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terça-feira, março 26, 2013

Hospital Sarah Kubitschek Salvador / João Filgueiras Lima (Lelé)


Nelson Kon


Arquitetos:João Filgueiras Lima (Lelé)
Ano Projeto:1994
Localização:Salvador, BA, Brasil
Fotógrafo:Nelson Kon


Um único elemento dá forma ao projeto: um shed metálico curvo, de grandes e diferentes extensões, e repetidos em dezenas de linhas paralelas. Suas únicas varições, além do formato padrão, são uma gerada por um maior vão da estrutura de aço que o sustenta, repercutindo na maior dimensão do shed; e outra criada pelo fechamento do shed a partir da continuidade da sua curva, quando não há a necessidade de ventilação

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© Rede Sarah

Planta térreo





















Às aberturas dos sheds são acrescentadas a cada certa distância testeiras verticais pintadas de amarelo, que prolongam a coberta curva, e entre elas são dispostas fileiras paralelas de brises horizontais. Desse modo, os ambientes internos ficam resguardados dos raios diretos do sol.


© Nelson Kon

Corte A

O fechamento interno da abertura é feito por dois módulos verticais de esquadrias: o inferior é, em geral, uma veneziana metálica, e o superior, uma basculante de vidro. Porém, em certos ambientes, ambos módulos são basculantes de vidro, permitindo a completa interrupção da ventilação, mas sem privar o 
espaço de iluminação

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© Nelson Kon

Os ambientes internos estão intimamente conectados aos jardins externos que rodeiam o edifício. Ora se abre ao exterior em grandes panos de vidro, ora em corredores externos, ora os jardins adentram e recortam sua volumetria, e ora os leitos se estendem em pequenas varandas.


© Nelson Kon

© Nelson Kon

Além de envolvido pela natureza -de fato, o Hospital está situado numa área de Mata Atlântica nativa-, o edifício é permeado pela arte. Athos Bulcão foi o responsável por criar diversos tipos de painéis multicolores. São utilizados como limites do terreno, feitos de argamassa armada; nos corredores, painéis metálicos em tons de azul e laranja; no refeitório, painéis de madeira pintados de azul, verde e vermelho, perfurados com desenhos geométricos. A extrema qualidade da construção se confunde nessa obra com sua indissolúvel relação com a arte.


© Nelson Kon


© Nelson Kon



Fonte: http://www.archdaily.com.br

domingo, dezembro 12, 2010

Hospital Princess Alexandra, Harlow, Reino Unido

Melhorando a experiência dos pacientes com Ambiscene
Quando os pacientes ficam deitados de forma mais calma durante o procedimento, os exames de visualização têm maior probabilidade de serem bem sucedidos, o que equivale a uma taxa de falhas mais baixa. Este fato foi comprovado no Hospital Princess Alexandra. Suzanne Browne, Chefe de Radiologia: ”Desde que começamos a utilizar o novo conceito com efeitos de iluminação dinâmica, conseguimos aumentar o número de exames bem sucedidos de 25 para cerca de 38 por dia”.


 

O projeto

Contexto
A Philips instalou o seu conceito de iluminação Ambiscene na sala do scanner do Hospital Princess Alexandra. Encomendado ao mesmo tempo que o scanner CT top de linha, o hospital é um dos primeiros no país a oferecer aos pacientes uma experiência de radiografia inovadora! Empenhado na missão de proporcionar os melhores cuidados de saúde a uma comunidade local de 258.000 residentes, o consórcio do hospital queria saber de que forma esta inovação tecnológica poderia beneficiar os seus pacientes.

Vantagens
O sistema de iluminação Ambiscene permite a criação de espaços dinâmicos através da iluminação e combina as experiências da Philips Medical e da Philips Lighting. A iluminação pode mudar de forma quase infindável – na cor, intensidade ou tom. O seu sistema de controle simples permite aos médicos e radiologistas alterar de forma muito simples a paleta de cores para adaptação às necessidades da situação ou ao pedido do paciente. Embora a iluminação com LED em sanca tenha sido colocada à volta do teto na sala de exame, a iluminação pode ser controlada através de um painel de toque localizado na sala de observação contínua. Dessa forma, é possível criar luz de cor variável para relaxar os pacientes durante os exames. Também pode ajudar a comunicar com o paciente, utilizando uma cor específica para enviar um sinal (por ex., para que o paciente segure a respiração). Todas as cores têm propriedades específicas que podem evocar emoções. Crê-se que o vermelho e o laranja sugerem uma sensação quente e acolhedora, ao passo que o verde sugere tranquilidade, natureza e relaxamento. No Princess Alexandra, o amarelo revelou-se uma das cores mais populares. Os funcionários consideram que lhes confere maior clareza visual ao examinar veias, ao passo que os paciente o associam naturalmente ao calor, a dias ensolarados e a tempos felizes.

