturas de 5 ºC à noite e até 27 ºC durante o dia, variação que permite que as flores acumulem mais energia e tenham uma melhor fotossíntese. O solo, de origem vulcânica, é muito fértil. A experiência de mais de 30 anos nesse tipo de produção também pesa. “Uma só empresa pode chegar a ter mais de 120 variedades em produção e as flores podem ir da Colômbia à Holanda, uma distância de 6 mil quilômetros, permanecendo intactas, dada a qualidade e o manejo. Do operário mais simples ao proprietário, a mão de obra é extremamente qualificada”, conta o colombiano Julio Cantillo Simanca, especialista em flores de corte e que há 16 anos atua no Brasil.



Estima-se que existam no país 12 empresas que investem em rosas grandes, concentradas nos campos de São Paulo, Minas Gerais e Ceará. A abertura para o pagamento de royalties, há cerca de quatro anos, foi um impulso decisivo. Antes, as empresas europeias de flores tinham receio de que as cultivares fossem pirateadas. Mas, segundo Simanca, os produtores brasileiros se conscientizaram de que, para ter rosas de ponta, seria preciso pagar royalties. “Com o dólar desvalorizado, a competição com as importadas se acirrou, mas a rosa brasileira já tem condições de se equiparar com as que vêm de fora”, diz.

O leque de cores à disposição do consumidor é democrático: varia do clássico vermelho (que responde por 50% do plantio) ao branco, passando por várias tonalidades de rosa e amarelo.



A Reijers concentra 95% de suas vendas no mercado doméstico, beneficiada pelo salto em termos de consumo nos últimos cinco anos. “A variedade é tão grande hoje e ainda assim as rosas são unanimidade”, afirma Suely Jubram, sócia da loja paulistana Design em Flor. Segundo ela, normalmente os homens é que presenteiam com rosas. “Nos surpreendemos quando um cliente pediu um buquê com 300 rosas das grandes para dar à namorada. Levamos mais de duas horas e meia para montá-lo”, lembra. Para Suely, o consumidor brasileiro está começando a ter critérios para a escolha de flores. “Há uma sensibilidade maior para a qualidade e o design. Hoje, é mais comum que um cliente reclame do que o botão de uma rosa esteja pequeno”, completa.

ROSEIRAIS MOVIMENTAM R$320 MILHÕES De acordo com a Hórtica Consultoria e Treinamento, o mercado consumidor brasileiro de rosas de corte está estimado em US$ 200 milhões anuais (o equivalente a R$ 320 milhões). As duas principais datas de consumo da flor no Brasil são o Dia das Mães, em maio, e o Dia dos Namorados, em junho. No primeiro semestre de 2011, as importações chegaram a representar 15% do mercado de rosas no país, sendo que a Colômbia participou com 8,5% e o Equador com 6,5%. O restante do abastecimento foi garantido com rosas nacionais. Essas compras somaram US$ 2,93 milhões, alta de 11,9% em relação às importações verificadas no mesmo período do ano anterior. No total, as rosas colombianas participaram com 55,65%, enquanto que as provenientes do Equador representaram 44,18%. A Holanda teve, no período, uma participação de apenas 0,17%. Ainda que mantendo a primeira posição no ranking de fornecedores ao Brasil, a Colômbia perdeu espaço para o Equador. “Esse país, adotando uma política muito mais agressiva em termos de preços, elevou sua participação de cerca de US$ 607 mil no primeiro semestre de 2010 para perto de US$ 1,3 milhão nos primeiros seis meses deste ano, com crescimento de 114%”, afirma Hélio Junqueira, diretor da Hórtica.





Fonte: Globo Rural On-line - Mariana Caetano | Fotos Ernesto de Souza

terça-feira, novembro 22, 2011

Jardim Gourmet

Estava pesquisando sobre jardins, e achei este projeto, belíssimo: 


A designer de exteriores e paisagista Claudia Canales cria ambiente despojado para os amantes da culinária de raiz

Pensando naqueles que gostam de cozinhar com calma, em um ambiente despojado, reunindo os amigos e familiares, a designer de exteriores e paisagista Claudia Canalescriou o espaço Jardim Gourmet para a edição deste ano da mostra Morar mais: o chique que cabe no bolso, uma homenagem à premiada chef Geraldine Miraglia. "O ambiente se destina aos apaixonados pela culinária de "raiz", na qual receitas simples tomam um ar sofisticado através de condimentos variados, frescos e ao alcance das mãos", explica Claudia. Seguindo estilo rústico e chique, o ambiente tem como diferencial a integração das especiarias ao espaço, e não apenas perto dele como de costume. "O diferencial é cozinhar no meio da natureza, do verde, poder sentir os aromas das ervas fresquinhas", completa a paisagista.







