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segunda-feira, outubro 14, 2013

Luminárias especiais dão forma ao conceito de pureza nobre

Destacam-se no andar superior as luminárias especiais, feitas com tela de cobre
Destacam-se no andar superior as luminárias especiais, feitas com tela de cobre
A dupla Maneco Quinderé e Miguel Pinto Guimarães, respectivamente iluminador e arquiteto, compartilhou a ideia de criar uma visualidade tão simples quanto possível em meio à identidade sofisticada do restaurante Oro, inaugurado recentemente no Rio de Janeiro. Eles conceberam um contraponto ao rebuscamento da culinária do chef Felipe Bronze, que costuma trabalhar com inusitadas misturas de ingredientes.
O conceito de pureza nobre inspirou formalmente a escolha de materiais naturais com matriz cromática semelhante - o marrom do ladrilho e da madeira - e, no que diz respeito à luminotécnica, a explicitação das lâmpadas e do cobre como unidades elementares do projeto.

No pavimento térreo há o pendente feito com folha de cobre e lâmpada incandescente de 300 watts, revestida desde a base até a porção do corpo que acondiciona o filamento elétrico. O cobre alude à liga metálica que dá nome ao restaurante e, ao mesmo tempo, define a aparência artesanal da peça criada pelo iluminador carioca.
Materiais naturais e homogeneidade cromática são enfatizados pela simplicidade de recursos da luminotécnica
Materiais naturais e homogeneidade cromática são enfatizados pela simplicidade de recursos da luminotécnica
A luminosidade difusa e rebaixada dos pendentes especiais é complementada pela luz indireta geral, proveniente das paredes e forros
Luminosidade difusa e rebaixada dos pendentes especiais
é complementada pela luz indireta geral, proveniente das
paredes e forros.
Com ela, a ambiência tende intencionalmente à baixa luminosidade, para o que colaboram a dimerização e o artifício de ligar lâmpadas de 220 volts em circuito de 110 volts. Trata-se do efeito luz de velas preconizado pelo projeto e pontuado com certa liberdade sobre as mesas de madeira.

Originário do teatro, Quinderé acredita que os restaurantes e as residências oferecem ao lighting designer maior liberdade técnica e formal, o que de certa forma explica a identidade artesanal, customizada, de seus projetos na área - característica que ele atribui à carência de indústrias de elevada tecnologia no Brasil e que recebeu elogios do veterano iluminador Peter Gasper em entrevista concedida a PROJETO DESIGN (edição 351, maio de 2009).

Portanto, faz parte de seu cotidiano a investigação contínua de materiais como a delicada tela de cobre originalmente utilizada na área médica e empregada nas luminárias circulares do segundo andar do restaurante.

Elas são como as peneiras que se usam na garimpagem do ouro - outra referência simbólica do projeto - e servem de suporte à disposição orgânica de lâmpadas incandescentes, do tipo vela, sobre a densa malha metálica.

As peças especiais que dão identidade ao projeto têm como retaguarda a iluminação geral indireta proveniente de paredes e tetos (sancas invertidas que utilizam fluorescentes tubulares) e a visualidade pop das vitrines da cozinha e do bar.

Na primeira, a aparência colorida da luz decorre da aplicação sobre o vidro transparente da gelatina em tonalidade rosa, acessório habitualmente utilizado na luminotécnica teatral; na segunda, a luz amarela homogênea tem origem no requadramento do balcão envidraçado com fita de led.

A sofisticação com elementos singelos foi o mote dos projetos arquitetônico e luminotécnico
A sofisticação com elementos singelos
foi o mote dos projetos arquitetônico
e luminotécnico
A iluminação colorida do balcão do bar, feita com led, resulta na aparência pop
A iluminação colorida do balcão do bar, feita com led, resulta na aparência pop
As texturas dos interiores foram referência para o aspecto artesanal das luminárias especiais de cobre
As texturas dos interiores foram referência para o aspecto artesanal das luminárias especiais de cobre
A gelatina aplicada sobre a vitrine da cozinha filtra a luz fluorescente e funcional com interessante efeito colorido, que contrasta com a relativa sobriedade dos interiores
A gelatina aplicada sobre a vitrine da cozinha filtra a luz fluorescente e funcional com interessante efeito colorido, que contrasta com a relativa sobriedade dos interiores
No térreo destacam-se os pendentes personalizados, feitos com chapas de cobre que envolvem lâmpadas incandescentes de 300 watts
No térreo destacam-se os pendentes personalizados, feitos com chapas de cobre que envolvem lâmpadas incandescentes de 300 watts

segunda-feira, março 19, 2012

Shopping Parque Dom Pedro, Campinas-SP

O Shopping Parque Dom Pedro tem área construída de 185 mil m2 e abriga quase 400 lojas, 15 salas de cinema, teatro, academia de ginástica, além do hipermercado do grupo português Sonae, dono do complexo.