A solução

Suzanne Browne, Chefe de Radiologia, explica: “A experiência mostra que os procedimentos médicos
como TACs ou Ressonâncias Magnéticas podem deixar os pacientes muito ansiosos, especialmente
as crianças. Os efeitos de iluminação colorida na sala ajudam a criar uma atmosfera de maior conforto
para os pacientes. Verificamos que isso ajuda a reduzir os níveis de ansiedade. Também suaviza este
ambiente habitualmente estéril, tornando-o também num local de trabalho muito mais agradável para os radiologistas!
iColor Cove
iColor Cove 

segunda-feira, junho 28, 2010

Iluminação hospitalar

 A luz em ambientes hospitalares como um componente de saúde e conforto humano


A elaboração de um projeto de iluminação para ambientes hospitalares é um processo complexo que deve buscar, invariavelmente, satisfazer à diversidade de critérios técnicos e às compatibilidades físico-funcionais. A solução projetual deve atender prioritariamente às demandas da atividade ali desempenhada, compatibilizando a possibilidade de realização da função assistencial com outros requisitos pertinentes à arquitetura e ao conforto humano.

A modificação do cenário que abriga os prédios com a função de prestação de serviços de saúde - hospitalar com internação, hospital-dia, unidades de atenção ambulatorial ou unidades de apoio ao diagnóstico e terapia - é um conceito relativamente novo, porém que se renova ininterruptamente. As recomendações de grande significância relacionadas à harmonia arquitetônica, decorrentes das grandes inovações tecnológicas biomédicas, tiveram o seu marco histórico estabelecido a partir do princípio do século XIX, consolidando-se definitivamente com o advento da invenção da energia elétrica, na segunda metade deste século, como elemento indissociado da atividade humana.




 Após esse processo evolutivo, e simultaneamente ao surgimento da necessidade de que os ambientes sejam projetados especificamente, que os consultórios atendam às características das diversas especialidades médicas, que cada clínica exija a sua adequação, que as unidades de terapia intensiva e as demais áreas críticas do ambiente hospitalar exerçam a atenção primaz do cuidado específico na sua implantação e compatibilização tecnológica, surge também a necessidade de se promover conforto ao ambiente de trabalho.

A sensação de conforto ambiental não é uma percepção facilmente mensurável. Resultado da harmonia de vários condicionantes - hidrotérmicos, acústicos, visuais, de qualidade do ar, entre outros-ela pode propiciar a integração do homem a seu meio, otimizando seu desempenho, segundo a avaliação do ergonomista e pesquisador Peter Boyce, do Lighting Research Center, um centro de pesquisa e educação, conhecido mundialmente, voltado para iluminação: de tecnologias à aplicação e uso de energia, e de design à saúde e visão.a

 O desenho do espaço, os elementos funcionais e estéticos, a utilização adequada da iluminação natural e artificial, o uso das cores e, naturalmente, os aspectos vinculados ao conforto ambiental, assumem um papel fundamental na aproximação entre a atividade realizada no ambiente e o resultado desta. Esta abordagem ganha relevância quando se observa a sua importância no acolhimento proposto pelos programas de humanização dos ambientes de saúde. Seja esse serviço de caráter público ou privado.

Os parâmetros técnicos utilizados no Brasil para a elaboração de projetos de iluminação em ambientes hospitalares ainda estào referidos às recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT através da NBR 5413 - Iluminância de Interiores, que determina no item 5.3.28 - Hospitais, "A Iluminância mínima em lux por tipos de atividades ( valores médios em serviço )". No entanto, os novos conceitos de materiais, equipamentos e lâmpadas recomendam pesquisas mais aprofundadas e específicas para cada atividade de atenção à saúde e suas respectivas demandas lumínicas.

Orientações para um projeto de Iluminação Hospitalar
  

  • a visão que um paciente tem em um leito é do teto, por isso, a iluminação deve ser indireta;
  • cada paciente associa sua patologia às cores, portanto, dependendo da patologia, escolhe-se a cor mais adequada para o relaxamento do paciente;
  • durante uma cirurgia, o campo visual cirúrgico é vermelho e geralmente se encontra sob altíssima luminância e iluminância que varia entre 10 e 20 mil lux. Por isso, o piso do local tende a ser verde, garantindo descanso visual, e ambientes no entorno da sala de cirurgia devem ter 50% de luminância do campo cirúrgico e redução gradativa, para a adaptação do olho de quem ali trabalha;
  • baixa iluminância, próximo ao nível do piso,é ideal para deslocamentos dos pacientes pelos ambientes hospitalares;
  • luminárias nas cabeceiras dos leitos, que permitam diferentes iluminâncias, auxiliam o paciente e o trabalho de enfermagem;
  • o IRC indicado para ambientes hospitalares é de 80 até 90, para não interferir no exame clínico;
  • a temperatura de cor mais usada em hospitais está entre 4000K e 4500K. Por volta de 5000K causa sensação emocional de frio e desconforto. Aproximadamente 3000K dá a sensação de calor;
  • o uso de fluorescentes tubulares com pó trifósforo(16/18W e 32/36W ) e compactas (26W) é ideal para iluminação geral;
  • o uso de luz natural reduz o tempo de internação do paciente, pois auxilia a noção de temporalidade do paciente, ajudando na sua recuperação;
  • a iluminação artificial é indicada em áreas com grande profundidade;
  • a variação de luz anima os usuários de ambientes hospitalares. Exemplos disso é a produção de algumas áreas mais claras que outras, e iluminação de destaque para alguns objetos;



      Fonte: Lume Arquitetura por Fábio Bitencourt http://angelaabdalla.blogspot.com