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domingo, novembro 18, 2012

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL



Impermeabilizar é o ato de isolar e proteger os materiais de uma edificação da passagem indesejável de líquidos e vapores, mantendo assim as condições de habitabilidade da construção. É uma técnica que consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de proteger as diversas áreas de um imóvel contra ação de águas que podem ser de chuva, de lavagem, de banhos ou de outras origens. 

A falta ou uso inadequado da impermeabilização compromete a durabilidade da edificação, causando prejuízos financeiros e danos à saúde. Água infiltrada nas superfícies e estruturas afeta o concreto, sua ferragem, as alvenarias. O ambiente fica insalubre (umidade, fungos e mofo), diminuindo a vida útil da edificação, sem falar no desgaste físico e emocional do proprietário ou usuário que sofre com a má qualidade de vida causada pelos problemas existentes no imóvel. 

Como em qualquer atividade humana que envolve canalização de recursos financeiros, temos que analisar a chamada “relação custo/benefício”. Em impermeabilização não é diferente. Se analisarmos o custo de uma boa impermeabilização, veremos que ele varia de 1% a 3% em média do custo total da obra. Se os serviços forem executados apenas depois de serem constatados problemas com infiltrações na edificação já pronta, o custo com a impermeabilização ultrapassa em muito este percentual. Refazer o processo de impermeabilização pode gerar um acréscimo de 10% a 15% em média do valor final.

Devido aos altos índices de manifestações patológicas que vêm ocorrendo nas edificações, busca-se cada vez mais, a garantia e o controle da qualidade em todo o processo construtivo.

Desta forma, a qualidade final do produto depende da qualidade do processo, da interação entre as fases do processo produtivo e da intensa retro-alimentação de informações, que proporcionam a melhoria contínua. O projetista deve dispor dos projetos de arquitetura e demais projetos complementares que tenham interface com a Impermeabilização.

È importante termos um projeto em total conformidade com os aspectos Normativos (ABNT) e de qualidade, a exemplo dos projetos de instalações hidráulica e elétrica, um projeto de construção civil deve contemplar, também, um Projeto de Impermeabilização. 



Os tipos de Impermeabilização podem ser divididos em:
_ pré-fabricados (manta asfáltica) possuem espessuras definidas e controladas pelo processo industrial.
_ moldado no local que pode ser aplicado à quente (asfaltos em bloco), ou aplicados a frio (emulsões e soluções).
_rígido (argamassas poliméricas) conferem à superfície impermeabilização e proteção mecânica. Interferências no Projeto 



Em uma obra comercial, industrial ou residencial, a impermeabilização também deve ter um projeto específico, um projeto que detalhe os produtos e a forma de execução das técnicas de aplicação dos sistemas ideais de impermeabilização para cada caso.
A escolha do sistema indicado depende de cada tipo de estrutura sobre a qual se queira impermeabilizar. Sendo assim, a definição leva em consideração se a estrutura está sujeita ou não a movimentação. Por exemplo: as lajes de grande superfície expostas à luz solar e intenso resfriamento no período noturno apresentam grande movimentação, face aos movimentos de dilatação (dia) e retração (noite). Tais estruturas exigem, para efeito de impermeabilização, produtos com características Flexíveis.
Impermeabilizar não é só aplicar produtos químicos, visa obter 100% de estanqueidade.

sábado, dezembro 10, 2011

Ousadia no centro carioca


Grandes dimensões e prazo reduzido levaram a construtora a adotar estrutura em aço no Centro Empresarial Senado, no Rio de Janeiro



Localizado em uma das regiões mais tradicionais da capital carioca, o Centro Empresarial Senado (CES) será, a partir de 2012, referência para escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro.


A construção da WTorre possui quatro blocos divididos em dois edifícios que, ao todo, somam 185 mil m² e pouco mais de 95 mil m² de área locável, além das mais de 1.700 vagas de estacionamento, divididas em cinco subsolos. O conjunto foi projetado e construído para uso da Petrobras, que deverá ocupá-lo por um período mínimo de 18 anos.


Com projeto do escritório Edo Rocha Espaços Corporativos e implantado em meio a construções remanescentes e tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como casarões coloniais, uma igreja barroca e um edifício público construído no século passado, um dos maiores desafios da WTorre foi investir em sistemas construtivos capazes de imprimir velocidade à execução da obra e ao mesmo tempo minimizar a geração de entulho, ou quaisquer tipos de resíduos, reduzindo o impacto no entorno.


Segundo o arquiteto Sérgio Ficher, um dos responsáveis pelo projeto, a adoção da estrutura em aço, entre outras vantagens, reduziu significativamente o volume de concreto utilizado na obra. “O emprego de estrutura de concreto seria inviável, devido ao volume de insumo necessário a uma obra com estas dimensões, sem contar o curto prazo para a execução, de 26 a 28 meses”, diz.