Para firmar ainda mais a ideia de que se trata de um ambiente despojado, Claudia optou por um fogão à lenha de baixo consumo, da Arpa Lareiras, no lugar de um fogão elétrico. "É a tendência de voltar ao passado, de cozinhar em um fogão à lenha, com calma e paciência", diz. O piso do ambiente, da Impermix, é de cimento com detalhes que remetem à madeira natural. Toda a madeira utilizada no espaço é de reflorestamento, como a mesa rústica da Marcenaria Boulle, ideal para receber os amigos.





As ervas frescas tomam conta do ambiente. Dispostos em canteiros e vasos, os temperos variados dão o tom do Jardim Gourmet. Seguindo a tendência natural, o tampo da pia e uma mesa de apoio pequena foram decorados com mosaicos da Liz Panek, feitos com reaproveitamento de diversos materiais. O espaço é todo composto por materiais simples, que bem colocados adquirem personalidade. "O Jardim Gourmet é um lugar mágico, temperado com ervas e carinho, onde se pode cozinhar e prosear, prosear, prosear...", finaliza Claudia.


terça-feira, setembro 27, 2011

Burle Marx inspira a H.Stern

Pessoal olha que interessante, eu sou super fã do Paisagismo de Burle Marx.

 

Uma grande surpresa para quem ama com a mesma intensidade lindas jóias e um maravilhoso jardim. A marca de jóias brasileira H.Stern lança uma coleção inspirada nos desenhos de um dos maiores paisagistas brasileiros de todos os tempo, Roberto Burle Marx.

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Com brincos, colares, anéis e pulseiras, as coleção é composta por 26 peças exclusivas feitas em ouro amarelo, branco e diversos tons de diamantes. A jóias são divididas em cinco linhas, Caminhos, Grafismo, Luz e Sombra, Pedra do Fogo e Jardim de Pedras, que remetem ao trabalho de Burle Marx.

Fala a verdade é um LUXO!!

E um pouco de Burle MArx para quem não conhece.



fonte: http://www.mulherweb.com.br/burle-marx-inspira-a-h-stern/

domingo, agosto 21, 2011

Jardins de Monet - Eles existem

Os jardins retratados nas obras do pintor Claude Monet são reais e, acredite, ficam no "quintal" da casa dele, em Giverny, França.


Apaixonado pela natureza, o pintor impressionista francês Claude Monet (1840-1926) iniciou o seu próprio jardim logo que se mudou de Paris para Giverny, em 1883. Ele alugou uma casa num grande terreno, de 8.100 m², em que poderia criar suas oito crianças, ficando perto de uma boa escola infantil e de Paris, onde eram negociadas as suas obras.

A pequena Giverny, um vilarejo bucólico, na época com 300 habitantes e a cerca de 70 km da capital francesa, impressionou e muito Monet. A natureza, as flores e a luz brincavam de revelar e esconder as cores e os aromas, fascinando o artista e criando o início de uma relação de cumplicidade, emoção e arte. Arte ao ar livre.
Com o sucesso de suas vendas, em 1890, Monet comprou o terreno e foi lentamente adquirindo algumas terras à volta de sua propriedade, criando um paraíso natural com a ajuda de uma equipe de dez jardineiros e três motoristas. O artista plantou inúmeras espécies de flores, plantas ornamentais e árvores frutíferas. Criou espontaneamente dois jardins – Jardim d'Água e Jardim da Normandia – e deixou que a natureza se encarregasse de ditar a beleza e a estética visual do lugar.

Fernando Grilli

Esta é a famosa ponte japonesa, retratada por Monet em 45 obras. Os barcos eram utilizados como apoio na manutenção e limpeza das águas. O artista sempre utilizou o lago como espelho e jogo de reflexões em suas criações e representações de cores, luzes e sombras.

Fernando Grilli
Claude Monet descansa em seu Jardim d'Água
No final de sua vida, o artista havia plantado mais de 1.800 espécies de flores e plantas, que conviviam em harmonia singular. Raros bambus japoneses, macieiras, azaleias, framboesas, íris, tulipas, rosas, limoeiros, rosas chinesas, miosótis, dálias, girassóis e hortênsias – para citar algumas – em suas cores variadas e cada qual com floração em data específica e planejada, faziam com que o jardim se mantivesse belo e colorido durante todos os dias do ano.

“Quando estava fora de casa, Monet sentia falta de sua companheira (Camille Doncieux), de suas crianças, de seus ateliês, de seus dois jardins e principalmente de suas flores. Ele tomava sempre um banho gelado matinal e um café reforçado na companhia de um de seus filhos, antes de começar o seu dia de trabalho. Em seguida, abria a porta da cozinha e saía para trabalhar em seus jardins, onde tudo respirava e tinha vida e onde o tempo parava”, diz Claire Joyes, esposa do bisneto de Claude Monet e escritora das principais biografias do artista.