O projeto inspirou-se nos parques temáticos , e isso se expressa nos desenhos que adornam sua fachadas e, mais sutilmente, nos ambientes internos.
A luminotécnica procurou corresponder a essa abordagem alegórica. O conceito adotado no desenho da luz é de autoria do escritório norte-americano Theo Kondos Associates , com o projeto desenvolvido no Brasil pelos arquitetos Carlos Fortes e Gilberto Franco.


Painéis temáticos de sinalização recebem luz de cinco projetores retangulares para lâmpadas de vapor metálico.
Na fachada dos cinemas, luminárias difusas de vidro azul

Fachada: nos trechos com baixo relevo, iluminação de baixo para cima, com projetores

O shopping tem sua fachada dividida em trechos , com soluções de luminotécnica específicas para cada um. Onde os desenhos vão até o piso, os projetores ficam no chão, a um metro da fachada.

Nas faces dos cinemas, foram usadas luminárias difusas de vidro azul, com lâmpadas fluorescentes compactas sobre a empena.

Essa solução se repete onde não há relevo, mas com os projetores aplicados diretamente na fachada do shopping.

Divididas por temas (águas, árvores, pedras, montanhas e flores), as cinco entradas do conjunto são demarcadas por enormes painéis de sinalização iluminados por cinco projetores retangulares para lâmpadas de vapor metálico.

Eles têm, internamente, projetores retangulares para lâmpadas de vapor metálico, destacando sua volumetria, e linhas de neon aparente.

Nas praças internas (retangulares e redondas)
há iluminação indireta, por sancas de gesso com lâmpadas fluorescentes, na periferia.

As praças retangulares receberam luminárias fixas nas laterais menores e orientáveis nas maiores, luminárias embutidas com refletor de alumínio e vidro de proteção recuado com controle antiofuscamento.


Praças retangulares: pendurais fixados à estrutura
metálica das clarabóias, com lâmpadas fluorescentes compactas coloridas, para efeito decorativo



Mall: pequenos lanternins e quadrados
receberam iluminação específica...


...em torno das clarabóias

Na lateral do forro, antes da clarabóia , foram instalados projetores de facho concentrado.
A iluminação é complementada por pendurais com lâmpadas fluorescentes fixados à estrutura metálica da clarabóia.

Nas praças redondas foram instaladas luminárias embutidas fixas, além de luminárias de efeito decorativo e projetores orientáveis de facho concentrado. Projetores retangulares de facho assimétrico, escondidos sobre o forro, ressaltam a estrutura metálica.

A praça de alimentação , no subsolo, tem iluminação indireta de lâmpadas fluorescentes instaladas em sancas de gesso retangulares, nas áreas de pé-direito simples.

A solução emprega ainda luminárias embutidas, tanto fixas como com refletor de alumínio, vidro de proteção recuado e controle antiofuscamento. Nos grandes pilares metálicos dessa praça, próximo aos capitéis, foram instalados conjuntos de projetores.



A passarela em estrutura metálica e piso
de vidro recebeu iluminação localizada.
Nos pilares metálicos, conjunto de projetores
cilíndricos orientáveis de facho concentrado
e quatro projetores retangulares de facho
assimétrico,para iluminação indireta



Sancas, no mall, abrigam lâmpadas fluorescentes
que iluminam indiretamente. A estrutura metálica
do lanternim é marcada por linhas de neon aparente


Praças das entradas têm iluminação
indireta, com lâmpadas instaladas em
sancas e luminárias embutidas no forro 

Fonte: PROJETODESIGN  Edição 273 Novembro de 2002 

quarta-feira, julho 06, 2011

Luminotécnica de academia de ginástica.

O projeto de luminotécnica procurou valorizar equipamentos de ginástica e texturas dos acabamentos

Iluminação define ambientes
para uso diurno e noturno
A academia Bio Ritmo, instalada no Shopping Higienópolis, em São Paulo, apresenta linguagem luminotécnica incomum em espaços para atividades físicas.