A solução estrutural emprega pilares mistos de aço e concreto. O engenheiro Jader Daniel Oliveira de Araújo, gerente geral da obra, afirma que, para garantir a estabilização, foram utilizados pilares retangulares com núcleos em aço e concreto de 1,20 m x 0,60 m. Na parte interna das torres também adotaram-se pilares em aço retangulares de 1,50m x 0,75m e circulares com 1,10 m de diâmetro, além de pilares em “T” de até 3,50 m de comprimento. A estabilização efetiva das torres se dá por meio dos núcleos centrais rígidos, em concreto, das caixas de escada e elevadores, que, ao contrário do modo mais usual, foram executados após o início da montagem da estrutura em aço.





Soluções industrializadas facilitaram a execução do complexo de escritórios. Projeto e montagem encontram-se alinhados: nas torres, a velocidade atingida foi de seis pavimentos a cada três semanas

Montagem

Além do projeto, a execução também teve de ser muito bem planejada. Segundo José Carlos Neuenschwander, gerente de montagem da Codeme Engenharia, a montagem das torres aconteceu em tempos diferentes, onde cada uma foi iniciada na medida em que a escavação evoluía e as fundações eram liberadas. “O canteiro de obras era muito restrito, em via de trânsito intenso. Com isso, a viabilidade da obra, do ponto de vista da logística de movimentação, foi garantida pelo uso das estruturas em aço”, afirma.


As estruturas foram produzidas em duas fábricas, uma em Betim (MG) e a outra em Taubaté (SP). Na sequência, foram transportadas até um canteiro de apoio em Nova Iguaçu, e de lá partiram para a obra, conforme a programação do dia e horário que seriam içadas nas torres.


Um passo para a revitalização

A localização do Centro Empresarial Senado abrigou, no início do século XIX, uma vila de operários, região que mais tarde concentrou adeptos da boemia carioca até culminar em sua decadência. Foi esta degradação e demolição que abriu espaço para a expansão imobiliária desta parte do Centro do Rio de Janeiro.


O arquiteto Sérgio Ficher lembra que a obra do CES tem gerado outras modificações no entorno, como a revitalização do antigo edifício da Polícia Federal, que está sendo transformado em museu, da fachada da igreja barroca de Santo Antônio dos Pobres, bem como a reforma da galeria de águas pluviais. Outra iniciativa será a criação do piscinão na Rua dos Inválidos, para evitar enchentes naquele local. Os investimentos fazem parte de um acordo entre o incorporador e a Prefeitura do Rio.


O complexo está em processo de certificação pelo Leadership in Energy and Environmental Design® (LEED), concedido pelo USGBG. Para tanto, foi concebido de acordo com os mais modernos padrões tecnológicos e sustentáveis, como programas de eficiência energética, ar-condicionado insuflado no piso e sistema de reaproveitamento de água, entre outros. (N.F.)




Passarelas interligam os prédios, que abrigarão as salas de escritórios


Fonte : CBCA Revista Arquitetura & Aço

segunda-feira, outubro 10, 2011

O Cristo Redentor

Trabalhando em condições precárias, e a 710 metros de altura, operários levaram cinco anos para construir um monumento que tinha como pilar o concreto armado, conceito que era novidade naqueles tempos .


coleção aguinaldo silvaAndaimes, ferro, vergalhões: o Cristo foi erguido como se fosse um prédio, e só depois entrariam em cena os detalhes artísticos

Construir uma estátua com a representação da imagem de Jesus Cristo em um pico de platô pequeno, a 710 metros de altura do chão, sem estrada de rodagem alguma nem água por perto, era um desafio dos mais difíceis na década de 20. Além disso, sua forma criava outras dificuldades: muita gente achava que os braços, abertos e esticados, despencariam com os primeiros ventos — lá em cima eles batem com mais força que no solo urbano e não raro ultrapassam 100 quilômetros por hora.

O concurso para escolher o melhor projeto para o Cristo Redentor havia sido vencido, em 1921, por Heitor da Silva Costa, arquiteto e engenheiro carioca, morador do bairro do Flamengo. Ele passaria os anos seguintes arredondando os desenhos, mandando construir maquetes, fazendo e refazendo cálculos matemáticos e chefiando missões brasileiras a Paris, cidade à qual foram encomendados serviços artísticos do escultor franco-polonês Paul Landowski, autor da cabeça e das mãos da estátua. Somente em 1926, sob a batuta do encarregado das obras, Heitor Levy, a construção seria iniciada.





