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quinta-feira, agosto 13, 2015

Materiais dão charme à casa de praia


Lar gaúcho ganha funcionalidade e leveza



"Na praia, o que se quer é diversão e pouco trabalho", resume a arquiteta Cristiana Schmitz. Ainda mais para o casal de proprietários dessa casa de 450 m² em Xangri-lá (RS), pais de duas crianças pequenas. Além de ser prática de usar e exigir pouca manutenção, a morada dos sonhos deveria ter traços contemporâneos.

Para atender a esses desejos, Cristiana fugiu de adornos e investiu em materiais que pudessem ficar à mostra e envelhecessem sem perder a beleza. "A minha ideia é que a arquitetura fale por si", explica a profissional.

Assim, a casa tem algumas paredes de concreto aparente. O material também fica visível na lareira a gás e na escada que parece flutuar, com guarda-corpo de vidro. O piso de porcelanato fosco garante neutralidade – além de ter boa resistência a riscos e manchas. Para trazer rusticidade e aquecer a combinação, Cristiana empregou madeira em ripas, pedras de arenito e cortinas de linho.



Salas de estar, jantar e lareira integradas garantem que a casa possa ser usada em celebrações pequenas ou grandes. Móveis volumosos, feitos com tecido e madeira, reafirmam o ar contemporâneo da arquitetura, assinada pelo escritório Pro A. É o caso dos sofás Movie, da Bó Jeito de Morar, no living; outro exemplo são as chaises do deque, da coleção Carrera, do Studio Saccaro. O uso de peças aconchegantes compensa a falta de tapetes – itens difíceis de limpar e que exigem manutenção frequente.

A sala de jantar ganhou duas mesas da loja Casiere Interiores, colocadas lado a lado, uma delas com base de tronco natural. Quando os convidados vão embora, a família se acomoda no móvel menor. Uma tela da série Acqua, criada para a casa pelo artista cearense Sérgio Helle, traz charme ao espaço. 

A iluminação "lava" as paredes, ressaltando as diferentes texturas do interior. Usar lâmpadas de LED garante mais durabilidade. E pendentes charmosos e fáceis de limpar completam a decoração. É o caso das peças Vela, da loja Vértice, que preenchem com graça o pé-direito duplo da sala de estar.

Nas cinco suítes da casa, o ar brasileiro fica ainda mais claro. Ali a arquiteta misturou pisos de madeira e meia-paredes e teto de concreto. Portas ripadas permitem a ventilação dos armários, feitos sob medida. 







































































domingo, agosto 02, 2015

Elementos Vazados




Cobogó é o nome pelo qual foi batizado o elemento vazado, inicialmente feito em cimento.

Quem não se lembra dos elementos vazados feitos de cimento e cerâmica esmaltada muito presentes em antigas construções? Anos depois eles ganham novos desenhos e vêm muito mais modernos em diferentes materiais. A função continua a mesma: proteger o espaço permitindo a passagem de luz e ventilação naturais.



Seu nome deriva das iniciais dos sobrenomes de três engenheiros, que no século XX trabalhavam no Recife e conjuntamente o idealizaram: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de is.

As iniciais dos sobrenomes dos engenheiros Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis nasceu a palavra "cobogó". Assim registrada por Aurélio Buarque de Holanda em seu compêndio para dar nome a elementos vazados empregados na construção.




Muito badalados nos projetos de arquitetos modernistas, com o passar do tempo, saíram das áreas nobres das casas e ficaram relegados às áreas como garagens e áreas de serviço. São os elementos vazados, também conhecidos como “Cobogós” (Os pernambucanos dizem ser invenção sua e patentearam em 1929). Normalmente são usados para garantir ventilação permanente e evitar a luz direta mas permitindo entrada de luz, “meio filtrada”. 

 Utilidade
Presta-se principalmente para evitar o superaquecimento do ambiente iluminado, permitindo a passagem da luz e da ventilação.

Material
Inicialmente feito com cimento, o cobogó passou depois a ser construído com outros materiais: gesso, vidro, cerâmica etc.

Decifrando: cobogó, basicamente é uma parede de tijolos decorativos, ou os chamados elementos vazados. Ao invés de uma parede indevassável, permitem privacidade, sem destruir a ventilação e a luminosidade naturais. Daí, ser tão comum encontrar cobogós no Pernambuco, seu berço natal, lugar quente... os terraços de lá acabam sendo ambientes muito arejados e claros, mas protegidos dos olhares indiscretos...


Hoje estão na moda outra vez, com o nome original, COBOGÓ.


Quando eu era criança já era sinonimo de kitsch (alias uma palavra que não existia, era boko-moko mesmo), e era muito comum que qualquer casa tivesse pelo menos um muro ou uma parde como abaixo.