Com dois sistemas independentes , a proposta de Plínio Godoy oferece, durante o dia, iluminação funcional, que se transforma gradativamente para criar uma ambientação noturna mais relaxante e descontraída. A solução atende dois segmentos distintos de freqüentadores.

Ao contratar os projetos da nova unidade da Bio Ritmo, seu proprietário tinha em mente um espaço que se diferenciasse de outras academias por proporcionar uma ambientação mais intimista e aconchegante, com a possibilidade de criar cenários alternativos de luz.

Segundo Plínio Godoy, a proposta luminotécnica desenvolvida com duas linguagens diferentes atende interesses funcionais e estéticos. Ele apresentou uma solução para uso diurno , quando a academia é freqüentada predominantemente por idosos, e outra para a noite , período em que a casa se transforma em ponto de encontro de jovens.

Ocupando três níveis no interior do shopping center , em área anteriormente destinada à garagem subterrânea, a academia não recebe luz solar. Sua iluminação utiliza lâmpadas de luz branca, mas evita a aparência fria e estimulante das temperaturas de cor mais elevadas. Para isso, o sistema geral emprega uma combinação entre fluorescentes direcionadas para baixo e halógenas e de vapor metálico voltadas para cima, todas com 3 mil kelvins.

A temperatura de cor resulta numa iluminação branca morna, de tom mais amarelado, e numa atmosfera menos agitada que a das academias tradicionais.

A chegada de um discotecário para determinar o ritmo musical dá início, após às 17 h, ao processo de transformação do espaço , que ganha clima de estar com a colocação de pufes e sofás nos ambientes e com a transição gradativa da iluminação .

Nas salas de ginástica , o sistema computadorizado desliga automaticamente as fluorescentes de 3 mil kelvins e aciona fluorescentes azuis. Luminárias especialmente desenhadas para esse projeto embutem fontes luminosas nas duas variações de tonalidade. Parte das lâmpadas de vapor metálico e halógenas brancas também é apagada e, em seu lugar, entram em funcionamento outras do mesmo tipo, porém dotadas de filtros azuis ou vermelhos, direcionadas para o teto e as paredes.

A iluminação de destaque ressalta os equipamentos de última geração, como as esteiras equipadas com monitor de TV de plasma. Na sala de spinning (ciclismo praticado em grupo, com bicicleta ergométrica especial), toda pintada de preto,
a luz branca tem função meramente operacional. As aulas são realizadas sob a luz negra, que valoriza os detalhes fosforescentes de bicicletas e uniformes.

A recepção , no piso superior, busca atrair os usuários do shopping. Sua iluminação é sempre a mesma, caracterizada por pendentes e pelo painel com leds azuis que transmitem simultaneamente a imagem de aconchego e tecnologia. Nos vestiários, os boxes de chuveiro masculino e feminino são iluminados em azul e vermelho , respectivamente.

Quando o usuário entra no espaço, um sensor de presença apaga a luz colorida e acende a branca, sinalizando a ocupação do boxe. Nos compartimentos dos sanitários, luz indireta intensa tem a função de evitar a sensação de claustrofobia decorrente do espaço reduzido.
A iluminação foi compatibilizada às instalações originais do shopping, que permanecem aparentes
A recepção aberta deixa entrever a iluminação colorida da área de atividades físicas, ao fundo
Ponto de conexão entre o shopping e a academia, a recepção possui painel com leds azuis e antecipa a luminotécnica diferenciada
A temperatura de cor de 3 mil kelvins realça a textura do tijolo aparente e define a atmosfera mais aconchegante na sala dos halteres
 
A iluminação diurna emprega luz branca de tonalidade morna, para evitar a ambientação impessoal; os professores controlam a iluminação e podem acender luzes azuis para relaxamento
O tratamento luminotécnico da lanchonete também cria ambientes diurnos e noturnos
A partir das 17 h, o sistema computadorizado
apaga parte das luzes brancas e aciona lâmpadas
dotadas de filtros coloridos
Uma das paredes do fundo repete a idéia do painel com leds usada na recepção
 

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Luz que vem do céu

Com a iluminação zenital, grandes áreas e cômodos sem janelas recebem a luminosidade e a ventilação necessárias para tornar os espaços mais funcionais e agradáveis

Iluminação natural, raios de sol e uma brisa refrescante podem ser grandes aliados do projeto luminotécnico. Por isso, muitos profissionais planejam a seguinte composição: misto de lâmpadas e luminárias com a chamada luz zenital. Por meio dela, a luz penetra através de aberturas na cobertura, mantendo uma boa distribuição de claridade, principalmente em espaços com grandes profundidades e dimensões, nos quais janelas não suprem a necessidade de uma boa ventilação e iluminação.