Esse monumento de 38 metros de altura, fincado no topo do Corcovado, justifica sua presença no rol dos grandes feitos da engenharia. "As duras condições de trabalho e os recursos parcos tornaram mais criativas as soluções técnicas adotadas", explica o engenheiro baiano Maurício Brayner, autor de um recente estudo sobre o tema, na Fundação Getulio Vargas. Ele destaca como foi acertada a escolha do concreto armado. O material era uma novidade no estilo art déco e baixou o preço final do empreendimento, que fora inicialmente idealizado em metal, como a Estátua da Liberdade, em Nova York. "Heitor da Silva Costa desistiu por considerar feio o efeito do cobre a longa distância e por temer que em uma guerra o monumento acabasse sendo destruído, com a finalidade de virar peças de artilharia", acrescenta.

arquivo o cruzeiro/em/d.a. pressMaquete de Landowski

Silva Costa foi meticuloso. A altura e a posição da estátua, por exemplo, foram definidas com base em observações particulares, ele próprio olhando para o Corcovado de vários locais, incluindo as cidades (na época longínquas) de São Gonçalo e Niterói. O ângulo de visão da Praia de Botafogo foi escolhido como ponto frontal porque dali o monumento aparecia com cerca de 10% da altura do maciço que lhe serve de pedestal natural, o que o engenheiro considerava adequado, numa boa proporção. Além disso, o Redentor seria visualizado de frente pelos visitantes que chegassem, por mar, à Baía de Guanabara.

Na obra, a dificuldade começaria já desde o papel. As plantas necessárias para alinhar o perfil externo do acabamento aos moldes internos do concreto foram feitas por uma equipe de dez desenhistas, "numa extensão de 16 quilômetros, se as respectivas folhas fossem alinhadas uma depois da outra", como descreveu o próprio Silva Costa à Revista do Clube de Engenharia. Também não era nada fácil o acesso de materiais e de operários ao canteiro. Cimento, areia, brita, vergalhões e milhares de pequeninos triângulos de esteatita (pedra-sabão) eram transportados de trem até perto daquela faixa de terra mais ou menos plana, de 15 metros de diâmetro, no mirante até então chamado de Chapéu do Sol, cume do Morro do Corcovado. Não havia líquido por perto, nem para beber, nem para fazer cimento. Bombeava-se a água de uma fonte num riacho distante 300 metros dali.


Desenhos com cálculos matemáticos

Para fazer uma base quadrada de 9 metros de lado, foi preciso que na rocha virgem — um gnaisse duro de roer — fosse aberto com dinamite um poço de 4 metros de profundidade. Os vergalhões foram chumbados a mão, e todo o concreto era preparado no local, erguido até as formas previstas nos desenhos por toscas gruas e aplicado manualmente pela equipe do mestre executor Levy — que se mudou de mala e cuia para o Corcovado e lá viveu por cinco anos, chegando a se converter ao catolicismo (era judeu). A obra foi realizada em lajes sucessivas e superpostas, doze ao todo, a cada 10 metros, com quatro pilares centrais, processo comum em prédios de hoje, mas uma novidade arriscada nos anos 20. Os pisos são menores perto do topo e os dois últimos pilares estão levemente inclinados para a frente, cerca de 5 graus, sustentando a cabeça de 3,75 metros de altura e 20 toneladas. Ela foi feita de concreto a partir de um molde de gesso que havia sido enviado, recortado em cinquenta partes, por Paul Landowski e remontado peça por peça num sítio, em São Gonçalo, de propriedade do engenheiro Levy.
  
coleção aguinaldo silvaCenário das obras no topo da montanha

As únicas vigas de aço da obra sustentam as mãos e estão presas no concreto da estrutura dos braços de 29,6 metros de comprimento, a qual não é perfeitamente simétrica — pelo projeto, o esquerdo é 60 centímetros menor, e sua estrutura interna, além de diferente, é mais angulada em direção à mão que no lado oposto. Mas esses são detalhes imperceptíveis a olhos nus e leigos. Na construção, usaram-se inicialmente andaimes de madeira, mas uma ventania afetou a estrutura, trocada então por trilhos de bonde. O Cristo foi realmente feito para suportar qualquer intempérie. A resistência do conjunto inteiro ao empuxo, no caso de ventos em turbilhão, é quase quatro vezes maior do que a que poderia ser normalmente adotada em construções do gênero, edifícios, no caso — especialistas em obras e engenharia costumam afirmar que o Cristo Redentor, por sua estrutura e pelo modo como foi erguido, nada mais é do que um prédio de dez andares.
  
Cabeça do Cristo no sítio de Levy

O acabamento com triângulos de pedra-sabão pré-cozida foi escolhido pelas propriedades da esteatita, que não racha, não se dilata e é impermeável. Resistente a ácidos, tem talco em sua composição, o que reduz o efeito do atrito com o vento. Um detalhe: foram equipes de mulheres católicas, e não operários, as responsáveis por colar em folhas, uma a uma, milhares de peças de pedra-sabão, que em seguida seriam aplicadas diretamente no cimento da estátua.