Invadindo a casa de Monet com um festival de cores, logo na
entrada, vê-se o canteiro de miosótis. À frente, vasto canteiro
de tulipas nos tons pink e salmão. A trepadeira falsa-vinha
cobre as paredes dianteiras. Essa espécie produz flores
pequeninas na primavera e se torna bordô no outono. As
paredes de cor salmão, idêntica à das tulipas, acompanham a
sinfonia verde do local
Gilbert Vahé, chefe do jardim deMonet desde a sua restauração, em 1977, conta que o pintor “sempre se sentiu um paisagista e gostava de apresentar-se como tal”. Vahé explica melhor: “Ele aproveitava cada momento, cada diferença, cada contraste de luz, cores e florações para retratar perfeitamente os seus jardins em suas obras”.

Fernando GrilliSomente do Jardim d’Água, Monet pintou mais de 272 obras catalogadas, durante 20 anos de trabalho. A sua ponte japonesa foi retratada 45 vezes, com diversas luzes e cenários naturais. Amante das cores do mar e das águas, o artista dizia que cada momento correspondia a uma relação da natureza com a luz, com as sombras e com os reflexos das plantas nas águas. Naqueles jardins nunca houve espaço para monotonia.

"Mesmo sendo os jardins as principais áreas de sua moradia, Monet adorava a cozinha e a sala de jantar, onde recebia seus amigos, mantendo-os sempre por perto", explica Claire Joyes. Clemanceau, Mebeau, Cézane, Rodin, Truffaut e diversos outros nomes das artes e da política eram alguns dos frequentadores assíduos da residência, onde o artista preparava, em sua grande e moderna cozinha azul, pratos da culinária inglesa, que tanto amava. Após as refeições, faziam passeio pelos jardins, que davam aos visitantes a sensação de estarem penetrando dentro das obras de Monet e, mais ainda, dentro da intimidade do artista com a natureza. O pintor muito discutia com seu amigo Georges Truffaut, o famoso paisagista francês, a estrutura dos jardins. Apesar de sempre dizer que não tinha espécies de sua preferência, consideram-se os lírios-d’água, as íris e as herbácias as suas preferidas, por serem as mais vistas em suas obras.

Hoje em dia, o jardim-patrimônio deixado por Monet, preservado como na época do mestre, pode ser contemplado em Giverny, na França. Ele nos faz entender a relação do artista com as suas obras e pensar na emoção de nossa própria relação como verde, impondo-nos a necessidade de uma constante preservação da maior obra de arte doada à humanidade, a natureza.

Fernando Grilli
Acima, as ninfeias, ainda sem flor, espalham-se pelo lago. Ao fundo, a casa do pintor, cercada de um mundo de espécies catalogadas, mais de 1.800. As plantas enchem de cores e aromas o imenso jardim
Fernando Grilli
Fernando Grilli
Um dos caminhos externos junto ao lago, com uma árvore de magnólia-branca no início da floração da primavera europeia

Fernando Grilli
Na página à direita: esta é uma das principais paisagens do Jardim d'Água, do outro lado da estrada de ferro, no qual Monet aproveitava as mudanças de estação para retratar em suas telas os jogos de luz e sombra. Só nesse jardim foram pintadas 272 telas. O chorão tomba com tudo em seu verde-claro sobre o lago e as primeiras azaleias azuis surgem nos canteiros às bordas da água

Abaixo, a raiz do chorão fica à mostra junto ao lago, dando sustentação à planta. No chão, violetas multicoloridas formam um animado tapete
Fernando Grilli
Numa explosão de cores típica de uma pintura impressionista, hortênsias, sálvias, seringats e viburnos alegram o jardim às margens da água

Fernando Grilli
A tulipa-papagaio é uma das variações mais escuras da espécie, com flores em formato exótico que lembra ave tropical. Ela complementa com personalidade forte o leve Jardim da Normandia
As Alliaceaes são herbáceas pertencentes à família de plantas Aspargales, composta de 795 espécies e distribuídas em 20 gêneros. Da mesma família vêm o alho e a cebola
Planta de pleno sol, a tulipa é uma espécie bulbífera que gosta de clima frio. Com suas cores variadas, ajuda a criar o espetáculo primaveril no Jardim de Monet

Fernando Grilli
A íris era uma das flores prediletas de Monet, vista no Jardim da Normandia. Seu florescimento é mais forte sob climas frios, embora se dê na primavera e no verão. Atinge até 60 cm de altura
Fernando Grilli
A Fritillaria imperial, de origem oriental, não tem floração constante e é de difícil manutenção. Atinge até 1 m de altura

Fernando Grilli
Amor-perfeito ou violeta-borboleta, espécie que faz parte do grupo de flores medicinais. Monet a plantava no Jardim da Normandia, em diversas cores. Aprecia o frio e floresce na primavera e no inverno

Fernando Grilli