Estes elementoss vazados  eram originalmente feitos em concreto ou porcelana e vinham em cores de doer: amarelinho, verde – agua, rosinha, azul geladeira


Nas casas mais antigas eram companhia inseparavel das lajotinhas vermelhas, ou daquele famoso piso vitrificado( 10×20, rajadinho, horrososo, que riscava a toa)

Hoje tambem são feitos em vidro.

Nada a ver com tijolo de vidro ok?

 Veja alguns exemplos:

 

Originalmente de concreto ou cerâmica, hoje em dia também de vidro, o cobogó segue o mesmo princípio dos modernos brises de aço ou antigos elementos de madeira da arquitetura moura: solução para o fechamento de estruturas que, por serem vazados, permitem passagem de luz e ventilação.

Os citados engenheiros, atuantes no Recife e Olinda na primeira metade do século XX, registraram a patente e o nome em 1929. Uma das primeiras obras em que são identificados é o Prédio da Caixa D'Água do Alto da Sé, em Olinda (1934), e a produçao em série dos elementos no Brasil ficou na história como original de Pernambuco.

Marco moderno


Em 1934, os arquitetos Luís Nunes e Fernando Saturnino de Brito projetaram  a Caixa d´Água de Olinda, a primeira construção modernista de Pernambuco e uma das primeiras do país.  “Um castelo d´água”, no dizer de Lauro Cavalcanti, historiador de arquitetura. “De uma quase desconcertante radialidade modernista”,  nas palavras de Cavalcanti. Como a obra ficava num terreno muito alto, decidiu-se pelos cobogós (ou combogós) para permitir a passagem do vento.

Projeto do arquiteto Luís Nunes, a Caixa D'Água do Alto da Sé - apesar de ter sua localização criticada, no meio de um sítio histórico do período colonial -,  é considerada um marco da arquitetura moderna brasileira pelo uso de pilotis e a forma pura da construção, que utiliza uma fachada cega e outra totalmente vazada, com cobogós.

O mesmo recurso, de fachadas vazadas com cobogós, foi posteriormente usado por Oscar Niemeyer em diversos edifícios de Brasília. E ainda é, como na recente Biblioteca Nacional de Brasília (2006).

No Recife, onde é vastamente utilizado em diversos tipos de construção, é conhecido por "combogó", grafia também aceita pela norma culta da língua portuguesa no Brasil.

Foto: Fachada de cobogós da Caixa D'Água do Alto da Sé - Maria Chaves/Prefeitura de Olinda

Em construções de casas de classe média baixa em São Paulo era comum ver, principalmente as feitas por portugueses, que preferiam os feitos de cerâmica lisa.

A variação combogó é de mais fácil pronúncia. Cobogó parece um salto triplo fonético. 


Acho ótimo ver estes brises, tão cheios de brasilidade compondo também  fachadas principais. Não acham?











Galeria de arte da Casa Cor Brasília 2008, projeto Domo Arquitetos. Aqui a proposta é muito parecida com a da foto do Fashion Rio.


Restaurante Camarões Brasília, projeto Raquel Fechina. Diferente o uso do cobogó pintado de preto e usado como se fosse um biombo.


O arquiteto Márcio Kogan criou o Cobogo Haaz,  uma versão mais moderna feita em mármore branco para uma exposição na Turquia.



Vejam só este ambiente, com peças coloridas na área interna

Assim como este quarto de casal, que ganha charme extra com o cobogó e a iluminação.










Texto Rosana
 Ferreira Repórter de imagem Gabriel Valdivieso Fotos Marcelo Magnani
O cobogó é uma invenção modernista e seu nome deriva das iniciais dos sobrenomes de três engenheiros do Recife que o idealizaram: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boechmann e Antônio de Góis. A cadeira Panton insere ainda mais branco na decoração
Texto Rosana Ferreira Repórter de imagem Gabriel 
Valdivieso Fotos Marcelo Magnani
A vedete da cozinha é o cobogó original. A parede foi quebrada, revelando o elemento vazado da fachada.Um painel de vidro pode ser fechado, delimitando a área de serviço. A cozinha, executada pela marcenaria Matéria-Prima, integra-se à sala de jantar. A mesa Tavolo é assinada por Niemeyer e as cadeiras são de antiquário. Luminária da Kartell. Coleção de vasos azuis, da loja Teo.
fontes:  http://casaedesign.wordpress.com/2010/06/28/elementos-vazados/
http://blogdareforma.wordpress.com/2010/01/30/cobogos-ou-elementos-vazados/
http://assimeugosto.wordpress.com/2010/01/11/cobogo/
http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI112409-16937-1,00-MODERNO+PARA+SEMPRE.html
http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/ESCC/Edicoes/58/artigo175343-1.asp