Ao fim e ao cabo, a cidade estava orgulhosa do feito. E seu principal realizador, Silva Costa, ficou todo bobo. "Fomos mais rápidos e mais eficientes que os construtores da Estátua da Liberdade", costumava comparar, em conversas com os amigos. Argumentava que o Brasil tinha parcos recursos tecnológicos, menos dinheiro que os americanos (todo ele fruto de doações) e que, mesmo assim, o Cristo foi erguido em cinco anos, menos da metade do tempo que levou a obra nova-iorquina. Tinha também notória satisfação por poder exibir um dado em particular: foram dezenas de arquitetos, outros tantos engenheiros, centenas de colaboradores, mais de 1 000 operários, e nenhum acidente grave registrado. Como por milagre, e as fotos mostram gente se equilibrando a 40 metros do solo, sem capacete, colete ou cinto, ninguém morreu na obra do Cristo.


acervo bel noronhaNa foto ao lado, repara-se que ainda não havia escadas que levassem à base do monumento

O acabamento com triângulos de pedra-sabão pré-cozida foi escolhido pelas propriedades da esteatita, que não racha, não se dilata e é impermeável. Resistente a ácidos, tem talco em sua composição, o que reduz o efeito do atrito com o vento. Um detalhe: foram equipes de mulheres católicas, e não operários, as responsáveis por colar em folhas, uma a uma, milhares de peças de pedra-sabão, que em seguida seriam aplicadas diretamente no cimento da estátua.

AUGUSTO MALTA/fmisO clima de festa no dia da inauguração


Ao fim e ao cabo, a cidade estava orgulhosa do feito. E seu principal realizador, Silva Costa, ficou todo bobo. "Fomos mais rápidos e mais eficientes que os construtores da Estátua da Liberdade", costumava comparar, em conversas com os amigos. Argumentava que o Brasil tinha parcos recursos tecnológicos, menos dinheiro que os americanos (todo ele fruto de doações) e que, mesmo assim, o Cristo foi erguido em cinco anos, menos da metade do tempo que levou a obra nova-iorquina. Tinha também notória satisfação por poder exibir um dado em particular: foram dezenas de arquitetos, outros tantos engenheiros, centenas de colaboradores, mais de 1 000 operários, e nenhum acidente grave registrado. Como por milagre, e as fotos mostram gente se equilibrando a 40 metros do solo, sem capacete, colete ou cinto, ninguém morreu na obra do Cristo.

segunda-feira, novembro 22, 2010

Pele de vidro

A técnica de "Pele de Vidro" é usada pelos arquitetos e engenheiros em grandes áreas ininterruptas, criando fachadas atraentes e consistentes. 


Com muito vidro sendo usado na obra, o ganho solar pode ser alto, a menos que todos os índices sejam controlados, o que é perfeitamente possível com a seleção correta dos vidros, pois é possível restringir a luz e o ganho solar acrescentando cor ou trabalhando com os índices de reflexão.


Seja no hemisfério norte, seja nas terras quentes do sul, o vidro só será um aliado da arquitetura sustentável se o projeto calcular o efeito do clima sobre o material.

Integrar ambientes, filtrar a luz natural e dar leveza à construção são qualidades conhecidas do vidro. Não por acaso, desde que surgiu (na Antiguidade), o material ganhou superfícies cada vez maiores na arquitetura. Hoje, na onda da construção sustentável, ele é usado no hemisfério norte como peça-chave em projetos de greenbuilding e no Brasil desponta como um produto cada vez mais comum nas planilhas dos profissionais preocupados com o meio ambiente. Segundo eles, já existem alguns tipos de vidro que garantem maior luminosidade e menor penetração de calor, reduzindo iluminação artificial e uso de aparelhos de ar condicionado, respectivamente. "Ele é hoje um dos principais elementos construtivos para a sustentabilidade, especialmente nos prédios de escritórios, pois combate o maior vilão de um edifício: o consumo de energia", afirma Roberto Aflalo, arquiteto responsável pelo edifício Rochaverá, da Tishman Speyer, que está sendo erguido em São Paulo para receber o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), selo americano de greenbuilding.

Berlim, Alemanha (2005)
(foto acima: Reinhard Gorner) A bolha que abriga esta biblioteca da Universidade Livre de Berlim é toda fechada com painéis opacos e translúcidos intercalados, numa alternância que promove a luminosidade natural mais confortável possível no interior do edifício. Algumas unidades abrem e ventilam a área interna durante 60% do ano. O controle de temperatura é feito por um sistema de serpentinas, responsável por uma economia de 35% no consumo de energia. Projeto do escritório inglês Foster + Partners. 