Existem vários elementos que propiciam esse efeito, e o aproveitamento da luz natural dependerá do recurso zenital escolhido. Entre eles estão os Lanternins - aberturas da parte superior do telhado, indicadas para ambientes quentes e com pé-direito alto; a Claraboia - abertura na cobertura que oferece uma ótima estética; a Cúpula (domo) - abóboda que dá a sensação de que a estrutura é maior; e o Átrio - espaço central aberto ou com fechamento translúcido.

Existem vários elementos que propiciam esse efeito, e o aproveitamento da luz natural dependerá do recurso zenital escolhido. Entre eles estão os Lanternins - aberturas da parte superior do telhado, indicadas para ambientes quentes e com pé-direito alto; a Claraboia - abertura na cobertura que oferece uma ótima estética; a Cúpula (domo) - abóboda que dá a sensação de que a estrutura é maior; e o Átrio - espaço central aberto ou com fechamento translúcido.

Ricardo Breda Para proporcionar mais claridade para a casa em que vive com o marido e a filha, a arquiteta Maria Fernanda Rodrigues projetou uma claraboia no pavimento intermediário, onde está localizada a área íntima. O elemento zenital, com estrutura de alumínio e cobertura de policarbonato, foi executado no telhado do sótão, exatamente sobre a caixa da escada. Permite que a luz natural chegue ao hall de distribuição dos quartos e valoriza a estética do espaço.
Maíra Acayaba
Caixilhos de alumínio, vidro e madeira são os elementos predominantes neste projeto, assinado pelos arquitetos Juan Pablo Rosenberg e Marina Acayaba. Para ligar os dois pavimentos, os profissionais optaram por uma escada vazada com degraus de pranchões de peroba de 80 cm de largura, a qual permite que a luz natural chegue ao acesso para o andar inferior. Já a abertura zenital superior, na foto ao lado, oferece luminosidade natural para o banheiro da residência, dispensando a abertura de uma janela na fachada para servir o ambiente.
Nesta residência, a arquiteta Simone Bigoto trabalhou com diferentes alturas e planos, interligando os volumes com a iluminação zenital. A entrada da residência, com pé-direito de 6 m, ganhou muita claridade graças à claraboia sobre a escada e às bandeiras na alvenaria. Eesses recursos foram executados em  alumínio com pintura epóxi branca e vidros temperados de 10 m - materiais que oferecem leveza, segurança e uma bonita estética ao projeto. Pedro Abude


Gui Morelli No projeto desta casa, os arquitetos Tânia Regina Parma e Newton Massafumi Yamato optaram pela estrutura metálica aparente e por muito vidro, que deixa a luz natural entrar à vontade. Os brises que compõem a cobertura ocupam aproximadamente 95% da construção e foram feitos de plástico reciclado e materiais orgânicos. Na área da escada, a iluminação zenital oferece ainda mais leveza e claridade. Nela, a luz também incide no grande vão à frente, que toma todo o pé-direito e se integra à cobertura de aço.
Nesta casa, o arquiteto Guilherme Torres utilizou vários recursos que permitem a incidência de iluminação natural. O spa, instalado dentro da área de lazer, recebeu cobertura retrátil acionada por controle remoto e vidros com películas de proteção contra os raios ultravioleta. No banheiro do quarto de hóspedes, o domo oferece a entrada de uma luz mais sutil durante todo o dia. E esse recurso zenital tem abertura de 15 cm para a troca de ar e uma tela metálica que evita a entrada de insetos. Beto Consorte
Marcelo Scandaroli Com o estudo da posição solar em mãos, o arquiteto Fernando Sá pôde projetar uma residência com muitas aberturas, permitindo que o sol entre e aqueça os espaços nas melhores horas do dia. Além das grandes portas e janelas de vidro, foram criadas bandeiras sobre as estruturas e claraboias em pontos estratégicos. Um bom exemplo da utilização de iluminação zenital está na pérgula de cumaru com cobertura de vidro, bem acima do jardim interno - ponto de interligação entre os dois módulos da casa.

fonte: http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/ESCC/Edicoes/65/artigo206396-2.asp