Dübendorf, Suíça (2006)
Inovação, eficiência energética, iluminação natural e uso da energia solar: cada um desses quatro itens já rendeu um prêmio ao novo centro de pesquisas aquáticas do instituto suíço Eawag. O projeto, assinado pelo escritório suíço Bob Gysin + Partner BGP, deu origem a um livro da Holcim Foundation, fundação que incentiva a construção sustentável, e é considerado um exemplo nessa área. Isso porque o edifício, construído apenas com materiais recicláveis, emprega energia solar e reúso de água, e quase não emite gás carbônico por ser praticamente auto-suficiente em energia (o sistema aproveita o calor dos computadores, das pessoas, das luzes internas, do sol e da terra). Nesse sentido, os brises de vidro que envolvem toda a fachada desempenham um papel fundamental. Controlados eletronicamente, orientam-se de acordo com a estação do ano: no inverno, permitem a entrada dos raios solares para aquecer o interior, no verão, inclinam-se para refleti-los.
Stuttgart, Alemanha (2002)
Na casa do arquiteto alemão Werner Sobek, a fachada envidraçada influencia o conforto térmico e o baixo consumo de energia. Os painéis de vidro triplo (33 mm de espessura) contribuem para a baixa transmissão de calor: há gás argônio entre as três lâminas e uma película plástica entre a lâmina central e a externa (o isolamento corresponde ao de uma camada de lã de rocha de 10 cm). Com isso, a temperatura interna fica estável, sem superaquecimento no verão nem resfriamento no inverno. O produto foi desenvolvido pelo fabricante alemão Glas Fischer. 'No frio, aquecemos as mãos nos painéis enquanto cristais de gelo se formam na face externa', descreve Ursula, mulher do arquiteto.


 São Paulo (2003)
Brises de 3 x 1 m, presos a uma estrutura metálica tubular, protegem a fachada de concreto do Centro de Cultura Judaica. Para facilitar a manutenção, o arquiteto Roberto Loeb optou por painéis fixos. O ângulo em relação à fachada foi determinado para amenizar a insolação máxima à qual o prédio está sujeito. 'Com isso, conseguimos atenuar a temperatura interna em até 3 oC', calcula o arquiteto Luis Capote, que participou do projeto. Isso não é suficiente para dispensar o ar-condicionado, mas contribui para que o equipamento não precise estar regulado na potência máxima. Os brises são compostos de duas lâminas de 10 e 8 mm, separadas por uma película fumê que filtra a luz natural.



Para tirar proveito do vidro, é preciso adequá-lo a cada projeto. No hemisfério norte, os arquitetos contam com simulações computadorizadas (ainda não disponíveis no Brasil) que consideram a quantidade, o tipo e o melhor posicionamento do material, de forma a otimizar o desempenho do material, reduzindo assim gastos com iluminação e com o uso de aparelhos de ar condicionado. "Mal utilizado, o vidro aumenta o consumo de energia e transmite dez vezes mais calor que uma parede de alvenaria", pondera o arquiteto italiano Carlo Magnoli, alertando para um problema típico dos países tropicais. Especialista em eficiência energética, o professor Roberto Lamberts, da Universidade Federal de Santa Catarina, concorda: "O efeito estufa que a carga térmica proveniente do vidro provoca no ambiente interno funciona muito bem no clima frio, mas no Brasil é problemático".

Nada que os recursos arquitetônicos de um bom projeto não resolvam. Sejam brises, coberturas longas, varandas fartas. "É preciso estudar caso a caso e saber dosar a proporção entre áreas opacas e transparentes", avisa Rosana Caram, professora da Escola de Engenharia de São Carlos. Para repensar o uso indiscriminado do vidro em fachadas, o Ministério de Minas e Energia elaborou um projeto que, atualmente, está em processo de consulta pública. Depois de uma avaliação do condicionamento do ar, da iluminação e da fachada, feita pelo Inmetro, prédios comerciais, públicos e de serviços poderão receber uma etiqueta que indica seu nível de eficiência energética. "No quesito fachada, calculamos a área envidraçada, o tipo de vidro e a proteção solar prevista", conta Roberto Lamberts, um dos autores da proposta.


São Paulo (2007)
Ainda em construção numa das principais vias de acesso de São Paulo, a Marginal Pinheiros, o Rochaverá, edifício empresarial da Tishman Speyer, reúne tecnologias ambientais que, juntas, devem gerar uma economia mensal de até 35% no consumo de energia elétrica. Em relação à fachada, as quatro torres do projeto de Roberto Aflalo contaram com uma consultoria especializada que partiu da recomendação da entidade certificadora – o Conselho de Greenbuilding dos Estados Unidos – para definir a área a ser coberta com vidros. 'O LEED recomenda que um edifício tenha até 50% de superfícies transparentes', conta Roberto. A sugestão, diz ele, ajuda a distribuir as vantagens do vidro de aumentar iluminação natural sem, com isso, intensificar o uso de aparelhos de ar condicionado. Feitos os cálculos, a medida ideal para o projeto ficou com um terço de cortina de vidro laminado de alto desempenho e o restante de granito, como se vê na ilustração ao lado.



fonte: http://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edicoes/0244/portas/mt_247215.shtml

terça-feira, agosto 17, 2010



O tão acalentado sonho da casa própria, enfim tornou-se realidade.  Seja um imóvel novo ou usado, antes de qualquer coisa é preciso dar a ele a sua cara. E isso, às vezes, não se refere apenas à decoração. Envolve também uma reforma para adaptá-lo melhor as suas necessidades. E é aí que as coisas podem complicar, pois apesar de ser um direito seu promover e executar obras no imóvel é preciso, antes, o consentimento da prefeitura.

   O Código de Obras e Edificações – COE da cidade de São Paulo “disciplina os procedimentos administrativos e executivos e as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras, edificações e equipamentos, dentro dos limites dos imóveis em que se situam…” destacando o direito do proprietário de promover e executar obras. Contudo é preciso dar conhecimento e ter o consentimento prévio da PMSP, respeitando os direitos dos seus vizinhos e da legislação municipal.

   Agora você deve estar pensando que estamos falando de obras e construções de vulto e que, no seu caso, se for uma reforma pequena, nada disso será necessário. Engano seu. Reformas também precisam do consentimento e aprovação da prefeitura. Ou seja, você precisará de um Alvará de aprovação e de um Alvará de execução.

   Para entender melhor estas exigências é preciso conhecer o conceito de obra e de pequena reforma, de acordo com o COE.

OBRA: É a realização de trabalho em imóvel, desde seu início até sua conclusão, cujo resultado implique na alteração de seu estado físico anterior.

REFORMA: obra que implicar em uma ou mais das seguintes modificações, com ou sem alteração de uso: área edificada, estrutura, compartimentação vertical, volumetria.

PEQUENA REFORMA: reforma com ou sem mudança de uso na qual não haja supressão ou acréscimo de área, ou alterações que infrinjam a legislação edilícia e de parcelamento, uso e ocupação do solo.

   Ou seja, na prática, significa que mesmo uma simples troca de piso, de janelas ou uma instalação hidráulica precisa ser comunicada a prefeitura. E isso não é tudo. Há também restrições ao uso de materiais como no caso do Amianto, elemento presente em algumas telhas, uma vez que é um componente cancerígeno e que pode permanecer por dias no ambiente.

   E, claro, se a reforma pretender aumentar a área do imóvel à atenção deve ser redobrada com relação à legislação, pois é preciso respeitar os limites de área construída de acordo com o plano diretor da cidade sob pena de multas ou embargo podendo chegar, inclusive, a demolição da obra.

   O que parecia algo simples e restrito a você e aos domínios internos da sua residência, na verdade envolve muito mais do que você imaginava. Mas isso não significa que você não possa seguir com seu projeto de deixar sua casa do jeitinho que você quer. Basta respeitar as regras e seguir adiante com a reforma sem dores de cabeça.

   Para dar entrada ao pedido de reforma na prefeitura você precisará reunir a seguinte documentação:

- Cópia da planta aprovada
-  Auto de conclusão
-  Cópia do IPTU
-  Cópia do registro do imóvel
-  Cópia do RG do(s) proprietário (s)
-  Duas vias da planta em que a reforma é solicitada
-  Planta nova e cópia da carteira do CREA- Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, do responsável pela obra. Ao final será preciso retornar a prefeitura com a planta definitiva para solicitar o Habite-se que é o documento que certifica a regularidade da obra.

   Realizar seu sonho pode dar um pouquinho de trabalho, mas não precisa ser um processo traumático e penoso. Para isso procure fazer tudo de forma regularizada e contratando sempre um profissional especializado.  Lembrando também que é preciso respeitar o entorno, ou seja, o direito dos imóveis circundantes, pois caso haja qualquer alteração ocasionada pela obra que você promove a responsabilidade por eventuais consertos é sua.  E se sua reforma foi concluída antes que você soubesse de tudo isso não se desespere. Procure sua prefeitura. Informe-se e regularize a situação. Como diz o velho e bom ditado popular, “antes tarde do que nunca”.

quinta-feira, maio 20, 2010

Nova norma deve ser um marco na construção,

A NBR 15.575 - Norma de Desempenho para Edificações Habitacionais de até Cinco Pavimentos, em vigor desde o dia 12 de maio, difere-se substancialmente das normas existentes, pois não trata de sistemas construtivos ou materiais constituintes do edifício. Sua atuação é sobre o desempenho do edifício habitacional, ou seja, seu comportamento global.

A Norma estabelece requisitos e critérios de desempenho considerando as exigências do usuário. Essas exigências, antes subjetivas, viraram requisitos técnicos, com parâmetros determinados. Por isso, muitos conceitos presentes não são considerados em normas prescritivas, como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação, o conforto tátil e antropodinâmico dos usuários.

O prazo para adequação de projetos à Norma é de seis meses. Portanto, a partir de 12 de novembro, todos os projetos protocolados nas prefeituras devem estar de acordo com a Norma de Desempenho. Vale lembrar que a NBR 15.575 não se aplica a obras de reforma ou retrofit.
Marcelo Scandaroli
Os pisos internos devem atender a muitos conceitos antes subjetivos, como conforto tátil
Elaboração e natureza da Norma

Idealizada a partir de um pedido da Caixa Econômica Federal, a Norma inicialmente foi concebida para atuar sobre edifícios residenciais de até cinco pavimentos, para guiar uma análise qualitativa dos edifícios de interesse social. "Havia uma necessidade de atender a essas famílias, e a Norma veio cobrir essa lacuna", explica Inês Battagin, secretária do comitê de estudos da Norma.

Porém, os conceitos colocados na Norma tornaram-na bem mais abrangente. No final, a Norma de Desempenho pode ser aplicada a qualquer edifício residencial, exceto nos requisitos influenciados pela altura. E isso vai impactar, de alguma forma, todas as novas construções de edifícios.


Divulgação: Incepa
Os sistemas hidrossanitários também comportam quase todos os requisitos, desde estanqueidade e isolamento acústico até adequação ambiental
O conceito de normalizar o desempenho segue uma vertente internacional, iniciada na década de 1980. Em 1992 foi criada uma norma britânica (BS 7543), que versa sobre a durabilidade para edifícios e elementos componentes, com conceitos de desempenho. Essa norma britânica, segundo Battagin, guiou os critérios de durabilidade e vida útil da NBR 15.575.

Inês Battagin resume da seguinte maneira: "Existem três atores importantes. Quem faz o projeto, que deve pensar em todos os conceitos; quem executa, que deve agir na direção do desempenho; e o usuário, que deve usar da maneira correta. Estamos aliando esses três atores".

Marcelo Scandaroli
Paredes, pilares etc. podem ser produzidos com distintos concretos e mesmo outros materiais
A Norma de Desempenho brasileira, porém, é mais avançada que muitas outras internacionais. Ainda, segundo Battagin, internacionalmente evoluiu-se muito em questões de desempenho acústico, térmico e um pouco de lumínico, "mas queríamos uma visão mais plena, mais inteira". Carlos Alberto Borges, coordenador da comissão de estudos, destaca o item da vida útil de projeto: "No Brasil, é a primeira norma que coloca a obrigação da vida útil em projeto". Para Borges, de certa forma, isso obriga o setor a não pensar apenas em custo inicial de construção, mas em custos de operação e manutenção.

Construtores também concordam que a Norma de Desempenho trará benefícios à indústria da construção em geral.
Cláudio Mitidieri, gerente do Laboratório de Sistemas Construtivos do IPT (Instituto de Pesquisas Técnológicas do Estado de São Paulo), também colaborador da Norma, acredita que as construtoras aprimorarão seus sistemas de gestão internos de qualidade e seus relacionamentos com fornecedores. "Será necessário uma interação maior, e o impacto da Norma é positivo"
 Daqui para frente
 
Mesmo sendo um grande primeiro passo, a Norma de Desempenho deve sofrer muitos questionamentos. Construtoras e os integrantes da comissão de estudos concordam que agora é que as dúvidas devem começar a surgir.  "A Norma é complexa, por isso é necessário uma organização setorial para um estudo dirigido e um entendimento da Norma de Desempenho", aponta ele. Se alguns setores sentirem algum exagero nas exigências, se houver justificativa técnica e consenso, a Norma poderá ser revista. 


 Estrutura da NormaA Norma divide-se em seis partes: Requisitos gerais; Requisitos para os sistemas estruturais; Requisitos para os sistemas de pisos internos; Sistemas de vedação verticais externas e internas; Requisitos para sistemas de coberturas; e Sistemas hidrossanitários. Não são contemplados os sistemas elétricos, que fazem parte de um conjunto de normas com base na NBR 5.410.

Marcelo Scandaroli
A Norma estabelece as lâminas d'água e o tempo de ensaio dentro do qual não deve haver infiltração
Nos requisitos gerais são definidas as exigências dos usuários que se transformaram em requisitos. São eles: segurança (estrutural, contra o fogo, no uso e na operação), habitabilidade (estanqueidade; conforto térmico; conforto acústico; conforto lumínico; saúde, higiene e qualidade do ar; funcionalidade e acessibilidade; conforto tátil e antropodinâmico) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade, impacto ambiental). Cada requisito tem seus critérios mínimos definidos  ou, se for o caso, são indicadas as normas a serem consideradas.





















Níveis de desempenho
A norma define três níveis de desempenho: Mínimo (M), Intermediá­rio (I) e Superior (S). Todos os sistemas devem ter um desempenho que atinja  pelo menos o nível M. Os prazos de garantia mínimos, por exemplo, devem ser aumentados em 25% ou 50% para se atingir os níveis I e S, respectivamente.

No impacto de corpo mole em pisos, um impacto de 480 J atende ao nível M se não ocasionar ruínas, sendo admitidas falhas localizadas (como fissuras, destacamento e outras). Porém, só serão alcançados os níveis I e S se não houver nem ruína nem falhas. Em outro exemplo, no desempenho de vedações, os ensaios de campo para níveis de ruído determinam nível M para índice de redução sonora na faixa de 30 a 34 dB. O nível I é alcançado com desempenho melhor, com redução de 35 a 39 dB, e, o S, acima de 39 dB.

Essa classificação deve ser um diferencial para a comercialização do imóvel, pois se pode cobrar mais por um empreendimento que tenha melhor desempenho e durabilidade, e que possivelmente trará menos custos, por exemplo, com economia de energia.







 Segurança contra o incêndioSegurança contra o incêndio
 
A segurança da estrutura contra incêndios foi pensada em seis partes: dificultar o princípio do incêndio, evitar a inflamação generalizada, dificultar a propagação do incêndio, minimizar o risco de um colapso estrutural, facilitar a fuga e, por fim, dispor a edificação de sistemas de extinção e sinalização de incêndio.  A Norma estabelece que, para dificultar  o princípio do incêndio, deve-se proteger a edificação contra descargas atmosféricas, ignição nas instalações elétricas e vazamentos nas instalações de gás. O projeto e execução desses itens devem seguir as normas existentes.


Para dificultar a inflamação generalizada,  deve-se avaliar todos os materiais que compõem tanto a face interna como a externa do edifício, de tal forma que eles tenham características de propagação de incêndio controladas. Já para a propagação do incêndio para fora da unidade, deve-se atentar para a distância entre os edifícios, as medidas de proteção (como portas corta-fogo) e sistemas que assegurem a estanqueidade e isolamento. Para evitar o colapso estrutural, a avaliação das estruturas deve ser feita segundo normas já existentes. As rotas de fuga e os equipamentos de extinção, sinalização e iluminação de emergência também devem atender a norma própria.

Isolamento de ruído
Há critérios tanto para ruído de impacto em piso como para ruído aéreo entre unidades. O nível de pressão sonora (para o impacto) deve ser no máximo de 80 dB, e o valor mínimo é o correspondente a um piso de concreto maciço com espessura de 10 cm. Para a análise, podem ser utilizados tanto o método de engenharia como o método simplificado, ambos descritos na Norma.

Para isolamento de ruído aéreo, a Norma prevê ensaios em laboratório e em campo. Em laboratório, a redução sonora deve ser de 40 dB para paredes que separam áreas privativas de áreas comuns e 45 dB para paredes e pisos que separam unidades habitacionais. Para avaliação em campo, o requisito é a diferença de nível entre ambientes, que deve ser de 35 dB para paredes que separam áreas privativas de áreas comuns e 40 dB para paredes e pisos que separam unidades habitacionais.

Método de avaliação do desempenho térmicoSão três procedimentos que avaliam a adequação da habitação às oito regiões bioclimáticas do Brasil, definidas na NBR 15.220-3: o simplificado, que consiste na verificação de que os sistemas de vedação e cobertura atendem aos requisitos da própria Norma de Desempenho; e os procedimentos globais, de simulação computacional e medição - "in loco" ou em protótipos.

A edificação que não atender ao procedimento simplificado pode ser aprovada por uma avaliação global. Para a medição, são estabelecidos os recintos para medição, a orientação para simulação ou construção do protótipo, entre outros. Para a simulação computacional, há critérios de avaliação tanto para condições de verão quanto para inverno. Há orientações para a especificação dos dados de entrada no programa em relação à ventilação, absortância das paredes, recintos adjacentes etc., tanto para o verão como para o inverno, e tanto para edificações térreas como multipiso.

Vida útil de projeto x garantia
A norma define o que é a VUP (Vida Útil de Projeto), conceito que difere de prazo de garantia. A VUP é o tempo dentro da qual o edifício e seus sistemas devem atender aos requisitos de desempenho estabelecidos. Já o prazo de garantia é o período de tempo no qual a ocorrência de defeitos não pode ser justificada por mau uso ou envelhecimento natural, garantido pelo construtor ou incorporador.

São oferecidas diretrizes para as definições dos prazos mínimos de garantia por parte dos construtores e incorporadores. Já os prazos mínimos de VUP para cada sistema da edificação são definidos conforme tabela abaixo:

Sistema/VUP mínima (anos)
n Estrutura ≥ 40
n Vedação vertical externa ≥ 40
n Vedação vertical interna ≥ 20
n Cobertura ≥ 20
n Hidrossanitário ≥ 20
n Pisos internos ≥ 13



fonte: http://www.revistatechne.com.br//engenharia-civil/158/artigo174101-1.asp